google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Foto: Pedro Paulo Fontanelli Prestes
A cena é comum em grandes centros urbanos: empresas que fornecem o serviço de transporte fretado para seus empregados, uma opção muito boa para quem não tem carro e não quer depender do precário sistema de transporte público.

O serviço é interessante mesmo para quem tem carro: dirigir em grandes cidades (principalmente São Paulo) é uma atividade penosa, mesmo para entusiastas: Marginal Tietê, 23 de Maio, Faria Lima, Avenida Paulista, há dias em que tudo está parado. Se cair uma chuva de verão então, é bom ficar em cima do carro, para não morrer afogado.

Desde os 18 anos, sempre tive carro na garagem. E sempre que meus empregadores ofereciam o transporte fretado eu aceitava sem pestanejar: não existe nada melhor do que ter um ônibus executivo que pega você na porta de casa e te deixa na porta do escritório, com a cabeça ainda fresca e livre de dissabores. Na hora de voltar para casa é a mesma maravilha, é entrar no ônibus e descer na porta de casa.

As vantagens são inúmeras:

1- É possível entrar no fretado e desfrutar de um "power nap", aquele cochilo curto de mais ou menos 30 minutos cujas propriedades já foram comprovadas cientificamente. Definitivamente, é muito melhor do que ficar bocejando e esbravejando ao volante de um carro preso no trânsito.

2- Se o ônibus chegar atrasado no seu local de trabalho, seu chefe não pode fazer cara feia, uma vez que não só você chegou atrasado, mas também aproximadamente 40 outros empregados que estavam no mesmo ônibus. E nenhum de vocês precisará inventar desculpa esfarrapada.

3- O seu carro fica em casa, na garagem, pronto para ser usado em ocasiões realmente oportunas. E não sofre o desgaste terrível do "anda e pára" do trânsito congestionado, este sim verdadeira prova de fogo para qualquer automóvel.

4- E muitas outras a serem elencadas... Em poucas palavras: muito conforto e pouco estresse, melhor qualidade de vida, economia de tempo e elevação dos níveis de produtividade e assiduidade.

Eis que agora a prefeitura de São Paulo resolveu proibir os ônibus fretados de circular por uma área de 70 km² ao redor da Praça da Sé, no centro de São Paulo, entre 5 e 21 horas, a partir de 27 de julho. Criou-se um minianel viário definido agora como Zona Máxima de Restrição a Fretados (ZMRF).

Considerando que cada ônibus fretado significa em média 20 carros a menos nas ruas, não quero nem ver o que vai acontecer com o trânsito de São Paulo a partir do dia 27 próximo. O usuário do fretado não abre mão do conforto e dificilmente será visto no ponto esperando por um ônibus lotado. O mais provável é que eles passem a ir trabalhar de carro, apinhando ainda mais as ruas da capital paulista.

Ou seja: vai piorar a vida de quem não usa o fretado também. Muito carro para pouco espaço. É tudo o que um entusiasta menos deseja.

É difícil entender a lógica da prefeitura de São Paulo: instituiu inspeção veicular para carros relativamente novos, mas liberou os antigos para poluir o quanto quiserem. E agora os ônibus fretados não podem mais circular no tal mini-anel viário, prejudicando a vida de pessoas que moram na capital ou mesmo em cidades mais distantes, como Santos, no litoral paulista.

Onde está Jack Palance?

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Bentley Arnage R 2005

Coloquei a seguir o newsletter que recebi sobre os 90 anos da Bentley, completados no dia 8 passado. Engraçado. Será que eles me consideram um potencial cliente ?
Como temos dois membros de nosso grupo que estarão em Monterey/ Peeble Beach no próximo evento, daqui a um mês, tenho certeza que teremos belos textos por aqui não apenas sobre este pináculo da potência com elegância, mas de outros carros mais brutos e acessíveis. Afinal, nossos amigos não iriam até a Califórnia "só" para esse encontro, não acham ?
Para ler um pouco da história da marca, no site deles, clique aqui.
JJ

"Cars undoubtedly have a personality to the real enthusiast, to whom they are not mere collections of steel and aluminium, but animal-like, show their spirit just so soon as the clutch bites home and feeling comes through to the driver..."
(Sammy Davis, first Bentley road test report, January 1920)

Dear enthusiast,

Today Bentley Motors celebrates its 90th anniversary. Founded by W.O. Bentley in 1919, the first production car was delivered in September 1921. During the 1920's Bentley produced an array of iconic motor cars. Whilst at the same time, the exploits of the immortal Bentley Boys, forged Bentley's proud sporting pedigree, winning the legendary Le Mans endurance race five times between 1924 and 1930.
To celebrate this anniversary Bentley are pleased to announce that the all-new grand Bentley, and its name, will be revealed at Pebble Beach Concours D'Elegance, in Monterey, California on 16 August. Signalling a new era in British luxury motoring.
The all-new grand Bentley captures the 1920s 'grand touring' spirit of the Bentley Boys - effortless driving, exclusivity and adventure. A unique fusion of elegant design, craftsmanship and technological innovation, the new model embodies the potent yet luxuriously refined driving experience that only a Bentley can offer.
It is fitting that the 90th anniversary will be marked by an all-new car that continues W.O. Bentley's ambitions. Designed, engineered and built in Crewe, the home of Bentley Motors for over 60 years, working on the model has been a 'once in a lifetime experience' for many of those involved.
O post do Bob Sharp, sobre a regulamentação da profissão de guardador de carros em vias públicas gerou muitos comentários, e me entusiasmou a escrever as minhas dicas, desenvolvidas em anos de treino em escapar desse bando de inúteis, que abreviarei aqui como b.i. para não ser repetitivo.

Notem que em todo tipo de pessoa, atividade profissional ou informal, há os bons e os maus. Se você consegue confiar em algum flanelinha, vá em frente, mas se lembre do caso da cidadã que frequentava o Teatro Municipal de São Paulo há anos, deixando sempre a chave do carro com um flanela, e teve a visita da Polícia em sua casa, fazendo perguntas e informando que o carro dela havia sido usado em um assalto.

Aqui está minha colaboração:

1 - estude o caminho para chegar ao local onde for antecipadamente, procurando não passar em frente para os b.i. não captarem você ou seu carro.
2 - se não tiver como evitar a porta do estabelecimento, passe falando e olhando para outro lado, ou para a pessoa que estiver com você no carro, ou mexendo no rádio, ou fingindo que fala ao celular, como se você não fosse ao local, como se estivesse só de passagem.
3 - pare longe, quando já tiver certeza que nenhum b.i. esteja vendo você. Escolha uma vaga onde se pode parar em uma só manobra, para não perder tempo.
4 - antes de estacionar, peça para seus acompanhantes pegarem os pertences de cada um, de forma a descer rapidamente do carro e se afastar. Pense no desembarque na Normandia.
5 - se for abordado por um b.i. que lhe viu estacionando, e ele lhe perguntar se pode tomar conta, diga apenas " não, obrigado". Se notar algo suspeito, volte depois de uns minutos, por outro caminho, se possível, pegue o carro e pare em um estacionamento. Não discuta com o b.i., exceto se você estiver disposto a brigar para valer, e isso pode ser bem arriscado, pois não se sabe o tamanho e a organização da máfia dos b.i. no local.
6 - ao ir embora, vá preferencialmente em grupo, andando rápido, entrem no carro sem parar para conversar, ligue e saia rápido, deixando farol e cinto de segurança para depois que o carro estiver em movimento. Use o bom-senso nesse caso, lógico, não saia como louco, com o carro apagado e acelerando como numa prova de arrancada.

Agora, dependendo da pessoa que você é, pode também se fingir de bêbado, de maluco, ou simular algum desequilíbrio diante do b.i., caso não haja como escapar deles. A maioria das pessoas é tão certinha, que se você se fingir de anormal pode assustar o cara e deixar ele com medo.

Uma variação do flanelinha de rua, e também na categoria b.i., é o manobrista trabalhando para um estabelecimento. Aquele camarada que pega seu carro com um cordial "seja bem-vindo", e sai trocando de marcha sem usar embreagem, ou sai patinando quando vai buscar seu carro longe de você, entre outros absurdos. Meu conselho: fuja deles também.
p.s. - Lembrei de um modo bom de espantar um flanelinha do tipo cercador, aquele que pula na frente do carro quando você está andando. Criei-o quase que por acaso, incentivado pelas circunstâncias. Há uns anos atrás, eu possuia um carro que travava as rodas dianteiras com extrema facilidade em piso molhado. Chegando a um local tomado pelos b.i., um deles entrou na frente do carro, que vinha a uns 20 km/h, me assustando pela possibilidade de atropelá-lo. Não tive dúvida: deixei chegar mais perto e enfiei o pé no freio, provocando uma boa arrastada, ainda bem sonora pois o piso estava apenas úmido, era apenas o ínício de uma garoa. O camarada deu um belo pulo para trás, e não mais se dirigiu à minha pessoa.

JJ

A foto que encontrei hoje revirando minha biblioteca, me fez pensar como nosso mercado é estranho em muitas características. Um exemplo é a falta de sedãs com um toque esportivo, como o desse Vauxhall Carlton 3000 GSi 24v, produzido de 1987 a 1994. A versão alemã da Opel se chamava Omega, como o Chevrolet brasileiro.
A grande diferença para o carro que foi fabricado aqui é um belo motor 6-em-linha inicialmente com duas e, a partir de 1989, com quatro válvulas por cilindro, que desenvolvia 204 cv a 6.000 rpm e 27,5 mkgf a 3.000 rpm. Bons números, sem giros exagerados nem potências pouco críveis. A aceleração até os 100 km/h era feita em 7,7 s , chegando até cerca de 240 km/h.

Este motor de família europeia, bem mais moderno que o proveniente do Opala, é tido como bastante resistente, e dava um caráter bastante diverso ao Omega europeu, quando comparado com o nosso, conhecido pela potência abundante em baixa rotação, mais adaptado, sem dúvida, ao modo de condução pacato esperado pelo cliente de um modelo que era o topo de linha da produção brasileira. Uma pena não termos departamentos de marketing de nossas fábricas com a visão de que um sedã esportivo pode ter compradores, levando esses modelos sempre para o lado do luxo. Designação ridícula ao meu ver, pois me lembra sabonete.

Na Grã-Bretanha foram vendidas apenas 1.463 unidades, que têm um público fiel.

JJ