google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
De 9 a 12 de outubro aconteceu o XI Encontro de Pick-ups e Carros Antigos em Águas de São Pedro, organizado pelo Pick-ups Club.

Fiz um bate-e-volta com a família. Como estava apenas passeando resolvi não trabalhar muito e acabei ficando mais nas fotos do que nas informações. De qualquer maneira econtrei alguns modelos interessantes e preparei uma seleção do que eu mais gostei.

O evento estava muito gostoso. Não é grande, em uma hora é possível ver todos os carros com atenção. A cidade é muito agradável e no dia em que estive lá o Sol apareceu. É um excelente programa para fazer com a família.

Chevrolet 3100 Brasil




Chevrolet 3100


Ford F75




Ford F100 1962





Muitas outras Ford, de vários anos e modelos.








Uma Dodge D100 1970 impecável



Uma Fargo 1951, feita pela Chrysler no Canadá, com a frente mais curta que as outras é mais compacta.



Uma Chevrolet C10 bacana e alguns entusiastas.



As picapes car derived
Rancheros 1959 e 1973



e El Camino



Alguns automóveis interessantes

Opel


Cadillac De Ville 1974


Chevy Impala e Belair


Chevy Blazer


Opala SS


Opala e Veraneio


Plymouth Barracuda


VW rat rod


e o Koysistraña (uma réplica)


Um conjunto bem entusiasta, Opala mais Suzuki GT550





E como eu não resisto, muitos detalhes, ou fragmentos de outros carros que estavam no encontro. Me desculpem aqueles que fazem questão de ver os carros por inteiro.

















O CO2 não é um gás poluente no sentido de ser nocivo ao ser humano. Ele é um dos componentes da atmosfera e nós humanos o produzimos quando respiramos. Ele também é produto da queima de combustíveis com base de carbono. E é o gás dos refrigerantes e das águas minerais artificiais, carbonadas. Mas por que tanto se fala em reduzir as emissões de CO2?

É que o CO2, junto com o metano (CH4), é um dos principais causadores do efeito estufa. De maneira simplificada (na verdade é bem simples mesmo) o efeito estufa é o aquecimento da atmosfera, e consequentemente da Terra, devido ao bloqueio do calor gerado pelos raios de sol, que atravessam a camada de gases ao redor do planeta, aquecendo-o, ms que se dissipariam na forma de radiação. O CO2 (e o metano) impede ou dificulta essa radiação, resultando na retenção do calor, como numa estufa, fazendo com que a temperatura da atmosfera terrestre aumente.

E isso está alterando nosso clima, com vários efeitos catastróficos como enchentes e furacões violentos. Independente do alarmismo gerado, recomendo dois filmes que falam desses efeitos e da ação do homem na Terra: “Uma verdade inconveniente” (fácil de achar em locadoras ou em lojas na Internet) e “Home” (disponível no link: Home).


Dados recentes mostram que os transportes rodoviários são responsáveis por 16% das emissões de CO2, sendo os automóveis de passageiros os principais contribuintes para esse número. Como referência, a principal atividade responsável por 43,9% das emissões de CO2 é a geração de energia/aquecimento de ambientes, principalmente nos países desenvolvidos. E o pior é que previsões para diminuição das emissões de CO2 não são muito positivas, pois os países emergentes estão com as vendas de automóveis crescendo a cada ano. Então os esforços para diminuir o consumo de combustíveis fósseis (com base de carbono) e emissões de CO2 dos veículos acabam se anulando devido ao aumento substancial da frota de veículos no mundo.

Imagine apenas o crescimento da China, que ainda tem um mercado menor que o dos Estados Unidos (mas que está prestes a ultrapassar), mas tem uma população de 1,3 bilhão de habitantes para uma frota de 75 milhões de veículos (valores aproximados), o que representa 1 carro para cada 17 habitantes. O Brasil tem 190 milhões de habitantes para uma frota circulante de 28 milhões, o que representa 1 carro para cada 6,8 habitantes. Então, se a China atingir a mesma quantidade de carros por habitante que o Brasil, sua frota será de mais de pouco mais de 190 milhões de veículos. Quando o mercado da China crescer a emissão de CO2 vai aumentar muito. Daí toda essa preocupação com o futuro próximo do automóvel.

Mas, de onde veio toda essa introdução? É que outro dia lí uma pesquisa feita com altos executivos de diferentes áreas de empresas do segmento automotivo em 15 países com o título "Automotive 2020: clarity beyond the chaos" (Automotivo 2020 - clareza além do caos). Essa pesquisa foi feita para tentar estabelecer uma linha de raciocínio sobre os desafios da indústria automobilística para os próximos anos. O material é um pouco longo e acho que aqui não é o lugar para comentar sobre tudo que lá está.

Mas um ponto específico me fez pensar e ter a ideia de fazer esse post. Um dos 5 aspectos que resultaram da pesquisa como pontos cruciais para o desenvolvimento do segmento e o futuro do automóvel é o que foi chamado de "consumidor sofisticado". Os consumidores em 2020 serão muito mais informados, mais exigentes, impacientes e terão uma consciência ecológica mais sedimentada.

Especialmente com relação à consciência ecológica, vejo como a minha filha está crescendo com conceitos ligados a isso que eu e muitos de nós nunca escutamos até os 30 anos de idade e, portanto, são difíceis de serem incorporados aos nossos hábitos. Já as crianças de hoje nascem em meio a uma real preocupação com o meio ambiente e por isso terão uma atitude proativa em tudo que diz respeito a isso. Em 2020 o consumidor realmente estará maduro em relação às questões ambientais, até mesmo no Brasil.

Mas o que mais me abalou como autoentusiasta foi uma frase que eu mesmo já havia dito antes, mas nunca havia lido em outro lugar: "A paixão por automóveis está em declínio, de alguma forma devido às preocupações com a ecologia, mas também a mudanças no estilo de vida.”


É como se todo mundo ficasse com peso na consciência por estar usando um automóvel poluente, ou que polua mais que o automóvel do amigo. E as mudanças no estilo de vida estão relacionadas às dificuldades de circulação com automóveis nos centros urbanos e a própria posse do automóvel. O conceito de mobilidade pessoal pode se expandir com o surgimento de diversas opções de transporte que não precisam ser necessariamente compradas, mas sim pagas de acordo com a utilização. É triste dizer, mas a emoção que sentimos ao escutar a partida de um V-8 está com os dias contados.

Ainda na mesma semana, com essa constatação em minha cabeça, e com a ideia de que preciso acelerar a aquisição do meu V-8, me deparei com outro assunto anti-autoentusiastas. A bola da vez para os que já tem consciência ecológica mais sedimentada chama-se eco-driving, ou direção ecológica.

Antes de explicar o que é direção ecológica, vou explicar a direção que adoto praticamente desde que comecei a dirigir: direção binária. É muito simples: 0 (zero) representa acelerador não acionado e 1 representa acelerador 100% pressionado. Sei que é uma idiotice, mas qualquer coisa entre 0 e 1 é muito monótono. Principalmente quando se dirige um carro de motor 1-litro.

Agora, se quiser me incluir na nova ordem mundial e dar um bom exemplo, terei que praticar a direção ecológica. E podem apostar que já estou de alguma maneira tentando, ou ao menos fazendo um esforço para isso.

Direção ecológica consiste em dirigir emitindo o mínimo possível de CO2 ou, se preferir, gastando o mínimo possível de combustível. Dependendo da fonte podemos encontrar uma variação nas recomendações. Abaixo segue um apanhado das principais práticas para manter o ambiente e sua consciência um pouco mais limpos e, de quebra, economizar algum dinheiro.

> Planeje o seu caminho - escolha caminhos com menos trânsito e evite se perder, pois ficar em marcha-lenta no trânsito ou rodar por aí perdido, aumenta o consumo.

> Rode o mais leve possível - evite carregar tralhas que não são usadas no carro; menos peso diminui o consumo (minha mulher fez do porta-malas um depósito de coisas que não cabem em casa!).

> Verifique a pressão dos pneus - pneu murcho aumenta o consumo de combustível, 5 libras a menos quase não notamos visualmente, portanto crie o hábito de checar a pressão a cada dois reabastecimentos e, de quebra, aumente a vida útil do seus pneus.

> Evite ao máximo ficar em marcha-lenta - desligue o motor sempre que parar por algum motivo que não seja o trânsito como, por exemplo, ficar esperando alguém ou enquanto estiver falando ao telefone.

> Use o ar condicionado somente quando necessário - no meu carro o ar condicionado costumava ficar ligado mesmo no frio, agora estou mais atento a isso e o desligo sempre que possível.
As próximas recomendações estão relacionadas a uma maior atenção no tráfego, ajudando a antecipar as ações.

> Aperte o acelerador progressivamente - acelerações bruscas aumentam o consumo

> Troque para a marcha superior o quanto antes, evitando esticadas longas

> Mantenha uma velocidade constante o máximo possível (mantendo a atenção no tráfego à frente, é lógico) - manter velocidade constante e uma velocidade apropriada reduz o consumo

> Alivie o acelerador o quanto antes e deixe o carro diminuir a velocidade naturalmente, nos carros com injeção eletrônica deixe o carro engatado, pois nessa condição a injeção de combustível é cortada (se colocar no ponto-morto a injeção é necessária para manter a marcha-lenta)

Alguns estudos apontam que se todas essas práticas forem realmente adotadas poder-se-á atingir uma economia de combustível de até 20%. Para mim tudo isso é muito difícil, mas dá para eu melhorar alguns hábitos. Para minha filha, isso será praticamente natural.

O fato é que temos que continuar com o nosso autoentusiasmo. Ainda não sei muito bem como...

Será que é possível ser eco-autoentusiasta?

PK






Este último sábado, dia 17, fui ao X-treme, uma feira de carros modificados.
Apesar de que muitos dos estilos lá propostos não serem do meu gosto, gostei da feira. Gostei porque mesmo a tarde estando fria e garoenta o pavilhão da Imigrantes estava lotado de gente.
Ali havia uma ampla oferta do que muita gente gosta. Por exemplo, sonzeira. Não dou a mínima bola pra sonzeira num carro, mas muita gente dá, e na feira havia vários estandes de incríveis caixas de som, que, se todas fossem ligadas juntas, poriam tudo aquilo abaixo. Evitei algumas áreas por medo que me escorresse sangue dos ouvidos. Mas eu não significo nada e muita gente gosta e gasta com essas coisas e lá tinha o que há de melhor em sonzeira.
Gostei de uns Fuscas modificados, tipo hot, pois a versatilidade do Fusca aguça minha curiosidade. Sempre dá pra fazer um Fusca diferente. Um Fusca laranja com teto rebaixado estava bem legal, mas me decepcionei quando fui mexer na suspensão do bichinho e notei que ela estava bem travada, praticamente impossibilitada de humanamente andar com o carro. Esses caras são caprichosos e se bem orientados fariam um bom trabalho. O tempo há de ensiná-los, espero.
Na verdade só vi coisa pra empetecar e não vi nada, nenhum carro, nenhum estande, que tivesse algo para uma boa preparação de motor ou melhoria de suspensão, só “pioria”. Uma oficina de Santo André montou algumas suspensões com amortecedores inboard na horizontal, com alavancas pra lá e pra cá. Curioso, fui perguntar, mas também me decepcionei quando um sujeito lá em off me disse que nenhuma delas funcionava direito e que aquilo ali era mais pra inglês ver. Pneus tipo fita em rodas de mais de 20 polegadas é o sonho de muitos. Porque será que muita gente tem mania de sonhar errado? Ainda mais para quem mora em São Paulo, com ruas que mais parecem recém bombardeadas por chuvas de meteoros, andar com esse tipo de rodas é uma insensatez tremenda. Mas tem muita gente que insiste nessa insensatez. Ainda bem que não formam a maioria.
O Fernando Batistinha, amigo meu, ótimo piloto e restaurador/modificador, estava expondo oito carros. Todos impecáveis. Esse, além de ter o pai que é bom preparador de motores, sabe acertar a suspensão dos carrões americanos. Esse manja. Acho que os dele eram os únicos bons de guiar, os únicos que realmente tive vontade de guiar. Fora os dele, tive vontade de guiar um dragster lá de 3.600 cv e 400 mkgf de torque.
Gostei mesmo foi dos rat-hots. Acho animal esses carros todo enferrujados, ferros-velhos ambulantes, porta de couro, folga na direção, folga em tudo, motor V8 explosivo, alavanca de câmbio compridona, quinas cortantes pra todo lado. Isso é carro pra quem sabe se virar e guia qualquer coisa. Anti-tetânica no músculo e vamos lá.
Lá fora teve show. A equipe do Chico Louco barbarizou dando cavalos de pau incessantes. O cara é guerreiro; bota tração traseira em Gol Bolinha. Mete a serra pelas entranhas do carro, faz um túnel maluco ali e passa um eixo cardã de fora a fora e tá feita a tração traseira, incrivelmente sem que o carro rache ao meio no primeiro cavalo de pau. Além dos Gol tração traseira tinha Chevettinho e Omega 3 litros motor alemão. Nenhum tração dianteira. Tração dianteira não dá show.
Teve drifting da Drifting Company Brasil. O Eduardo, o “Fedido”, apelido dele, ia me levar pra andar com ele, mas na hora de começar foi uma confusão dos infernos e não achamos um capacete e acabei não indo e eles entraram lá e deram um bom show andando de lado. Tudo carro tração traseira, motor turbinado com mais de uns 300 cv, 4 cilindros, 16 v, diferencial travado como se fosse soldado, suspensão firmaça, frente pregada no chão com muita cambagem negativa. Os motores vão a mais de 9 mil rpm. Se um dia você for ver, cuidado, porque voa pedra pra tudo que é lado. Voa mesmo, to avisando.
Tinha um boy lá que tinha um Uno com um motor confuso pracaramba, todo colorido, e que cuspia labaredas de fogo. Só tirei uma foto boa dele e nessa não deu pra pegar a labareda e resolvi me mandar logo dali de perto.
Tinha umas modelos mulherão lá, de roupa tão justa que dava para ver seus órgãos internos se mexendo.
Mesmo, assim, gostei. Acho legal as pessoas se divertirem, e que o público estava se divertindo, isso estava. O X-treme oferece o que esse público quer e o faz bem.