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A longa frente deve beirar os 2 metros de comprimento desde a ponta do capô até a base do para-brisa.
As saídas de ar no capô seguem o desenho das saída de ar nos para-lamas dianteiros.
A forma atlética do SLS, musculosa, mas sem ser anabolizada, é suportada por uma leve estrutura de alumínio. Os painéis externos também são de alumínio para manter o carro leve. Para se ter uma idéia, o SLS pesa 1620 kg enquanto o BMW M3, de porte similar, com teto em fibra de carbono e algumas partes da carroceria em alumínio, pesa 1675 kg com uma fração da performance do novo Mercedes.
A estrutura espacial de alumínio pesa apenas 241 kg que representa uma redução da ordem de 50% de uma estrutura feira em aço. A estrutura é composta por paineis, perfis e peças fundidas, além dos reforços no quadro do para-brisa serem feitos de aço para uma maior resistência.
O trem de força é composto por um motor entre-eixos dianteiro com transeixo (caixa mais diferencial) traseiro com um tubo de torque, por onde passa o cardã, ligando os dois. As suspensões são de duplo A na frente e atrás. O peso é distribuído 47% no eixo dianteiro e 53% no eixo traseiro assegurando um excelente comportamento dinâmico.
O motor é o conhecido V-8 de 6,2 litros (que a Mercedes / AMG insistem em dizer que é 6.3), aspirado e com quatro válvulas por cilindro, que gera potência máxima de 571 cv a 6.800 rpm e um torque máximo de 65 kgfm a 4.750 rpm. Essa cavalaria o leva a 317 km/h de velocidade máxima, o acelera de 0 a 100 km/h em 3,8 s e consome 13,2 litros a cada 100 km (7,6 km/l) - dados preliminares.
Para conseguir extrair essa potência do V-8 AMG toda a parte de admissão foi retrabalhada, incluindo as caixas de ar, filtros e dutos.
Na foto abaixo podemos observar o recuo do motor para trás do eixo dianteiro. Repare também no reservatório de óleo à frente do motor.
O motor foi instalado o mais baixo possível para manter o centro de gravidade também o mais baixo possível. Repare na ilustração como a parte mais baixa do motor está na altura do assoalho.
Para conseguir baixar tanto o motor foi necessário a adoção de um sistema de lubrificação do motor com cárter seco, com reservatório instalado à frente do motor. Para garantir uma lubrificação apropriada em curvas de alta velocidade e alta força G existem duas bombas, uma de pressão que envia o óleo para o motor, e outra de sucção que suga o óleo que desce pelo interior do motor e o envia novamente para o reservatório.
A caixa de mudanças segue a tendência e é manual automatizada de dupla embreagem. São sete marchas acionadas apenas por borboletas no volante, ou automaticamente - não existe alavanca de mudanças. O conjunto transeixo ainda possui diferencial autobloqueante mecânico que ajuda a manter a aderência quando se despeja toda a potência nas rodas.
Um tubo de torque também de alumínio (fundido) liga o motor ao transeixo garantindo ao conjunto rigidez torcional e a flexão. Por dentro do tubo passa o eixo cardã que é feito de plástico reforçado com fibra de carbono. A peça tem 1,71 metros, pesa apenas 4 kg e transmite os 65 mkgf de torque do motor para a transmissão.
A suspensão, também de alumínio, é de duplo A tanto na frente quanto atrás.
Os discos de freio podem ser de carbono (cerâmica reforçada com fibra de carbono) como opcional. As pinças têm seis pistões e são pintadas em amarelo/dourado quando os discos são de carbono.
O sistema de direção de pinhão e cremalheira para melhor precisão e possui com assistência progressiva. Esse conjunto dianteiro, direção e os triângulos inferiores, é fixado ao chassi por um sub-frame que melhora o isolamento de vibrações e asperezas e consequentemente aumenta o conforto.
Para aumentar o down force e melhorar a estabilidade há um aerofólio retrátil na traseira que levanta automaticamente ao se atingir 120 km/h.
O interior é elegante e bem simples sem nenhum destaque. O painel é todo revestido de couro.
Os mostradores também são simples, mas contém o "shift-light", leds indicadores de rotação que passam da cor verde para o amarelo e finalmente para o vermelho acusando a necessidade de troca de marcha. Muito útil para tocadas fortes onde os olhos têm que ficar ligados na pista e nos oponentes. O shift-light pode ser "visto" com a visão periférica.
O console central abriga os comandos que mais nos interessam. A pequena alavanca quase não tem utilidade, serve apenas para colocar a caixa em drive ou acionar a ré. O parking é acionado por um botão. Os dois comandos que gostamos são o de modo de atuação da transmissão e o de ajuste do controle de estabilidade.
Existem 5 modos de atuação da transmissão:
C: Controlled Efficiency - otimiza o consumo e o conforto, sempre utiliza a segunda marcha para partir do repouso,
S: Sport - faz as trocas mais rápidas (20%),
S+: Sport Plus - faz as trocas mais rápidas que o Sport (20%),
M: Manual - poderia ser F, de Fun, - faz as trocas ainda mais rápidas que o Sport Plus (10%),
RS: Race Start - autometicamente utiliza aceleração máxima nas arrancadas, ou largadas.
Outro botão divertido é o do controle de estabilidade que serve para ativar, desativar ou acionar o modo Sport.
Existem ainda o botão que retrai ou eleva o aerofólio traseiro e o botão AMG, que ativa todas as regulagens pré-selecionadas dos outros botões em um único toque. Aparentemente o botão AMG não atua na suspensão, resposta do acelerador e assistência da direção (essa informação não foi divulgada). Apenas como curiosidade o botão M do BMW M3 também comanda esse outros ajustes.
O quinto botão mostrado na foto é o de partida do motor.
Termino com uma seleção de outras fotos que eu gostei muito, e gostaria de ter sido o autor.