google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Seguindo a linha dos companheiros, aqui vai uma Wish List com meus favoritos carros de corrida. Não entraram os Fórmulas nem os Dragsters, só carros de circuito. Também tentei não repetir o fabricante, e a ordem é aleatória.

Espero que gostem.


- Jaguar XJR-12: O último Jag a vencer Le Mans. O poderoso V-12 de 7-litros superou os Porsche, Toyota e Nissan turboalimentados, fechando com dobradinha histórica.



- Porsche 917K: O começo da saga do 917, nas cores praticamente pornográficas da equipe Gulf.



- Mercedes-Benz 190E Evo: O eterno rival do M3 nas provas do Turismo Alemão em seus tempos áureos.



- Lancia 037: Nas cores da Martini Racing, um dos mais fantásticos carros de rali de todos os tempos.



- Cobra Daytona: A solução para a desvantagem aerodinâmica dos Cobra veio em uma das formas mais harmoniosas possíveis.



- Bentley EXP Speed 8: O último Bentley a vencer em Le Mans, que na verdade era quase que a equipe do Audi R8 com as cores da Inglaterra. Mas o carro não é um Audi, como dizem por aí.



- Audi R10: Esse sim é um Audi, e dos melhores. O carro que fez história vencendo a maior corrida de endurance do mundo com um motor Diesel.



- Ferrari 330 P4: O mais belo carro de corrida de todos os tempos?



- Alfa Romeo 155 V6 Ti: Talvez o mais moderno carro de turismo já feito, com tecnologias e eletrônica embarcada que deixam o ônibus espacial Discovery com vergonha.



- Chaparral 2J: A engenhosidade em nome da velocidade.

Depois da Wish List, que é de ter, eis outra, de dirigir apenas. São carros que sempre quis dar uma guiada, mas nunca houve oportunidade. Como não é para ter, é bem possível que um dia consiga.
São eles, em ordem aleatória desta vez:

É incrível, estive perto do Jaguar XK 120 inúmeras vezes na adolescência e na juventude, mas nunca tive oportunidade de dirigir um. Sempre me foi um objeto de desejo.




Sempre tive a maior vontade de dirigir o Saab 93. Deve ser uma experiência única, sentir o 3-cilindros 2-tempos de 750 cm³ num envelope peculiar, que não teve nada parecido no mundo. Quanto mais eu, que tive uma ligação muito forte com o DKW.


O Jaguar Tipo D é  para ser guiado num estradinha rural inglesa, numa manhã de primavera ou de outono, temperatura ambiente uns 15 °C. Mais ou menos como a estrada no filme "Grand Prix", quando o Stoddard vai dirigir o Lotus 16 de F-1 do falecido irmão (foi o AK que me lembrou, outro dia, este trecho fantástico do filme).
 
Parece mentira, mas nunca dirigi um Porsche 356.  Já o 911, perdi a conta, até o 912 de motor boxer 1,6 Super 90 (que com mãos experientes dava pau no primeiro 911 2-litros de 130 cv, dizem). Teve um dia que ia guiar um 1500 Super 1951 de um amigo, mas no dia anterior o motor se foi. Mas esse dia vai chegar, tenho certeza.


Prosseguindo com a marca de Zuffenhausen, sou louco para dar uma andada no Porsche 550 Spyder. Há alguns anos um amigo, o Fernando Calmon, conheceu o Museu da Porsche e a área da imprensa disponibilizou um 550 para os jornalistas darem uma volta. Que pena que não estava nessa.  Mas um dia ando. Tive o aperitivo no Chamonix 550 há muitos anos, teste para a revista Oficina Mecânica. Dá para imaginar o que é original com motor Fuhrmann 1500 de 110 cv e pesando nada.

Se o Mazda Miata/MX-5 é o meu #1 da minha Wish List, o #1 dos que faltam dirigir é o Lotus Elite Type 14,  fabricado de 1958 a 1963. No meio, 1960, o ano em que tiirei carteira. Portanto, no auge de minha idade de empolgação aparece esta incrível obra de Colin Chapman:  Cx 0,29,  peso de  503 kg, entre-eixos 2.240 mm,  coluna McPherson atrás (primeira vez no mundo), motor Conventry-Climax de 1.216 cm³ e 75 cv. Deve ser a coisa mais gostosa desse mundo para se brincar. Esse tenho certeza de que não passo para o lado de lá sem dirigi-lo.


Se eu fosse a Ferrari  faria uma réplica do 166 MM, a barchetta (barquinho) mais linda de todas. Vi esses carros correndo no Circuito da Gávea, eu tinha 11 anos, fiquei maluco. Se pudessse dar uma voltinha no quarteirão num, ficaria muito contente.


Não, a foto do Ford modelo T não está aí por engano, não. Tenho imensa curiosidade de ver, sentir, como anda, conhecer a operação do câmbio epicicloidal pelos três pedais, sentir o que milhões sentiram entre 1908 e 1927.


Outra "estranheza", pode o leitor pensar, mas explico. Esse é o primeiro carro a diesel do mundo, o Mercedes-Benz 260 D, de 1936.  Tenho curiosidade também, como no modelo T aí acima. Ouvir o motor ruidoso e vibrador, o cheiro do  diesel dentro do carro. O começo.


Para mim, o Maserati 300/S (ou o 450/S, só muda o motor) é o carro de corrida mais bonito que existe, nada lhe chega perto. Vi o Fangio dirigir um 300/S no Circuito da Quinta da Boa Vista, no Rio, e uma semana ou quinze dias depois, em Interlagos. Claro, papou as duas. Isso foi em 1957. Havia um 450/S no Rio, do Henrique Casini. Ainda me lembro do berro do motor. Esse tenho de dirigir um dia.
Já disse em outra ocasião (no Best Cars) que é decepcionante dirigir carros antigos do ponto de vista de comportamento, que não guarda qualquer relação com os carros de hoje, mesmo os mais baratos. Mas mesmo assim, nos antigos aqui mostrados, faço questão de pegar o volante deles e dar uma saída.
Fará bem ao coração...
BS

(Atualizado em 29.12, 10h40, tópico Jaguar D, observação do leitor Roberto Zulino. O carro do filme Grand Prix citado é um Lotus 16, não um Vanwall -- BS)


Neste final de ano meus amigos elaboraram um monte de wish-lists, objetos de desejo diversos, carros que apreciam ou que gostariam de ter em suas garagens.
Eu poderia discorrer aqui sobre uma infinidade de carros de todos os cantos do mundo, carros que me fazem sonhar, carros que eu realmente gostaria de ter, carros que me fascinam por um ou outro detalhe. Sem dúvida alguma, material para uma wish-list gigantesca ou mesmo inúmeros posts. Mas são 4 horas da manhã de segunda-feira e prefiro falar sobre o veículo que tira meu sono neste exato momento.
O veículo que vocês estão vendo acima tem 6,75 metros de comprimento por 2 metros de largura e é tão ou mais alto que um SUV moderno. Pesa mais de duas toneladas e é dotado de um balanço dianteiro tão pronunciado que provavelmente seria incapaz de rodar em São Paulo (a terra das valetas a cada esquina).

Apesar disso, o desenho é dotado de uma proporcionalidade própria, uma vez que não é possível determinar se é um carro esportivo reforçado ou um caminhão esportivado. A parte posterior da cabine é uma coisa absolutamente bizarra, indescritível, digna de figurar em qualquer obra de Salvador Dali.


Realmente surreal, tudo pintado em um lindo e germânico azul. Trata-se do Mercedes-Benz Racing Car Transporter, uma amálgama baseada no chassi tubular em forma de "X"" do modelo 300 "Adenauer" e impulsionada pelo motor de seis cilindros em linha do esportivo 300 SL "asa-de-gaivota", devidamente amansado para a função de carregar carros de corrida.

Devidamente carregado (com peso bruto em torno de 3 toneladas), era capaz de atingir e manter por horas a fio velocidades em torno de 160 a 170 km/h. Para estancar tamanha massa, freios a tambor de comando hidráulico auxiliados por um freio a disco no cardã, antes do diferencial. As suspensões obedeciam a escola Mercedes, com braços sobrepostos na dianteira e o terrível semi-eixo oscilante na traseira, amainado pelo pivotamento úniico que abaixava o centro de rolagem. Apesar de não ter certeza, para mim não restam dúvidas de que havia o dedo de Uhlenhaut aqui.

Por se tratar de um exemplar único, não há como incluir esse veículo em wish-list nenhuma. Por isso ele será incluído na minha lista de experiências desejáveis: quero guiar esse bicho de qualquer maneira. Se algum amigão tiver um conhecido na Mercedes (ouviu Maluhy?!?!), por favor, digam que eu desejo muito colocar as mãos nesse trambolho.

FB



Para celebrar o "Ano da França no Brasil", o Canal Brasil, apresenta desde outubro a mostra "Um Certo Olhar Francês", na qual exibe filmes ilustres de grandes diretores franceses, como Jean-Luc Godard, Roger Vadim e Agnès Varda, entre outros.

Confesso que eu não estava nem um pouco ligado na programação (não sou nem nunca fui cinéfilo), mas ontem pela manhã fui surpreendido com a apresentação de um de meus filmes favoritos: "As Aventuras do Sr. Hulot no Trânsito Muito Louco" (Trafic, 1971), escrito, dirigido e estrelado por Jacques Tati.

Quarta e última obra de Tati a apresentar o hilário Monsieur Hulot (e seu inseparável cachimbo), o filme retrata a tentativa do fictício fabricante francês Altra de apresentar um novo modelo no Salão do Automóvel de Amsterdã. As trapalhadas de Hulot, a insolência do motorista Marcel, as barbeiragens da relações-públicas Maria ao volante de um curioso conversível e uma série de imprevistos acabam por atrasar todo o cronograma, tornando a missão quase impossível.

O filme agrada não apenas pelas situações cômicas, mas também pelo argumento ainda atual e pela fina ironia de Tati presente em cada situação. Garante boas risadas e também uma reflexão sobre o culto ao automóvel na sociedade moderna.

Não chega a ser obrigatório na videoteca do entusiasta, mas vale a pena ser visto: o filme apresenta logo na abertura cenas maravilhosas da linha de produção da Renault no início da década de 70, bem como uma infinidade de automóveis da época.

FB