google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)



Semana passada fiz uma visita ao amigo Alexandre Gracia (não é o da Globo), também conhecido como Mr.V8, Ogro do Agreste, Kenny Rogers (rsrsrsrs) e, por fim, simplesmente AG. Uma das autoridades máximas do Brasil em motores V-8 e, um dia quem sabe, colunista deste blog.

ChegUei lá, na pacata cidade satélite de Sobradinho, a cerca de 30 quilômetros de Brasília, no domingo de manhã. Acho que o Ogro tinha acabado de acordar, pois estava calmo e sereno. Depois de uma meia hora de prosa partimos para ver suas máquinas; uma coleção de Mopars e Chevys todos com motor V-8, é claro! Opa, tinha um que não! Mas é um V-10. Uma Dodge Ram 8,0 que serve de transporte para os motores encomendados pela clientela.

Mas vamos ao que interessa: andar numa cadeira elétrica! Isso mesmo, numa eletrizante Caravan 1975 lime green transplantada por ele mesmo com um small block 350 de aproximadamente 325 cv e um eixo Dana (eu nunca vou aprender isso!).






Há anos escrevo comparando um motor com uma orquestra. Muitas são as sutilezas que passam despercebidas das pessoas, e até dos profissionais da área. Numa orquestra, mudar a configuração e a distribuição dos instrumentos faz a música soar diferente, embora a orquestra siga a mesma partitura. É o que ocorre quando ouvimos a mesma música executada por um quarteto de cordas e depois por uma orquestra sinfônica.

Um motor é muito similar. Ele não é um componente único. Ao contrário, é um ajuntamento de componentes que operam em conjunto para realizar uma tarefa complexa. Como numa orquestra, se trocarmos estes componentes ou os modificarmos, o motor responderá de uma forma diferente.

Ao contrário do que muita gente pensa, os coletores de admissão e de escapamento não são meros canos que alimentam o motor de mistura fresca e o descarregam dos gases quentes queimados. Num paralelo com os instrumentos de uma orquestra, os coletores seriam os instrumentos de sopro pela sua similaridade de funcionamento.

Comecemos pelo básico.

Um dia ainda vou ter um V-8...


PK
Saab 900 Turbo 1991 e Saab 9-3 Turbo X 2008


Saab é uma de minhas marcas preferidas, pois são carros esquisitos. Eram, ao menos até o início da década de 1990, quando a GM adquiriu a divisão de automóveis dessa fabricante de aviões, carros e caminhões (lembram-se do nome Saab-Scania?) e iniciou os projetos comuns, utilizando muitos componentes Opel, principalmente.

Agora em 2008, a Saab apresentou o Turbo X, ou Turbo Black, modelo especial sobre o 9-3, seu menor carro, reeditando a série negra que foi o apogeu do clássico 900 Turbo, apenas menos raro que a última série, chamada de Ruby, ano 1993.

Aproveitaram agora também para estrear a tração nas quatro rodas em carro de passeio da marca, sistema chamado de xwd (cross-wheel-drive).

Pois bem, é um sedãzinho médio com produção limitada (não sei por que bancar a difícil), com 40,8 m·kgf de torque e acelerando de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos. Uma maravilha da engenharia Saab + GM, pouquíssimo divulgada no Brasil, como é de praxe com a marca.

Os Saab da General Motors são menos estranhos do que os clássicos, quando os suecos malucos estavam sozinhos em casa para fazer o que quisessem, mas são carros sempre com alguma característica fora do comum. Uma marca que vale a pena conhecer.

JJ