google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): vespa
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Os fiéis leitores de nossa coluna sabem que passei por momentos difíceis de digerir tempos atrás: a perda do par e a perda do Porsche foram dois duros golpes, um emocional e um financeiro/automobilístico. Difíceis de lidar, mas são parte da vida adulta e de tudo aquilo que um dia reconheceremos como "crescimento", como aprendizado, como experiência. Os mais emotivos, atentos e ligados (em músicas antigas) provavelmente já pegaram a dureza do lado emocional dos últimos tempos, no primeiro título.

Já os mais interessados no Porsche vão gostar de saber de uma história que ouvi de um amigo à época. Não contá-la-ei por inteiro, pois farei o amigo o fazer um dia neste blog, mas vai aqui a referência. O amigo perdeu um negócio similar, um bom tempo atrás. Diria até que era um negócio melhor, mas perdeu, assim como eu. E se arrepende até hoje, como eu certamente me arrependerei no futuro; mas esse não é o ponto. O ponto é uma singela pergunta que não consegui evitar de fazer ao amigo: "Se tivesse ficado com o carro, hoje teria os bolsos cheios, certo?" - antes mesmo dele responder eu já havia entendido a resposta - a questão não era o que aconteceu, e nem o que aconteceria; era a decepção por não saber, o arrependimento não da posse, mas do não conhecimento. E isso, meus amigos, é a maior dor que nossas lembranças guardam.

Vou voltar à Vespa. Ela ao menos não me deixa em dúvidas e as peças ficaram prontas. Atividades para as férias. Isso e a embreagem da Alfa. Acho que agora resolvo tudo e entro em 2009 com outros projetos na cabeça.


Fui lá senhores, vi a Vespa, e pra alegria de alguns leitores, não vou comprar. Vespa, monocoque, 10 anos de praia, coisas que definitivamente não combinam. Mais barato comprar uma pronta, e mais rápido. Mas péralá, já é quase o preço do Citroën AX GTi... acho que vou mandar um e-mail pro dono daquele carro que encontrei tempos atrás...

Falando em Vespa, mais umas idéias de Vespa Custom podem ser encontrada uma aqui e a outra logo abaixo. Adorei o visual, devia se chamar "little one little indian".

foto surrupiada de algum site por aí, não deu pra remover o turista...
Talvez esse seja o final ideal para essa vontade de ter uma moto. Ela não passou, mas, como fazer a Storz XR1200, ou mesmo uma XR883 (claro que é só desculpa pra publicar mais umas fotos delas...) ficou bem caro por conta do dólar, é um sonho que foi um pouco adiado.







Quem sabe daqui uns 6 meses o dólar não cai e importo uma turnkey, prontinha, pra montar nela e ir até o inferno e voltar?
Essa semana liguei para o meu amigo que mantém minha Vespa refém de sua oficina, aguardando na fila interminável a pintura de algumas peças. A vontade de andar de moto de novo cresce a cada dia, e com ela, novas e criativas maneiras de gastar um dinheiro que não tenho, enquanto a Vespa não fica pronta.

Já falei aqui dos pensamentos impuros cruzando minha mente com Harleys pequenas, Buells e outras, mas, sendo realista, são idéias um pouco longe das possibilidades hoje. Em alguns meses, talvez melhore, mas hoje, idéias irreais.

Eis que um amigo surge do nada me oferecendo a Vespa PX de um outro amigo, abandonada há tempos, precisando de um Tender Love and Care, e o melhor, ainda com placa amarela. Preço bom, no limite do "gastável" nesse final de ano.

Me vejo em um curto período de tempo pegando a estrada com o MAO para ir vê-la e trazendo mais um monte de escombros (mentira, diz a lenda que a scooter está montada, mas vai saber...) para a garagem, para mais um projeto. Me engano, dizendo que ela está a poucos passos de ser usada e, enquanto o diheiro para uma moto grande não aparece, ela já quebraria o galho dessa vontade toda.

Claro, me engano desse jeito, tentando me convencer de que realmente o que eu preciso é de mais uma Vespa pela metade. E pensando "afinal, o que eu faria com uma Vespa PX a não ser andar sem me preocupar muito?"

Conhecem o ditado inglês "idle hands are the devil´s playground"? Então, uma mente ociosa também. Passeando por aí na internet, ainda sonhando com uma 883R original, ou com cara de dirt-track-racer, cruzei com essa imagem aí, que fez minha cabeça pirar num belo projeto de final de semana.

Como nunca pensei nisso antes? Por quê?

Não consigo deixar de pensar no porquê de tudo isso. Por que minha cabeça gira assim? Por quê?
Sim, amigos, estou de volta. As últimas semanas bem que tentaram, mas não tiraram o melhor de mim. Continuo aqui, e mais calmo quanto a algumas coisas, e menos preocupado com outras. Hard times indeed.

Voltando aos projetos, um update rápido: Anunciei a Alfa, mas pra ser sincero, acho que desisti da venda. Por enquanto ela ficará guardada, e depois verei o que fazer com ela; quanto à Vespa, algumas peças precisaram ser repintadas, e as levei de volta à oficina do meu amigo, para a repintura. São principalmente os componentes do guidão, e portanto, a montagem está on hold pelo momento. O Mini está parado, pois Egan Sr., o verdadeiro dono do carro, está vendendo ele.

Na verdade, não tinha muito motivo para escrever. Ânimo me faltava, como também assunto, pelo mesmo motivo. Mas hoje ajudei meu irmão a ir buscar um carro dele (sim, ele também é como nós). E para facilitar, levei junto meu outro moped italiano, no porta-malas do carro dele, para voltar de sua casa. Grazi, como eu costumo chamar minha Carnielli MotoGraziella, se acomodou no chiqueirinho, e quando chegou sua hora, acordou do seu sono de um ou dois meses na segunda pedalada. O pequeno motorzinho acordou nervoso, inebriando vosso escriba com o delicioso cheiro de gasolina podium misturada a óleo 2 tempos. Engraçado como certas coisas trazem sorrisos instantâneos e naturais, como se nada de errado houvesse. Subi nela, e saí, lá dos Jardins, para vir para Moema, às 21h precisamente.

O caminho é curto, esburacado, e em alguns trechos, escuro, mas cruzar o parque do ibirapuera à noite é um raro prazer. Confesso que, apesar de ter feito a viagem toda a Wide-Open Throttle, senti medo apenas num trecho, quando estranhamente cruzei com um cavalo-mecânico Scania próximo ao parque. Caminhões imensos são really scary quando vistos a poucos centímetros de sua moto, ainda mais quando a moto calça pneus aro 8. Mas cheguei em casa. E menos triste. E é para isso que curtimos tanto nossos carros e motos, para fazer nossa existência algo mais divertido e menos triste. Aproveitem a semana!
Semana dura, essa que passou. Aperto financeiro, perdi a oportunidade de entrar num negócio memorável (compraria um Porsche 911, a preço de banana!), a namorada me largou, bateram no meu carro (não a Alfa, nem o Mini e sim aquele meio de transporte amorfo que uso no dia-a-dia) e, pra completar, um pneu furado.
Nessas horas, já disse aqui, não há nada melhor do que virar a mente transtornada para algum projetinho com o tempo livre. Comecei a montar minha velha Vespa, que estava esquecida desmontada e recém-pintada na oficina de um amigo.
Um dos grandes prazeres secretos dos homens é desmontar coisas. No dia do desmonte da Vespa, com a ajuda de algumas latas de cerveja, convenci três amigos a me ajudarem a tornar aquele adorável brinquedo em nada além de uma pilha de peças num armário e um conjunto de chapas estampadas. Hoje, preferi atacá-la sozinho, ouvindo música, para clarear a mente. Para limpar a mente, melhor dizer. Tirar da cabeça todas aquelas aflições mundanas e etéreas que nossa cabeça teima em nos propor.
Acordei cedo (cedo demais para um domingo, anyway), e fui para a garagem, sem nem tomar café. Separei logo as peças que sabia que usaria no começo da montagem e apoiei o monocoque da Vespa sobre o carrinho de ferramentas, para que o trabalho ficasse a uma altura confortável. Primeiro passo, repassar o chicote elétrico dela por dentro do casco fechado, levando os fios aos devidos lugares dos componentes que eles alimentarão. Nada simples, graças à moderna e complexa construção da nossa amiga artrópode. Terminada essa parte logo antes do almoço, decido passar pelo casco o conduíte do cabo do acelerador, mas não termino antes da fome chegar. Parada para o almoço e para cumprir meus deveres com a democracia.



Ao retornar do almoço, termino de passar o cabo do acelerador e passo para a instalação de todos os outros conduítes. Parece pouco, mas é uma trabalheira danada. Justo o que eu precisava, depois dessa semana.
Para a semana que começa, o objetivo é montar o guidão, outra trabalheira danada. Depois disso, it´s all downhill from there. Fica moleza terminar ela. E os domingos solitários pela frente pelo menos terão a companhia do inseto barulhento que sempre me fez rir.