google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Para quem não sabe, o Bob Sharp é um dos meus mentores.

Quando eu o conheci ele era um dos caras mais turrões do mundo. Mas sempre com um embasamento muito sólido a todas suas argumentações. Eu disse era porque acho que ele está mais maleável, mas sem perder o espírito questionador das inadequações de muitas situações que dificultam nossa cidadania.

Durante os últimos anos de convívio com ele pude perceber que ele tem uma grande alma e um coração generoso. Sempre prestativo e pronto para ajudar, ensinar e compartilhar todo seu conhecimento e sua experiência. Tenho aprendido muito com ele sobre automóveis e sobre como ser uma pessoa autêntica.

Desde quando eu era aspirante a fotógrafo ele sempre me incentivou muito. Chegou até a escrever uma linda visão do meu futuro que está muito bem guardada num lugar especial.

Sua biografia ainda não foi escrita, mas considerando a legião de fãs que ele tem no Brasil e exterior, tenho certeza que quando for publicada será um grande sucesso. A riqueza de realizações do Bob impressiona a todos.


Tenho muito orgulho de trabalhar ao seu lado fazendo o blog AUTOentusiastas, junto com todos os outros colunistas, onde sempre quis que ele fosse o editor, mas ele nunca me permitiu sair dessa função. Toda vez que faço um post legal recebo uma ligação do Bob! Isso é demais.

Outro dia recebi um link para uma breve, porém rica biografia do Bob que saiu em novembro desse ano na revista Brasileiros. Muito dessa história eu mesmo não conhecia.

"Bob Sharp, volante polivalente"


Bob, não te consultei sobre esse post. Ele simplesmente saiu quando vi sua biografia. Acho que fez parte das reflexões de final de ano.


PK
Só para descontrair...

Um vídeo espetacular em stop-motion. Repare no sincronismo do som, principalemente no som dos motores do Trans-Am, do Fairlady 280Z e do Skyline. Coisa fina.

Para quem é quarentão: repare nas explosões ao estilo do seriado Ultraman.
Talvez a inspiração tenha vindo do filme Ronin.

Seguindo a linha dos companheiros, aqui vai uma Wish List com meus favoritos carros de corrida. Não entraram os Fórmulas nem os Dragsters, só carros de circuito. Também tentei não repetir o fabricante, e a ordem é aleatória.

Espero que gostem.


- Jaguar XJR-12: O último Jag a vencer Le Mans. O poderoso V-12 de 7-litros superou os Porsche, Toyota e Nissan turboalimentados, fechando com dobradinha histórica.



- Porsche 917K: O começo da saga do 917, nas cores praticamente pornográficas da equipe Gulf.



- Mercedes-Benz 190E Evo: O eterno rival do M3 nas provas do Turismo Alemão em seus tempos áureos.



- Lancia 037: Nas cores da Martini Racing, um dos mais fantásticos carros de rali de todos os tempos.



- Cobra Daytona: A solução para a desvantagem aerodinâmica dos Cobra veio em uma das formas mais harmoniosas possíveis.



- Bentley EXP Speed 8: O último Bentley a vencer em Le Mans, que na verdade era quase que a equipe do Audi R8 com as cores da Inglaterra. Mas o carro não é um Audi, como dizem por aí.



- Audi R10: Esse sim é um Audi, e dos melhores. O carro que fez história vencendo a maior corrida de endurance do mundo com um motor Diesel.



- Ferrari 330 P4: O mais belo carro de corrida de todos os tempos?



- Alfa Romeo 155 V6 Ti: Talvez o mais moderno carro de turismo já feito, com tecnologias e eletrônica embarcada que deixam o ônibus espacial Discovery com vergonha.



- Chaparral 2J: A engenhosidade em nome da velocidade.

Depois da Wish List, que é de ter, eis outra, de dirigir apenas. São carros que sempre quis dar uma guiada, mas nunca houve oportunidade. Como não é para ter, é bem possível que um dia consiga.
São eles, em ordem aleatória desta vez:

É incrível, estive perto do Jaguar XK 120 inúmeras vezes na adolescência e na juventude, mas nunca tive oportunidade de dirigir um. Sempre me foi um objeto de desejo.




Sempre tive a maior vontade de dirigir o Saab 93. Deve ser uma experiência única, sentir o 3-cilindros 2-tempos de 750 cm³ num envelope peculiar, que não teve nada parecido no mundo. Quanto mais eu, que tive uma ligação muito forte com o DKW.


O Jaguar Tipo D é  para ser guiado num estradinha rural inglesa, numa manhã de primavera ou de outono, temperatura ambiente uns 15 °C. Mais ou menos como a estrada no filme "Grand Prix", quando o Stoddard vai dirigir o Lotus 16 de F-1 do falecido irmão (foi o AK que me lembrou, outro dia, este trecho fantástico do filme).
 
Parece mentira, mas nunca dirigi um Porsche 356.  Já o 911, perdi a conta, até o 912 de motor boxer 1,6 Super 90 (que com mãos experientes dava pau no primeiro 911 2-litros de 130 cv, dizem). Teve um dia que ia guiar um 1500 Super 1951 de um amigo, mas no dia anterior o motor se foi. Mas esse dia vai chegar, tenho certeza.


Prosseguindo com a marca de Zuffenhausen, sou louco para dar uma andada no Porsche 550 Spyder. Há alguns anos um amigo, o Fernando Calmon, conheceu o Museu da Porsche e a área da imprensa disponibilizou um 550 para os jornalistas darem uma volta. Que pena que não estava nessa.  Mas um dia ando. Tive o aperitivo no Chamonix 550 há muitos anos, teste para a revista Oficina Mecânica. Dá para imaginar o que é original com motor Fuhrmann 1500 de 110 cv e pesando nada.

Se o Mazda Miata/MX-5 é o meu #1 da minha Wish List, o #1 dos que faltam dirigir é o Lotus Elite Type 14,  fabricado de 1958 a 1963. No meio, 1960, o ano em que tiirei carteira. Portanto, no auge de minha idade de empolgação aparece esta incrível obra de Colin Chapman:  Cx 0,29,  peso de  503 kg, entre-eixos 2.240 mm,  coluna McPherson atrás (primeira vez no mundo), motor Conventry-Climax de 1.216 cm³ e 75 cv. Deve ser a coisa mais gostosa desse mundo para se brincar. Esse tenho certeza de que não passo para o lado de lá sem dirigi-lo.


Se eu fosse a Ferrari  faria uma réplica do 166 MM, a barchetta (barquinho) mais linda de todas. Vi esses carros correndo no Circuito da Gávea, eu tinha 11 anos, fiquei maluco. Se pudessse dar uma voltinha no quarteirão num, ficaria muito contente.


Não, a foto do Ford modelo T não está aí por engano, não. Tenho imensa curiosidade de ver, sentir, como anda, conhecer a operação do câmbio epicicloidal pelos três pedais, sentir o que milhões sentiram entre 1908 e 1927.


Outra "estranheza", pode o leitor pensar, mas explico. Esse é o primeiro carro a diesel do mundo, o Mercedes-Benz 260 D, de 1936.  Tenho curiosidade também, como no modelo T aí acima. Ouvir o motor ruidoso e vibrador, o cheiro do  diesel dentro do carro. O começo.


Para mim, o Maserati 300/S (ou o 450/S, só muda o motor) é o carro de corrida mais bonito que existe, nada lhe chega perto. Vi o Fangio dirigir um 300/S no Circuito da Quinta da Boa Vista, no Rio, e uma semana ou quinze dias depois, em Interlagos. Claro, papou as duas. Isso foi em 1957. Havia um 450/S no Rio, do Henrique Casini. Ainda me lembro do berro do motor. Esse tenho de dirigir um dia.
Já disse em outra ocasião (no Best Cars) que é decepcionante dirigir carros antigos do ponto de vista de comportamento, que não guarda qualquer relação com os carros de hoje, mesmo os mais baratos. Mas mesmo assim, nos antigos aqui mostrados, faço questão de pegar o volante deles e dar uma saída.
Fará bem ao coração...
BS

(Atualizado em 29.12, 10h40, tópico Jaguar D, observação do leitor Roberto Zulino. O carro do filme Grand Prix citado é um Lotus 16, não um Vanwall -- BS)