google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): GTO
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Os grandes astros e celebridades conhecidos mundialmente, em sua maioria, são pessoas “do bem”. Politicamente corretos, defensores dos oprimidos e do meio ambiente, bem relacionados e sempre em alta na mídia e sociedade. Quem não gosta de uma figura dessas?

As vezes, um ou outro ponto fora da curva mudam este cenário. Pessoas que em teoria não deveriam ser apreciadas também ficam famosas e atraem muitos seguidores. Bonnie e Clyde, o famoso casal de bandidos americanos dos anos 1930, são lembrados até hoje.

Quem não simpatiza com o pirata Jack Sparrow? Ele é um bandido, ladrão e saqueador, mas todo mundo gosta dele, mesmo sendo profundamente ilegal.

O Ferrari 250 GTO é um caso de ilegalidade fora dos critérios de aceitação. Não poderia ter sido usada em competição, mas deram um jeito e o fizeram. E assim devemos agradecer, pois senão nunca o veríamos em ação.
Nos anos 1960, os campeonatos de endurance e corridas de curta duração (sprint) eram tão ou mais importantes que a própria F-1, pois os fabricantes estavam começando a ver que o automobilismo refletia em vendas. Tanto os carros de corrida que eram disponibilizados para pilotos e equipes particulares eram mais vendidos, como os de uso civil para o público normal.

Ferrari TR59, carro usado por Phil Hill em 1959, dominantes nas categorias do Mundial de Carros Esporte


Foto:supercars.net

Rebel rebel, you’ve torn your dress
Rebel rebel, your face is a mess
Rebel rebel, how could they know? 

Hot tramp, I love you so!
(David Bowie)

(Rebelde, rebelde, você rasgou seu vestido
Rebelde, rebelde, seu rosto é uma bagunça
Rebelde, rebelde, como eles poderiam saber?
Vagabunda gostosa, eu te amo tanto!)

Era um dia ensolarado no verão de 1964. As montanhas da Riviera francesa brilhavam pacificamente, banhadas por um sol magnífico. Mas o silêncio tranqüilo daquelas montanhas então pouco povoadas era quebrado naquela manhã pelo inconfundível som de um motor de competição. Já de longe podia se reconhecer o som como um Ferrari de 12 cilindros, aquela inconfundível seda rasgando, aquele magnífico "rumore dei dodici cilindri" de que os modeneses falam com tanto orgulho. E não qualquer Ferrari de doze cilindros, um Colombo, o pequeno três litros que praticamente sozinho, com sua força, suavidade e seu inconfundível e divino som, fez a fama da Ferrari. E não qualquer V-12 Colombo, mas uma versão de competição, o volume e o tom visceral do berro não deixando qualquer dúvida a respeito disso.

Mas o carro que trazia consigo esse divino caos e desordem era diferente dos belíssimos e reluzentes Ferrari de passeio com os quais aquelas estradas estavam acostumadas. O carro que devorava aquelas estradinhas deliciosas, banhado pelo sol do sul da França, era tudo menos reluzente. O som e a cor vermelha denunciavam que só podia ter vindo de Maranello, mas o vermelho era quase fosco, sua carroceria cheia de cicatrizes e marcas de batalha. Por fora, nada, nenhum logotipo ou letreiro dizia a marca do carro, e apenas uma bandeira estampada seus pára-lamas dianteiros, com os dizeres "Scuderia Serenissima - Repubblica di Venezia" dava alguma pista de sua origem. E aquela carroceria definitivamente não se parecia com qualquer coisa que tinha saído de Maranello até então, e se pensarmos bem, mesmo desde então.


Foto:supercars.net

Sergio Scaglietti (1920–2011)


Neste final de semana o mundo automobilístico perdeu um dos seus maiores artistas, Sergio Scaglietti, fundador da Carrozzeria Scaglietti em 1951, vizinho de frente da fábrica de Maranello da Ferrari. Sergio era sempre presente nos eventos da marca italiana e figura ativa e das mais respeitadas até hoje no ramo.

Suas criações e modelos mais marcantes são os Ferrari, não há o que discutir. Alguns deles, como o lendário 250 GTO e o 250GT California foram construídos pela Scaglietti mas com desenho de outras pessoas.

Cada uma de suas criações merece um post exclusivo, mas lembrando o grande mestre do design, vemos alguns deles abaixo.



Alfa Romeo Sprint Veloce, criação única de 1957



Desde que escrevi um texto falando sobre Ferrari em geral neste blog, muitos amigos meus tem a falsa impressão de que não gosto da marca. Eu sei de onde vem esta impressão: a minha falta de reverência ao fundador, Enzo, o que absolutamente não quer dizer que não goste dos carros... Na verdade, é fato que nunca foi criado um Ferrari menos do que sensacional, nunca, em tempo algum.

Um Ferrari só tem um problema de verdade: o preço. São tão fora do padrão normal de preço de um automóvel que freqüentemente são comprados e mantidos como jóias raras e obras de arte de autores famosos: longe das ruas e estradas que é sua casa. Mas não quer dizer que por isso deva julgar a marca; o preço de um carro é o que se paga por ele, e Ferraris seguem vendendo muito bem obrigado, prova de que o preço está correto. Na verdade, fazendo a conta da porcentagem dos rendimentos anuais dos seus proprietários equivalente ao custo do carro, um Ferrari é mais barato para eles do que meu Focus foi para mim. Tudo é relativo, e por isso julgar um carro deste tipo pelo preço é um erro. Não se compra um Ferrari porque se comparou algo, se compra por vontade e desejo. Existe motivo melhor?

Na verdade eu adoro Ferraris, principalmente os V-12 de motor dianteiro. Como vocês podem ver abaixo, não exclusivamente eles, mas principalmente. Lista dificílima de se fazer, porque como já disse, ainda está para nascer um Ferrari que não seja maravilhoso. Sem nenhuma ordem específica, vamos a eles, os 10 melhores Ferrari, segundo o MAO:


1) 550 Maranello



Esse post não será mais uma lista dos 10 mais algo dentre os Pontiacs; nem um "Essa é sua vida" sobre a história dessa marca que nasceu como um modelo da Oakland.

Lembro da primeira vez que o vi, em toda a sua glória, calçando Firestone Redline Wide Ovals. Foi no Campo de Provas de Cruz Alta, da GMB, em Indaiatuba, SP, num evento do Chevrolet Clube do Brasil de Carros Antigos. Parei, respirei fundo, olhei-o de novo, esfreguei os olhos, chamei um amigo para ver. Não acreditava nos meus olhos.


Na segunda vez, um dia úmido, asfalto molhado, uma manhã de domingo no Clube da GM em São Caetano do Sul, noutro evento do "Clube do Chevrolet". Aquela cara de bravo, aquele jeito cool e blasé que poucos carros tem.


Um dia Egan Sr. chegou em casa dizendo que havia feito um negócio com o "Miúdo", que tinha a posse dele à época. Um jovem Bill, à época prestes a fazer 18 anos, teimou em não acreditar. Diriji-o ainda sem carta, trazendo-o do Tatuapé até a nossa casa, no Campo Belo, e me apaixonei. Sim, me apaixonei por algo tão não-feminino quanto um Pontiac GTO. 1965, vermelho, conversível, 389, 4-bbl, four-on-the-floor.


Consegui minha CNH, e o primeiro passeio foi com ele. Fui a Interlagos, onde dirigi pela primeira vez num circuito. O amigo Milton Belli estava lá, e se lembra. Bons anos de juventude, regados a Beach Boys, Jan & Dean, Surfaris e outros.



Sempre tive medo, pavor na verdade, de esticar a quarta marcha depois de deixar borracha no chão nas três marchas anteriores.

Fiquei muito triste quando Egan Sr. o vendeu, num negócio meio volumoso, onde recebeu 3 carros mais uma vultosa quantia de dinheiro à época. Ele não era perfeito, a funilaria era ruim, o interior precisava de carinho, mas ele era o meu GTO.

Em 20 anos nesse meio, tivemos Oldsmobiles (5), Chevrolets (10+), Fords (10+), Alfas (6), VWs (9), you name it. But of all those friends and lovers, there is no one compares with you.

Resquiat in Pace, Pontiac.