google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

O engenheiro Ricardo Penteado - mais conhecido como Botoman - é brasileiro de Florianópolis, SC, e há mais de cinco anos trabalha como engenheiro de motores na Equipe Renault de F-1. Por incrível que pareça, uns quatro anos atrás o Boto me escreveu para trocarmos ideias sobre Fuscas - ele, assim como eu, é doente por Fusca; vai entender.


Dessa troca de e-mails formou-se uma boa amizade. Hoje ele é também engenheiro de pista, onde era responsável pelo motor do Nelsinho Piquet (há uma equipe completa para cada piloto). Na quarta-feira antecedente ao GP do Brasil do ano passado batemos um papo com o Boto nos boxes da equipe e ele nos falou de coisas curiosas dessa categoria que é a top em tecnologia.

O Ricardo Penteado e eu, no GP do Brasil de 2008

Um Fórmula 1 atual é um avião de ponta-cabeça, cujos flapes estariam em posição de decolagem. Suas asas o comprimem com tanta força de encontro ao solo, que a 150 km/h essas forças já são maiores que a massa do carro, portanto, teoricamente, se ele entrasse num enorme cano, a essa velocidade ele poderia ir subindo pela parede e seguir grudado no teto. (nota: essa informação é velha. O que é novo é saber a velocidade mínima certa).


Ao longo da corrida, tudo vai bem desde que o carro esteja andando pra frente. As asas atuam desde que alinhadas com o deslocamento do carro. Numa curva, uma escorregada de lado literalmente descola o carro do chão e ele sai voando pela tangente. Portanto, esqueçam as curvas em belos powerslides - quando o piloto acelerava e contraesterçava, fazendo o carro curvar de lado - da época dos F-1 "charutinhos" para trás.


Em duas curvas sucessivas que formam um "S", o piloto evita passar na zebra interna da primeira curva, pois a pequena levantada da frente do carro já o faria perder por momentos a sucção de encontro ao solo e, conseqentemente, a aderência. Não haveria tempo para recuperá-la e evitar entrar errado na segunda curva. Nesses "S" apertados, observe que eles só sobem na zebra da 2a. curva, a da saída.


O motor V-8 de 2,4-litros tem rotação máxima limitada pela FIA, que coloca um limitador eletrônico oficial em cada carro. A 18.000 rpm a ignição é cortada e o motor dá uma engasgada forte. As equipes colocam um limitador que provoca pequenas falhas a uma rotação um tiquinho mais abaixo, para que o piloto não deixe chegar a esse corte, o que ocasionaria perda de velocidade. Em experimentos, a Renault F1 já "brincou" com seu motor a 24.000 rpm, e ele aguentou.


Para atingir essas rotações absurdamente altas, o motor precisa ser o que é chamado de superquadrado, ou seja, o diâmetro do cilindro é maior que o curso do pistão. Os motores atuais da F-1 estão com uma relação de aproximadamente 5:2. É um dado secreto, mas é algo em torno de 100 mm de diâmetro por 40 mm de curso.


Enquanto esperam em "marcha lenta" a luz de largada, os motores estão virando acima das 4.000 rpm. Abaixo disso há o risco de uma "pipocada" apagar o motor.


Na tal Volta da Vitória, após o final da corrida, quando pela TV ouvimos o motor virar suavemente, devagarzinho, seu giro está acima de 8.000 rpm - rotação sequer imaginada pela imensa maioria dos motores de nossos carros rua.


Os motores têm que aguentar duas corridas, o que, incluindo os treinos e classificações, não soma mais que 800 km. Isso é duzentas vezes menos o que um motor de carro de rua aguenta normalmente.


A cada lado do carro há um grande radiador, o da esquerda é de água, o da direita, óleo. Não há ventoinha, portanto, o motor não pode ficar funcionando com o carro parado por mais de 6 minutos, senão ele sobreaquece.


O óleo lubrificante, ao ser retirado é analisado imediatamente numa máquina. Ela consegue identificar e pesar os micro-pedaços de material que ali ficaram depositados. Dependendo do material, eles sabem de onde veio tal partícula. Por ex: se for um alumínio "x", é do pistão. Há uma tolerância de segurança para cada um.


O peso mínimo ao final da corrida, com piloto e combustível, deve ser maior que 605 kg. Algumas equipes têm que colocar 40 kg de lastro para atingir esse peso. A vantagem é que os pesos de lastro são colocados onde melhor equilibram o carro.


Cada 10 kg a mais de peso acarretam em perda de 0,4 segundo por volta, em média. O combustível é medido por peso e não por litro, pois seu volume varia de acordo com a temperatura e eles precisam de números exatos. Um F-1 na corrida consome ao redor de 1 kg a cada 2 km. Considere-se uma densidade 0,72 e temos em torno de 1,4 km/L.


A potência dos Renault F-1 está - dependendo das condições atmosféricas e de altitude - por volta de 730 cv. O motor Mercedes, o mais potente de todos, tem uns 15 cv a mais. O torque é baixo nas rotações inferiores, pois buscam potência por meio da rotação alta. O torque máximo está ao redor de 28 a 30 mkgf a 16.000 rpm, que é quando o motor melhor "respira". O peso mínimo exigido pela FIA para o motor é de 95 kg, senão eles o fariam ainda mais leve.


A grosso modo, o carro é dividido em três partes. Cockpit acoplado à suspensão dianteira, motor, e caixa de câmbio acoplada à suspensão traseira. Só seis parafusos, finos como o dedinho de uma criança, prendem o motor ao cockpit. Outros seis parafusos igualmente finos prendem o motor à caixa de câmbio. Inacreditável!


A árvore da direção está entre os pedais de freio e acelerador. Impossível fazer o punta-tacco.


São 7 marchas. O controle é absolutamente do piloto. A que ele pedir nas borboletas, entra.


O diâmetro das rodas é 13 polegadas. Os pneus usam ao redor de 18 libras de pressão. O flanco é alto para que os pneus atuem como amortecimento, ajudando a suspensão.


Ano que vem será permitida a colocação de um motor/gerador que carregará as baterias ao frear. Depois, na hora de acelerar, o piloto pode apertar um botão no volante para que esse gerador se transforme em motor que ajudará na acelerada, um boost. Nem todos usarão, pois não será obrigatório. A Renault já tem seu sistema, mas não o revela ainda. (Nota: é o KERS)


Hoje a fábrica da Renault, com seus enormes recursos de laboratórios e técnicos, ajuda muito na pesquisa. Essa pesquisa é orientada pela equipe de corridas, que pede à fábrica o que precisa.


As calotas, novidade na categoria - porém há anos sugeridas por este repórter ao amigo Boto, que na entrevista confirmou a sugestão - servem para eliminar a turbulência provocada pela depressão do miolo da roda, o que gerava arrasto. Elas têm uma forma para a exaustão do ar, para a ventilação dos freios.


Ainda entro na F-1 só dando ideias, só usando a cachola, feito um guru.


AK


Novo Cadillac SRX 2010

Cena 1: Num mercado já saturado de modelos SUV (sigla, em inglês, de veículo utilitário esporte) , surgiu o primeiro SUV crossover de luxo, o Lexus RX 300. Sua proposta foi combinar as características funcionais de um SUV com o rodar de um sedã de luxo, acompanhado de todos os apetrechos e eletrônica carecterísticos dessa classe de sedãs. Mais, tração dianteira ou integral, motor de 3-L V-6 e 222 cv etc. Bom lembrar que no mercado americano já havia o Lexus LX, baseado no Toyota Land Cruiser, desde 1996, com proposta de SUV de luxo e amenidades, porém estes eram ainda do conceito chassis + carroceria (body-on-frame).

Não estou aqui para defender esse modelo contra nenhum outro, tampouco de incluir SUVs na minha lista de carros entusiásticos, mas apenas para ilustrar um evento no dinâmico mundo dos lançamentos de automóveis e falar um pouco de planejamento de produto, marketing, inspirações e benchmarking.

Lexus RX 300 1ª geração

Os SUV crossovers não eram novidade nenhuma, mas sim o luxo nesse meio. Essa ousadia do marketing da Toyota, mais a reputação de qualidade dos Lexus, renderam-lhe não somente a liderança do recém-inaugurado segmento, que se estende até os dias de hoje, como também volumes bem além das expectativas. Imaginem um jipe de luxo, vendendo na casa das 100.000 unidades anuais, só nos EUA. Seu lançamento deu-se no início de 1998.

Mercedes-Benz ML 320 1ª geração

Quase simultaneamente vem o ML320/430, outro crossover de luxo com o emblema da Mercedes-Benz, made in USA. Maior, tração traseira ou integral, mais caro e por isto, posicionado uma sub-categoria acima, como SUV crossover médio de luxo Trouxe algumas inovações adicionais, como o controle eletrônico de estabilidade, side-bags etc. Também aumentou a gama de oferta de motorizações para outros mercados - na Europa com opções diesel, como nos demais modelos da marca.

BMW X5 1ª geração

No ano seguinte, vem o BMW X5, rival direto do Mercedes, também made in USA, na mesma categoria médio de luxo, algumas características herdadas da então associação com Land Rover e maior esportividade, repetindo o que cada veículo BMW oferece em relação ao equivalente direto Mercedes, tema desta semana dos posts de nossos amigos MAO, JJ e Vic Rodriguez. Se considerarmos que da concepção ao lançamento de um novo carro, na época, não decorriam menos 36 meses, podemos concluir que esses três fabricantes chegaram a trabalhar simultaneamente em seus projetos que iriam inaugurar o segmento dos SUV crossovers de luxo e Mercedes e BMW inaugurando fábricas nos EUA. Portanto, tiveram pouco ou nenhum contato com os produtos prontos do outro, para tirar mais algumas inspirações e benchmarking.

Cadillac SRX

Cena 2: Seguidores. Acura MDX é lançado como ano-modelo 2002 e dois anos depois vem o Cadillac SRX. Ambos usaram algum modelo como benchmark? Sim, natural. Tiveram tempo suficiente para isso e aprimoraram seus modelos sobre o que havia. Obrigatório, para quem vem depois. O MDX é tido hoje como referência dos crossovers médios pela mídia especializada e também lidera as vendas nessa sub-categoria. Mais um trabalho bem feito da Honda.

Acura MDX 1ª geração

Sabe-se que os engenheiros do projeto SRX se inspiraram no BMW X5. Nenhum demérito em estrear depois, muito menos em buscar o X5 como benchmarking. O carro ficou muito bom, trouxe mais algumas inovações etc. Na gama de motorizações, um V-6 de 258 cv e um Northstar V-8 de 324 cv, vê-se que excediam as ofertas do X5 quanto a potência, de respectivos 6-cilindros (em linha) - 228 cv e V-8 4,4-L de 290 cv. Outros fabricantes também entraram no segmento luxo, Land Rover Discovery 3 (não entrarei na polêmica quem veio antes), o VW Touareg, Audi Q7, Porsche Cayenne, Infinity FX 35/45. Para não ficar sem produto na sub-categoria médios, a Toyota lançou o GX 470, porém o único body-on-frame da classe (este baseado no Land Cruiser Prado), portanto saindo do conceito crossover. Curiosamente, as avaliações das revistas especializadas não lhe roubaram pontos em comportamento dinâmico, agilidade, nem conforto (copiei aqui um link da Car and Driver de 2007, que comparou oito modelos médios, todos na faixa de 50 mil dólares).
Lexus GX 470

Resumo da ópera #1: O Cadillac SRX veio depois, a exemplo dos SUVs crossover médios de luxo, derivou-se de uma plataforma de sedã, Cadillac CTS/STS, mirou seu foco no BMW X5 e ficou muito próximo em suas qualidades, com desempenho superior, enfim, copiando o veredicto do comparativo da Car and Driver de 2007, "um dos sucessos mais inesperados e de maior orgulho na história da marca Cadillac". Porém, seu volume de vendas sempre esteve aquém do esperado, vendendo metade do X5 e uma fração do Lexus RX, isso em casa, no mercado americano (tabela anexa, não contém apenas o Mercedes, cujas vendas no mercado americano ficaram próximas ao X5 e inferiores ao Acura MDX).

E o sucessor do Cadillac SRX? Antes falemos de alguns pontos que norteiam a concepção de um sucessor, trazidos, em geral, pela turma de marketing e definidos com planejamento do produto e engenharia.

O Golf Mk VI é superior ao Mk V em todos os quesitos, ou em quase todos, mas absolutamente o é nos mais importantes, que por sua vez é superior ao Mk IV (o nosso) e assim, sucessivamente até a primeira geração. Isto é uma premissa obrigatória na concepção do produto. Em que pesem alguns senões entusiásticos, procuro aqui não confundir laços afetivos por um ou outro modelo de determinada geração. Refiro-me somente ao produto. A leitura dos quesitos vem, em geral, das informações do mercado, mídia e do próprio aprendizado da engenharia da fábrica.

O Porsche 997, é superior ao 996 e assim na cadeia até o primeiro 911, o Astra IV (recém-lançado na Europa) é superior ao III (nosso Vectra atual), o Focus III superior ao II, ao I, que superava o Escort etc. Se olharmos os nipônicos, Honda New Civic supera de longe o anterior, o Corolla de 10ª geração (o nosso hoje) também supera o de 9ª. Em todos os exemplos citados, e falei de fabricantes com linhagem de produto bem definida e organizada (não as bagunças), olhamos os sucessores mais como uma evolução do que uma revolução, salvo algumas exceções, em que a turma acertou tanto a mão num ou noutro modelo, que até ficou difícil fazer um sucessor melhor, sem penalizar os custos e comprometer tudo.

Não é difícil deduzir a lógica que há por trás disso. Uma delas, a primária, é que marketing cuida de manter a fidelidade de seu público comprador à marca e ao produto, mesmo num mundo cada vez menos fiel. Assim, o proprietário de um Focus II terá motivos para trocar o seu por um da 3ª geração e manter-se fiel à marca Ford e ao modelo preferido. Sem evolução, não haveria esse convite natural. Mas como o Focus, que compete direto com Golf e Astra, não tem renovação simultânea, além de o marketing procurar a fidelidade, também buscará a infidelidade, ou seja, o novo Astra IV, que tem sido considerado superior ao Golf VI e Focus III, também mira no proprietário de um Golf Mk VI, V ou IV, que pensa em trocar de carro da mesma categoria.

Mesma lógica se aplica às mudanças de categoria, por exemplo o proprietário de um VW Polo que pensa em melhorar, dentro ou fora da marca VW, irá olhar as opções de Golf VI, Astra IV e Focus III e todos eles também têm de ser melhores que seu Polo, oferecer mais etc. E até aos rebaixamentos de categoria, fenômeno que também ocorre. O proprietário de um Passat V (o anterior), quando for trocar para um carro de categoria menor, notará que o Jetta (Golf Mk V sedan) está tão bom que quase não sentirá o rebaixamento. Se o Passat for mais velho ainda, haverá até uma melhora...

Voltemos à GM. Eis que a turma da Cadillac, descontente com as vendas, decide mudar tudo. A segunda geração do SRX mirou seu foco no Lexus RX, aquele que estava na sub-categoria inferior de preço e dotes! Que já está em sua 3ª geração. Vai encarar também a primeira geração dos BMW X3, Audi Q5, Mercedes GLK e Volvo XC 60, Infinity FX 35 Mk II, todos eles com níveis de potência e torque equivalentes, cerca de 270 a 300 cv e 30 a 40 m.kgf, respectivamente.

Audi Q5

O novo SRX 2010 está um tremendo de um produto, mais um fruto da nova safra GM. Motor de primeiríssima, quase 90 cv/L, mais de 10 m.kgf/L, câmbio de 6 marchas, bom acerto de chassi, enfim, um verdadeiro Cadillac.

Porém, lembrando que a primeira geração SRX buscou o X5 como benchmark e o superou nas ofertas de potência, o novo vem com 268 cv/30,8 m.kgf e não fará o mesmo frente aos contendores, ao menos não no primeiro momento, pois anunciaram um 2,8-L turbo com 40 m.kgf, no mesmo nível do Q5, para depois.

Resumo da Ópera #2: Mas se não ser o supra-sumo do segmento, como costumava ser, já não basta, imaginemos o seu lançamento:

* O que dizer aos donos do SRX atual, para convidá-los a trocar o seu, pelo sucessor? "Querida, encolhemos as crianças?" É menor que a primeira geração, também tem menos potência, 304 cv, que o seu Northstar V-8 e este novo não disporá de V-8s.
* Como convencer os donos de ML, X5, Touareg, Q7, XC90, FX45 a trocar o seu por um carro, uma categoria inferior? O Obama disse que queria carros mais econômicos? Complicado, principalmente se estes tiverem V-8s...
* Mas, porém, contudo, entretanto serão muito empregados na argumentação dos vendedores. "quer trocar o seu V-8 Northstar agora e este tem somente 268 cv? Espere mais alguns meses pela versão mais potente, de 304 cv V-6". Ou seja, não há subida de categoria em potência...
* E o orgulho Cadillac? E o orgulho americano por ele? Pontos delicadíssimos.

Há um jargão na aviação que diz: "Aprenda com os erros dos outros, você não viverá o suficiente para aprender somente com os seus". A indústria automobilística tem mais de 100 anos, certamente há erros o bastante em sua história que nos ensinam a não mais cometê-los e, se não está sendo visto assim no novo SRX, ao menos será uma tarefa árdua vencer as barreiras naturais de um sucessor de categoria mais baixa.

Temos exemplos no Brasil de "cabeçadas" semelhantes. O Astra III europeu virou Vectra aqui, ou seja, em vez de vir uma evolução no Astra II, veio um involução no Vectra... não foi só a mídia especializada que caiu de pau. Afinal, será que há alguma alma capaz de dizer que nosso Vectra é equivalente ou superior ao novo Corolla ou ao new Civic? Notem que as gerações do início desta década desses dois modelos nipônicos não eram superiores ao Astra e eles evoluíram, o Astra ficou na mesma e o Vectra... numa sucessão de movimentos desconexos, já teve até motor 2,4-L.

Não foi só a GMB, vejam o Renault Mégane sedã: primeiro só 1,6-L e quando veio o 2,0-L, ninguém notou. O Focus III veio sem flex, na própria Ford há correntes que ainda não querem o flex, ou seja, nota-se uma certa carência na indústria de boas jogadas estratégicas, lá fora e aqui, carência esta que acaba fortalecendo aqueles que trabalham seu marketing e planejamento como se deve.



Mais sobre avaliações comparativas deste grupo de veículos, no link da Car and Driver
http://www.caranddriver.com/reviews/comparisons/09q3/2009_audi_q5_vs._2009_bmw_x3_2010_m-b_glk350_2010_volvo_xc60_2010_lexus_rx350-comparison_tests

e tabela comparativa
http://www.caranddriver.com/var/ezflow_site/storage/original/application/4175441152efbd1f2cdc28929cb79739.pdf

http://blogs.thecarconnection.com/marty-blog/1021427_compared-audi-q5-vs-bmw-x3-vs-mercedes-benz-glk

http://www.caranddriver.com/reviews/comparisons/07q2/bmw_x5_vs._acura_mdx_cadillac_srx_m-b_ml350_lexus_gx470_volvo_xc90_vw_touareg_land_rover_lr3-comparison_tests

CZ
Os 500 km de Interlagos é uma das provas mais tradicionais do automobilismo nacional. No fim de semana passado, aconteceu sua 27ª Edição.

A pole no sábado foi marcada pela surpresa do excelente desempenho do protótipo da equipe Metal Moro com motor Audi 1,8 turbo e pilotado por Juliano Moro e Christian Castro, que fez o ótimo tempo de 1:30,973 segundos, mais de dois segundos mais rápido que o segundo colocado, o F430 GT3 de Longo e Serra.

Logo no começo da corrida no domingo, o carro de Moro teve problemas e abandonou, e a liderança ficou muito disputada entre vários carros. Ao longo da prova com diversos líderes, quem se deu melhor no final foi mesmo a dupla Chico Longo e Daniel Serra, que venceram por pouco o Porsche 911 RSR de Max Wilson, Nonô Figueiredo e Marcel Visconde.

A corrida terminou um pouco antes do previsto, em bandeira vermelha, por conta de um acidente entre um Aldee Spyder e o F430 Challenge da FG Racing, na subida do Café. Nada de mais grave aconteceu com os pilotos, fora os carros muito danificados.

O resultado completo da prova pode ser visto por este link, e mais fotos já postadas podem ser vistas aqui.





A discussão da semana se deu em cima da dúvida entre BMW E30 M3 e Mercedes-Benz 190E 2.3-16, dois ícones alemães da década de 80.

Qual dos dois eu prefiro? Nenhum deles. Ficaria muito contente é com esse Audizinho 80 branco da foto abaixo, 1980 e alguma coisa. Tração integral, 5 cilindros, turbo.

Foto: Motive Magazine


Já adianto a discussão: o Vic Rodriguez vai dizer que o motor pendurado à frente do eixo dianteiro faz do Audi um "esfregador de dianteira", o Marco Antônio vai torcer o nariz dizendo que é um Santana (ou Voyage) metido a besta e o Bob Sharp vai ficar doido, pois gosta de Audi e ambos os carros estão pintados em sua cor favorita.

Entre os dois acima, eu fico com o velhinho, sem dúvida nenhuma. É o caixote mais bonito dos anos 80, mais até do que o Ur-Quattro.

FB