google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Desde a criação do blog, o Bob Sharp e o Paulo Keller cobram meu ingresso em tão seleto grupo. Não o fiz antes por absoluta falta de tempo.

Mas agora, depois de reorganizar minha vida, aqui estou eu. E para falar do reencontro com um "amigo".

Acesso o blog todos os dias e qual não foi a minha surpresa quando me deparei com o Mini Cooper S que foi avaliado aqui.

Mas por que esse carro seria meu amigo? Explico.
No final de 2006, um grande amigo que tem loja de carro, oficina e distribuidora de autopeças conversou comigo sobre a necessidade que ele tinha de alguém que o ajudasse na parte legal da recém-criada importadora de veículos dele e que também o ajudasse a vender os carros. Topei o desafio, mesmo com a operação já implementada e eu tendo que atuar no meu escritório.

A importação independente de carros sempre tem como origem os veículos do mercado norte-americano, em função da facilidade que se tem em comprar os carros lá, o transporte ser mais simples e barato, além da cotação mais favorável do dólar frente ao euro. Meu amigo já havia trazido diversos Mini, mas no início de 2007 o Mini passava por sua primeira reestilização. Em função disso, a demanda pelo modelo novo no mercado norte-americano foi gigantesca, o que causou filas imensas para se conseguir um carro, sem contar que não era interessante trazer o modelo antigo, pois ainda que tivéssemos certeza que seria vendido facilmente, ter a primazia em um mercado de carros exclusivos como esse é um grande diferencial. A solução? Buscar o carro na Europa.

E assim foi feito. Depois de um grande trabalho de busca dos carros, contatos por lá, procedimentos de embarque, desembarque aqui no Brasil, encarar nossa burocracia, chegaram os dois Minis 2007. Dos primeiros a desembarcar no Brasil. E um desses era justamente o que apareceu aqui no blog.

O curioso é que quando esses carros chegaram, os vendedores da loja ficaram um tanto quanto receosos - eu inclusive - pois os dois tinham câmbio manual, o que, por incrivel que pareça, não faz sucesso com quem compra esse carro; um deles não tinha teto solar, opcional também obrigatório e o outro tinha uma tonalidade de azul nunca vista antes por aqui e que era bem chamativa. Na verdade, o carro azul era exatamente igual a esse da foto abaixo.


No entanto, o produto é bom. Os carros acabaram ficando em estoque por duas semanas e foram vendidos. Não sei explicar a razão, mas o Mini preto me cativou mais e essas duas semanas foram mais do que suficientes para eu ficar "amigo" do carrinho. Isso por que o utilizei para estudar o carro nas minhas poucas horas vagas. Passamos muitas horas juntos, eu com o manual no colo e ele me mostrando tudo o que era capaz de fazer, com seus infinitos recursos e equipamentos, muito embora o tenha dirigido muito pouco.

O interessante desse Mini em específico é que, por ter origem europeia, todos os seus mostradores estão no mesmo sistema métrico que utilizamos aqui, ou seja, em km e km/h, ao contrário do praxe dos carros de importação independente que estão em milhas. Seu interior trazia uma novidade em termos de acabamento, pois seus bancos são pretos, mas o revestimento das portas em bege, assim como o pesponto dos bancos. O câmbio manual era uma delícia e o teto que era uma preocupação, no fim, não fez falta nenhuma.

Não fez falta por que seu dono, usando a imaginação, mandou colocar um adesivo que reproduz o símbolo que encontramos no piso de um heliponto. Esse detalhe não era original do carro e lhe caiu muito bem. Suas rodas também tinham na época um desenho único e exclusivo, dificilmente visto aqui no Brasil, pois o padrão era o desenho das rodas encontradas no Mini azul, como vemos na foto deste post.


Como disse, passei boas horas dentro desse carrinho, o estudando e aprendendo seus inúmeros equipamentos, entendendo seu funcionamento e a razão de estarem ali. O colocava ao lado do modelo antigo para identificar as alterações de uma geração para outra - que foram muitas, acreditem. Verificava sua mecânica, olhava as soluções e tentava aprender um pouco mais sobre a arte de fazer automóvel. Enfim, criei um laço com o carro. Um laço de amizade, onde eu fazia as perguntas e ele me respondia, me mostrando tudo de novo e diferente que ele trazia.

Mas chegou a hora em que ele foi vendido e ele se foi. Ele fez falta. Vieram outros, mais completos, com configurações de cores e equipamentos mais legais, mas era o Mini preto com quem eu tinha dividido horas e horas de conversa. Ele era o amigo. Mas estando longe ou perto, os amigos sempre lembram um do outro e acabam se encontrando. Fiquei muito feliz em o ver rodando por aí bonito, feliz e contente. Quem sabe não o cruzo por aí de novo, nos faróis e estradas da vida...

Ótima resposta para a provocação da Audi, que mostra o novo A4, e a BMW responde com o M3.


Qual seria o seu favorito?
Sábado passado eu, os Kellers e o Juvenal Jorge enfrentamos um nevoeiro meio espesso próximo a Paranapicaba, região da Grande São Paulo, onde fomos com o Mini Cooper S.

No trajeto, fiquei pensando na terra de ABS e airbag tornados obrigatórios recentemente, em que a luz traseira de nevoeiro não é. Pois o Mini tem não uma, mas duas dessas luzes e, evidentemente ficou o tempo todo visível por detrás.

É um item que tinha que ser obrigatório, como na Europa. Isso por causa da total insensatez dos capitães da nossa indústria automobilística, que aproveitam a não-obrigatoriedade para "cortar custos" e deixar essa importante item de segurança de fora na maioria dos modelos.

Não tenho certeza se foi o Santana CD, em 1984, que introduziu a luz de nevoeiro nos carros nacionais. Foi uma grata surpresa poder-se passar a contar com essa sinalização adicional quando a visilibilidade cai para alguns metros. E não precisa ser só nevoeiro. Quando chove forte e o carro levanta o borrifo d'água, situação em que não se enxerga bem as lanternas traseira ligadas, especialmente de dia. Ou em meio a uma queimada de beira de estrada ou ao trafegar em estrada poeirenta.

Do mesmo modo, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) baixou a Resolução 227, de 12/03/07, regulamentando dispositivos de iluminação e sinalização dos veículos, inclusive as lâmpadas de descarga de gás xenônio, mas não tornou obrigatórias as luzes laterais repetidoras dos indicadores de direção. Como o item de segurança não é obrigatório, a exemplo da luz traseira de nevoeiro, não são todos os carros que vêm equipados com elas.

Mas como airbag e freios com ABS dão mais audiência, o Congresso Nacional e o Contran aprovaram-nos quase simultaneamente no mês passado. Segurança básica, aquela do dia-a-dia, de baixo custo? Ora, a segurança básica...É segurança da boca para fora mesmo!

BS
Pois bem meus camaradas, confesso que ao postar sobre o LincVolt de Neil Young fiquei com muito medo de ser expulso do blog ou mesmo do círculo de amizades que o compõe (só não fiquei com medo de apanhar pois sou o maior e mais forte do grupo, além de pugilista).

Para minha surpresa, o post foi bem aceito, mas alguns amigos (como o MAO e o AG) com certeza querem me dar uma saraivada de tiros (uma vez que eles não podem sair no braço comigo).

Espero alcançar a redenção com o vídeo abaixo: Neil Young fica exatos 2 minutos falando baboseiras a respeito do LincVolt para depois dar a partida no seu monstruoso Cadillac Eldorado 1971, primeiro ano de fabricação do mega block 500 V8 (8,2 litros de cilindrada).

Vale a pena pular todo o papo furado e ouvir a marcha lenta do maravilhoso V8.

Só um detalhe: tração dianteira... Agora além de tomar tiro do AG e do MAO com certeza vou levar tiro do AK também.