google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Bentley Arnage R 2005

Coloquei a seguir o newsletter que recebi sobre os 90 anos da Bentley, completados no dia 8 passado. Engraçado. Será que eles me consideram um potencial cliente ?
Como temos dois membros de nosso grupo que estarão em Monterey/ Peeble Beach no próximo evento, daqui a um mês, tenho certeza que teremos belos textos por aqui não apenas sobre este pináculo da potência com elegância, mas de outros carros mais brutos e acessíveis. Afinal, nossos amigos não iriam até a Califórnia "só" para esse encontro, não acham ?
Para ler um pouco da história da marca, no site deles, clique aqui.
JJ

"Cars undoubtedly have a personality to the real enthusiast, to whom they are not mere collections of steel and aluminium, but animal-like, show their spirit just so soon as the clutch bites home and feeling comes through to the driver..."
(Sammy Davis, first Bentley road test report, January 1920)

Dear enthusiast,

Today Bentley Motors celebrates its 90th anniversary. Founded by W.O. Bentley in 1919, the first production car was delivered in September 1921. During the 1920's Bentley produced an array of iconic motor cars. Whilst at the same time, the exploits of the immortal Bentley Boys, forged Bentley's proud sporting pedigree, winning the legendary Le Mans endurance race five times between 1924 and 1930.
To celebrate this anniversary Bentley are pleased to announce that the all-new grand Bentley, and its name, will be revealed at Pebble Beach Concours D'Elegance, in Monterey, California on 16 August. Signalling a new era in British luxury motoring.
The all-new grand Bentley captures the 1920s 'grand touring' spirit of the Bentley Boys - effortless driving, exclusivity and adventure. A unique fusion of elegant design, craftsmanship and technological innovation, the new model embodies the potent yet luxuriously refined driving experience that only a Bentley can offer.
It is fitting that the 90th anniversary will be marked by an all-new car that continues W.O. Bentley's ambitions. Designed, engineered and built in Crewe, the home of Bentley Motors for over 60 years, working on the model has been a 'once in a lifetime experience' for many of those involved.
O post do Bob Sharp, sobre a regulamentação da profissão de guardador de carros em vias públicas gerou muitos comentários, e me entusiasmou a escrever as minhas dicas, desenvolvidas em anos de treino em escapar desse bando de inúteis, que abreviarei aqui como b.i. para não ser repetitivo.

Notem que em todo tipo de pessoa, atividade profissional ou informal, há os bons e os maus. Se você consegue confiar em algum flanelinha, vá em frente, mas se lembre do caso da cidadã que frequentava o Teatro Municipal de São Paulo há anos, deixando sempre a chave do carro com um flanela, e teve a visita da Polícia em sua casa, fazendo perguntas e informando que o carro dela havia sido usado em um assalto.

Aqui está minha colaboração:

1 - estude o caminho para chegar ao local onde for antecipadamente, procurando não passar em frente para os b.i. não captarem você ou seu carro.
2 - se não tiver como evitar a porta do estabelecimento, passe falando e olhando para outro lado, ou para a pessoa que estiver com você no carro, ou mexendo no rádio, ou fingindo que fala ao celular, como se você não fosse ao local, como se estivesse só de passagem.
3 - pare longe, quando já tiver certeza que nenhum b.i. esteja vendo você. Escolha uma vaga onde se pode parar em uma só manobra, para não perder tempo.
4 - antes de estacionar, peça para seus acompanhantes pegarem os pertences de cada um, de forma a descer rapidamente do carro e se afastar. Pense no desembarque na Normandia.
5 - se for abordado por um b.i. que lhe viu estacionando, e ele lhe perguntar se pode tomar conta, diga apenas " não, obrigado". Se notar algo suspeito, volte depois de uns minutos, por outro caminho, se possível, pegue o carro e pare em um estacionamento. Não discuta com o b.i., exceto se você estiver disposto a brigar para valer, e isso pode ser bem arriscado, pois não se sabe o tamanho e a organização da máfia dos b.i. no local.
6 - ao ir embora, vá preferencialmente em grupo, andando rápido, entrem no carro sem parar para conversar, ligue e saia rápido, deixando farol e cinto de segurança para depois que o carro estiver em movimento. Use o bom-senso nesse caso, lógico, não saia como louco, com o carro apagado e acelerando como numa prova de arrancada.

Agora, dependendo da pessoa que você é, pode também se fingir de bêbado, de maluco, ou simular algum desequilíbrio diante do b.i., caso não haja como escapar deles. A maioria das pessoas é tão certinha, que se você se fingir de anormal pode assustar o cara e deixar ele com medo.

Uma variação do flanelinha de rua, e também na categoria b.i., é o manobrista trabalhando para um estabelecimento. Aquele camarada que pega seu carro com um cordial "seja bem-vindo", e sai trocando de marcha sem usar embreagem, ou sai patinando quando vai buscar seu carro longe de você, entre outros absurdos. Meu conselho: fuja deles também.
p.s. - Lembrei de um modo bom de espantar um flanelinha do tipo cercador, aquele que pula na frente do carro quando você está andando. Criei-o quase que por acaso, incentivado pelas circunstâncias. Há uns anos atrás, eu possuia um carro que travava as rodas dianteiras com extrema facilidade em piso molhado. Chegando a um local tomado pelos b.i., um deles entrou na frente do carro, que vinha a uns 20 km/h, me assustando pela possibilidade de atropelá-lo. Não tive dúvida: deixei chegar mais perto e enfiei o pé no freio, provocando uma boa arrastada, ainda bem sonora pois o piso estava apenas úmido, era apenas o ínício de uma garoa. O camarada deu um belo pulo para trás, e não mais se dirigiu à minha pessoa.

JJ

A foto que encontrei hoje revirando minha biblioteca, me fez pensar como nosso mercado é estranho em muitas características. Um exemplo é a falta de sedãs com um toque esportivo, como o desse Vauxhall Carlton 3000 GSi 24v, produzido de 1987 a 1994. A versão alemã da Opel se chamava Omega, como o Chevrolet brasileiro.
A grande diferença para o carro que foi fabricado aqui é um belo motor 6-em-linha inicialmente com duas e, a partir de 1989, com quatro válvulas por cilindro, que desenvolvia 204 cv a 6.000 rpm e 27,5 mkgf a 3.000 rpm. Bons números, sem giros exagerados nem potências pouco críveis. A aceleração até os 100 km/h era feita em 7,7 s , chegando até cerca de 240 km/h.

Este motor de família europeia, bem mais moderno que o proveniente do Opala, é tido como bastante resistente, e dava um caráter bastante diverso ao Omega europeu, quando comparado com o nosso, conhecido pela potência abundante em baixa rotação, mais adaptado, sem dúvida, ao modo de condução pacato esperado pelo cliente de um modelo que era o topo de linha da produção brasileira. Uma pena não termos departamentos de marketing de nossas fábricas com a visão de que um sedã esportivo pode ter compradores, levando esses modelos sempre para o lado do luxo. Designação ridícula ao meu ver, pois me lembra sabonete.

Na Grã-Bretanha foram vendidas apenas 1.463 unidades, que têm um público fiel.

JJ
A Pasadeba Freeway em 1938 e 1955
Por Rex Parker

Gostaria de falar um pouco sobre as freeways de Los Angeles, a título de comentário do post do Juvenal Jorge, “Nós e o trânsito”, de 18 de maio passado.

A nossa Pasadena Freeway (110) de 1938 a 1940 deve ser uma das primeiras estradas urbanas no mundo sem cruzamentos e sem semáforos. Digo “urbanas” porque algumas Autobahnen interurbanas na Alemanha existiam antes. A Merritt Parkway, em Connecticut, é da mesma época e á parecida com o conceito de Autobahn; também é interurbana. Mas para urbana tem que ser mesmo a Pasadena.

A velocidade máxima no início era de 35 mph (56 km/h). Dai subiu para 65 mph (108 km/h) nos anos 60, mas agora abaixou para 55 mph (88 km/h) — mais que suficiente para uma estrada de três faixas estreitas de cada lado e algumas curvas bem acentuadas. Também não tem bons acessos Tem-se que parar no fim da rampa, esperar o trânsito passar, e acelerar tudo para integrar-se com os outros carros. Thrills, chills, spills (sustos, calafrios, sangue) e...acidentes! Pasadena Freeway hoje

Uma outra importante é a Santa Ana Freeway (I-5), que na parte ligando o centro de Los Angeles com Orange Country, abriu em fases entre 1948 e 1955. Essa estrada tornou possível a Disneylândia, que não teria outro acesso prático sem ela. Num aspecto maior, essa I-5 começa em Blaine, Washington, na fronteira com a British Columbia, Canadá, e acaba em San Ysidro, na Califórnia, na fronteira com a Baja Califórnia Norte, no México.
As freeways levaram anos para serem construídas. A Harbor Freeway (110, ao lado) no centro da Los Angeles é de 1952-1955. A San Diego Freeway (405), de 1960 a
1962. A maioria é dos anos 60. A mais recente (105) é da década de 90. E quase todas têm sido aumentadas várias vezes, até o ponto em que a 91 entre Anaheim e Corona tem sete faixas em cada sentido. Ainda assim, sendo que umas já são bem antigas e suportam um volume de trânsito realmente fora de série, é evidente que estão gastas e precisando de reformas fundamentais ou reconstrução completa. Quando eram novas, eram limpas e bonitas. Agora algumas estão velhas e feias com pontes em condição precária. O graffiti não ajuda...

Não é o melhor exemplo de rampa de saída...placa PARE!
Claro, como diz o Juvenal, as várias freeways ligam e integram a cidade toda. Mas do mesmo sentido que as freeways fazem a movimentação possível, também são responsáveis pelo crescimento relativamente sem controle da cidade e a desurbanização que deixou as partes mais antigas e centrais da cidade sem desenvolvimento e recursos financeiros. Também fazem uma contribuição grande para o consumo de combustível e poluição, sendo que forçam distâncias maiores do que teríamos sem eles. Quer dizer, as freeways eliminam vários problemas e criam outros.

Antes da construção da maioria das freeways nos anos 50 e 60, a cidade era bem servida com um sistema completo de bondes (Red Cars), e ônibus elétricos. Arrancaram todos os trilhos e faixas exclusivas quando construíram as freeways. Hoje fica bem mais difícil (e caro) construir um sistema de metrô de superfície, já que não existem mais os trilhos. Também tivemos oportunidade de construir trilhos no meio das pistas das freeways (como fez em Chicago), mas não aproveitamos na época. As únicas freeways que têm trilhos e metrô no meio são as (relativamente novas) 105 e 210. A importante I-5 atualmente

Ponto final. No condado de Los Angeles foi tomada a decisão de não se construir mais freeways (nem, em geral, aumentar as existentes devido ao conceito de freeway ser ultrapassado. O pensamento e incentivo atual é de reconstruir os bairros e ruas que já temos nas partes mais urbanizadas, em vez de derrubar terra virgem para construir mais. Com isso, é provável que a construção de trânsito do futuro será em veículos leves sobre trilhos (light rail, ao lado) e outros sistemas de metrô que ligam os bairros às várias cidades e lugares de trabalho.

Uma integração mais completa de bicicletas, motos, carros, estradas, ônibus e trens, e maiores concentrações de populações. Nesse aspecto, São Paulo (e até Belo Horizonte) é bem mais avançado do que nós aqui.

RP