google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Novidade: o álcool dos nossos carros passou a ser chamar, oficialmente, etanol. Assim definiu recentemente a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O produto é o mesmo, só muda o nome, e assim alinha-se o Brasil com os demais países nesse ponto.
O álcool que conhecemos tinha o longo nome álcool etílico hidratado combustível (AEHC). A Petrobrás já iniciou a troca do nome nas bombas dos postos de sua bandeira e em breve será comum a imagem da foto acima -- sem o "H", obviamente. As demais distribuidoras deverão acompanhar.
Ethanol, por definição, é ethyl alcohol, álcool etílico. Só não sei, ou não lembro de Química, por que o "an" no acrônimo, tanto em língua inglesa quanto em português.
O etanol vendido nos Estados Unidos e em outros países é anidro, sem água, mas com 15% de gasolina. Por isso chama-se E-85 (85% de etanol e 15% de gasolina). Pode-se ler o número 85 na bomba da foto.
O motivo de colocarem gasolina no álcool é possibilitar a partida a frio na baixas temperaturas do inverno nas altas latitudes, sem precisar recorrer a sistemas auxiliares como o famoso "tanquinho" de gasolina e bomba ou soluções mais sofisticadas (e caras) como a do Polo E-Flex.
Anidro aqui só o álcool (etanol) que é adicionado a todas as gasolinas na porcentagem de 25%, por força de lei federal. O etanol que é vendido ao consumidor é hidratado, contém 7% de água.
BS
(Texto atualizado em 8/06/09)












Muito bom participar na Carreata da Solidariedade, no último domingo, 31 de maio.
Bonito ver como as pessoas ajudam e limpam mesmo os armários, se livrando do que não é mais indispensável.
O bairro de Moema, em São Paulo, é um prato cheio para esse tipo de ação. Uma área não muito grande, com ruas de desenho bastante regular, formando um xadrez no mapa, e ocupado por centenas de edifícios residenciais.
Quem mora em apartamento está sempre precisando organizar a casa para ter menos bagunça e menos itens que são pouco ou nunca usados. Aliás, carros e apartamentos pertencem à mesma raça de objetos que precisam de atenção constante para não se transformar em uma tranqueira. Um imóvel e outro móvel. Quanto mais coisas se coloca neles, mais problemas se tem.
Voltando à carreata, a iniciativa é louvável, e passear com seu antigo é sempre engrandecedor. Seja pela simples curiosidade das pessoas com o evento, que abre espaço para novas conversas e ideias, seja pelo trabalho voluntário mais com aspecto de passeio, mas também pelo lado que aqui nos une: os carros. Já se diz há um certo tempo que carro que nunca sai da garagem deveria pagar IPTU, e essa carreata une o útil de ajudar a quem precisa, com o agradável de girar aqueles rolamentos e molhar aqueles retentores que ficam semanas, às vezes meses, parados.
Claro que incidentes acontecem, como já é de se esperar quando se dirige um carro com várias décadas de uso. Bobinas muito quentes, vazamentos de água, carburadores que engasgam, coisas normais no hobby antigomobilista. Ao final, reunir as doações e ver a alegria do pessoal da Igreja, lá em Moema mesmo, onde fica o centro das operações, é espetacular. Mas melhor ainda é ter a certeza de que as doações estão nas mãos de pessoas responsáveis, que já organizam essa ação há 8 anos, utilizando a boa vontade de todos que participam, seja os donos dos carros, seja o pessoal do apoio, em grande número e com muita disposição.
Uma organização elogiável, com muitas pessoas pelo caminho, a pé e de moto, orientando de forma a separar a carreata para abranger o maior número possível de ruas do bairro, e depois unindo todos novamente em um ponto mais a frente. Ajuda também da Polícia Militar, com algumas viaturas junto com a carreata.
Foi muito bom, e ano próximo estaremos lá.

JJ
Nota: a maioria das fotos são do Rafael L., amigo do Milton Belli. Obrigado a ambos.
O meu velho e bom amigo Luiz Dränger, aquele que teve o Chevette Lotus, me contou a respeito de um problema que está tendo e que acho merecedor de ser compartilhado com os leitores do AUTOentusiastas. Contou ele:

"Fui comprar um som para o meu carro! Uma tragédia sem limites. Cada aparelho que me mostravam, tinha o maldito “menu”! Não posso mais ouvir essa palavra; caos total e um provocador de acidentes no trânsito.
Para aumentar os graves ou agudos, tenho que apertar um microbotão não sei quantas vezes e olhar no microdisplay se estou na função certa. Um horror!
Perguntei para o vendedor se existiam aqueles aparelhos com botões circulares para volume, graves e agudos e, nada! Não existe mais. A desculpa é que potenciômetros, que são os botões, dão problemas de contato por sujeira! Eu tive tantos rádios Becker e Blaupunkt e nunca tive problemas!!!
Aí pensei em instalar um amplificador e alto-falantes apropriados e conectar um MP3 moderno (na loja em frente). Nova saga: o maldito menu e os botõezinhos que, com a idade, não enxergo direito. Navegar, enxergar em um display mínimo é caótico.
Comprei dois tipos de MP3 no Submarino.com e frustrei-me novamente. Todos são feitos para “nerds”!!!! Praticidade, zero.
Quero um aparelho com potenciômetros circulares para volume, graves, agudos e balanço, que intuitivamente acertamos. Alguém faz isso? Botões grandes ajudam na segurança no trânsito! Você conhece algum produto assim?
Ou seja, menu só nos cardápios de restaurantes.
Abraço, Luiz"

BS



É incrível como o ser humano tem a capacidade de florear histórias diversas, desde uma simples briga de vizinhos até escândalos nacionais. Mas o colega Alexandre Garcia disse certa vez que "se
a versão dos fatos é mais legal que os fatos, danem-se os fatos e viva a versão!".

Quando eu ainda era um moleque nos anos 80 fui ao Playcenter e vi pela primeira vez no cinema 3D o filme "C'était un rendez-vous" (em português: "Era um encontro"). Fiquei fascinado com a velocidade que o carro alcançava nas ruas de Paris, mas não fazia nem ideia do que se tratava, só me lembrava do maravilhoso som do motor e dos pneus cantando.

Anos depois, já com as facilidades da internet, fiquei sabendo que o filme fora supostamente gravado em 1978 pelo cineasta francês Claude Lelouch, com uma câmera montada no capô de um Ferrari 275 GTB, guiado por um piloto de Fórmula 1. Uma historinha bacana, que dizia até que Lelouch fora preso e que o Ferrari chegou a espantosos 324 km/h na avenida Champs-Élysées.


Definitivamente, uma mentira de perna longa. Demorou um bocado, mas a verdade veio à tona: o filme foi gravado às 5h30 de uma manhã de 1976 por Lelouch, a bordo de um Mercedes 450 SEL 6.9 (sim, o maravilhoso W116). O som do Ferrari foi "dublado" por Lelouch, a partir de seu próprio 275 GTB.

A grande verdade é essa: nada de V-12 Ferrari com 5 marchas, a performance foi de V-8 Mercedes, com câmbio automático de 3 marchas. Não há nem o que se falar em 324 km/h, já que a velocidade máxima do Mercedes é de 235 km/h.


Mas que graça teria a sonoplastia original, apesar do delicioso som do V-8 Mercedes? Como disse o AG, a versão mais legal é a mentirosa mesmo. Não tem como assistir o filme depois de vários anos e achar que foi um Mercedes que fez aquilo, por mais que eu goste do W116. Na minha cabeça, "C'était un rendez-vous" sempre terá o Ferrari 275 GTB como o astro principal, ainda que implícito.

O filme foi o precursor de outros filmes semelhantes, como a série "Getaway in Stockholm". É de se admirar a coragem irresponsável de Lelouch, pois demorou muito tempo para que aparecesse algo semelhante. Irresponsável sim, mas ainda assim genial.

Para quem nunca viu, segue o vídeo: