google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
A história já tem mais de 30 anos e todos estão carecas de saber: crise energética de 1973, carros pequenos e econômicos ganhando popularidade, enormes carros americanos sendo descartados.

Parecia ser mesmo o fim dos tradicionais full-size, a não ser que alguma coisa fosse feita para que estes carros ficassem pelo menos um pouco mais racionais. E foi o que a General Motors fez em 1977: uma reformulação completa deixou o Caprice e o Impala menores, mais altos e estreitos.

O peso fora reduzido em mais de 300 kg (um Chevelle 1977 chegava a pesar mais...) e o interior ficava mais amplo, mesmo com as menores dimensões externas. Os big blocks estavam extintos, mas os novos full-size Chevrolet pareciam não sentir falta deles, pois estavam mais ágeis, velozes e agradáveis de dirigir.

A reformulação deu certo: o Impala deixou o mercado em 1985, mas o Caprice manteria o estilo de 1977 com poucas mudanças até 1990.

Em 1991 surgia o novo Caprice, mantendo a mesma base do modelo 1977, mas totalmente redesenhado: parecia maior e mais imponente, com linhas arredondadas e fluidas. O sucesso dessa versão foi tão grande que inspirou John Moss (então gerente de veículos especiais da GM) a ressuscitar o Impala.

Bonito e imponente o Caprice já era: bastou abolir os cromados, rebaixar a suspensão uma polegada, instalar rodas maiores (de aro 17), arredondar o desenho do pára-lama traseiro, redesenhar as colunas traseiras e adicionar o poderoso small block V-8 LT-1 do Corvette. Pintado na cor preta, foi apresentado no Salão de Detroit de 1992 e logo ganhou o apelido de "Darth Vader".


O tradicional logotipo na forma do antílope voltava a caracterizar o Impala, o primeiro grande esportivo Chevrolet em 25 anos. O carro conceito fez tanto sucesso que entrou em produção apenas 14 meses depois, já como modelo 1994.

Infelizmente durou pouco: o Caprice deixava a linha de produção em 1996 e com ele o Impala também virava história. Encerrava-se ali uma era de mais de 40 anos de possantes motores V-8 combinados com a eficiente tração traseira em Chevrolets full-size.


Hoje em dia até existe um Impala SS na linha 2009 da Chevrolet. Mas ao mesmo tempo acabou... Se é que vocês me entendem.

FB
Chevrolet Caprice (1991-1996)

Essa semana o Carlos Zilveti mandou para toda a equipe do blog uma notícia não muito agradável, veiculada através do site Automotive News: a General Motors descartou a hipótese de converter o Pontiac G8 em uma nova versão do Chevrolet Caprice.

O porta-voz foi ninguém mais ninguém menos do que Bob Lutz,, que deu a notícia através de seu blog. Apesar de afirmar que o Pontiac G8 é um carro cuja qualidades o fazem bom demais para ser simplesmente descartado, a atual situação financeira da GM, o preço da gasolina e as restrições impostas ao consumo de combustível fizeram com que a (boa) ideia fosse deixada de lado.

É realmente uma pena. Ainda mais quando se sabe que desde 1999 a General Motors dedica ao mercado do Oriente Médio um maravilhoso sedã chamado naquelas bandas de... Chevrolet Caprice.


E que maravilha de carro: duas opções de motores, começando com o Alloytec de 3,6 litros (já conhecido dos brasileiros no Omega) até um V-8 de 6 litros e 367 cv, plugado a uma transmissão automática GM 6L80E de seis velocidades. E não é restrito ao Oriente Médio: ele é enviado à China em CKD e lá montado como Buick Park Avenue.

Trata-se na verdade do Holden VM Statesman, uma versão maior do Holden VE Commodore, ambos baseados na plataforma global de tração traseira Zeta, a mesma que serve de base ao novo Chevrolet Camaro.

Ou seja, nem seria preciso converter o Pontiac G8/Holden Commodore em um Caprice. Bastaria trazer o Holden Statesman prontinho, para alegria dos consumidores e frotistas (principalmente forças policiais e taxistas). Um produto infinitamente mais interessante do que o insosso Chevrolet Impala de tração dianteira, que eu sempre chamei de "Toyonda Camcord".

Impala 2009: um Chevrolet full-size de tração dianteira. Até quando?

Seria cômico se não fosse trágico: um cidadão que chega a um concessionário Chevrolet e pede um Caprice, com um bom motor V-8 e tração traseira. A resposta: "Caprice? Tem mas acabou..."

FB
Me lembro vividamente dessa simpática gaiolinha com motor VW a ar. Passava de ônibus em frente à fábrica durante toda a semana, nos idos de 1984, a caminho do curso pré-vestibular. A empresa se chamava Cronos, localizada na Rua Vergueiro, bem próximo à Avenida Paulista, em São Paulo. Não passava de uma oficina grande, bem equipada, e tinha uma bela placa tomando toda a a fachada , isso no tempo pré-Kassab, o prefeito que acabou com a poluição visual (isso ele acha) eliminando as placas grandes das empresas, e está prestes a prejudicar dezenas de milhares de trabalhadores que se utilizam de ônibus fretados. Mas esse cidadão não é assunto para agora, pois quero lembrar de coisas boas, não de gente que prejudica os outros.
A gaiola se chama Crotalus, simples ao extremo, com a mecânica mais simples que podemos imaginar aqui na nossa terra, e com dimensões compactas. Havia versões de 1 ou 2 lugares. Um brinquedo, homologada para andar nas ruas.
As imagens são de um folheto que peguei em algum Salão do Automóvel, já não sei de que ano, e está um pouco amarelado, assim, desculpem pelas imagens de baixa qualidade.
Desde antes da Crotalus, já haviam as gaiolas maiores que ela, usadas em provas de Autocross, que sempre me atraíram pela espetacular simplicidade, e eu era frequentador assíduo do "morrão", uma pista de autocross e outra de motocross, escavadas em um barranco na Avenida das Juntas Provisórias, no bairro do Ipiranga. Hoje, o morro deu lugar à expansão da Favela do Heliópolis, que já foi definitivamente agregada à cidade como bairro. Triste.
Talvez essa atração pela ausência de complicação seja o mesmo motivo forte que provocou o sucesso dos MG do pós-guerra. A oportunidade de se divertir com um carro, apenas dirigindo-o, e com o mínimo de manutenção. O fator modernismo e atualidade em carros nos trouxe vantagens espetaculares em muitas características, mas a facilidade em manter o carro de casa com uma caixa de ferramentas básicas ficou no passado. Quem precisa de carro todos os dias, tem que possuir algo atual, se quiser evitar ficar a pé. Exceto, claro, se for um mecânico profissional ou amador com mais de um carro disponível, e tempo para consertar aquele mais antigo que sempre tem algum probleminha. Esses são absoluta minoria, e a massa sempre vai preferir um carro novo.
Da Cronos e seu produto que me dá água na boca, nada sei da história, mas imagino que seu criador conhecia muito bem as gaiolas de competição, e imaginou algo ainda menor e mais leve, minimalista em tudo. E conseguiu fazer um carrinho que provocou divagações até chegar aos MG !
Essas estruturas tubulares sempre me atiçam a vontade de fazer uma para mim, com alguns detalhes bem pensados para não ter problemas no uso, e a Crotalus até hoje, foi a que mais se aproximou das minhas idéias. Se fosse expandir o raciocínio para o motor dianteiro, ficaria muito próximo de um Lotus Seven e derivados, ou do Motiva, do Polati.
Muito raramente, uma Crotalus aparece a venda em algum lugar, mas nunca fui ver de perto. Ainda não cresci o suficiente.
JJ

O post abaixo do amigo Keller sobre o novo carro conceito da Fiat me fez lembrar de umas fotos que recebi há algum tempo. São fotos de época dos simpáticos Fiat 147 nas pistas, em diversos campeonatos pelo país.

O 147 não deixou boas lembranças pelo país, principalmente pela falta de confiabilidade e problemas de fabricação, como a famosa transmissão e trambulador "esconde esconde", em que o motorista devia procurar as marchas em algum lugar do curso da alavanca.

Mas nem tudo era desgraça no pequeno Fiat, pois foi um carro de elevado número de vendas, e há quem o ame até hoje. E claro, nos anos 70 usavam o 147 nas pistas, com curto entre-eixos e ágil nas curvas, era diversão garantida.