google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Domingo é dia de descanso. Então esse post é bem visual e de palavras suficientes para contextualizar as imagens a seguir.
Aconteceu óntem o lançamento do livro "Galaxie, o grande brasileiro", da Editora Alaúde, num encontro de Galaxies e outros Fords realizado na concessionária Ford Frei Caneca e com apoio do Clube Ford V8.
Estive lá trabalhando...






































Nos concursos e exposições de carros antigos, o principal apelo do automóvel sempre foi sua apresentação. Quanto mais impecável for o carro, mais bem visto ele será. É neste quesito que a restauração faz valer seu elevado custo, com a busca incansável por peças para substituição, a dificuldade de acertar na cor da pintura, o detalhe de costura dos tecidos e a correta posição dos emblemas de carroceria, entre outros pontos que valorizam o veículo.

Mas muitos dizem que uma boa parte das restaurações são exageradas e alguns carros antigos estão "bons demais". Na Peregrinação do mês passado vimos ótimos exemplos de carros restaurados ao melhor que se pode chegar de detalhamento, carros realmente impecáveis.

Packard 833 1931

Eu não tenho nada contra carros que passaram por tal restauração, muito pelo contrário, acho sensacional ver um carro tão bonito e tão bem cuidado, maravilhosamente bem feitos, ou over-restored como dizem por ai quando estão "bons demais". Mas alguns carros expostos em Pebble Beach nos fazem pensar um pouco.

Maserati 3500GT 1962

Há uma categoria chamada Preservation Class, ou Classe de Preservação, que recebe os carros que não foram restaurados e são o que chamam de testemunha de época. São carros que "viveram" o passado e estão com marcas dele espalhadas por todo lado. Não são carros velhos mal cuidados, como podem pensar, pois estão bem cuidados, apenas estão "gastos" pelo tempo. E geralmente os modelos que aparecem neste tipo de evento são carro raros.

Porsche 550 1955

Eles nos fazem pensar por o que já passaram, o que já "presenciaram" e quantas vidas não marcaram ao longo dos anos. Estes carros passam uma sensação estranha, difícil de descrever, mas algo parecido como se o carro pudesse falar e nos contar como foram suas experiências, como as histórias que ouvimos de nossos antepassados, pois eles estavam lá, viveram suas vidas e estão aqui para nos contar. É difícil não imaginar os acontecimentos pelos quais esses carros passaram, desde sua fabricação, pois em muitos casos, grande parte das peças e mesmo a pintura, são originais de fábrica. Os carros de corrida então não há o que não imaginar, pois eles estavam lá, correndo e as vezes, vencendo.

Wanderer W25K 1937

Novamente, não acho errado os carros ditos over-restored, mas devemos respeito às testemunhas de épocas. E testemunhas como essas não são apenas carros velhos, que fique bem claro.

Porsche 356A Carrera 1956
Encerrando (talvez) o assunto SUVs aqui no blog, acredito que muitos leitores perceberam quem é que estava ao volante do BMW X5 Le Mans: ninguém mais ninguém menos do que Hans-Joachim Stuck.

Filho do legendário "rei da montanha" Hans Stuck, é dono de uma carreira invejável, que inclui um período de 5 anos na Fórmula 1 (1974 a 1979), duas vitórias na 24 Horas de Le Mans (1986 e 1987) e três vitórias na 24 Horas de Nürburgring (sendo este seu primeiro campeonato, aos 19 anos de idade). Foi também campeão do Deutsche Tourenwagen Meisterschaft (DTM) em 1990 pela Audi e de lá pra cá teve grande sucesso pilotando para Porsche e BMW. Desde 2008 é responsável pela Volkswagen Motorsport.


"Nós sempre tivemos um GTI na família, da primeira geração até a quinta. Sem discussões. Mesmo quando eu tinha contrato firmado com a BMW eu preferia guiar até Nürburgring em um GTI. Foi num GTI que perturbei pilotos de 911 no Nordschleife. Essa era a genialidade deste carro e ela permanece desta forma até hoje."

Hans-Joachim Stuck
O T-Rex ao lado de um Range Rover

Antes de mais nada, devo deixar claro que nada tenho contra os carros do tipo SUV (Sport Utility Vehicles), ou apenas utilitários esportivos. Como em qualquer categoria de carro, sempre há os sublimes e os ridículos, e acredito que todos têm sua função.
Entrando no assunto desse post, o Paulo Keller começou a falar de SUV e o Bitu prosseguiu, então tenho o direito e a obrigação de chutar o balde, lembrando do Coggiola T-Rex, apresentado em Genebra, no Salão do ano 2000.
Esse carro deverá ser, muito provavelmente, o ápice do exagero de tamanho e massa deslocada para carregar pessoas, e dadas as tendências de policiamento e reclamações da mídia não especializada e da população manobrada, não será jamais superado nesses quesitos.
A Coggiola é uma empresa de engenharia e design, que trabalha com projetos, modelos de estilo e soluções de arquitetura e empacotamento para versões novas sobre carrocerias já existentes, e protótipos e conceitos inteiros, trabalho esse menos frequente. É pouco conhecida pelo nome, mas de seus estúdios saíram por exemplo, os conceitos do primeiro Renault Mégane e o Chrysler Portofino, que gerou os modelos cab-forward da marca da estrela de cinco pontas, como o Stratus.
Para aparecer e propagandear a empresa na onda do ano 2000, um Hummer H-1 foi utilizado como doador de mecânica, e uma carroceria com desenho mais no padrão comercial foi desenvolvida, carregada de amenidades eletrônicas de conforto.
O pequeno monstro ficou com três filas de bancos. Na primeira, motorista e passageiro separados com uma distância similar à encontrada no Hummer, devido ao motor dianteiro ser posicionado bastante para trás, quase podendo ser considerado um entre-eixos dianteiro.
A segunda tem dois bancos individuais atrás dos dianteiros, em um nível de assoalho mais alto. Por fim, na terceira, mais alta ainda, um banco onde mais dois passageiros podem sentar mais próximos um do outro. E ainda um porta-malas atrás de tudo isso, em que se pode subir por um degrau que surge ao se dobrar para baixo a parte central do para-choque traseiro.
Algumas dimensões explicam bastante coisa, e complementam o que podemos ver nas fotos.
Comprimento: 5,35 m
Largura: 2,27 m (sem contar os espelhos)
Altura: 2,22 m
Distância entre eixos: 3,30 m
Altura livre do solo: 0,40 m
Peso em ordem de marcha: 3.200 kg
Carga máxima: 1.600 kg
O desempenho é apenas suficiente, com velocidade máxima de 134 km/h, alcançada após o motor diesel com 195 hp colocar todos esses relativamente poucos cavalos para correr, através de uma transmissão automática de 4 marchas.
Resumindo, muito parecido com o monstruoso H1. Força bruta, não velocidade pura.
Pois é, não reclamem comigo sobre SUVs no AUTOentusiastas. Não fui eu quem começou.
O Smart, com apenas 2,70 m de comprimento, cabe inteiro no entre-eixos do T-Rex !
JJ