google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Já que o Juvenal pediu decidi fazer o meu pedido também...





Está chegando a noite em que Noel, o piloto de trenó voador, passeia em alta velocidade pelo planeta, e entrega a realização de alguns desejos. Materiais para muitos, mas com uma certa dose espiritual, como é o caso do presentinho que eu gostaria de receber.

Caro velhinho, o que eu quero está nas fotos acima: um Ford Escort Mk1 de tração traseira. Pode ser de qualquer cor, ano, de rua ou de corrida, original ao alterado.

Tá fácil Noel, quebra essa, por favor.

Um abraço,
Juvenal

Em Buenos Airoes, o magnífico obelisco da Av. 9 de Julio, a mais larga do mundo

Neste domingo fui a Buenos Aires, mais um grupo de jornalistas, atendendo um convite da Volkswagen. Foi para assistirmos à cerimônia de lançamento da picape Amarok na fábrica VW localizada em General Pacheco, na Grande Buenos Aires. Sim, mas por que "Amargo regresso", título deste post?
Começa pela cerimônia citada, que teve a presença da presidente Cristina Kirchner. Se houvesse algo semelhante aqui, envolvendo o presidente do Brasil, teríamos que ser especialmente credenciados, com nome, RG, nome do pai e da mãe. Lá, nada disso. Muito menos inspeção com detector de metais para chegar perto da presidente.
Depois, preços. Entre o aeroporto internacional e o centro, paga-se dois pedágios. Um de 1 peso e outro de 3 pesos. Traduzindo em reais, 50 centavos e 1,50 real.
No segundo pedágio havia certo congestionamento e começou um buzinaço. Perguntei à agente de turismo que nos recepcionou o que era: protesto. Contra quê? Não estavam abrindo os pedágios, dando passagem livre com o intuito de acabar com o congestionamento na praça de pedágio, um lei recente lá. Uma lei que significa respeito ao cidadão. Não é como aqui, em que as leis são feitas contra quem sustenta esse bando de inúteis e em muitos casos, ladrões, os nossos parlamentares.
O curioso é que já escrevi há alguns anos na minha coluna do Best Cars que deveriam fazer isso aqui, pois o que se vê quando há grande movimento nas estradas é dar dó de quem está lá, na fila, e ódio dos exploradores das nossas estradas.
O preços da gasolina (sem álcool algum) têm sido comentados nos meios de comunicação, inclusive no post do AK sobre as 1000 Millas Sport, que ele acompanhou. A gasolina super, que equivale à nossa comum, (95 octanas RON) por R$ 1,35 o litro, mostra como estamos sendo roubados pela cadeias de produção e comercialização e pelo governo. E mostra também como o álcool só é viável devido ao preço artificialmente alto da gasolina. É ferro de todo lado.

Trânsito: velocidade em autoestrada, 130 km/h. Num via urbana de trânsito rápido, 100 km/h. Se você parar num semáforo, ao reiniciar a marcha dificilmente parará logo, pois lá onde verde existe, e há décadas. E antes de passar do vermelho ao verde, há o amarelo, como na Alemanha e na Suíça. Ninguém precisa ficar olhando para o sinal da transversal para antecipar a mudanca.  E os semáforos não precisam de "tapa-olhos"  nas lentes por esse motivo, triste invenção dos "ispertos" do trânsito para evitar que os gérsons da vida se adiantem ao verde.

Faixas de rolamento numeradas, como aqui, ainda por cima da esquerda para a direita como se  no Brasil a mão fosse esquerda, nem pensar. Têm-se a impressão de estar na Europa, dado o tipo de pórticos e as indicações neles.

Buracos, piso irregular que mais parece campo de provas? Nem pensar. Lombadas, raras, mas têm o nome daqui mas que não é usado nem na sinalização oficial: ondulacões transversais. São exatamente isso na Argentina, ondulações para lembrar que ali se deve reduzir velocidade. Não as montanhas, os dejetos viários que temos aqui colocados em qualquer lugar e que para muitos moradores de ruas residenciais é o mais novo símbolo de status -- "minha rua tem lombada".

O Aeroporto Ezeiza está com cara de Europa e Estados Unidos. Já notaram o lixo que o de Guarulhos está? Enquanto esperava meu filho chegar para me buscar ontem à noite, estava observando. Sujo, visual feio, escuro. Pior, na faixa de pedestres que leva ao estacionamento seu semáforo emite um aviso sonoro quando dá verde, indicação de livre travessia, além de um mostrador com contagem de segundos (25). Se alguém souber para quê, me explique, porque para ajudar a cego é que não é. É o incômodo bib-bib-bip o tempo praticamente todo.

Estamos mesmo ferrados. No freeshop do aeroporto em Buenos Aires um pacote de Marlboro custa 14 doláres. Em Guarulhos, 24 dólares. "Apenas" 71% mais. O Brasil e os brasileiros estão  mesmo com a doença de levar vantagem em preço. Haja vista o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que elevou o IPTU em 60%. Acabou-se de vez a vergonha. A solução para essa e outras mazelas? Formatar o "disco rígido" da nação. Mas isso fica para outro post.

(Atualizado em 31/12/09 às 17h00)

Tive um Uno 1.6R 1991, comprado em 1993, que me deixou boas lembranças. Em 1989, se não me falha a memória, faltou álcool nos postos de abastecimento, e a partir daí o abastecimento com esse combustível começou a ser olhado com desconfiança, mudando de uma hora para outra o mix de produção de nossa indústria. Acho que até o episódio, uns 90% dos carros nacionais 0-km eram movidos a álcool, dois anos depois a coisa se inverteu, com o carro movido a álcool praticamente morrendo. Só me lembro de ter faltado álcool essa vez, mas nunca mais o carro a álcool atingiu volumes significativos. Uma pena, pois agora nos empurram goela abaixo os carros flex e nenhum aproveita para valer as vantagens do combustível de cana.

Só que o tal Unozinho, apesar de 1991, era a álcool. Quando vi ele entrando num concessionário Fiat, dado como troca por um 0-km, fui logo querer saber dele. Era meu número. Branco, a álcool, já com o sistema de ar-condicionado Denso, muito melhor do que o usado anteriormente. Me virei em grana e fechei negócio naquela tarde mesmo. Esse carrinho foi meu companheiro de lenhas memoráveis, ainda mais porque na irracionalidade dos meus 23 anos, me achava quase invencível com ele.

Nessa época tive uma namorada em Minas, e por conta disso, quase todos meus fins de semana eram a bordo do carrinho, na ótima BR-040, trecho entre Petrópolis (RJ) e Juiz de Fora (MG). Numa dessas viagens, próximo a Areal, aparece outro Uno 1.6R, já com faróis mais largos e baixos, e ainda com piscas nos para-lamas dianteiros, provavelmente do mesmo ano que o meu. Era vermelho o oponente, e na mesma hora aumentamos o ritmo. Começamos a andar forte, forte mesmo. Aí reparei que a coisa não estava tão parelha como poderíamos supor. Passei a deixar o "companheiro de armas" emparelhar antes de acelerarmos com vontade e era nítido como, a partir de um certo ponto, o branquinho começava a abrir. Fiz isso pelo menos uma meia dúzia de vezes, para desespero do dono do Uno vermelho. O mais legal é que eram carros aparentemente idênticos, não se tratava de nenhum veneno radical, pois se assim fosse, a despachada seria imediata. Credito essa diferença, sem ter certeza, ao fato do meu carro ser a álcool e o dele, a gasolina. E teve todo o gostinho de carta na manga, porque meu carro era absolutamente original, mas na hora da verdade, os cavalinhos a mais escondidos na ficha técnica provaram fazer a diferença.