google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Estava lendo o post do Bob sobre Datsun/Nissan e pensei um bocado sobre a parte do macacão branco e do torquímetro para apertar as porcas de rodas na linha de partida. No ato, uma enorme sensação de isso não é de verdade me veio a mente. Não o fato em si, mas a mensagem que queria transmitir.

Já bem experiente nesse negócio de consertar carros, uma atividade que me é muito prazeirosa, fiquei pensando em como fazer mecânica vestido com uma roupa branca.

Muitas coisas me vieram à mente, lembranças umas cotidianas e outras históricas. Me lembrei muito de que existem coisas que apenas existem por si e outras que são como apenas fins para justficar meios.

Hoje eu vejo meus fabricantes de carros preferidos à bancarrota, ou quase, e seus oponentes, ainda que não nadem em águas calmas, melhores.

Me lembro de ensinamentos históricos que versavam sobre a necessidade de se iludir ou fazer o oponente crer em algo falso, para que se possa obter assim a tão almejada vitória. De como é importante dissimular os movimentos, para que se pense o oposto do que realmente se faz. Se quero atacar, faço parecer que estou fraco e incapacitado de fazê-lo; se estou fraco e débil, nunca posso deixar isso transparecer, mas sempre o oposto, que estou pronto e apto ao combate.

Me lembro de que uma mentira repetida à exaustão, para quase todos, acaba virando verdade.

Vejo um fabricante viver propalando sua capacidade de fazer híbridos, que por decreto são a única opção para que um veiculo seja táxi na maior cidade do mundo, mas na verdade o mesmo fabricante que fabrica essa situação lucra e se locupleta fazendo picapes enormes. E ainda ousa desafiar outras como sendo maior e até mesmo mais veloz que uma oponente, como se um único item, aceleração específica até uma determinada velocidade, fosse mais importante que o peso de uma marca tradicional e legítima que faz veiculos amados por seus compradores, e que na falta deles, se recusam a outros?

Então me ogulho de ver meus herois em apuros, feridos e quase à morte, por insistirem em fazer seu real papel, e por não se renderem ao politicamente correto e hipócrita.

Então vi com muita clareza que não é possível se agir desta forma. Um torquímetro é necessário e suficiente para se apertar parafusos diversos que tenham um limite de trabalho apertado o suficiente para estarem em segurança, tanto para não afrouxarem quanto para não quebrarem. Parafusos de roda, por mais que sejam um parafuso como qualquer outro e sujeito evidentemente as mesmas leis físicas, não estão em um patamar tão crítico assim. O torquímetro é a ferramenta essencial e necessária em uma bancada para montarmos motores.

Do mesmo jeito que a roupa branca é a indumentária de um médico, onde a limpeza extrema é a condição inerente à manutenção da saúde do paciente. Nunca pode ser pertinente a alguém que se dedique cegamente a reparar uma máquina que tem coisas que vão irremediavelmente macular a tal vestimenta branca de faz de conta. Depois do macacão branco, o que teriamos, luvinhas brancas cravejadas de pedras como as do Michael Jackson?

Poderia continuar, mas acho que é suficiente.

Aqui me lembro do clássico do cinema nacional, Eles não usam black tie. Eu não uso roupa branca.

AG
Faleceu hoje em Washington Robert McNamara, o "whiz kid" que foi um dos grandes responsáveis pelo sucesso da Ford Motor Company após a II Guerra Mundial.

Mestre em administração de negócios por Harvard e dono de uma brilhante carreira acadêmica, McNamara entrou para as forças armadas norte-americanas em 1943, como coordenador de operações e logística de combate. Foi nesse meio que conheceu o coronel Charles Bates Thornton.
Após a II Guerra Mundial, Thornton organizou um grupo a partir de seus oficiais mais talentosos, os "Whiz Kids", vislumbrando a oportunidade de aplicar seus conhecimentos no gerenciamento de grandes empresas. Ele sabia que recém-empossado Henry Ford II encontrava dificuldades para implantar uma grande reforma administrativa na Ford Motor Company e logo tratou de oferecer os serviços de sua equipe, o que foi prontamente aceito por Henry II.

Henry II: boa parte de seu sucesso é creditado a McNamara.

Foi esta equipe a responsável pela implantação de novas técnicas de gerenciamento, controle de custos e estratégias de mercado, além de um moderno sistema de seleção, treinamento e planejamento de carreira dos empregados da Ford.

Na década de 50, McNamara foi um dos mais ferrenhos opositores da fracassada divisão Edsel, antes mesmo do primeiro carro chegar ao mercado. Sua carreira na Ford foi marcada não só pela pá de cal que jogou sobre a Edsel como também pelo grande incentivo que deu ao desenvolvimento do Ford Falcon, um carro compacto, simples e com baixo custo de produção, uma fórmula totalmente oposta à grande maioria dos automóveis norte-americanos da época.

O Corvair de Ed Cole vs. o Falcon de McNamara

O Falcon foi um atestado de sua ciência: os excessos sobre 4 rodas da década de 50 precisavam terminar e seu próximo alvo foi a Lincoln. McNamara chegou bem perto de encerrar esta divisão, dado o fracasso comercial que tomou conta dela a partir de 1958. Conta a história que McNamara viu o protótipo do Ford Thunderbird de 4 lugares, baseado no Continental Mark II.

McNamara gostou e ordenou que o carro fosse esticado, para que pudessem ser adicionadas duas portas traseiras. O resultado todos conhecem: o Continental 1961. Menor, mais bonito, simples e elegante, não lembrava em nada os excessos da década anterior. Tornou-se um ícone dos anos 60.


O sucesso de McNamara na Ford foi atestado em 9 de novembro de 1960, quando tornou-se o primeiro presidente da Ford Motor Company que não fazia parte do clã Ford. Em menos de cinco semanas, foi indicado por Robert Lovett para ser o secretário de defesa norte-americano da gestão Kennedy, posto que assumiu em 21 de janeiro de 1961.

É provável que McNamara seja mais lembrado no futuro como um grande estrategista militar ou como presidente do Banco Mundial, cargo que exerceu de 1968 a 1981. Mas a a marca de sua administração será sempre indelével na história da Ford Motor Company, que deve a este executivo muito do seu sucesso.


Que glória maior um fabricante de carros artesanais poderia ter? Para alguns, ficar milionário, para outros, atingir o reconhecimento mundial. Mas, recentemente, para a Chamonix, o fabricante de réplicas de Porsches antigos mais conceituado do Brasil, foi a venda dois carros.

Por que apenas dois? Ninguém fica rico vendendo dois carros que já estão no mercado e com preço inferior a R$ 100.000,00. Deve ser algo mais... No caso, foram os compradores. Já falei anteriormente de um deles, um tal de Gordon, e o outro, um cidadão cujo apelido é Herbie.

O fato de o Gordon Murray ter comprado um carro nosso é uma incrível conquista e consolida a tradição da Chamonix de fazer caros excelentes. Esse cara é um ídolo para nós todos que amamos automóveis e automobilismo, pois além de um desempenho fantástico na equipe McLaren de Fórmula 1, conquistando diversos títulos com o Ayrton Senna, depois criou o McLaren F1, uma super-máquina de rua, com um conceito de 3 lugares bem interessante.

Além do Gordon, Michael “HerbieBlash que também foi diretor da Brabham na época do Nelson Piquet e atualmente é um dos diretores da FIA, também adquiriu um Chamonix Spyder 550 e, para coroar tudo, a indicação veio do próprio presidente da Porsche (que inclusive utilizou nossos carros em comerciais nos EUA por diversas vezes).

Isso vem de um trabalho sério e intenso que temos feito durante anos, em que buscamos sempre a qualidade e a satisfação de nossos clientes. Isso pode ser medido em qualquer encontro com nossos entusiasmados proprietários, como o visto no II Chamonix Track Day que realizamos em Interlagos no último domingo.” Foram as palavras de Newton Masteguin, diretor da Chamonix.

Uma grande conquista essa, mostrando que nossa indústria local é sim muito capaz, ao contrário do que muitos falam. Parabéns à Chamonix pelo trabalho.

Depois de 10 anos de adquirida, finalmente consegui terminar essa utilíssima ferramenta para ajudar na lida aqui na melhor garagem suspeita do Planalto. Meus pequenos deslocamentos para o eletricista, oficinas de funilaria ou pintura agora serão mais legais e emocionantes. Não mais levarei meus carrinhos de caminhão-prancha com motor Diesel de 4 cilindros, mas de Ram V-10. Ainda faltam alguns pequenos detalhes a fazer, mas nada que atrapalhe muito usar ela.