google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
O que diriam, além das xingações?
Fazendo parte da grande coleção de Dick Wallen, agora hospedada na garagem do Tom Malloy, esses capacetes são dos pilotos da belle époque da USAC (Automóvel Clube dos Estados Unidos). Olhando-se bem dá para ver os nomes. Ainda assim, aqui vão:

Jim Clark, Indy 1966. Um ano que não foi nada bom para ele.


A.J. “Tex” Foyt (bem, ele é texano…), com certeza usado em corridas de Sprint Car, provavelmente entre 1959 e 1965.


Arnie Knepper, um dos meus heróis da juventude. Imagine, uma vez ele chegou em terceiro na Hoosier 100! Difícil de acreditar…

“Big Daddy” Don Garlits, o rei da NHRA com os seus Swamp Rat rail dragsters.


Bobby Unser, irmão do Al Sr., tio do Al. Jr. Ganhou a Indy em 68.


Gary Gabelich, o capacete enfeitado de joiazinhas, com certeza refletindo sua grandiosidade. 1.002 km/h em Bonneville...


Gordon Johncock, o “GORDY”.


Jim “Hercules” Hurtbise, o "HERK”, com as mãos queimadas reconstruiías em forma circular para poder segurar latas de cerveja…


Janet Guthrie, a primeira mulher a correr na Indy.



J.C. Agajanian, promotor sem igual, com o seu famoso chapéu de caubói.


Johnny Rutherford, o “Lone Star JR”, texano (claro!) e campeão da Indy.


King Richard Petty, que nem precisa de apresentação ou explicação.


Mario e Mario.




O inesquecivel Mark Donohue.


Ralph Ligouri, última geração antes dos outros.


O refinado Peter Revson, não só herdeiro da fortuna da família Revlon, mas um dos melhores pilotos no mundo na sua época.


Rick Mears, quatro vezes campeão da Indy


Rodger Ward, campeao da Indy em 59 e 62.


Parnelli Jones, provavelmente usado para corridas de Sprint Car.



Tom Sneva, o primeiro a alcançar 320 km/h e 340 km/h na Indy.



Vendo alguns desses capacetes na vitrine dá vontade de festejar. Outros, vontade de chorar. Só entre esses pilotos aí, quarto morreram em acidentes na pista. Outros cinco não estão conosco mais, vítimas de outro tipo de acidente, idade ou tempo. Mas que bom saber que os demais ainda estão por aqui, gozando dos velhos tempos e aproveitando a vida.
Será que sobreviveram por causa desses capacetes? Ah, não, especialmente com os perigos da época. Com certeza foi intervenção divina…

RP, de Huntington Beach, Califórnia
A solução é fácil! É só chamar o seu posto Ipiranga na esquina. Aí eles mandam um caminhão-plataforma para apanhar o carro. Pondo um guincho na frente, é só  puxar o carro aos poucos, para cima da plataforma do caminhão. Segura-se o carro com cintas de nylon e, está pronto!
OK, talvez não seja tão simples assim…Para vocês saberem, isso foi visto na pista de Laguna Seca, em Monterey Califórnia, depois das corridas “Pre-Historics”, nos dis 8 e 9 de agosto, e antes dos “Historics”, no dia 15 em seguida.
RP, escrevendo de Huntington Beach, Califórnia









A Toyota está realizando a maior convocação já feita por ela em toda sua história.: 3,8 milhões de veículos entre Camry, Avalon, Prius, Tacoma, Tundra e também sua marca premium Lexus. A foto intui por quê: o pedal do acelerador, dependendo da localização do sobretapete, prende no fundo, o acelerador fica todo aberto. Até agora, cinco mortes  foram registradas em decorrência desse problema de aceleração incontrolável.

No caso de botão de partida, é preciso apertá-lo durante 3 segundos para que o motor desligue e poucos sabem disso. E frear com o acelerador todo aberto não deixa vácuo no coletor de admissão para o servofreio utilizar, dificultando a freada por deixar o pedal muito duro.
Sinceramente, a Toyota não merecia passar por esse dissabor. Aliás, fabricante algum.
As soluções serão a troca do pedal por um diferente, mais curto, e uma programação na gestão do motor no sentido de se o freio for aplicado com acelerador todo aberto, o motor desligar. Também, está  prevista uma maneira de fixar sobretapetes convenientemente, com segurança, para que não se desloquem no assoalho.
Agora, esse tipo de evento nunca aconteceria comigo: não admito sobretapetes. Só atrapalham, em nada ajudam. Falei bastante a respeito de sobretapetes num post há quase um ano; dê uma lida.

BS
Na década de 60 um maluco qualquer julgou que seria no mínimo interessante a aplicação de um grande motor aeronáutico em um automóvel. Paul Jameson (um especialista em motores Rolls-Royce Merlin) decidiu que iria executar essa idéia pouco usual. Começava ali a história de 40 anos do carro conhecido como "The Beast" (A Besta).

Para quem não conhece, o Rolls-Royce Merlin é um V-12 de 27 litros, utilizado pelos aviões Supermarine Spitfire na II Guerra Mundial, capaz de alcançar uma potência superior a 1.500 hp quando sobrealimentado. Mede 2,25 metros de comprimento, 1 metro de altura e quase 1 metro de largura. Tamanha grandeza se mostra presente no peso de 744 kg, embora seja inteiramente construído em alumínio. Um colosso que requer 38 litros de óleo no reservatório do cárter seco.

Incapaz de encontrar um carro capaz de acomodar tamanha monstruosidade mecânica, Jameson decidiu construir um chassi próprio e empregou componentes de outros veículos ingleses da época: a carroceria em  plástico reforçado com fibra de vidro foi inspirada no Ford Capri e a a suspensão dianteira veio de um Austin A110. Um Jaguar XJ12 doou todo o sistema de freios e a suspensão traseira independente.


Jameson não fez uso da sobrealimentação e a potência estimada do motor ficava em torno de 950 hp a aproximadamente 2.500 rpm. Por se tratar se um motor aeronáutico de baixa rotação (com marcha-lenta de apenas 120 rpm) e altíssimo torque (105 mkgf), Jameson enfrentou grandes dificuldades na hora de escolher uma transmissão adequada a essas características.

A solução foi recorrer a John Dodd, um especialista em transmissões automáticas, que projetou e construiu uma caixa de multiplicação para acoplar o enorme motor a uma transmissão GM Turbo Hydramatic 400 de 3 velocidades. Dodd gostou tanto do brinquedo que resolveu adquirir a Besta, que serviria como um show car de sua oficina. Jameson abriu mão do projeto, mas chegou a projetar outro brinquedo de 6 rodas, também equipado com o motor Merlin.

Depois de pronto, o carro media quase 6 metros e pesava 2.250 kg, com a tradicional grade dos carros da Rolls-Royce, sem esquecer é claro do Espírito de Êxtase, a pequena estátua que lhe serve de ornamento. O carro acabou sofrendo um incêndio e foi reconstruído, desta vez com o desenho inspirado nas shooting-brakes, pequenas peruas de 2 portas comuns no Reino Unido.

Com suas dimensões nada apropriadas para as pacatas rodovias inglesas, Dodd tratou de colocar a Besta num hábitat mais apropriado: as autobahnen alemãs. Depois de algum tempo brincando em solo teutônico, a Rolls-Royce Limited recebeu o telefonema de um suposto barão alemão, dizendo estar interessado no "novo modelo que estava sendo testado na Alemanha".

Intrigado, o empregado inglês perguntou do que se tratava. O nobre germânico alegou que estava trafegando com seu Porsche em velocidade máxima, quando foi repentinamente ultrapassado por um Rolls-Royce a aproximadamente 320 km/h. Logo depois do barão, outras pessoas ligaram para empresa, questionando a respeito do fantástico Rolls.

A Rolls-Royce investigou o caso e não gostou nem um pouco quando descobriu que uma aberração de fundo de quintal ostentava a criação de Charles Sykes a mais de 300 km/h, ainda que tal façanha não resultasse em nenhuma mácula para a obra de Henry Royce. Tratou logo de convocar uma reunião com seu departamento jurídico para conter as brincadeiras insanas de John Dodd, que considerava sua Besta um produto melhor do que os aristocráticos Rolls.


A decisão final da justiça inglesa favoreceu a empresa e Dodd foi obrigado a redesenhar a dianteira da Besta, sem os elementos característicos dos Rolls-Royce. Mas a polêmica envolvendo o carro foi muito bem utilizada por ele como publicidade gratuita em sua oficina de transmissões automáticas.

Dodd tem hoje 75 anos de idade e vive na Espanha, ainda trabalhando com transmissões automáticas. Em uma recente entrevista concedida para a revista inglesa Evo, John disse que nunca existiu um barão alemão telefonando para a sede da Rolls-Royce: "Era eu mesmo. Estava apenas me divertindo um pouco. Costumava fazer isso com certa frequência. Ligava para o vendedor imitando um sotaque engraçado e dizia que tinha visto o Rolls-Royce a 320 km/h".

O inglês também afirma que apesar da baixa autonomia de 160 km (com um consumo médio de 1 km por litro) a Besta já completou a viagem de Londres a Málaga três vezes, ida e volta. A velocidade máxima alcançada até hoje foi de 296 km/h, embora a Besta tenha desintegrado um jogo de pneus a 240 km/h quando este se dirigia aos estúdios Pebble Mill da BBC.

Sem dúvida, um grande feito para uma aberração de fundo de quintal. Certas diversões simplesmente não têm preço.

FB

Imagens: Evo Magazine/divulgação.