google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Na revista Carro de agosto há uma matéria minha sobre misturas de gasolina e álcool. Com um Siena Tetrafuel todo instrumentado, andei desde com gasolina sem álcool a álcool puro. Os resultados foram bem interessantes. A mistura de 80% álcool e 20% gasolina, que dá na realidade 85% álcool e 15% gasolina devido à nossa gasolina conter 25% de álcool, revelou-se excelente. É nada mais, nada menos que o álcool E85 dos EUA e Europa. Não foi por acaso a escolha dessa mistura que fizeram lá.

Não é querer vender revista, mas essa vale a pena comprar. Ou dar sapeada na banca.

BS

Como já havia informado anteriormente, teremos colaboradores desse blog em Bonneville Speed Week deste ano, de 8 a 14 de agosto.
Posso imaginar a palpitação no coração desses camaradas. Eu mal conseguiria dormir.
Enquanto a data não chega, e eles não começam a inundar o Autoentusiastas com fotos e carros de um mundo diferente, aqui vai o link com dicas deste evento e de outros que se seguirão ainda nesse ano, caso alguém se interesse em programar uma viagem.
A foto da revista Hot Rod, onde tudo começou, retrata bem o espírito dessa competição. Correr com qualquer coisa, apenas pelo prazer da velocidade.
Um filme indicado pelo MAO, e que também deixa bem claro o objetivo desse encontro anual, é The World's Fastest Indian, com o ótimo Anthony Hopkins no papel de Burt Munro, um neozelandês que tem uma história incrível de desenvolvimento de uma Indian Scout 1920, e que realizou o sonho de correr em Bonneville e estabelecer o recorde para motos com carenagem integral (streamline) com motor abaixo de 1 litro em 1962, com 288 km/h.
Vale a pesquisa e compra deste filme, para assistir várias vezes.
JJ
Hoje foi um dia bem diferente e divertido.

Primeiro, na manhã fiquei montando uns motores aqui de uns amigos.

Depois, recebi um telefonema de um outro amigo que era para eu ir buscar um motor que ele queria que eu mexesse para ele. Já estava esperando isso, já estava combinado, mas como o motor em questão é um Chevrolet bigblock de 496 polegadas cúbicas, bem, digamos que sai de casa bem ansioso para pegar logo ele. Carreguei na Ram e ainda nem abri a caixa. Isso é assunto para outro post. Até porque esse motor é umVortec 8.1, motor moderno, idêntico aos usados nas Silverados gringas, sendo na verdade como uma Geração 7, novos bigblocks com tudo deferente da última revisão, chamada de Gen 6. Não tem distribuidor, cabeçotes são novos, admissão completamente e não-intercambiáveis com as anteriores. Mas pelo que li em uma única reportagem numa Hot Rod há uns tempos atrás, a parte de baixo do motor troca muita coisa com os antigos. Aguardem e verão em detalhes coisas que nem os gringos viram direito ainda.

Depois de pegar ele, um outro amigo me esperava para eu finalmente funcionar um motor que fiz para ele há alguns anos, mas que por conta do carro ainda não estar pronto, nunca funcionou. O carro, um Uirapuru. O Amigo, o Nasser.
Chegando ao Museu, organizei as ferramentas e comecei a trabalhar. Já esperava alguma lenha com os carburadores SU, mas o trabalho que um cara amigo e especialista neles fez valeu muito a pena, uma vez que a bomba carregou todos com gasolina, só alegria e felicidade. Lenta lisa, respostas fulminantes no acelerador, nem acreditei, só tive mesmo trabalho de ligar os cabos de vela e abastecer ele e pôr uma bateria lá. Caramba, todo o trabalho que eu tive medindo tudo, balanceando o virabrequim, equiparando peso de todos os componentes - aqui uma nota: o virabrequim estava perfeito, pediu para tirar coisa de 8 gramas numa ponta e cerca de 20 na outra. As bielas, o máximo que achei foi 6 gramas de variação da mais leve à mais pesada, e acertei o peso compararndo dinamicamente as pontas, pesando pé e cabeça para que ficassem perfeitas dinamicamente, e os pistões, ótimos Metal Leve, estavam todos com peso idêntico - valeu muito a pena, o resultado foi muito bom e eu fiquei muito feliz ao ouvir depois de alguns anos o motor que fechei com tanto esmero.

Fizemos um retrabalho de cabeçote idêntico ao feito pelos preparadores americanos nos anos 50, passando uma broca de 38 mm nos dutos de admissão e três ângulos nas sedes das válvulas, e para fechar, além do vedador acrílico no mancal traseiro, importado, no lugar da odiosa gaxeta e um excelente comando copiado pelo Genial Jorge, da Sobe Retificadora, e fechamos tudo, embrulhando bem para presente.

Não andamos com o carro, porque precisa de uma revisão de freio, mas que promete e muito, isso lá promete.


Depois do Uirapuru, encarei o Capeta. Claro, tinha um cheirinho de enxofre, mas tudo correu bem. Primeira surpresa, o motor estava solto, depois de um bocado de lubrificante nos cilindros através dos orifícios das velas. Logo, conversando, sugeri que retirassemos o cabeçote para ver de forma rápida e segura o que tinhamos lá dentro.




Sugestão aceita, comecei a árdua e extenuante tarefa de retirar o cabeçote dele fora, já pensando no esforço que seria tirar o dito cujo de dentro do cofre do motor, que é bem largo e baixo.


Foi quando tive a maior surpresa dos últimos tempos: o cabeçote é feito de aluminio. Isso, de alumínio! Eu sei que o pessoal do Willys Club of America importou vários Aero-Willys brasileiros para lá por conta de serem únicos e sem similar por lá. Quando eles souberem que a própria Willys-Overland do Brasil se deu ao trabalho de fazer um supercabeçote em aluminio para os motores BF, acho que todos piraram o cabeção em uníssono. Essa foi uma das descobertas mais fantásticas que fiz, uma grande surpresa, inimaginável, e que atesta o quanto esse projeto foi prezado e tratado com tanta seriedade por eles à época. Mais incrível ainda, a peça é o protótipo industrial que deu origiem ao bom cabeçote com coletor de admissão separado exclusivo dos Itamaratys que estavam por vir.
Desta vez, em contraste com a decepção ao desmontar o motor do Uirapuru, quando esperávamos, em função do que ouvíamos, de comandos Iskenderian, cabeçotes rebaixados, e outras mumunhas, e nada achamos, nesse capetinha a surpresa já veio de cara. Ainda tem o resto do motor para abrir, mas essa surpresa já faz quase que qualquer outra ser apenas ou quase irrelevante!

AG

Conheci ontem e, de modo geral, gostei. Nada espetacular, mas tem tudo para ser um automóvel para prestar bom serviço. Andei pouco, a Honda proporcionou uma experimentação muito curta no entorno do Centro de Educional de Trânsito da empresa, em Indaiatuba, SP.

É sedã médio-compacto que prima pelo amplo espaço interno na frente e, principalmente, atrás, num belo exercício de packaging, ou projeto do interior: comprimento de 4.400 mm e distância entre eixos de 2.550 mm, com 1.480 mm de altura. Embora a fábrica queira fazer crer que não, é um Fit três-volumes, com frente alongada e porta-malas destacado. Só existe com motor 1.5-litro de 115/116 cv e pode ter caixa automática de cinco marchas em qualquer dos três níveis de acabamento: LX, EX e EXL. Todos têm airbags frontais. O EXL automático pode ter borboletas de câmbio no volante e só esta versão tem freio a disco nas quatro rodas.

Causou espécie entre os jornalistas o preço. LX, R$ 56.210; EX, R$ 61.560; e EXL, R$ 65.375. Com caixa automática, mais R$ 3.800 nos dois primeiros e mais R$ 5.720 no último. O posicionamento no mercado está visivelmente acima da realidade. A Honda planeja produzir (e vender) 68% com caixa automática. O conteúdo local é de 80% e o bloco e o cabeçote de alumínio são moldados na fábrica de Sumaré, SP - o alumínio vem derretido de um fornecedor em São José do Rio Preto em caminhões com panelas especiais que mantêm o aluminio derretido a quase 800 °C.

Por falar em câmbio automático, o dos Honda é chamado de Hondamatic, é patenteado e difere totalmente dos automáticos tradicionais de engrenagens epicicloidais. É uma ideia simples, ovo-de-colombo mesmo, em que visualmente é uma caixa manual normal, mas que em vez das luvas sincrônicas de engate há embreagens multidisco em banho de óleo. Há conversor de torque com bloqueio de segunda à quinta.

Um ponto alto do City é o porta-malas de 506 litros, método VDA, com estepe de dimensões normais em roda de aço, que fica horizontal e dentro do compartimento. Cabe bem mais bagagem no novo Honda do que nos parcos 340 litros do Civic.

De resto, é a percepção de fabricação primorosa de todo Honda. Quando eu receber um para avaliação, o que não deverá demorar muito, estenderei os comentários. Mas já é possível adiantar que se trata de um sedã muito agradável e deverá fazer sucesso. Principalmente depois de eventual reposicionamento de preço.

BS