google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Tive um Uno 1.6R 1991, comprado em 1993, que me deixou boas lembranças. Em 1989, se não me falha a memória, faltou álcool nos postos de abastecimento, e a partir daí o abastecimento com esse combustível começou a ser olhado com desconfiança, mudando de uma hora para outra o mix de produção de nossa indústria. Acho que até o episódio, uns 90% dos carros nacionais 0-km eram movidos a álcool, dois anos depois a coisa se inverteu, com o carro movido a álcool praticamente morrendo. Só me lembro de ter faltado álcool essa vez, mas nunca mais o carro a álcool atingiu volumes significativos. Uma pena, pois agora nos empurram goela abaixo os carros flex e nenhum aproveita para valer as vantagens do combustível de cana.

Só que o tal Unozinho, apesar de 1991, era a álcool. Quando vi ele entrando num concessionário Fiat, dado como troca por um 0-km, fui logo querer saber dele. Era meu número. Branco, a álcool, já com o sistema de ar-condicionado Denso, muito melhor do que o usado anteriormente. Me virei em grana e fechei negócio naquela tarde mesmo. Esse carrinho foi meu companheiro de lenhas memoráveis, ainda mais porque na irracionalidade dos meus 23 anos, me achava quase invencível com ele.

Nessa época tive uma namorada em Minas, e por conta disso, quase todos meus fins de semana eram a bordo do carrinho, na ótima BR-040, trecho entre Petrópolis (RJ) e Juiz de Fora (MG). Numa dessas viagens, próximo a Areal, aparece outro Uno 1.6R, já com faróis mais largos e baixos, e ainda com piscas nos para-lamas dianteiros, provavelmente do mesmo ano que o meu. Era vermelho o oponente, e na mesma hora aumentamos o ritmo. Começamos a andar forte, forte mesmo. Aí reparei que a coisa não estava tão parelha como poderíamos supor. Passei a deixar o "companheiro de armas" emparelhar antes de acelerarmos com vontade e era nítido como, a partir de um certo ponto, o branquinho começava a abrir. Fiz isso pelo menos uma meia dúzia de vezes, para desespero do dono do Uno vermelho. O mais legal é que eram carros aparentemente idênticos, não se tratava de nenhum veneno radical, pois se assim fosse, a despachada seria imediata. Credito essa diferença, sem ter certeza, ao fato do meu carro ser a álcool e o dele, a gasolina. E teve todo o gostinho de carta na manga, porque meu carro era absolutamente original, mas na hora da verdade, os cavalinhos a mais escondidos na ficha técnica provaram fazer a diferença.


Neste sábado a Chamonix e o Clube VolksPorsche fizeram um agradável café da manhã na Chamonix da Av. Bandeirantes, em São Paulo.

O Fernando De Gennaro da Chamonix e do De Gennaro Motors e o Luciano Abreu do VolksPorsche nos receberam muito bem. Vários colunistas do AUTOentusiastas estiveram lá.

Entre muitos Chamonix, principalmente Spyders 550 com motor arrefecido a água, haviam alguns Fuscas bem interessantes e outros modelos Porsche.

Para quem não sabe, o que acho difícil, a Chamonix produz réplicas superfiéis dos Porsches 550 Spyder e 356 Speedster. Ambos usam chassis próprios sendo o Spyder com motor 1,8-L refrigerado a água e o Speedster com motor 1,6-L a ar. Os dois são muito bem-feitos e exportados para Estados Unidos e Europa. Mas não vou falar muito deles, pois estamos planejando um post específico para isso, após visita a fábrica em Jarinú, no interior de São Paulo.

Como havia uma grande quantidade de fotógrafos por lá, optei por fazer fotos mais abstratas para ser um pouco diferente. Confesso que fiquei na dúvida de as colocaria aqui no AUTOentusiastas.





Um Chamonix 550 Spyder, como o laranja da primeira foto do post, com motor 1,8-L de 115 cv pesando pouco menos de 700 kg é um bom combustível para a alma de qualquer autoentusiasta.



PK

Este post foi escrito a quatro mãos e seis cabeças. Normalmente, quando nos deparamos com algo novo, que requeira novos estudos, ou mais complexo, decidimos postar em grupo. Foi a forma que encontramos de dar maior abrangência e mais visões a esses temas, ao mesmo tempo tentar enriquecê-los com mais experiências.

Como entrar num assunto controverso quanto à questão do peso versus a fenomenal estabilidade do Nissan GT-R, analisar a explicação do engenheiro-chefe do projeto, Kazutoshi Mizuno e emitir nossa opinião a você, leitor?




Essa semana houve muita discussão após o post do Paulo Keller, sobre o Aztek. Na semana passada, eu havia escrito sobre o Rageous, que foi execrado pela maioria.
Ambos foram alvo de críticas sobre estilo, como se um carro ser feio para algumas pessoas, ou para a maioria, significa realmente que ele é feio.
Sendo repetitivo e antigo, lembro da frase " A beleza está nos olhos de quem vê". E essa é uma das maiores verdades da humanidade.
Se nâo fosse assim, como explicar alguém escolher um Xsara Picasso pela aparência, ou o New (old agora) Beetle? Ou pior ainda, a Saab morrer porque não vendia. Não vendia porque era feio? Ou era bonito demais e apenas poucos entendiam assim?
Não há respostas, e deixo aqui as fotos do Flajole Forerunner Coupe 1955, um custom-car feito por Bill Flajole, de quem nunca ouvi falar, sobre chassis completo do Jaguar XK120.
Esse exemplar único foi leiloado em agosto passado, em Monterey, Califórnia, onde alguém que gostou da coisa pagou US$ 188.500,00.
Realmente, gosto é algo indiscutível.
JJ