google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

Confesso que cheguei ao meu limite: não dá mais para ouvir falar em montadora. É como se não existisse mais fábrica de automóveis no Brasil. É ridículo o que está acontecendo!

Considero o uso de 'montadora' um câncer que se alastra rapidamente pelo corpo editorial brasileiro, em que nada é capaz de detê-lo. Os jornalistas brasileiros adotaram o termo de vez. Inexplicavalmente.

Responda, leitor:

- garantia é de fábrica ou de montadora?
- preço é de fábrica ou de montadora, nos feirões?
- equipe é de fábrica ou de montadora, nas corridas de automóveis?

Sabe o que significa Anfavea? Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. E Fiat, é o quê? Fabbrica Italiana di Automobili Torino. E Alfa, de Alfa Romeo? Anonima Lombarda Fabbrica di Automobili.

O que é mais estranho é só no Brasil usar-se 'montadora'. No resto do mundo é fábrica ou fabricante, nas respectivas línguas. Por que será? Alguma forma nova de maldição?

Desde que me entendo por gente vejo pessoas chamarem carro pelo masculino ou feminino. Quatro Rodas (não escrevo mais lá) costuma grafar, por exemplo, 'o Porsche e a Ferrari' na mesma frase. Errado.

Carro no Brasil, nos países hispânicos e na Alemanha é masculino (el Ferrari, Der Golf). Na França e na Itália é feminino (la voiture, la macchina).

Muito se baseiam no fato de que se o nome termina em 'a', é feminino, como em 'a carretera': é um carretera (um carro de corrida tipo carretera).

Isso me faz lembrar uma matéria na revista Time sobre um bandido carioca, o "Mão Branca". O americano escreveu "Mão Branco" por provavelmente ter achado que como mão terminava em 'o', a concordância do adjetivo deveria acompanhar.

Portanto, o Mercedes, o Lotus, o Puma, o Lancia, o Alfa Romeo etc. Só quando for perua pode-se tratá-la pelo feminino: a Variant, uma Suprema. a Kombi.

Feminino, só quando se tratar da fábrica ou a equipe de Fórmula 1: a Ferrari, a Renault, a Lotus.

Será que herdamos o hábito dos ingleses, de tratar navio por "ela"?

BS
...são mesmo incríveis em engenharia de motores. A versão flexível do C4 Pallas ganhou potência, de 143 para 151 cv, e torque, de 20,4 para 21,6 mkgf, mantendo-se as rotações-pico de 6.000 e 4.000 rpm, respectivamente, e a taxa de compressão, 10,8:1. Os japoneses precisam tomar umas aulas com esses franceses: quando o new Civic se "flexibilizou" não houve ganho de potência quando com álcool, o mesmo com o Corolla, que ainda por cima perdeu 4 cv na operação com gasolina.

O C4 Pallas flexível só é disponível com caixa automática (de 4 marchas) por enquanto, a versão manual virá em três meses. Estou ansioso por dirigi-la, a julgar como ficou bom com caixa automática.

BS


Nossos leitores já devem ter percebido que há alguns membros desse blog que curtem um Porsche. Eu sou mais um. Outro dia li uma matéria sobre o 959, um exercício de tecnologia apresentado como protótipo em 1983 no Salão de Frankfurt, com o nome de Gruppe B.

Esse monstro chegou ao mercado em 1987 e apenas 337 foram construídos. Com tração nas 4 rodas, suspensão de altura regulável (entre 4,5 e 7 polegadas), ABS, embreagem com comando eletrônico, 2.847 cm³/450 cv, dois turbocompressores seqüenciais, câmbio de 6 marchas, rodas com raios ocos, sensores de pressão dos pneus e uma característica que eu não sabia até hoje: pára-brisas blindado, para evitar acidentes caso algum objeto o atingisse em alta velocidade.

Coisas de Porsche.