Muita gente indo embora, já eram 20h00 e eis que o intocável importador Ferrari começa a descobrir os carros, depois de passar toda a tarde protegidos da poeira, visíveis apenas ao Super-Homem.
Junta gente, aquelas fotos "perfeitas" tiradas com celular, incautos achando que estão diante do melhor carro do mundo.
Mais um tempinho, e começam a cobrir de novo os carros!
Vejam o post do Bob Sharp de três dias atrás. Será que é burrice mesmo? Eu acho que é só arrogância.
Ainda bem que o que eu fui ver lá passou a maior parte da tarde visível. GT-R, Mustang Shelby, Traverse, Volt, Focus ST e mais alguns.
Apenas de se lamentar o Maserati Granturismo, infelizmente tratado da mesma forma que os carros vermelhos.
Dotado de várias inovações tecnológicas, o FEI X-20 chama atenção pelas suas formas audaciosas idealizadas e construídas pelos alunos e pelo Prof. Eng°. Ricardo Bock e patrocinado por diversas firmas que se dispõem a incentivar a pesquisa e a formação de novos engenheiros. Um spaceframe totalmente construído em alumínio se encarrega de suportar um "motorzinho" Chevrolet Corvette V8 de 410 kW (550 hp/557 cv) de potência a 6.300 rpm e 686 N.m (70 kgf.m) de torque a 4.800 rpm; uma moderna suspensão também confeccionada com materiais ultraleves e uma carroceria laminada em plástico reforçado com fibra de vidro (FRP) utilizando-se moldes confeccionados em poliuretano e usinados em modernas máquinas CNC, num sistema utilizado somente nos departamentos de protótipos dos fabricantes e de seus fornecedores dotados de alta tecnologia.
As primeira pergunta que surge diante das formas é: "Como anda esse "carro?"
Calma!! Ainda não está pronto para rodar, mas a primeira fase de pesquisas do sistema de direção já foi concluída. Quando estiver apto a "andar pelas próprias rodas", será capaz de se direcionar sem o auxílio do motorista. Faixas brancas pintadas no asfalto escuro da pista de testes construída no campus de São Bernardo do Campo, em contraste com o asfalto escuro, guiarão o veículo através de um sistema autônomo de direção. Para isto bastará dar a partida no motor, acionar um botão no painel, engatar a primeira marcha e começar a dirigir. Em poucos segundos o sistema entrará em funcionamento e conduzirá o carro a uma velocidade máxima controlada de 20 km/h. Nesta fase de desenvolvimento, os acionamentos de acelerador e freio ainda são de responsabilidade do motorista. Três sistemas de segurança, em caso de necessidade poderão entrar em funcionamento. Caso qualquer um deles seja acionado, devolvem todos os controles ao motorista. Dois são automáticos, basta acionar o pedal de freio com uma força acima do normal ou virar o volante para qualquer das direções que o sistema é desativado. O terceiro é um botão no painel, que quando acionado também desliga o sistema devolvendo o controle de direção ao motorista.
Em um veículo como este, nada mais esportivo do que um pára-brisas laminado de maneira a conformá-lo em duas metades, atuando aerodinamicamente para desviar o fluxo de ar dos rostos do motorista e acompanhante quando a "máquina" estiver em movimento. Entre eles, uma pequena câmera de vídeo registra imagens e as envia, através de cabos e passando por um sistema de controle de íris, ao um computador de bordo, onde um software faz a interpretação das imagens. Tudo isso viabilizando a atuação do sistema automático de direção.
O software, desenvolvido por alunos e professores do curso de Ciência da Computação da FEI, é baseado em conceitos de um projeto anterior, onde robôs jogadores de futebol atuavam em um campo de futebol miniatura. As imagens são processadas a uma velocidade de 30 quadros por segundo. Desta forma, as linhas brancas delimitam a pista e o computador se encarrega de colocar o veículo para trafegar com suas rodas construídas em alumínio nos aros e região de fixação ao cubo rápido e em policarbonato transparente na região central, exatamente entre as faixas brancas.
Sensores de aceleração lateral com indicadores no painel de instrumentos, bancos individuais confeccionados em "nobuck", cintos de segurança de seis pontos, faróis e lanternas traseiras com iluminação através de LEDs e outras tantas "artes" eletrônicas, complementam as inovações.
Ah, a resposta àquela pergunta do começo será dada tão logo os veículo passe pelos seus ajustes finais e essa turma de abnegados consiga encontrar uma pista disponível onde o "bicho" possa mostrar tudo que é capaz.
Mais uma vez parabéns aos alunos e professores e vários ex-alunos, que se esforçam de uma forma sobre-humana, muitas vezes trabalhando dias e noites seguidos para conseguir patrocinadores e tornar realidade projetos como este, que refletirão no futuro automobilístico desta gente que tem correndo em suas veias uma mistura de gasolina, álcool, diesel, gás, eletricidade e o que mais vier pela frente que faça os motores tocarem essas máquinas maravilhosas.