google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
O Bob Sharp e o Milton Belli já colocaram os absurdos da pista criada para a prova da Fórmula Indy em São Paulo.
Eu gostaria de adicionar apenas mais um, para que fique registrado. Alguém já tinha visto pista de corrida com poças de água ?
Que eu saiba, foi a primeira vez que isso aconteceu, e foi ótimo para mostrar a incompetência técnica somada à falta de vontade e de vergonha de fazer as coisas direito.
Foi uma mostra a nível nacional, e até internacional, de como o trânsito é mal cuidado no Brasil, e especificamente em São Paulo.
Há locais aqui que têm defeitos há anos, e qualquer chuva mais forte provoca poças persistentes que causam acidentes. E a Prefeitura, atual e anteriores, nada faz.
Dois lugares me vêm à lembrança de imediato, na Marginal Pinheiros, sentido Jaguaré-Santo Amaro: ao lado do muro do Jockey Clube, faixa da direita, a água acumula-se em vários pontos. Logo mais a frente, quando a pista se divide em expressa e local, nesta última, faixa 1 (esquerda, lógico), bem na curva (com compensação negativa, diga-se) outra poça se forma. E esse local foi alvo de obras há alguns anos. A poça mudou um pouco de posição, mas continua lá.
Nada surpreendente, portanto, ver carros de corrida passando sobre poças de água em minha querida cidade.
Uma vergonha completa.
Um retrato do Brasil.
JJ
Horacio Pagani ganhou experiência trabalhando na Lamborghini e em carros como o Countach e o Diablo. No inicio dos anos 1990 ele iniciou sua própria companhia para construir um supercarro. Daí surgiu o Pagani Zonda (muitos dizem Zonta, confundindo com o piloto brasileiro Ricardo Zonta!).
Zonda é o nome de um vento que sopra nos andes, uma homenagem ao ídolo do Sr. Pagani, Juan Manuel Fangio, que ajudou Pagani no início do projeto. Foi Fangio que apresentou Pagani à Mercedes, que fornece o seu V-12 para o supercarro.
A Pagani fabrica artesanalmente (essa não morreu MAO!) ao redor de 10 carros por ano. Desde 1999 foram pouco mais que 100 carros em várias configurações. Isso sim é exclusividade.
Esse post não precisaria nem de palavras. O Zonda R com motor AMG de 6 litros e 760 cv aparece sendo montado e depois em cenas de performance. Ao final ganha a aprovação de seu criador.
Recomendo que se coloque o fone de ouvidos, aumente o som, e visualize o filme em tela cheia. Espere o filme carregar a té o final antes de inicia-lo para não travar durante a exibição.
Duvido que os autoentusiastas verdadeiros não se emocionem.






Descobri que carro esporte já era. Depois de completar 53 anos é que saquei que o que atrai mesmo as mulheres é a capacidade de carga de um homem. Isso mesmo, o que o sujeito pode carregar.
Estou com um Renault Master – um furgão da versão mais longa (5,9 metros), que carrega 1.691 kg e cujo baú tem o volume de 12,6 m³ – e estando com ele tenho notado os olhares femininos dos mais interessados, mais do que se estivesse num Corvette amarelo conversível. Elas me olham com os olhos meio fechadinhos, assim, olhando por entre as pestanas, imaginando-me carregando no furgão uma geladeira pra lá, um sofá pra cá, malas e mais malas, vasos de plantas, quadros etc., e esse carregamento todo lhes dá arrepios e palpitações. Não é uma acelerada de V-8, não, uma descabelada ao vento, o que as atrai de verdade. Mulher é um ser prático, mas que acumula e transporta muita coisa.
Portanto, amigo moço enamorado, para conquistar uma graciosa, antes de tudo mostre-se um carregador inato. Carregue tudo que achar pela frente do casal. Botijão de gás, latas de lixo, pedras, pneus velhos, em suma, qualquer coisa pesada que estiver pelo caminho. Por exemplo, passeando com sua amada, se por acaso você observar que uma senhora robusta está voltando da feira, vá lá e carregue-a com sacolas e tudo. Mesmo que ela estrebuche e eperneie querendo se soltar, dê tudo de si, afirme a coisa e carregue-a, e o faça sem bufar, sem mostrar cansaço, com um sorriso plácido na cara. Depois de um quarteirão assim nessa luta, você pode jogá-la ao chão de qualquer jeito, tudo bem, porque aquela impressão de grande carregador já ficou bem gravada na mente da sua amada.
Ela pensará assim: "Puxa que pa...! Esse safardana carrega coisa pracaramba! Pensei que ele não prestasse pra nada, além de abrir latas de cerveja e espremer suas berebas da pele, mas olha que eu estava enganada. Ele é bem do jeito que a mamãe falou que é o jeito bom: o cara é um carregador! Úi! vou contar já pra mamãe."
E você pode crer que a futura sogra dará de imediato sua aprovação. Já seu sogro, é possível que consiga grunhir um “Ufa!,” – entre os gemidos de dor e goles de relaxantes musculares – "enfim um trouxa pra me ajudar!".
E fique atento para as suas pernas. Não as dela, mas as suas. Elas têm que ser fortes e bem aprumadas. Assim como um autoentusiasta dá muita importância à suspensão de um carro, as mulheres analisam a nossa suspensão. Pernas arqueadas é mau sinal pra aguentar peso, portanto, para endireitá-las, durma com as duas pernas enfiadas numa só perna do pijama. Isso deve ajudar, tanto para as pernas arqueadas que nem as do Fangio, El Chueco, com para as pernas em xis. Não há contra-indicações para isso, fora o cuidado ao se levantar da cama.
O Master disputa mercado principalmente com o Ducato, da Fiat, e o Sprinter, da Mercedes. Nunca andei nesses, portanto não tenho como compará-los, mas observei que a disputa parece parelha. Deste eu gostei e fiquei contente por saber que quem trabalha com estes furgões já não sofre mais para guiá-los, como sofri quebrando as costas na picape Toyota Bandeirante e no Ford F-4000, ambos de 1979, que tive quando vivi na roça. A coisa mudou e hoje cuidam melhor de quem dirige esses utilitários de trabalho. A direção é hidráulica, a embreagem é leve, as mudanças de marcha são macias e a alavanca é curta e está bem à mão. O banco do motorista tem várias regulagens, o que lhe dá ergonomia até que razoavelmente boa. Este tem os opcionais de ar-condicionado, airbag e freios ABS (os freios são a disco nas quatro). O motor turbodiesel de 2,5 litros é silencioso e tem boa potência e torque. O Dedão, nosso viralatas tarado por cadelas e motor forte, olhou-o e gostou. São 115 cv a 3.600 rpm e 29,6 mkgf a 1.600 rpm. Acelera de 0 a 100 km/h em 16,5 seg e atinge 145 km/h. Daí que viaja tranquilamente a 120 km/h e sobe a Serra do Mar pela Imigrantes a 100 km/h sem forçar a barra. Retoma velocidade com rapidez.
O câmbio é de seis marchas, que, bem escalonadas, nos permitem manter o giro sempre na faixa ideal. E mudar marchas não é sacrifício algum com esse pedal de embreagem leve e trambulador maneiro. O entre-eixos longo e boa suspensão (duplo A na frente, com barrra estabilizadora, e eixo rígido atrás, também com barra estabilizadora) lhe dão boa estabilidade nas retas e curvas – desde que estando com carga leve – daí que viajar com o Master não é cansativo. Ele até que rola pouco nas curvas, mesmo sendo alto, isso certamente devido às grossas barras estabilizadoras. E sua altura é agradável, pois dá ampla visibilidade. Viajamos com ele de São Paulo ao litoral norte – claro que carregados de sofás, armários, quadros, vasos, etc, etc – e a viagem durou tanto quanto duraria com um sedan normal, já que o Master acelera bem e tem boa agilidade. No fim de semana seguinte fomos pra roça, também carregados, e a viagem foi igualmente rápida e nada cansativa. O que cansa é carregar e descarregar essas coisas todas de primeira necessidade feminina.
E gasta pouco combustível, muito pouco. A Renault divulga um consumo de 15,6 km/l na estrada e 9,4 km/l no uso urbano. Pelo que estou apurando, é isso mesmo, desde que não se tenha pressa. Entre estrada e cidade fiz média de 11 km/l.
Gostei.
Meus parabéns a todas as fábricas que estão produzindo esses veículos de trabalho. De uns tempos pra cá nem esses são “carroças”. A vida de quem os dirige está bem melhor.
Falta agora que as prefeituras de cidades com trânsito pesado, como São Paulo, se preocupem mais com os motoristas e usuários de ônibus, obrigando que todos os novos ônibus tenham câmbio automático. Isso evitaria muito cansaço aos motoristas e evitaria também os terríveis trancos que muitos motoristas relaxados dão nas cambiadas, trancos que machucam muita gente.
E voltando à vaca fria, se o leitor ainda duvida da minha teoria de que o ideal é o “Homem Carregador”, lhe pergunto:
— Como é que a noiva recém-casada entra em sua nova casa?
Portanto, esqueça esse lance de sex-symbol. O que funciona é ser carregador-symbol.
Que brasileiro é criativo, ninguém pode negar. Não satisfeitos com o automobilismos mundial, os brasileiros acharam que havia chegado o momento de criar uma nova categoria e partiram para uma, em São Paulo: a Indy Cross.
Brincadeira à parte, o que se viu pelas câmeras de bordo foi de estarrecer.  Devido à extrema irregularidade do piso, pilotos eram submetidos a um mau trato típico do fora de estrada. A trepidação dos volantes de direção era assustadora. Algo inimaginável num corrida de carros de turismo, o que dirá monopostos. Um vexame total.
A Indy 300 bem merece  uma CPI, pelos danos morais inflingidos ao país.
BS