google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


O piloto do carro, Sady Bordin Filho, gentilmente atendeu ao nosso pedido e acabou de nos enviar fotos do carro com o qual se sagrou Campeão Brasileiro de rali de 1984 e deu o título de Construtores à General Motors do Brasil. Coloquei outra foto do carro no post do MAO em http://autoentusiastas.blogspot.com/2009/02/10-melhores-e-raros-chevettes-de-4.html
As fotos foram digitalizadas de um exemplar da revista Motor 3 de janeiro de 1985.
BS

A cada dia que passa, o trânsito nas grandes cidades parece sempre aumentar. Muitas vezes congestionamentos de vários quilômetros surgem e desaparecem, e quando isto ocorre geralmente não há motivo aparente para tal.

Passo diariamente por uma das rodovias que ligam São Paulo ao interior, e todos os dias há trânsito sem explicação aparente. Sempre suspeitei da incompetência alheia em dirigir em rodovias, e agora tenho um argumento científico ao meu favor. Eu havia recebido este vídeo faz um tempo mas nunca mais o achei, até agora.

Um estudo da Universidade de Nagoya (Japão) provou que não é preciso de nada especial para gerar um congestionamento, apenas pessoas dirigindo seus carros. Em uma pista circular fechada, diversos carros deveriam seguir em velocidade constante de 30 km/h, e em pouco tempo, com a variação de velocidade de um carro para outro, o chamado "efeito de onda de choque" ocorre e voilà, congestionamento formado. É a prova de que a culpa de grande parte dos congestionamentos é da incapacidade de dirigir corretamente, mantendo uma distância constante do carro à frente, e isso aparentemente é um problema mundial. Vejam o vídeo do experimento japonês abaixo e tirem suas próprias conclusões.

Muito se discute sobre idade de carro, se o que vale mais a pena é um 0-km ou um “seminovo” e que se perde menos dinheiro com esse último. Que um carro velhinho bem conservado pode dar tanto prazer de dirigir quanto um mais novo custando um décimo ou menos de um novo.

A minha opinião é que nada se compara um carro zero. A ponto de afirmar que a melhor marca de carro é zero-quilômetro. Motivos, vários.

Tem-se certeza de que nunca bateu ou de que jamais caiu num buraco de mau jeito. Nunca foi submetido a maus tratos, a um uso fora do que qual foi previsto, nunca trafegou com excesso de carga. Luvas de engate de marchas e respectivos dentes nunca se chocaram e a embreagem nunca foi mal utilizada.

Saber que o carro nunca bateu é motivo de grande tranquilidade, não é preciso examiná-lo com lupa, ao contrário de quando se compra um usado. Nem se o dono anterior deixou de fazer alguma manutenção ou colocou óleo errado no cárter. Ou como estão mangueiras e correias. E bateria. E os bancos, que são firmes em fixação e cuja densidade da espuma está correta. Até os cintos são perfeitos.

Mas há outro aspecto tão importante ou mais do que tudo o que foi dito acima: estrutura da carroceria e suspensão.

Toda carroceria – seja um monobloco ou conjunto chassi-carroceria – torce e flexiona quando o veículo anda, em grau maior ou menor dependendo de onde e como trafega. Evidentemente ela vai “cansando” com o passar dos quilômetros e isso ocasiona desde ruídos de toda ordem a rodas que já não ficam mais na posição prevista no projeto. Pode até ser que no alinhador esses ângulos sejam ajustados, mas ao rodar eles se alteram e o carro já não é mais o mesmo.

Na suspensão, as molas vão cedendo com o tempo e suas características se alteram, resultando em altura de rodagem menor que a prevista e maior tendência de a suspensão dar batente. Muito importante também, buchas de borracha, tão importantes no isolamento das imperfeições do piso, vão se alterando, endurecendo, e o que foi previsto nessa parte foge da especificação original. E sempre aparece alguma folga anormal em algum elemento.

Pneus, não é preciso se preocupar com eles por um bom tempo, além do fato de pneus de linha de montagem serem sempre melhores que os de reposição (apesar de se dever ficar atento a pneus chineses que algumas marcas estão utilizando na produção).

Quanto ao visual nem há o que falar, o mesmo valendo para o conjunto de odores internos.

Não há nada que se compare a um zero-quilômetro. É um prazer que custa um pouco mais, mas vale a pena.
BS
Confesso que sou meio avesso a eleições de melhor qualquer coisa. Ainda mais quando os critérios são subjetivos. A menos que se trate de uma diversão, sem qualquer pretensão de chegar a um resultado incontestável, como a eleição de melhor post de 2008 que fizemos no blog.

Quando se fala em design a coisa complica ainda mais, pois a subjetividade é imensa. Porém hoje ví o resultado da eleição de design do ano no site Car Design News. Pelo menos foi feita por um site especializado em design e que só fala disso. Na verdade foram duas eleições, a de melhor design de carro conceito e a de melhor design de carro de produção.

O que me chamou a atenção foi o vencedor de melhor conceito, o BMW GINA. Na verdade o conceito em si é um dos mais originais de todos os tempos. O tecido especial aplicado sobre uma armação (que me lembrou os Superleggera) móvel faz a superfície do carro ter um aspecto de pele, e que dependendo da posição deixa os músculos a mostra. Segundo o Car Design News, esse conceito tem mais de 10 anos, porém só foi mostrado agora (provavelmente atualizado). No vídeo abaixo podemos ver o "lendário" Cris Bangle explicando o conceito (desculpem-me, mas só existe a versão em inglês).




O segundo lugar na categoria carro conceito foi o Mazda Furai. Um racer que segue a linha Nagare (fluxo) dos últimos conceitos da Mazda. Outro design muito original e empolgante.


Já o terceiro lugar, o Chrysler EcoVoyager, não me empolga em nada. Pelo contrário, me causa estranheza, pois a traseira se confunde com a frente.



Na categoria carros de produção, eu não poderia deixar de concordar com o primeiro lugar. Depois de tanto se falar e criticar a onda retrô (ou o heritage design), os designers do novo Camaro conseguiram fazer uma atualização irretocável e à altura do ícone americano. Quanto mais eu olho para o Camaro, mais eu gosto.


O segundo lugar nessa categoria é interessante, porém não acho que tenha originalidade e equilíbrio para estar nessa colocação. O Fisker Karma lembra muito o Maserati Gran Turismo, mas tem proporções não muito harmoniosas. Além disso, a grade dianteira parece a boca do Coringa (do último filme do Batman).


O terceiro colocado, o Opel Insignia, se destaca pela originalidade. Tanto que já foi até copiado pela Chrysler com o 200C. Concordo que mereça uma posição de destaque mas gostaria de ter visto os outros finalistas, não divulgados pelo site.