google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): MG
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Fotos não creditadas: divulgação
Wikipedia


Esta lista apareceu naturalmente depois daquela da semana passada, a de Os 10 mais lendários motores de todos os tempos. Aquela lista era na verdade uma de motores que valem por eles mesmos, independentemente de onde estejam montados. Um carro equipado com qualquer um deles se torna imediatamente algo de interesse, não importando o quão ruim seja o resto dele. O oposto exato disso é esta lista, uma de carros que, mesmo com motores que não são lá grande coisa, ainda assim são interessantes e desejáveis.

Mesmo não sendo bons, os motores dos carros abaixo ainda assim são parte indelével de sua personalidade; intimamente ligados aos carros que movem, para o bem ou para o mal.

Talvez seja uma lista para provar que não existem verdades absolutas; um motor bom faz qualquer carro melhor, sim, mas não é condição imprescindível para a excelência.

A lista é só de coisa antiga, não de forma proposital, mas sim porque um motor ruim é algo do passado. Por mais que coçasse a cabeça tentando colocar algo moderno, nenhum motor moderno chega aos pés desses 10 aí embaixo... Até a Citroën, marca que tradicionalmente é emblemática deste tipo de carro, hoje usa motores desenvolvidos em conjunto com a BMW, que são simplesmente brilhantes.

E falando em Citroën, tive que limitar os modelos da marca a dois apenas, porque se poderia facilmente fazer uma lista apenas de Citroëns aqui. Antes de 1975, praticamente todo modelo da marca poderia entrar aqui. A exceção seria apenas o SM, que, claro, tinha motor Maserati.

Em ordem cronológica, são eles então:

Fotos: Supercars.net, exceto onde indicado

Um cupê esportivo único

A marca britânica MG, Morris Garages, anteriormente ao fechamento da fábrica de Longbridge em 2005, tinha carros que eram pouco atrativos ao mercado local. Basicamente Hondas modificados e com estilos externo e interno próprios. As marca MG e Rover eram produzidas sob o mesmo teto, nessa muito antiga instalação.

Rapidamente, já em 2007, a MG foi ressuscitada pelos chineses da SAIC Motors, que sabiamente retomaram algumas atividades de montagem e de desenvolvimento em parte da antiga fábrica, já no ano seguinte. Dos MG atuais, os componentes são fabricados de verdade na China, mas não há como dizer que a marca é do Reino Unido se não fosse feito algo por lá mesmo. Ponto positivo para os chineses, mesmo não tendo mantida a fabricação completa por lá. O quanto de conteúdo local cada modelo tem, hoje, é difícil saber ao certo. Boa parte da montagem, porém, é feita em solo da Rainha.


Escrever sobre a história da situação precária da Intermeccanica no Salão de Frankfurt de 1969 me fez lembrar de uma situação parecida envolvendo outra empresa italiana e um milionário americano, no Salão de Turim em 1952. É outra história fantástica, que me dá a oportunidade de falar um pouco também da recém-falecida Bristol inglesa.

Stanley Harold “Wacky” Arnolt II (ao lado) é um estereótipo tão perfeito do milionário americano do pós-guerra que parece ter sido inventado. Ex-jogador de futebol americano no segundo grau, e portanto alto e corpulento, Wacky ficou rico muito rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial. No pós-guerra, como muitos americanos da classe mais alta, se apaixonou pelos carros esporte que invadiam aquele país. Em 1950, Arnolt monta em Chicago uma empresa, a SH Arnolt, Inc., para importar carros ingleses.


A lenda que conta como Arnolt começou a empresa, contada por Mike McCarthy na Classic and Sportscar inglesa de maio de 1990, é emblemática da personalidade de Wacky Arnolt:
Etiqueta de conformidade com a legislação americana de um Jaguar 1970

Para quem curte carros antigos e clássicos ingleses, a marca Leyland deve ser familiar. O que poucos sabem é que a Leyland foi uma espécie de GM britânica.

Formada em 1968, a British Leyland Motor Corporation foi a junção da Leyland Motor Corporation e da British Motor Holdings, formando naquela época a quinta maior corporação automobilística do mundo. A Leyland possuía então 8 empresas, 10 marcas, 48 fábricas e aproximadamente 200.000 funcionários. Tudo isso representava mais de 40% do mercado britânico.

As 10 marcas da Leyland eram: Austin, Daimler, Jaguar, Land Rover, Wolseley, Riley, Triumph, Rover, MG e Morris. Algumas delas se desmembraram em outras marcas.

Considerando a situação de todas essas marcas atualmente, dá para saber que essa junção foi desastrosa. A dificuldade no gerenciamento de todas as empresas do grupo, a concorrência interna entre produtos parecidos, problemas trabalhistas e crise do petróleo levaram o governo a nacionalizar parte da empresa.
Vejam que a história se repete nos dias de hoje.

Cada marca teve um caminho diferente, alguns bem tristes e a maioria foi parar nas mãos dos chineses. Com algumas passagens por outras mãos e a ligação comercial entre algumas das marcas, fica bem difícil explicar em poucas palavras o que aconteceu com cada uma delas.

A empresa Naijing Automobile, o fabricante de automóveis mais antigo da China, comprou o grupo MG Rover e sua divisão Powertrain. Com isso levou as marcas MG, Wolseley (fabricante mais antigo da Inglaterra), Austin e Morris. De quebra levou também a marca Van den Plas, um encarroçador belga que e fazia modelos/versões de luxo para marcas da Leyland entre outras.

A marca Daimler foi adquirida pela Jaguar em 1960 e hoje, assim como a Jaguar, pertence à indiana Tata. Os modelos Daimler que conheço são Jaguares XJ com uma grade dianteira muito feia. Como curiosidade, a marca Daimler se originou de uma licença vendida pelo próprio Gottlieb Daimler, o "pai do automóvel" e fundador da Daimler que mais tarde formaria a Daimler-Benz. No entanto a Daimler não tem relação com a Daimler AG (antiga Daimler-Benz e depois DaimlerChrysler) além do nome.

A marca Riley e a Triumph, assim como a Austin-Healey, foram parar nas mãos da BMW, onde estão até hoje, quando a BMW comprou a Rover, Land Rover e Mini.

A Rover durante um tempo teve uma forte parceria com a Honda. Quase morta, foi adquirida pela BMW que ainda tentou salvá-la antes de perceber que não passava de um ralo de dinheiro. Os direitos de produção dos modelos foram vendidos para a chinesa SIAC e os ativos (fábrica e maquinário) também para a Naijing.

A Land Rover, que nasceu como uma submarca da Rover, passou pelas mãos da BMW, que desenvolveu o primeiro Freelander, foi vendida para a Ford, e agora está com a indiana Tata. Espero que permaneça viva!

E por último a Jaguar, que a Ford vendeu para a Tata após sua inabilidade de fazer dinheiro com uma marca tão desejada. Também espero que não morra.


Com uma semana de atraso, cansado de protelar o momento de relatar aqui nosso passeio, decidi que era hora de falar sobre o Encontro Paulista de Autos Antigos. Mas sem apelar pro clichê e o jornalismo comum. Esse tipo de coisa você leitor encontra em qualquer outro lugar.

Fizemos um passeio legal, eu e o amigo MAO, saindo de São Paulo com o raiar do sol. A estrada tranquila e vazia, a capota aberta na montaria do dia (uma Alfa - sim, sempre elas - Spider, mas dessa vez uma 96, V-6.) e o Who tocando alto no rádio combinavam como poucas coisas na vida. MAO, velhinho que é, reclamou do frio boa parte da viagem, mas aproveitou o passeio, temendo por sua vida só no trecho final de serra entre Lindóia e Águas de Lindóia.

Chegando à cidade ainda dormindo, vazia, sem trânsito, tranquila, pudemos estacionar o carro numa boa vaga, atrás de um Chevette S/R que deixou MAO pirado. Depois de alguns minutos, seguimos para a praça, onde o mesmo de todos os anos nos aguardava. Nada de excepcional, nada de fenomenal, porém, nesse ano nada de situações ridículas como no ano passado. A média geral dos carros subiu, algumas peças interessantes, mas nada tão digno de nota assim.

Uma bela Corvette de primeira geração e a sombra de nosso intrépido colunista MAO



Como prometido, o troféu AUTOentusiastas para o veículo que mais gostaríamos de dirigir vai para o belo MG TC da foto abaixo, de um colecionador de São Paulo:



Criando um novo troféu, o do veículo que mais gostaríamos de levar para casa e chamar de "meu", vai para o inerentemente cool Chevy 56 abaixo:


Das negativas

Num evento já marcado pela falta de significado e ganância, o desse ano surpreendeu por não ter afundado ainda mais que o anterior. Ponto para a organização, ou para a sorte, ou para a crise, não sei. Só nos resta torcer para que ano que vem o evento talvez volte a ser o que era há 7 ou 8 anos. There´s always next year.
Ok, não é o único. Mas é o que mais me anima nessa volta ao cotidiano pós-férias.

Vi no blog do Hemmings, no Autoblog, não deu pra evitar. Antigos leitores sabem que sonho com Spridgets, e não é segredo que faço planos mirabolantes para ter um Spritezinho, especialmente se for um MkI. Mas vamos ao assunto, inspirado na lista aí do Marco Antônio (na verdade, inspirado na discussão pré-post dele), preciso dizer pra vocês porque tenho esperança no futuro:

A British Motor Heritage Ltd. lá da ilha onde se bebe boa cerveja quente (afinal, a geladeira é Lucas!) estampa e fecha bodyshells completos de MGBs, MGB-GTs, Spridgets (pena que só MkII em diante, aparentemente) e Minis (esse é pro nosso leitor Gustavo - não deixem de checar o blog dele sobre Minis), perfeitos, de moldes originais, e com qualidade de 0km (ok, a BMC nunca fez nada direito, mas pelo menos essas carrocerias AINDA não começaram a enferrujar!).

English car worshippers of the world, rejoice! Pena que é meio caro, mas seria o project car perfeito. Imaginem só, desembrulhar uma carroceria completa e nova????



Vendo o atual wallpaper disponível no blog, com o Arnaldo sentado dentro daquele delicioso anacronismo sobre rodas, não pude deixar de lembrar do maior anacronismo dentre eles todos. Velho conhecido dos leitores da americana Road&Track, Nigel Shiftright, personagem criado por Phil Frank (1943-2007), era tudo aquilo que somos quando confinados a nossos automóveis antigos e, mais notavelmente, aqueles de nós tomados por um caso terminal de British fever (ela está voltando, by the way, mas isso é assunto para um outro post...), vivendo num mundo paralelo dentro de sua mente, romântico como todos nós gostamos de ver a história.

Infelizmente, a internet, sempre tão cheia de informações, numa primeira busca não mostra muito deste personagem tão maluco quanto nós. Resta-nos então R&Ts velhas e empoeiradas. JJ e MAO têm estantes cheias delas...

Para aqueles com a grave falha no currículo de não conhecer a revista, um ótimo jeito de começar é lendo o teste completo do Shiftright Special, o MG TC de nosso herói.