Foto: O Globo
Outro caso de um imbecil trafegar pela contramão numa autostrada, desta vez na SP-270 Rodovia Raposo Tavares, bem perto da capital paulista. E mais mortes: um casal morreu, e carbonizado.
Ficam perguntas:
- O que teria provocado incêndio dessa proporção em uma colisão frontal entre dois carros com tanque de combustível antes do eixo traseiro? É claro que se pode desconfiar do pequeno reservatório de gasolina, o "tanquinho" do sistema de partida a frio de carros a etanol ou flex. Cofre de motor não é lugar de reservatório de gasolina.
- Por que o policial não tentou extinguir o fogo? Sua viatura certamente tinha extintor de incêndio e havia carros parando, com mais extintores. Aí vem outra questão: se são inservíveis, por que são obrigatórios? Em terra brasilis é fácil saber o motivo.
- Por que nenhuma ação policial foi tomada, como reter o tráfego num ponto bem antes? O evento durou cerca de 10 minutos, tempo mais que suficiente para se agir num caso desses.
- Como é possível se pegar uma via de mão única pela contramão? Obviamente, algum defeito de engenharia rodoviária. Por exemplo, alguém toma uma avenida de pista dupla pela contramão? Nunca.
- O que fazia o Gol e outros veículos na faixa da esquerda às quatro da manhã? Sou capaz de apostar que o motorista havia "comprado" a faixa da esquerda, um vício no mundo todo mas que aqui ultrapassa o razoável. Se viesse, como se deve, deixando a faixa mais à esquerda somente para ultrapassagem, o Gol não teria sido atingido. Mas se "eu sou o bom, por isso ando na esquerda", não resta muita esperança.
Recado para a autoridade nacional de trânsito: já é tempo de a sinalização de velocidade ser luminosa e variável em função das condições da via, inclusive mandando o tráfego parar se necessário, como neste caso. Garanto que salvar-se-iam muito mais vidas do que a gigantesca população de radares e detectores de velocidade que assola "este país".
BS