Acabei de ler uma enquete na revista Autoesporte cujo resultado me chamou a atenção.
A pergunta foi sobre qual dos modelos citados deveria sair de linha. Entre eles estavam Chevrolet Blazer, Citroën Picasso, Fiat Mille, Ford Courier, Mitsubishi L200 Outdoor, Peugeot 206, Renault Scénic e Volkswagen Kombi. Ainda existia a alternativa de todos.
Essa últma alternativa foi a mais votada, com mais de 50 mil votos. Dentre os modelos mais votados o Mille venceu, ou nesse caso perdeu, com a maioria dos votos individuais. Na conclusão a própria revista ressalta que o Mille é um dos carros mais vendidos do Barsil.
Então me perguntei para que serve essa enquete. Para constatar que esses carros são obsoletos e as classes de C para cima, os leitores da Autoesporte não dão a mínima para eles? Não seria óbvio isso?
Como pode um público que não precisa do Mille julgar o futuro de um dos carros mais importantes de nossa história? Para mim fica a impressão que tenho de muitas enquetes feitas por revistas: enquete útil só vale se for direcionada ao público compatível. Caso contrário, não representa nada.
Algumas votações de melhor carro, melhor carro do Brasil e outras também não fazem sentido se os eleitores não são especialistas ou consumidores dos carros candidatos.
Enquetes, eleições, votações, para mim só são interessantes quando têm fundamento. caso contrário são conversa de botequim. O que às vezes é bom para descontrair...