
Lendo o primeiro parágrafo do último post do MAO, não pude deixar de lembrar do filme "Laranja Mecânica" (A Clockwork Orange), de Stanley Kubrick, talvez um dos primeiros filmes a relatar com maestria um futuro pessimista, já no longínquo ano de 1971.
Ambientado numa futura Inglaterra sombria e decadente, o filme é protagonizado pelo jovem Alexander DeLarge (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de arruaceiros, fanático por Beethoven e ultraviolência. Após uma cena memorável, Alex e sua gangue fogem da polícia a bordo do Durango 95, uma espécie de superesportivo futurista capaz de chamar a atenção de qualquer entusiasta.

Tudo indica que o primeiro exemplar (que supostamente havia sido destruído num incêndio) foi encontrado pelo blog Jalopnik e o terceiro apareceu no programa Top Gear há cerca de 5 anos, mas ninguém mais teve notícias desses carros. Realmente uma pena, considerando a importância histórica de um carro que causou frisson suficiente para conquistar o prêmio de melhor exercício de estilo no Salão de Londres de 1969.
Para quem aprecia a obra de Kubrick, vale a pena curtir o relato do delinquente Alex:
"O Durango 95 ronronava bem horrorshow, mandando uma vibração gostosa pras nossas entranhas. Logo havia só árvores e escuridão, irmãos, a escuridão do campo. Nós nos divertimos com outros viajantes noturnos, brincando de donos da estrada. Aí fomos para o oeste. O que queríamos, agora, era fazer a velha visita-surpresa. Era muito legal, bom pra rir e liberar a velha ultraviolência."
"O Durango 95 ronronava bem horrorshow, mandando uma vibração gostosa pras nossas entranhas. Logo havia só árvores e escuridão, irmãos, a escuridão do campo. Nós nos divertimos com outros viajantes noturnos, brincando de donos da estrada. Aí fomos para o oeste. O que queríamos, agora, era fazer a velha visita-surpresa. Era muito legal, bom pra rir e liberar a velha ultraviolência."
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