google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


A Toyota está realizando a maior convocação já feita por ela em toda sua história.: 3,8 milhões de veículos entre Camry, Avalon, Prius, Tacoma, Tundra e também sua marca premium Lexus. A foto intui por quê: o pedal do acelerador, dependendo da localização do sobretapete, prende no fundo, o acelerador fica todo aberto. Até agora, cinco mortes  foram registradas em decorrência desse problema de aceleração incontrolável.

No caso de botão de partida, é preciso apertá-lo durante 3 segundos para que o motor desligue e poucos sabem disso. E frear com o acelerador todo aberto não deixa vácuo no coletor de admissão para o servofreio utilizar, dificultando a freada por deixar o pedal muito duro.
Sinceramente, a Toyota não merecia passar por esse dissabor. Aliás, fabricante algum.
As soluções serão a troca do pedal por um diferente, mais curto, e uma programação na gestão do motor no sentido de se o freio for aplicado com acelerador todo aberto, o motor desligar. Também, está  prevista uma maneira de fixar sobretapetes convenientemente, com segurança, para que não se desloquem no assoalho.
Agora, esse tipo de evento nunca aconteceria comigo: não admito sobretapetes. Só atrapalham, em nada ajudam. Falei bastante a respeito de sobretapetes num post há quase um ano; dê uma lida.

BS
Na década de 60 um maluco qualquer julgou que seria no mínimo interessante a aplicação de um grande motor aeronáutico em um automóvel. Paul Jameson (um especialista em motores Rolls-Royce Merlin) decidiu que iria executar essa idéia pouco usual. Começava ali a história de 40 anos do carro conhecido como "The Beast" (A Besta).

Para quem não conhece, o Rolls-Royce Merlin é um V-12 de 27 litros, utilizado pelos aviões Supermarine Spitfire na II Guerra Mundial, capaz de alcançar uma potência superior a 1.500 hp quando sobrealimentado. Mede 2,25 metros de comprimento, 1 metro de altura e quase 1 metro de largura. Tamanha grandeza se mostra presente no peso de 744 kg, embora seja inteiramente construído em alumínio. Um colosso que requer 38 litros de óleo no reservatório do cárter seco.

Incapaz de encontrar um carro capaz de acomodar tamanha monstruosidade mecânica, Jameson decidiu construir um chassi próprio e empregou componentes de outros veículos ingleses da época: a carroceria em  plástico reforçado com fibra de vidro foi inspirada no Ford Capri e a a suspensão dianteira veio de um Austin A110. Um Jaguar XJ12 doou todo o sistema de freios e a suspensão traseira independente.


Jameson não fez uso da sobrealimentação e a potência estimada do motor ficava em torno de 950 hp a aproximadamente 2.500 rpm. Por se tratar se um motor aeronáutico de baixa rotação (com marcha-lenta de apenas 120 rpm) e altíssimo torque (105 mkgf), Jameson enfrentou grandes dificuldades na hora de escolher uma transmissão adequada a essas características.

A solução foi recorrer a John Dodd, um especialista em transmissões automáticas, que projetou e construiu uma caixa de multiplicação para acoplar o enorme motor a uma transmissão GM Turbo Hydramatic 400 de 3 velocidades. Dodd gostou tanto do brinquedo que resolveu adquirir a Besta, que serviria como um show car de sua oficina. Jameson abriu mão do projeto, mas chegou a projetar outro brinquedo de 6 rodas, também equipado com o motor Merlin.

Depois de pronto, o carro media quase 6 metros e pesava 2.250 kg, com a tradicional grade dos carros da Rolls-Royce, sem esquecer é claro do Espírito de Êxtase, a pequena estátua que lhe serve de ornamento. O carro acabou sofrendo um incêndio e foi reconstruído, desta vez com o desenho inspirado nas shooting-brakes, pequenas peruas de 2 portas comuns no Reino Unido.

Com suas dimensões nada apropriadas para as pacatas rodovias inglesas, Dodd tratou de colocar a Besta num hábitat mais apropriado: as autobahnen alemãs. Depois de algum tempo brincando em solo teutônico, a Rolls-Royce Limited recebeu o telefonema de um suposto barão alemão, dizendo estar interessado no "novo modelo que estava sendo testado na Alemanha".

Intrigado, o empregado inglês perguntou do que se tratava. O nobre germânico alegou que estava trafegando com seu Porsche em velocidade máxima, quando foi repentinamente ultrapassado por um Rolls-Royce a aproximadamente 320 km/h. Logo depois do barão, outras pessoas ligaram para empresa, questionando a respeito do fantástico Rolls.

A Rolls-Royce investigou o caso e não gostou nem um pouco quando descobriu que uma aberração de fundo de quintal ostentava a criação de Charles Sykes a mais de 300 km/h, ainda que tal façanha não resultasse em nenhuma mácula para a obra de Henry Royce. Tratou logo de convocar uma reunião com seu departamento jurídico para conter as brincadeiras insanas de John Dodd, que considerava sua Besta um produto melhor do que os aristocráticos Rolls.


A decisão final da justiça inglesa favoreceu a empresa e Dodd foi obrigado a redesenhar a dianteira da Besta, sem os elementos característicos dos Rolls-Royce. Mas a polêmica envolvendo o carro foi muito bem utilizada por ele como publicidade gratuita em sua oficina de transmissões automáticas.

Dodd tem hoje 75 anos de idade e vive na Espanha, ainda trabalhando com transmissões automáticas. Em uma recente entrevista concedida para a revista inglesa Evo, John disse que nunca existiu um barão alemão telefonando para a sede da Rolls-Royce: "Era eu mesmo. Estava apenas me divertindo um pouco. Costumava fazer isso com certa frequência. Ligava para o vendedor imitando um sotaque engraçado e dizia que tinha visto o Rolls-Royce a 320 km/h".

O inglês também afirma que apesar da baixa autonomia de 160 km (com um consumo médio de 1 km por litro) a Besta já completou a viagem de Londres a Málaga três vezes, ida e volta. A velocidade máxima alcançada até hoje foi de 296 km/h, embora a Besta tenha desintegrado um jogo de pneus a 240 km/h quando este se dirigia aos estúdios Pebble Mill da BBC.

Sem dúvida, um grande feito para uma aberração de fundo de quintal. Certas diversões simplesmente não têm preço.

FB

Imagens: Evo Magazine/divulgação.
A felicidade está nas coisas simples, como, por exemplo, chegar em casa do trabalho e encontrar na porta uma nova edição da revista que assinamos, como aconteceu óntem. Eu assino a americana Automobilie.

Logo que bati o olho na capa algumas coisas me chamaram a atenção.

Primeiro a chamada bem forte: "Satanic Lexus" E segundo a importância da chamada, pois não há mais nada na capa além do novo LFA. Difícil ver uma capa assim, com apenas uma chamada.

Se a Toyota queria fazer barulho, conseguiu. Esse novo Lexus LFA está realmente causando algum alvoroço no meio automobilístico. O primeiro supercarro da Toyota, lançado no meio da crise, sob a marca de luxo do fabricante. Um carro puro, sem exageros tecnológicos, feito para entusiastas. O MAO já falou bastante sobre ele aqui.

E o terceiro ponto que chama a atenção é a cor do Lexus: branco!



O Bob Sharp notou que a tendência do branco está chegando por aqui, como no lançamento do novo Fox. Mas nos esportivos essa tendência já vem acontecendo há algum tempo, como comentado num post antigo.

De fato, o branco é uma cor muito bacana nos esportivos e em outros carros. Pelos comentários no post do Bob a grande maioria acha a mesma coisa.

O dono do quiosque onde tomo café é um autoentusiasta e todos os dias falamos sobre carros. Toda quarta-feira ele compra o JT com o Jornal do Carro e papeamos sobre as notícias. Sem dúvida, é um dos melhores momentos dos meus dias.

No Jornal do carro de hoje há uma matéria sobre cores com alguns dados da PPG (que fornece tintas para os fabricantes). As três cores predominantes no mercado brasileiro em 2009 são o prata com 34% de participação, o preto com 26% e o cinza, com 15%. Mas a matéria não fala quanto corresponde ao branco. Só diz que em 2010 o branco terá 18% de partcipação.

Fiquei um pouco intrigado com o assunto e encontrei alguns dados da própria PPG, porém de 2006, mas que acredito não estarem muito defasados. Contrariando a percepção de que a ditadura do preto e prata (e cinza) é coisa de brasileiro esperto, essa três cores mais o branco são as mais vendidas em quase todo o mundo. Ou seja, fora do Brasil, não temos um lindo arco-íris nas ruas. Interessante que a preferência muda de acordo com os diferentes segmentos.

Na América do Norte o branco aparece em segundo na preferência. Mas isso se explica pela alta participação em picapes e SUVs, que correspondiam aproximadamente a 50% do mercado americano. No entanto azul e vermelho também tem alguma participação expressiva.



Na Europa a tendência se repete com o prata, preto e cinza, mas o azul também se destaca um pouco.



No Japão o branco é realmente forte em todos os segmentos e não há destaque para outras cores "mais vivas".



Na China o pessoal gosta um pouco mais de azul.




Na Coréia do Sul, aparece o branco mais forte em sedãs e o vermelho nos compactos. Mas no geral a ditadura continua.




E aqui na nossa casa, juntando com os vizinhos, já sabemos o resultado. Vale destacar que o vermelho aparece em quinto. Sei que na Argentina o vermelho é muito bem aceito. Aqui no Brasil, ou pelo menos em São Paulo, o vermelho se destaca em carros pequenos. Trabalho num andar alto, com vista para a Marginal Pinheiros e quando o trânsito para fico olhando os carros e já notei que todos os vermelhinhos são carros pequenos.




Portanto, cores mais vivas acabam de fato ficando mais restritas a nichos, ou segmentos menores, que acabam atraindo pessoas mais predispostas a ser diferente da massa.

Mas uma coisa é fato, o branco é bacana!



A mulher do jornalista Fernando Calmon não resistiu e deu uma saída com o Fiat Cinquecento que estava com ele, cedido que fora pela fábrica para teste, como é habitual.

Na volta, se dirigiu ao box na garagem subterrânea do prédio onde moram,  para estacionar, quando, ao manobrar, viu outro carro parar e uma das portas se abrir de repente.

De dentro saiu um garotinho de uns quatro anos  que correu em direção ao Cinquecento. Chegou ao carro e, pela parte dianteira, abraçou-o e beijou-o afetuosamente dizendo, "Luigi! Luigi!".

Para quem por acaso não entendeu, Luigi, um italiano, é um dos personagens mais marcantes do filme "Carros", da Disney-Pixar (2006). Tinha um comércio de pneus no filme, ajudado por Guido, uma empilhadeira.
Luigi era personificado justamente por um Fiat Cinquecento -- la nuova 500 -- que foi produzido de 1957 a 1975, chegando a 4,25 milhões de unidades. Foi um dos mais populares carros italianos, motivando a Fiat a relançá-lo, atualizado, em julho de 2007. O sucesso esperado continua.

É mesmo notável uma criança tão pequena reconhecer a releitura moderna de um modelo clássico do passado. 
BS
Imagem: site www.moviemark.com.br/cars