Lotus Elan (foto betterparts.org) |
Não é de hoje que bato nesta tecla. E vou continuar batendo, já que com o passar dos anos mais a evidência grita. Comecemos do começo.
Há pouco fiz um teste No uso de um Citroën C3 automático. “Que belo carrinho” é o que primeiro me vem à boca quando, informalmente, me perguntam sobre ele. O mesmo digo sobre o seu “primo”, o Peugeot 208, e o mesmo sobre o Ford New Fiesta, sobre o Fiat Punto e mais um ou outro dos que temos à venda por aqui.
São hatches de preços razoáveis, dentro do nosso mercado, e são bons de chão, ou melhor, muito bons de chão. Bons de curva e bons de reta, e estamos falando de hatches que nem “esportivos” pretendem ser; são carros comuns para o dia-a-dia. Vale lembrar que todos esses têm motores que os levam a beirar os 200 km/h, sem deixarem de ser motores de baixa cilindrada e consumo frugal.
Veja bem, caro leitor, 200 km/h é uma velocidade de respeito.
Com poucos acertos, como uma suspensão mais baixa e rígida, a Fiat fez o Punto T-jet, que é um verdadeiro corisco. Seu chão é tão bom que nem um motor mais forte, como ele tem, seria necessário para termos um carro com o qual qualquer autoentusiasta teria bons momentos esportivos. O motor 1,8 de 132 cv lhe bastaria.
Um convite para entrar num Triumph Spitfire (foto storm.oldcarproject.com) |
A propósito, recentemente dei uma guiadinha no Kia Cerato e foi suficiente poucos quarteirões e uma rotatória para logo sentir o seu ótimo chão. O Bob me passara a direção e, como de costume, saí manso, sentindo o carro, para logo depois acelerá-lo a fundo suas primeiras marchas. A aceleração não é lá essas coisas, já que seu 4-cilindros flex rende pouco mais de 120 cv com gasolina, mas ao fazer as curvas, o Bob sacando o que eu sentia do carro, comentou: “A gente logo vê que quem fez esse carro entende do assunto, não é?”
Pois é, hoje não é o motor que mostra isso. Não foi o desempenho do motor que motivou esse comentário do Bob. Foi o comportamento do carro, como ele se plantava no chão, o tanto que rolava, a resposta da direção, como ele encarava as curvas e nos permitia lidar com elas.
Karmann-Ghia (foto carplace.virgula.uol.com.br) |
E que ninguém ache que o motorista comum não irá também sentir a “boa estabilidade” desse carro. Ele pode até não sentir a “má estabilidade” de um sofrível, já que é comum rodarem por aí com pneus completamente descalibrados e/ou amortecedores em pandarecos e nem perceberem, mas a “boa estabilidade” ele intuitivamente saberá reconhecer, e com isso se sentirá mais seguro, mais confiante no carro, viajando assim mais sossegado e descansado. E ele, desde que não passe a correr mais do que sabe, estará mais seguro, sim, pois sua segurança ativa estará em melhor nível.
Julie Newmar, a Mulher Gato (foto dailyman40.com) |
Para o motorista mediano, tudo bem, a grade maioria dos carros de hoje oferecem chão plenamente satisfatório, mas já para nós, os autoentusiastas, para estarmos plenamente satisfeitos queremos algo mais. Nossa relação com o carro não envolve só a sua utilidade; ela também envolve prazer, envolve a busca do êxtase, do gozo. Fazendo um paralelo com o cotidiano, não nos basta uma esposa que cuide bem da casa, ajude nas despesas e seja boa mãe para os nossos filhos. Ela, coitada, haja disposição para tanto, para satisfazer plenamente o marido ardente, entusiasta, também precisa ser uma boa amante. Mas isso é hoje, porque antigamente, bem antigamente, para alívio das então atarefadas esposas a sociedade aceitava que essa última incumbência ficasse a cargo de profissionais. Para tanto, com o progresso do poder aquisitivo dos brasileiros, através dos lupanares mais empreendedores foram importadas profissionais européias, principalmente francesas, moças com Ph. no assunto, que trouxeram técnicas tão cativantes que as expoentes do ramo tiveram sítios e fazendas postos a seus pés em agradecimento. Elas mereceram, sim, pois descortinaram aos nossos matutos antepassados um novo e requintado mundo que, após disseminados em nossos costumes, pudemos usufruir até os dias de hoje.
Julie Neumar em ação (foto cheesecakeslike.blogspot.com) |
A vantagem para a nossa relação com os carros é que com ele ainda podemos manter esse esquema antigo sem que sejamos apedrejados por isso. Para o dia-a-dia podemos ter um carro econômico, confortável e útil, e para o gozo podemos buscar os carros profissionais no assunto, os que foram projetados visando isso, os esportivos.
O esportivo, sendo um profissional do prazer, deve vir nu de propósitos que não sejam os de nos proporcionar prazer, mesmo que isso nos cause alguns inconvenientes se o usarmos no corriqueiro do dia-a-dia. Sua inadaptação às tarefas diárias é perdoável. Deve ser leve em relação à sua energia, deve ser ágil. Deve ser: “apontou, vai”, e deve ir como se fosse para exatamente ali que ele também queria ir. Deve acelerar rápido, para que a nossa busca pelo êxtase da velocidade seja prontamente atendida. Em suma, o bom esportivo deve gostar mesmo da farra.
Ela (foto cheesecakeslice.blogspot.com) |
O esportivo deve também transpirar os prazeres que ele pode nos proporcionar, para que com isso ele nos incite a buscá-los nele. Deve bastar olhá-lo para que fiquemos excitados. Para tanto, de preferência, ele deve ser bonito. Deve ter só dois lugares, para que sugira intimidade, uma relação só a dois, tipo “enfim sós!”. Resumindo, ele deve, como dizemos, “cheirar a sexo”.
Bom, eu poderia seguir descrevendo as características básicas de um bom esportivo, mas isso todo autoentusiasta já bem sabe. O que importa nesta história toda é que, voltando ao começo do post, hoje até hatches comuns estão atingindo velocidades “de responsa”. Hoje até esses carros passariam de passagem por monstros do passado. Passariam por Dodge Dart RT, Opala 6-cilindros, Maverick GT etc, seja em retas ou seja em circuitos. O que importa é que antigos Triumph TR6, Porsche 356, Alfa Romeo GTV etc, carros esportivos que tanto deram e ainda nos dão enorme prazer de guiada, levam uma lenha fácil desses pequenos e confortáveis, e econômicos, hatches de todo dia.
Cisitalia 202 SMM Razzo (foto cisitalia.com) |
Custava, então, que fizessem como inicialmente fizeram a Cisitalia, a Porsche, a Lotus e, por que não, a VW com o Karmann-Ghia, por exemplo, e lançassem um pequeno e bom esportivo baseado em mecânicas baratas de carros comuns? A Cisitalia usava mecânica Fiat, motores de 1,1 litro. A Porsche usava mecânica Fusca e a Lotus usava a que estivesse mais barata no momento, já que isso pouco importava ao muquirana Chapman, pois seus levíssimos carros tinham um chão tão bom, mas tão bom, que só isso nos garantia alucinante prazer.
Custava fazerem um carro que só o fato de banhá-lo, passar a mão em suas lisas curvas, já nos desse prazer?
James Dean banhando seu querido Speedster (foto jakescarworld.blogspot.com) |
O Mazda Miata começou até que bem, era leve e barato, porém a fábrica foi fazer a besteira de tentar atender a gregos e troianos — tentar atender o verdadeiro autoentusiasta e também o mané que não quer abrir mão de nada em matéria de espaço e conforto, o cara que acha imprescindível ter acionamento mecanizado da capota de lona (veja uma demonstração) — e com isso desvirtuou a coisa. Hoje o Miata está pesado e caro.
O que vejo é que hoje, apesar de ser muito mais fácil fazerem um bom e barato esportivo que atenda a um grande número de verdadeiros e excitados autoentusiastas, não o fazem. A gente fareja e fareja, mas, fora dos esportivos da categoria “caríssimos”, a gente não sente “cheiro de sexo” nos produtos que nos oferecem.
James Dean no Speedster (foto jakescarworld.blogspot.com) |
É uma falta de faro danada da indústria mundial.
AK
AK
A foto do Lotus Elan e', na verdade, de uma miniatura muito bem feita...
ResponderExcluirNão havia percebido, a princípio. Olhando melhor, é mesmo!
ExcluirNesse caso específico, miniatura e FOTO muito bem feitas!
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Anônimo, olha... nem tinha reparado nisso. É mesmo!
ExcluirAcho que fiquei mais concentrado em achar boas fotos da Mulher Gato...
Pode-se dizer que não é aniversário do AK ou da mulher gato, mas estão ambos de parabéns. Linda mulher, muito mais bonita que alguns ícones femininos da mesma época que eram bem feiosas e chatas. Acho que assim como os esportivos, ficaram em segundo plano e quem ganhou a fama foram mesmo as mais ou menos, as sedan 4 portas com ar e direção.
ExcluirÉ realmente uma pena as fábricas esquecerem do principal em um um automóvel, o prazer da dirigir!! Sou novo, e adoro carros antigos, eles passam uma intimidade sem igual. Hoje carros se parecem com celulares, que são trocados todos os anos, e cada dia com preços mais absurdos
ResponderExcluirCalma com o andor que o santo é de barro. A maioria dos antigos estava ainda mais longe do prazer de dirigir. Se hoje não é fácil achar um carro entusiasta, também é fácil achar um que agrade um entusiasta sem ser tão caro. A maioria curva bem e anda bem, o que não acontecia no passado.
ExcluirÉ impressionante mesmo a dirigibilidade, o comportamento dinâmico que até os carros ditos "comuns", para uso familiar, possuem hoje em dia. De vez em quando fico até arrepiado pensando nas inúmeras viagens que fiz, por exemplo, nas três Variant que meu pai e meu avô materno tiveram. Três cada um, e seguidas! Que falta de curiosidade, de vontade de experimentar! Nunca repeti modelo, sequer marca. E não me vejo repetindo. Já tive Alfa-Romeo, VW, Fiat, Chevrolet, agora estou de Renault (ou Dacia, como queiram, he, he!), e é bem capaz que o próximo seja um Nissan.
ResponderExcluirDentre essa variedade de marca e sortido de carros qual ou quais vc mais gostou?
ExcluirNao e muito comum as pessoas geralmente ficam fieis a mesma marca por muito tempo
Eu acho que voce esta correto em experimentar!
Nenhum me decepcionou. Não fosse meu gosto por experimentar novidades, poderia dar um bis para qualquer uma dessas marcas. Talvez só não voltasse a ter um VW, por algo que considero não um defeito, mas uma característica deles que não me agrada: são firmes demais, desconfortáveis. De suspensão, e os próprios bancos. Como dirijo de modo suave, e não abuso, não me importo que o acerto de suspensões de um carro privilegie o conforto. O Palio que tive (2001) era assim. Houve inclusive muita reclamação, o que levou a Fiat a retrabalhar o acerto de suspensões, posteriormente. A mim, nunca incomodou, e o achava muito confortável. Posso dizer que gostei de todos os meus carros.
ExcluirO Miata engordou, em boa parte, devido às normas de seguranca e novos padroes de segurança em colizões. O original seria considerado muito "perigoso" para os padrões atuais...
ResponderExcluirAnônimo, o Camry, você sabe bem, está acima do Corolla. Estou falando em faixa de preço abaixo do Corolla. EUA é um caso à parte no mundo.
ExcluirAK, acredito que você respondeu o comentário errado. O que você deve ter querido responder é o Anônimo 09/02/14 13:29.
ExcluirUm Mazda MX-5 custa o mesmo que o carro do povo mais vendido nos EUA, o Camry.
ResponderExcluirNós é que vivemos num país de custo de vida muito elevado.
Uma releitura do Karmann-Ghia como ele merece seria muito bem vinda mesmo!
ResponderExcluirMas AK, com as exigências de air-bag, ser top-five em todos os crash-tests trashCAPs da vida, e etc. será que ainda é possível fazer um esportivo pequeno e leve? Barato, eu nem me atrevo a escrever...
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André Luís, eu escrevi este post inteiro dizendo justamente isso, que é claro que dá pra fazer. Não fazem porque não querem ou acham que não vale a pena, ou acham que é chato fazer carro esportivo.
ExcluirArnaldo,
ExcluirSerá que alguém poderia fazer esse carro numa oficina pequena e emplacá-lo no Brasil?
Por exemplo, se o Bob Sharp resolvesse pegar um Celta, modificar a carroceria e o interior e colocar um motor seis canecos do Opala modernizado por ele mesmo (eu creio que pela parte técnica ele faria isso tranquilamente), ele conseguiria documentar esse carro como por exemplo, BS Automóveis Modelo 1?
Coitado do Bob! Não me arrume essa encrenca pra ele. Vixe!
ExcluirUm CELTA !? Tenho anos pela frente para aprender muito sobre carros ainda, porém nada vai me tirar da cabeça que um verdadeiro esportivo e até o mais barato deles, deve absolutamente ter tração traseira, ao menos tração traseira ( leia-se : algumas exceções para os 4WD ). Podem até existir versões "esportivadas" de populares, hatches e compactos, mas nunca serão um verdadeiro esportivo, ou seja, concebidos desde o projeto para tal finalidade.
ExcluirAce
ExcluirSugiro ler sobre o GT Malzoni, um verdadeiro esportivo, para ver que tração traseira não é tão essencial quanto você acha ser para um carro merecer esse título.
Um morris mini cooper s é o que?
ExcluirDepois que vi o filme o borne (sei que é cinematografico, sei q destruiram varios minis) eu passei a ter mai respeito por esse carro como carro entusiastico do que um opala, que tem tração traseira mas não tem aquela agilidade toda...
Conseguir regulamentar consegue, inclusive não é tão complicado se não envolver a colocação de turbo. O problema é que um Celta com o 6 cilindros do Opala seria um carro para arrancadas no máximo. A distribuição de peso deve ficar tão ruim que nem vale a pena falar de curvas.
ExcluirSobre esportivos leves, podem serem feitos com tranquilidade mesmo com as exigências de hoje. E as carrocerias mais robustas e seguras ajudam muito na esportividade por serem mais rígidas. Existem vários exemplos de carros atuais que passam por tudo isso e pesam menos de 1000 kg e isso em versões normais. Nem são carros caros.
O problema é que as fabricantes não enxergam mais mercado nisso. Fazer um carro mais pelado e leve, com tamanho e preço menores mas bem esportivo vai atrair poucos compradores. A maioria dos gênios vai achar caro um carro "sem porta-malas" e "pequeno" e "sem ar digital e central multimídia".
Hoje atrai muito mais encher o carro de equipamentos, uma moda que já existiu nos anos 80 e começo dos 90. Como com a eletrônica ficou barato fazer isso, se agrada a gregos e troianos. É questão de status...
Ace, eu também prefiro tração traseira, mas é só por preferência pessoal, principalmente se o carro tiver potência alta, coisa acima de 250 cv.
ExcluirOutro bom exemplo de bom esportivo tração dianteira é o Alfa Spider, motor V-6 de uns 180 ou 190 cv..
Tópico perfeito... belas mulheres!... carro não é só motor... a estabilidade faz toda diferença... Isso me lembra meu Gol G3 1.8, com meros 100 cv no motor AP... Estava sozinho, em estrada reta, quase deserta e de bom asfalto, resolvi tentar colocar todos cavalos para correr.. Carroceria levinha, Cx 0,34, e uma área frontal bem pequena, cambio de relações acertadas, tudo isso resulta em velocidade, muita velocidade....Nem sequer tinha topado o acelerador, quando o ponteiro do velocímetro marcou 190 (uns 180 reais) apareceu uma curva mais forte do que calculei.. contornei no limite da aderência, sem tracionar e sem frear, esperando perder a dianteira...amarelei... Meu Deus que isso, vou me matar! esse carro não está preparado para essa velocidade toda... Sentia que até entre os 140, 150 estava seguro, a partir daí, era forçar a barra. Imprudência, eu sei... Voltei para os bons 120 e não saí mais...Então em que situação usar os 100 cv? numa ultrapassagem? em 3a. ou 4a. marcha.. não era necessário... as retomadas eram fáceis, por conta do peso baixo, e bom torque em baixa do AP... Só se quisesse jogar combustível fora... Num arrancada vigorosa? Golzinho sem controle de tração, só se for para queimar pneu girando as rodas em falso... sinceramente, 100 cv estavam sobrando naquele carrinho e se pudesse domar todos, teria um bom esportivo...Talvez um pequeno acerto, de suspensão, e outros pneus...permitisse ir além, mas com aquele acerto original, não me parecia seguro. Já o 206 foi uma grata surpresa... chassi firme, suspensão traseira independente, Que carrinho esperto! devorador de cuva, e mesmo com meros 82 cv, me permitia algumas diversões, principalmente em subidas de serra..
ResponderExcluirNão me diga que você não consegue fazer uma arrancada vigorosa sem queimar pneu. Tente fazer isso, você vai sair realizado, eu garanto.
ExcluirTalvez o melhor para ele seja um carro automático ou roborizado
ExcluirAi acabam os problemas de controlar embreagem e cambio
Anônimo,
Excluirautomatizados também deixam os pneus patinarem.
Então a ele só reata mesmo a opção de um automático tradicional
ExcluirTalvez um do tipo CVT que e ainda mais suave e acredito impossível de queimar pneu em arrancadas
Outra sugestão e nao pegar um motor possante ( Max uns 90 cv) para que conjugado ao CVT nao patine.
Mesmo em dia de chuva!
O melhor mesmo seria ele deixar de dirigir...
Excluir206 é independente? até onde eu sei é eixo de torção na traseira, igualzinho o gol.
ExcluirAnônimo 10/02/14 21:49
ExcluirSim, independente por braço arrastado com barra de torção transversal.
Um esportivo para ser barato geralmente requer que se faça modificações em um modelo existente. E para ser leve uma boa dica é pegar o modelo de entrada de algum fabricante. Por isso acho que o Up! tem bons requisitos básicos para um futuro esportivo. Basta a VW querer fazer.
ResponderExcluirTem aquele toyota gt 86. Nao sei por quanto ele chegaria no brasil, mas acho que seria menos de 100 mil.
ResponderExcluirÉ um carrinho legal, mas infelizmente nao podemos nem sonhar aqui no Brasil.
Ronaldin, é um baita carro legal, mas é caro. Tem 200 cv. Aqui sairia bem mais de 100 mil. Dá pra fazer um na faixa de 50 mil e motor 1.6 de uns 120 cv. basta isso. Te garanto que basta pra rapaziada se divertir pacas..
ExcluirO Ford Ka XR era bem isso. Pequeno, com motor 1.6 mais que suficiente para ele, e muito bom de curva! Da pra fazer muita coisa interessante com um Ka XR desses...
ExcluirUm carro que eu acho que daria pra fazer muita coisa legal é o Celta, se tivesse para ele a versão com o motor 1.4 ou até um motor 1.6 para ele, nos moldes do Corsa GSi. Sempre que eu ando num Celta eu tenho a impressão que ele daria um bom esportivinho!
Por isso que eu gosto dos carros k japoneses como os finados Beat, Cappuccino e AZ-1. Eu acho que um Smart manual seria um maximo.
ExcluirEnrico,
ExcluirQue tal um "Celta 1.8"?
http://www.youtube.com/watch?v=inFLTNaJS0Y
Anônimo 21:54, nas décadas de 80 e 90, os fabricantes japoneses ofereciam vários esportivos de baixo custo interessantes, como esses que você mencionou, e também cupês de tração traseira interessantíssimos, como o Silvia, que não eram muito caros. Mas as vendas desses esportivos foram definhando, perdendo terreno para o novo segmento de SUVs de baixo custo, até que não era mais viável produzí-los. O Mazda Miata por exemplo, chegou a ter vendas globais na casa dos 75 mil unidades anuais. Hoje está na faixa dos 20 mil e caindo, mesmo praticamente não tendo concorrentes. Não surpreenderia se anunciassem o fim da produção do modelo.
ExcluirAnônimo, será que as vendas do Miata não caíram justamente porque ele já não é mais a proposta que era?
ExcluirA pensar...
Lucas, parece que o swap ficou bom, pena que o cara rebaixou o Celta... Não gosto de carro rebaixado.
ExcluirNessas de fazer swap, sempre pensei num Fiesta com motor Duratec 2.0 do Focus, deve ficar animal!
AK
ResponderExcluirO carro que você descreveu: relativamente barato, derivado de um carro normal de rua, motor diferenciado em relação a essa versão, girador, duas pessoas, duas portas, bom de curva, suspensão independente nas quatro rodas, sem frescuras além do necessário, boa ergonomia suspensão reforçada etc existe, o único senão é relativo ao designer pois suas curvas são em 90°, mais isso é questão de gosto. Agora corra para comprar pois deixou de ser fabricado em 31/12/2014. Vá correndo em uma concessionaria Fiat e peça um Uno “Mille e 300” Furgão.
Mas falando a sério, será que não dá para pegar um Furgão desses, modificar a carroceria e rebaixá-lo para dar-lhe um ar esportivo? A documentação, como fica nesse caso?
ExcluirSó lembrando que o melhor carro esportivo já feito no Brasil, o Brasinca Uirapuru, utilizava mecânica do caminhão Chevrolet Brasil, e era um esportivo respeitável (tanto que a Jensen copiou suas curvas para fazer o FF).
"o melhor carro esportivo já feito no Brasil" Hm... Não.
ExcluirAnônimo das 20:15. Sobre a documentação, é só fazer alteração no documento "tipo de veículo" : CARGA para PASSAGEIRO e passar por uma inspeção veicular, conheço uma CSS que fez isso por falta de "mercadoria" no mercado. Em relação a suspensão rebaixada, é só constar no documento (campo observação) após uma inspeção veicular.
ExcluirAcho que o pessoal delira um pouco. Ser leve é só um dos requisitos. O carro tem que andar bem e fazer curvas bem mesmo, não só fazer curvas com segurança como praticamente qualquer carro atual, do mais barato ao mais caro, faz.
ExcluirFosse diferente um Chevette Junior seria um esportivo barato perfeito e ele não é.
Nunca me passou pela cabeça que o Kia Cerato era tão bom.
ResponderExcluirEstou surpreso mesmo! E isso é bom.
Pelo que li em reviews por jornalistas europeus e americanos, o Cerato está dentro dos padrões atuais para o segmento, é honesto mas não é nenhum expoente (em comportamento dinâmico), não chega a preocupar Focus ou Golf... Isso considerando a versão disponível lá fora, com motor GDI de 140cv.
ExcluirO Cerato que dirigi é o novo. Nem sei se mudou alguma coisa, e só guiei pouco, por curiosidade, já que outro editor o está testando.
ExcluirNão falei que ele era melhor de chão que Golf ou Focus.
Arnaldo, não me lembro quanto custava o Lobini, mas acho que era uma bela pedida... ou estou enganado?
ResponderExcluirAbs,
Muito bem lembrado
ExcluirMas o Lobini e bem caro!
Acho que custa 0km uns 180K o que foge da ideia do texto
Alias todo e qq carro aqui no Brasil e muito caro
Ex um Subaru WRX por aqui custa 130k. Nos EUA compra-se por 27K US$ o que nao e considerado caro por lá
A Alfa Romeo lançou o 4C com apenas 850kg motor 1.750cc de 240cvs
Desempenho brilhante com 0-100km/h em 4,5 seg
Toyubaru segue nessa linha e lá fora tem Preco bem razoável
Aqui as coisas sao inviáveis...
O melhor e partir para um esportivo usado , bem usado...
Esses fabricantes não se vangloriam tanto de suas moderníssimas plataformas multifuncionais e de custo de produção reduzido, vide VW. Então pq não colocam uma carroceria cupê de pequeno porte em cima vende pelo preço de um hatch? Garanto que não fazem isso para as vendas dos hatchs não caírem, pois os mais vendidos são os hatchs e estar com um modelo nas primeiras colocações é importante para eles. Garanto tbm que a maioria dos jovens compradores de hatchs populares prefeririam esses pequenos cupês na hora da compra.
ResponderExcluirÓtimo texto AK. Eu também fica pensando nisso. Se a tecnologia avançou tanto, que carros populares são mais rápidos e estáveis que esportivos antigos, imagina se fizessem esportivos modernos com gosto. Seria um sonho um cupezinho ou roadster pequeno, mais leve que fusca, segura, bem rígido, estável e com um motor adequadamente suficiente para o transformar numa delícia de guiar.
ResponderExcluirPenso que não fazem isso por causa da nossa cultura automobilística atual. Não iria dar muito lucro.Além do mais, parece que antigamente as fábricas eram mais românticas e abertas a fazer carros diferentes e hoje elas agem mais como empresas que visam simplesmente o lucro.
JS3, ninguém aqui falou para elas não lucrarem. Têm mais é que lucrar. Um pequeno esportivo desses venderia pacas, fora o que traria de simpatia à marca.
ExcluirOi Arnaldo, eu me expressei mal. Eu não quis dizer que elas são gananciosas, nem sou nenhum tipo de comunista ou anti liberal . Eu só achei que como aparentemente para mim esse tipo de carro não atrai muita atenção do público em geral, não seriam um "bom negócio" para as fábricas. Mas como você conhece de carro muito mais que eu, eu confio que eles fariam sucesso.
ExcluirJS3, não sei se manjo disso mais que você, mas sei que ao longo da história do automóvel muitos bons esportivos foram feitos para efeito de marketing da marca. O Corvette foi um deles. Outros trouxeram um sucesso inesperado, como o Jaguar XK 120, que só foi feito para vender 200 e deu no que deu, fora que essa linhagem ganhou 5 Le Mans na década de 50 e levantou o nome da Jaguar proporcionando-lhe frutos que ela colhe até hoje. O problema é o imediatismo da indústria mundial, a visão míope e estreita. Existe o lucro imediato e o a médio e a longo prazo. Por exemplo, porque vc acha que a GM trouxe o Camaro? Qual o principal motivo? Ganhar grana rápida ou levantar o astral da marca por aqui? Vc entra na concessionária e vê um Camaro, um baita esportivo, e passa a respeitar mais a capacidade deles. Acaba comprando um comum, mas o Camaro lá traz simpatia pela marca. Compra um Ônix, mas sai de lá pensando "Um dia saio daqui com um Camaro!". Essa é que é a jogada. Nenhum rapaz tem poster de Ônix 1.0 na parede. Já de Camaro....
ExcluirPosso colocar um ponto e uma virgula aqui ?! A esposa coitada que trabalha tanto em casa também não mereceria uns bons momentos de prazer com um amante latino que não seja o marido ?! Enfim .... Rsrsrsrs Concordo com o AK , as vezes fico sonhando um pequeno coupé com o cambio powershift e o motor 1600 do Fiesta ou até mesmo um 1500 , só para 2 e toda aquela diversão , uma suspensão bem calibrada como a do hatch , mas com linhas tão sensuais (Alias esse estilo atual da ford facilitaria nisso) , tão sexys , que só de o ver já dá aquele frisson do melhor dos sexos .
ResponderExcluirClaro que a esposa merecia !
ExcluirNinguém e de ferro
Latim Lover
Quão viável seria uma pequena oficina de carros bem compactos que usem chassi tubular e mecânica conhecida do mercado ? Sei que há algumas empresas por aí que fazem réplicas . Mas creio que no final o preço deve ser bem salgado.
ResponderExcluirNa plataforma do voyage atual facilmente se faría um coupe com uma bela caída de teto fastback.
ResponderExcluirAlguém se lembra do Megane coupe?
ResponderExcluirhttp://s1.cdn.autoevolution.com/images/gallery/RENAULTMeganeCoupe-1966_2.jpg
AK ótimo post .Sábado estava pesquisando no ML sobre réplicas do Porsche 356 e no dia dia seguinte surge este belo texto. Mês passado comprei um uno mille, 2 portas, "pé de boi" e pretendo deixá-lo mais “esportivo”. Pessoal do AE envie sugestões. Meu último carro era um Grand Livina, então resolvi optar por algo mais entusiasta.
ResponderExcluirRebaixe o cabeçote, bruna os dutos de admissão e escape e instale um coletor 4x1 dimensionado
ExcluirVai ganhar uns cavalinhos extras e muita diversão
Agradecido. Penso dispensar o "flex" e usar somente gasolina, será que basta trocar os pistões e fazer remapeamento
ExcluirO que me dizem sobre o kia Koup?
ResponderExcluirCaríssimo para a proposta.
ExcluirCreio que o Arnaldo se refira a um pequeno cupe esportivo ou roadster baseado em plataformas de entrada.
Um preço limite para isso ficaria em uns R$ 40.000,00.
Giovanni, por favor, volte a ler o título do post. Não vamos desviar a conversa. Falei em esportivo barato.
ExcluirKeller, apesar de não se tratar de um esportivo legítimo achei louvável a opção da JAC do J3S 1.5 (claro, infelizmente faltava-lhe justamente algo que eu acho obrigatório num esportivo, chão) mas foi um dos raros casos de "swap" original de fábrica. Por falar no assunto, mas não querendo desvirtuar o (ótimo) tópico, o J3S "morreu"?
ExcluirNilton, desculpe a demora em lhe responder.
ExcluirO J3S é um hatch que anda direitinho e só. A fabricante não faz idéia do que é um carro esporte, não tem nenhuma tradição no ramo.
Devem estar importando ele, sim, creio. É só olhar no site deles e verificar.
Aí é que está..., no site pelo que eu vi no site, o que está lá não sofreu a reestilização do restante da linha...
ExcluirBob, Arnaldo... Quais as restrições tecnicas, comerciais ou legislativas para termos algo como a Abarth, AMG, Alpina, etc aqui?
ResponderExcluirAs vezes me passa isso pela cabeça, em abrir algo como uma Abarth brasileira, mas é logico que falta $$$... Mas tem quem tenha, o tempo esta passando, e eu penso deve ter alguma outra restrição alem dessa, porque o que custava comprar o um carro na agencia na nota, modifica-lo e vender como por exemplo o mille na época que ele existia, com uma mecanica como a do 1.4 Tjet, depenado e com bons freios? não ia nem passar dos 40 mil reais e ia ser um verdadeiro entusiasta.
Seria como um Cooper S brasileiro... (alias tenho um uno, e sou louco pra por o teto branco, mas o carro é da esposa e ela não concordou... hehehehe)
Barbaridade! Fui lendo o post entusiasmado e sem saber sabia que era o AK... Na minha opinião, o que falta é autoentusiasta ( pelo menos em número que viabilize alguem a fornecer alguma coisa coisa assim como carro ( E mesmo como mulheres! ) Basta ver: Só se vê siliconadas ou anabolizadas que nem de perto tem algum sex apeal! ) E os carros, fora o lixo tunning, tem um monte de porcarias inflacionadas por tudo que é acessório que possua um "chip" de ultima geração para o mané disputar entre os "amigos" do Fakebook, que se depilam, "malham" duas horas por dia na academia em frente a grandes espelhos e depois, mesmo tendo tenra idade, precisam daquela pílula azulzinha para dar conta da mina que mais parece um lutador de MMA... Em resumo: falta autoentusiasta para um carro puro e homem para uma verdadeira mulher...Não é a toa que James Deam e Julie Neumar aparecem neste post! Adornado ainda pela simplicidade em essencia pura do porsche ( em cima da plataforma do fusca! ) ou mesmo de um Triumph spitfire ( um pouco mais rebuscado! ) e mesmo o velho karmanghia, que já no final dos anos 60 e utilizando um motorzinho de 1500 cc que podia empurrar também uma Kombi com 1000 kg de carga, fazia qualquer autoentusiasta que o dirigisse perceber o que se propunha alí...
ResponderExcluirGostaria de ter algo assim para mim. Usaria no dia-a-dia mesmo, pois sou jovem e abro mão de minha conveniência pela satisfação de algo que me agrade aos olhos e ao brio.
ResponderExcluirInfelizmente a única saída que vejo aos que tem estas aspirações, ou é deter o dinheiro ou deter suas vontades, pois estamos bem mal servidos aqui de opções entusiastas por excelência (legais e acessíveis, que fazem parte da paisagem e da realidade de todos).
Penso ainda em montar meu próprio "roadster de $1,99", adquirindo um carro em leilão (penso preferencialmente em um Chevette - RWD), utilizando seus componentes de powertrain e chassis e montar um pequeno e leve roadster de chassis tubular e carroceria em fibra de vidro com desenho inspirado nos Triumphs. Pena que fazer algo assim no momento demanda um tempo do qual não disponho.
Infelizmente (ou felizmente) somos obrigados a dar nossas próprias soluções às vontades que nos inspiram por estas terras, tal qual fizeram muitos desbravadores da indústria nos primórdios do automóvel brasileiro, os quais continuaram até o fim do embargo às importações com os fora-de-série nacionais (dois quais não gosto muito, ora pela utilização do batido VW Ar/AP, ora pela qualidade construtiva sofrível da maioria deles).
Usassem o chassis do Ka antigo para fazer um Street Ka tal qual o europeu, ou mesmo Smart Roadster tal qual circula na Europa, creio que faria sucesso aqui. Temos sucesso com coisas bem maiores e mais caras (prova maior que o Camaro não há), e já fizemos coisas legais aqui em tempos de menos recursos.
Uma das marcas mais emblemáticas quando o assunto é esportivo pequeno e barato, é a MG, cuja história começa quando Cecil Kimber alivia o peso de um Morris convencional na década de 20.
ResponderExcluirImagine um revendedor autorizado no Brasil, hoje, fazendo algo parecido com um Clio ou Fiesta.
O grande problema de guiar um carro esportivo tão leve, no Brasil atual, é que se você der carona para uma popozuda siliconada e soltar o volante, o carro imbica para a direita em linha reta.
Acho que hoje os herdeiros dessa estirpe são Lotus Elise e Alfa Romeo 4C, e foras de série, como os Chamonix, Caterham, AC, dentre tantos outros.
ResponderExcluirA questão que pega mesmo é o preço, todos caríssimos, e as marcas de volume realmente deram de ombros pra esse tipo de carro, se antes até final da decada de 90 e inicio da seguinte já existiram ao mesmo tempo(só citando roadsters e cupês pequenos) Fiat´s Coupé, Barchetta, Chevrolet´s(e resto do grupo) Tigra, Solstice, Sky, Ford Puma, Toyota Mr2 , dentre inúmeras opções, hj em dia esses pequenos esportivos foram caçados...
O que nos resta, são os hot hatches, Abarth 500, Citroen DS3 1.6 THP, Peugeot 208 GTI, Mini Cooper S e JCW, Ford Fiesta ST, dentre outros, eles de alguma forma são a resistência do que pode ser esportivo, leve, e principalmente barato ou ao menos palpável de se ter um dia.
Nesse ponto eu respeito a Fiat, é a única marca "brasileira" que ainda que timidamente, tenta fazer carros dinamicamente interessantes no acerto, para os consumidores comuns "Uno, Palio e Punto Sporting, Punto e Bravo T-Jet, e o Fiat 500 que é um carro mto interessante de se tocar em um trecho bem travado, acredito que dinamicamente abaixo de 50/60 mil nenhum carro 0km seja tão bom qto ele".
AK, tem como citar os seus 5 carros possíveis de trazer aquele ou ao menos algum sorriso no rosto? Uma lista de 0km e uma lista de usados!
Tem como?
PC, não entendi bem sua pergunta. Isso dentro da indústria nacional ou internacional? que faixa de preço?
ExcluirAdianto que o carro novo que dirigi e achei o mais divertido, até agora, foi o Lotus Exige. Aquilo é um sonho.
Grande Arnaldo!
ResponderExcluirCompreendo perfeitamente esse seu anseio por um veículo leve, relativamente barato e divertido de dirigir. Infelizmente, esse tipo de veículo é para aquele automobilista que está em extinção, aquele que entende que você pode perfeitamente possuir seu confortável sedã para passear com a família, mas que gosta de um carrinho divertido para quando puder sair sozinho, sem a preocupação de transpirar em bicas dentro de seu terno e gravata.
Esse tipo de automobilista, Arnaldo, infelizmente em breve se tornará um dodô, mamute ou pterodáctilo, completamente extinto tanto pelas leis cada vez mais restritivas como pela própria flacidez glútea do ser humano moderno. Quando a Fiat lançou os primeiros Uno Turbo, ainda sem ar condicionado, o repórter da revista na qual eu li o teste (acho que foi a Autoesporte, mas não lembro quem escreveu) criticou a falta de ar condicionado. Pois bem: escrevi uma carta para a revista, ponderando que um veículo com características tão esportivas como o Uno Turbo dispensaria o ar condicionado, já que ele acrescentaria peso, comeria uns cavalinhos do motor e que um esportivo poderia dispensar esse tipo de conforto. Publicaram minha carta, e na edição seguinte publicaram umas 3 cartas (e olhe que para isso acontecer numa seção de cartas de revista, devem ter chegado dezenas de cartas comentando a questão), todas me criticando. Depois disso começou meu processo de descrença no futuro da vida inteligente sobre rodas.
A sociedade moderna, composta de crianças que cresceram sem ouvir "não" dos pais tampouco receberam qualquer tipo de limite ou regra, nem uns tapinhas na já citada flácida região conheceram, amantes de gadgets eletrônicos os mais diversos, não está preparada para um esportivo desses, da época em que carros eram carros e homens eram homens. Tudo tem que ser confortável, sensível, ecológico, e outras coisa que tais. Lamento profundamente isso, mas é assim o triste mundo em que vivemos.
Abraço!
Amigo Bianchini, como editor de um blog cujo nome é AUTOentusiastas e que tem mais de meio milhão de pageviewa/mês, e pelo que leio nos comentários, não posso concordar totalmente com você. Acho, farejo, que tem muita gente que gostaria de ter um carro como foi descrito.
ExcluirA indústria faz tantos carros de nicho, porque não um assim?
Saudade do tempo em que a Honda tinha a audácia de lançar carros como NSX Type-R, que não tinha ar-condicionado nem direção assistida, nem como opcional... quem fizesse questão de conforto que comprasse as outras versões menos "R"... Mas essa versão não vendeu bem, e foi logo descontinuada...
ExcluirCaro Arnaldo, a diferença é que pelo carro de nicho você pode cobrar os olhos da cara que o público de nicho paga. Como a proposta é um veículo com preço mais contido, não daria para aplicar a extorsiva margem de lucro que normalmente é aplicada nesses veículos de nicho.
ExcluirMas o sonho é válido, e até acho que devíamos cobrar mais as fábricas em busca de algo do gênero. Imagine que interessante um Uno com o acabamento da versão Economy e o motor 1.8 16V, ficaria uma delícia, ou então um Etios com motor 2.0 do Corolla. Material eles têm, só falta vontade e dar um pé nos fundilhos do pessoal da Contabilidade.
Abraço!
Um dos últimos destes esportivos ''baratos'' foi o Ka XR 1.6 (custava R$40mil na época)...quem andou diz que é um capetinha! O Uno Turbo apesar de ser baseado em um carro barato, era muito caro para a época...(R$80mil, transformado em valores atuais). Tenho o Punto T-Jet, e é um corisco mesmo, fantástico!! Mas não é barato (R$60mil) e nem é um esportivo puro...está mais para um ''Hot Hatch''.
ResponderExcluirEnfim, concordo com o AK. Falta sabe o quê ? Paixão das próprias fabricantes, pelo que fazem. A coisa ficou tão industrial que tem que agradar todos e ser útil em tudo, ao mesmo tempo. Hoje, fora a Fiat com os T-Jets (Punto e Bravo) e a Citroen com o DS3, difícil achar um carro mais ''visceral''...câmbio manual, motor turbo que entrega um desempenho acima da média (0-100 em torno dos 7-8s, coisa rara em tempos de carros tão modernos. Culpa da relação peso/potência!) e com muito torque, suspensão e direção acertadas ''ao gosto'' do entusiasta...e os passageiros do banco de trás que se virem! Heheheheh
Só uma observação sobre meu comentário acima...os carros citados ainda estão caríssimos, e fora da idéia do post. Citei-os porque são os mais baratos que temos.
ResponderExcluirPenso que não seria difícil por exemplo, a Fiat colocar um motor 1.8 EtorQ em um Fiat Uno Sporting 2p e fazê-lo um capetinha das estradas e pistas...é um motor que tem grande escala de produção, o custo de adaptação seria mínimo. Utilizando o acerto padrão do 1.4 Sporting (a suspensão apenas um pouquinho mais firme, assim como a DH) rodas, câmbio e bancos do Punto Sporting. Pronto!
Um Punto 1.4 básico custa à partir de R$40mil. O P. Sporting está saindo à R$50mil. Utilizando a base do Uno Sporting (R$32mil)...este Uno 1.8 EtorQ 2p, custaria no máximo R$45mil. Daria lucro e ainda não teria concorrentes (como foi e ainda é, o Punto T-Jet).
Essa historia de que o mundo esta se acabando em vários sentidos, que o autoentusiasta esta em extinção, que os carros divertidos de se guiar, leves e com boa dinâmica, distribuição e relação de peso/potencia boa estão sumindo em parte pode até ser verdade... mas temos bons exemplos ainda no mercado atual que isso não esta como falam, assim o: AE86 da Toyota/Subaru, os hot hatch como os Audi S1, S3, Golf GTi/R, Fiesta ST... Nissan 370Z, BMW 320, Mazda Miata RS, Subaru WRX/STi , Lancer Evo, Porsche Boxster, Lotus Elise...
ResponderExcluirSei que para nós nesse fim de mundo chamado Brasil essa lista é um sonho e são muito caros, mas lá fora a proposta é a mesma e a relação geral, é muito boa.
Keller, magnífico texto!!! Há vários exemplos nacionais de "swap" que as montadora poderiam realizar a um custo razoável, mas há desinteresse, inclusive o que ocorre atualmente é o inverso, várias versões mecanicamente idênticas, do "simples", passando pelo "luxo" e chegando ao "aventureiro" (este além de decoração só tem pneus, molas e amortecedores, de resto é igualzinho). Acho que qualquer 1.6 atual com um pouquinho de boa vontade da montadora (ou seja, ganhando +/- 15cv nada de absurdo) e ganhando um pouco de chão, sem preço já praticado, seria um tiro na mosca. Pena perceber certo "anestesiamento" da indústria automobilística, que ou quer nos empurrar "mais do mesmo" ou quer vender "menos por mais"... Lamentável...
ResponderExcluirMarcos Jota, andar bem ia andar, mas assim continuaria a ser um hot hatch. Estou falando de dois lugares. Continuo batendo na mesma tecla: 2 lugares, e só não citei tração traseira para não encarecer a coisa e também não complicar. Dois lugares e no máximo um leva-criança atrás que nem o 911.
ResponderExcluirSendo assim AK, o conceito Uno Cabrio (de 2011) serviria perfeitamente esta proposta!! Nem precisaria do motor T-Jet para ser divertido...
Excluirhttp://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2011/04/27/fiat-uno-cabrio-com-motor-t-jet-prova-que-o-mundo-real-e-chato.htm
Hoje se houvesse uma oferta decente de Hot Hatchs (a preços também decentes) no mercado nacional eu já me ficaria contente..., se estamos bastante distantes disso, imagina dos adoráveis "2 lugares" hoje vê-se aos montes "esportivos" automáticos, 4 portas (vide Golf), lentos e chatos...
ExcluirAcho que não fazem por questão de mercado mesmo!
ResponderExcluirSe fizerem um carro assim, com pegada esportiva, mas simples, barato e de manutenção óbvia, vai acontecer o seguinte: 1. a venda dos compactos acima dos 1.0 (punto, focus, golf, etc) cai, já que não serão mais o upgrade natural dos que têm carro popular; 2. a receita com venda de peças/manutenção/revisões nas concessionárias também cai, visto que "esportivo é caro" e sua manutenção idem, isso já tá incrustado na cabeça do consumidor comum, mesmo que não haja motivos (a não ser altas margens de lucro) pra ser assim... É aquela história: dava pra fazer carro popular com roda de liga leve? Dava, o custo nem fica tão alto assim. Então por que rodas de aço com calotas? Porque senão não vende roda como opcional, e nem cativa o consumidor a pular um degrau acima, pra um carro com roda de liga leve!
AK pra ficar mais claro, e mais enxuto, a sua lista de 5 carros abaixo de 100 mil, que trazem algo de autoentusiasta, de prazer de condução! Não precisa ser 2 lugares pq mal tem a esse preço! Obrigado!
ResponderExcluirPC
ExcluirPunto T-jet
Bravo-Tjet
Punto Sporting
Fiesta 1.6
Peugeot 208 1.6
Citroën DS3
Linea
Deve ter mais outros poucos aí.
Excelentes escolhas, AK.
ExcluirRecentemente dirigi um Linea - era dualogic de primeira versão - e senti-me como você no teste do Linea e.torq dualogic plus. Realmente um carro de muito chão e muito gostoso de dirigir. Fiquei matutando como arisco seria a versão T-jet. O motor era o 1.9 derivado do 1.8 de origem GM e puxava muito bem o carro. O consumo era razoável em vista do projeto e tecnologias do motor, mas bem coerente. Ele consome praticamente igual ao meu Palio G3 1.8 que é mais leve, mas não tem tanto chão.
KzR
Perfeito texto, como sempre AK.
ExcluirDá-se para achar excelentes carros entusiastas no mercado, mas falta mesmo um modelo barato que "cheire a sexo" como os de outrora.
Lembro-me de um episódio do programa Joia Sobre Rodas (Discovery Channel). Um Escort mk1 foi restaurado com pouco dinheiro e só bastou um conjunto de freios melhores e um diferencial com maior bloqueio para deixar um carrinho que já era bom de dirigir ainda melhor. Dá-se para fazer algo parecido em muitos bons modelos usados e baratos disponíveis no mercado.
KzR
KzR: O 1.9 do linea, graças ao bom Deus não é baseado no motor GM, e sim é baseado no motor 1.6 16V que equipava o palio, e por conseguinte, baseado no motor "Fiat SOHC" (ou motor tipo, motor argentino, motor lampredi...)
ExcluirÉ triste essa mentalidade da indústria automotiva nacional. Concordo em número e graus em que é viável para as montadoras terem um carro esportivo barato, desses que dão gosto de olhar e mexem com qualquer autoentusiasta. O mercado para este tipo de carro existe sim e o benefício de ter um carro de imagem para as marcas é evidente. Duas observações.
ResponderExcluir1. Se as marcas consolidadas tem esta visão antiquada do consumidor brasileiro, ou não querem arriscar, para as marcas novas que desejam entrar no mercado brasileiro, como as chinesas de modo geral, acho esse nicho extremamente interessante principalmente pelo quesito marketing/"inovação".
2. Alguém lembra que o Veloster, que não é esportivo más no cenário atual é um dos que tem design mais sexys e uma proposta mais ousada em um carro 1.6(na minha modesta opinião), na pré-venda partia de 63 mil. Dado a bruta procura o preço dele logo saiu da casa dos 60 e beirou 80.. Isso prova que o consumidor quer carros mais emocionais e menos racionais.
Agora, um roadster, 2 lugares, básico, na faixa de 40 mil, 0km cairia muito bem no mercado brasileiro.
Show AK, obrigado! Concordo com vc em praticamente 100%
ResponderExcluirBelíssimo post. Sai do lugar comum de suspensão+motor+chassis+pneus+dinâmica para relatar o prazer de guiar, a emoção quase carnal de entrar no carro e guiá-lo por mera satisfação.
ResponderExcluirUm projeto com motor de hatch compacto (Ford Sigma, Fiat Etorque, Chevrolet Ecotec), carroceria cupê 2 lugares (ou 2+2), 2 portas seria tão "irracional" quanto carros de nicho como Fiat 500, Novo Fusca, Smart. Se eles tem mercado e servem de vitrine para as montadoras, pq um esportivo barato não o seria?
Falando em esportivo barato, eu pensaria em algo parecido com a Saveiro Rocket. Talvez um Jetta, com entre-eixos mais curtos, aliviado de tudo que é gordura, com um belo 2.0 FSI sob o capô mandando 200 cv logo para as rodas traseiras (ou para as dianteiras, se pensar em custo). Ao imaginar assim, parece muito bem viável fazer um esportivo bom de chão, barato e leve com peças de prateleira.
ResponderExcluirImagina só um Fiesta aliviado do desnecessário, com um 2.0 ecoboost e um acerto equivalente à adição do novo motor?
Victor, terei que bater de novo na mesma tecla e bancar o chato, mas é o seguinte, eu falo num carro esporte de 2 lugares. Sabe qual é o prazer de pegar um desses e sair estrada fora? Um seu, seuzinho. É esse astral que o carro tem que ter e nos dar. Não precisa andar barbaridade. É muito o ambiente que ele proporciona. É o espírito da coisa, o ritual, etc..
ExcluirAcredito que de agora para frente teremos mais chance de vermos carros assim no Brasil. A fase que vivíamos no nosso mercado até agora, que era a massificação do carro, já passou. As fábricas agora já estão melhorando seus carros, pois já viram que quem teria de comprar seu primeiro carro novo já comprou, agora o que ela precisa fazer é atrair o comprador com algo a mais.
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