google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: Divulgação


Não sei se todos leitores sabem, mas o AE surgiu da idéia de tornar públicas algumas discussões que os colunistas do blog tinham em um grupo fechado. Ao longo de anos trocamos muitas experiências e conhecimento entre nós. Certo dia nos caiu a ficha de que o que falávamos nesse grupo poderia ser de interesse geral. Criamos o AE.

Na semana passada uma de nossas discussões foi a respeito do novo Mini, o "aventureiro" Countryman. A marca estaria sendo desvirtuada, ou sendo expandida demais, perdendo sua identidade? Dessa discussão saíram três abordagens bem diferentes que resolvemos juntar aqui.

Como nasceram os SUVs e os crossovers
Paulo Keller

Na essência esse Countryman está errado. Mas o Mini, incluindo o Clubman vende apenas umas 230.000 unidades por ano no mundo todo. É pouco, muito pouco para manter uma marca e pagar pelo desenvolvimento de novas gerações ou pelas evoluções tecnológicas. A Saab fabricava 100.000 carros por ano e morreu (ou está morrendo).


Foto: JJ, Old Town, Florida, 24/10/09
Já que pessoas podem ter personalidade, por que não automóveis com "carronalidade"?
Esse Buick Century 1958 parece dizer que ele está aqui, e está pouco se importando com o que os moderninhos acham dele.
Maravilhosa testemunha, viva e com saúde, de um tempo que parece que nunca mais irá voltar, mas que é forte como nunca nesse mar de carros que atendem todas as normas de segurança e emissões de poluentes de toda a galáxia.
JJ
A Suécia, nação militarmente neutra, criou um modo interessante de operar seus aviões militares de pequeno porte. As rodovias são utilizadas como pistas de pouso e decolagem desde os anos 50. A foto mostra um Saab Draken, supersônico sueco multi-missão; caça, interceptador e avião de ataque ao solo; pousando em uma rodovia.

Existem bases aéreas por lá, é claro, mas exercícios desse tipo ocorrem sempre, para que a força se disperse pelo país em caso de guerra. Há várias posições ao longo de áreas como essa da foto, onde existem pequenos hangares para um ou dois aviões serem guardados e escondidos. Normalmente se localizam em locais com muitas árvores, para aproveitar o auxílio da camuflagem natural. Aí está mais uma utilidade para as estradas por onde rodam carros e outros veículos.

O Draken da foto é bem antigo, voou em 1955 pela primeira vez, e sua corrida de decolagem cobria apenas 650 metros. Claro então que qualquer reta de 1 km ou pouco menos, serve de pista para os aviões atuais da Força Aérea Sueca. O tão comentado Gripen, por exemplo, decola em 400 metros e aterrissa em 500.

Deve ser muito interessante interromper sua viagem para aguardar um avião pousar ou decolar na sua frente.
A foto foi escaneada a partir de um original em papel de 1968, adquirida em encontro do Clube do Manche, evento ótimo para quem aprecia garimpar material aeronáutico antigo.

JJ

É o que mais escutamos quando presenciamos um acidente de trânsito, e dos dois lados sempre, ou seja, dificilmente alguém assume que fez besteira. Mas o que considero mais grave é a importância que dão à questão da culpa, esquecendo que tem muita gente boa lá no céu que não teve culpa nenhuma no acidente que a vitimou.

Outro dia mesmo expus meu ponto de vista para minha esposa logo após passarmos por um cruzamento do nosso bairro e ela ter comentado: - Ah, a preferencial é nossa, se o ônibus batesse na gente a culpa seria dele. Tudo bem, mas se o ônibus batesse na gente com uma certa velocidade, pode ser que não estivéssemos mais aqui para discutir a questão da culpa. Moramos num bairro predominantemente residencial aqui no Rio, as ruas tem pouco movimento e justamente por isso, os irresponsáveis motoristas da linha 422 descem a transversal à toda velocidade e chegam ao tal cruzamento em velocidade que talvez não consigam parar se vier um carro pela principal, isso quando não roletam o cruzamento mesmo e pegam alguém. Adianta nessa hora estar com a razão? Argumentos tipo "a preferencial é minha", "o sinal estava verde para mim" são legítimos, mas não desfazem acidentes. O tal cruzamento ostenta o aviso "cruzamento perigoso", como se houvesse cruzamento sem perigo algum, como sempre lembra o Bob. Odeio quebra-molas, mas porque nesse ponto, onde esse tipo de obstáculo seria de grande utilidade, não colocam um?

Esse tipo de situação é mais comum do que se pensa. Na garagem aqui do prédio existem sinaleiras que, em tese, deveriam coordenar o uso da rampa. Se está verde para quem vai descer, fica vermelho para quem vai subir. Na prática não é o que acontece, pois há 3 acionamentos, um na entrada da garagem, um no G2 e um no G3. Já presenciei situações de estar verde em cima e em baixo. Há espelhos convexos no G2, para auxiliar a visão da rampa, que é em curva.

Pois bem, outro dia eu subia a rampa e quase bato no carro de um vizinho, que freou forte quando saía do G2 para descer a rampa. Fui para o G3 e qual minha surpresa quando o tal vizinho veio tomar satisfações, resmungando que o carro estava com crianças, que eu quase causei um acidente. Ora, por algum motivo estava verde quando subi e ficou verde para ele também, pois com certeza acionei a sinaleira antes dele, dado o ponto onde nos encontramos. Mas não seria muito mais racional, sabendo que a sinaleira não é de todo confiável, chegar à rampa, parar, olhar no espelho convexo para ver se alguém vem de baixo ou do G3, e até dar uma buzinadinha? Fazendo isso, a chance de acidente ou sustos vai tender a zero, mas ao invés disso as pessoas preferem olhar o verde, meter a cara, e no caso de acidente (sem gravidade) encher o peito e dizer "a culpa é sua!"