Não era esse aí da foto, mas era o mesmo modelo, só que preto. Mercury Monterey 1957.
Um dia parou um caminhão-baú de mudança defronte da casa vizinha à nossa, na rua Piratininga, na Gávea. Era 1957, mais ou menos meio do ano. Nós, meu irmão e eu, 17 e 15 anos quase completos, só olhando o movimento, caixas e mais caixas, geladeiras enormes, mobília boa. Mudança grande. Uma mulher, algo gordota, comandava a operação. Ao nos ver disse "Hi". Um de nós respondeu, "Hi". Tentou falar e logo vimos, americana, tentando falar português. Começou um papo, ali mesmo, na rua, enquanto ela não tirava o olho das coisas saindo do caminhão e sendo levadas para dentro. O papo logo passou para o inglês.
Pai, mãe e quatro filhos, um homem, três moças. Catorze, dezessete, treze e nove anos tinham o Tommy (Thomas), Sally, Melinda e Mary. A mãe se chamava Eula e o pai, Harold. Tinham vindo de Aruba, no Caribe (o Tommy nasceu lá), onde Harold dirigia um refinaria da Esso, para assumir uma diretoria na filial brasileira. Não demorou mais que algumas horas para todos se conhecerem. Tínhamos novos vizinhos. E, rapidamente, novos amigos.
Ficaram no Brasil até 1962, mas o Tommy voltou em 1964 e se casou com um brasileira que morava na nossa rua. Tiveram três filhos, mas o casamento terminou em 1972, e ele voltou de vez para lá.
Muitos anos se passaram, até hoje eu e o Tommy somos amigos, ele com 69 anos, eu com 70. Nossos pais já morreram, minha mãe foi a última a ir, em 2005. As três irmãs do Tommy estão bem. Ele mora em Danville, na Virgínia, vem ao Brasil a cada um ou dois anos, mas nos falamos (e nos vemos) bastante pelo Skype. Quase sempre, nos papos, os velhos tempos. São neles que entra o Mercury.
Passados uns dias, chegou o carro da casa, um Mercury Monterey 1957 sedã 4-portas hardtop (sem coluna central), preto. O motor era um bloco-Y de 312 polegadas cúbicas (5,1 litros) com câmbio automático de três marchas. O detalhe é que o seletor de marchas era por botões num pequeno quadrante no painel, no lado esquerdo.
Seletor de marchas por botões |
Os cinco adolescentes se "apoderaram" do Mercury. Eu, meu irmão, o Tommy e dois novos personagens nessa história, o Emílio e o Roberto Grimaldi. O Emílio hoje mora em Cotia, na Grande São Paulo, está com 73 anos, e o Grimaldi ficou no Rio, mas faleceu em fevereiro, aos 75 anos, em conseqüência de câncer nos rins.
Quem mais o dirigia era meu irmão, que só tiraria carteira um ano depois, em setembro de 1958. Onde dirigíamos o Mercury mais? No Circuito da Gávea, no trecho de serra hoje praticamente tomada pelas edificações da Rocinha (que a TV Globo teima em chamar de favela, que não é mais há 20 anos, mas bairro, tem até CEP).
O Mercury praticamente não era usado pelo Harold, que tinha carro da companhia com motorista, o Rubens, do qual falarei adiante. O que usou mais tempo foi um Plymouth Fury. A Eula só usava o Mercury praticamente às quintas-feiras para ir ao Jockey Club à tarde, perto, no máximo a dois quilômetros de onde morávamos.
Que lenhas! Especialmente meu irmão e eu, os mais ligados em automobilismo, andávamos rápido. Só saíamos com o carro à tarde, mas fora fazer lenha íamos a Ipanema fazer um lanche no Bob's (aqueles cheeseburgers feitos na hora são inesquecíveis). Mas quando dava para acelerar, sem remédio, lá íamos nós.
Mas, como sempre digo, com seriedade e responsabilidade, nada de maluquices e muito menos tendo bebido. O Harold, como todo americano, sempre nos alertava quanto à liability, a responsabilidade civil, e nos pedia cautela, no que era atendido, pois nunca chegamos nem perto de qualquer tipo de acidente. Ao contrário do namorado da Sally, que de vez em quando condecorava o Mercury com pequenos arranhões...
Mas o Harold ficava intrigado como o combustível baixava no tanque! Não que isso lhe custasse, pois tinha abastecimento grátis e ilimitado, de acordo com o esquema de benefícios do seu cargo na Esso. O Mercury só era reabastecido num posto da própria Esso em Ipanema, na praia, Av. Vieira Souto. O posto depois foi vendido e permaneceu funcionando até 2010 com a mesma bandeira Esso, quando foi demolido para dar lugar a um prédio de apartamentos.
Um dia, na volta de um "passeio", guardamos o Mercury na garagem e não sabíamos que o Harold já havia chegado do trabalho. Ele aparece de repente e diz, quase gritando, "What the hell?", "Que história é essa?", ao sentir o forte odor de freios superaquecidos, aquele conhecido cheiro de lona queimada. Foi aí nos deu uma bronca que serviria de lição para o resto das nossas vidas: "Vocês, meninos, têm que aprender a respeitar a máquina!" Complementou dizendo para nunca estacionar um carro com freios muito quentes, pode levar à deformação dos tambores de freio. "Andem um pouco antes, para os freios esfriarem". Grande Harold Locker!
Ele tinha grande admiração profissional e pessoal pelo seu motorista, o Rubens. De fato, era um sujeito educado e afável, e dirigia muito bem, especialmente em termos de suavidade. Sempre usava óculos Ray-Ban Aviator, lentes verdes. O Harold costumava dizer "Rubens can outdrive you, boys!", "O Rubens sabe andar mais rápido do que vocês meninos!", o que nunca contestamos mesmo sabendo que não tinha como...
Naquela fase da vida eu e meu irmão tínhamos desenvolvido pouca sensibilidade ao dirigir, mas o Mercury andava muito bem. Lembro-me de como a direção era rápida (e exageradamente leve, comum naquele tempo) e como era bom de curva, pelo menos para os padrões de então. Era muito superior, por exemplo, ao Oldsmobile 88 ano 1950 lá de casa, embora fosse bem maior e pesado. Mas eu não gostava nada de selecionar marchas por botão, ao contrário do Grimaldi, que achava aquilo o máximo e vivia alternando entre Drive e Low. Começou cedo a minha revolta contra o fim da alavanca de câmbio...
O Mercury tinha espaço interno de sobra. Dos cinco, quatro eram grandes porém nada gordos (só o Grimaldi era baixinho) e nos acomodávamos sem aperto. O banco dianteiro era o inteiriço da época. Cintos de segurança? Impensável. Quando era o Emílio que estava ao volante, o que ele mais gostava era de trilhar – colocar o carro sobre os trilhos do bonde para um rodar absolutamente suave, diferente do calçamento com paralelepípedos que predominava. Era incrível como as bitolas do carro e dos trilhos eram as mesmas.
O Emílio morava em Laranjeiras, bem distante da Gávea, e de vez quando aparecia com o Buick do pai. Ele contava que quando voltava para casa, à noite, colocava o Buickão nos trilhos de Rua Jardim Botânico e tirava um cochilo...Coisas de um tempo de ruas vazias e muita imaginação de um adolescente...Mas nas férias o Emílio era nosso hóspede lá em casa, até na casa de campo em Teresópolis, um verdadeiro irmão. Meus pais o adoravam.
Foram mesmo grandes anos!
BS
Mas, como sempre digo, com seriedade e responsabilidade, nada de maluquices e muito menos tendo bebido. O Harold, como todo americano, sempre nos alertava quanto à liability, a responsabilidade civil, e nos pedia cautela, no que era atendido, pois nunca chegamos nem perto de qualquer tipo de acidente. Ao contrário do namorado da Sally, que de vez em quando condecorava o Mercury com pequenos arranhões...
Mas o Harold ficava intrigado como o combustível baixava no tanque! Não que isso lhe custasse, pois tinha abastecimento grátis e ilimitado, de acordo com o esquema de benefícios do seu cargo na Esso. O Mercury só era reabastecido num posto da própria Esso em Ipanema, na praia, Av. Vieira Souto. O posto depois foi vendido e permaneceu funcionando até 2010 com a mesma bandeira Esso, quando foi demolido para dar lugar a um prédio de apartamentos.
O posto da Esso em 1947 |
Um dia, na volta de um "passeio", guardamos o Mercury na garagem e não sabíamos que o Harold já havia chegado do trabalho. Ele aparece de repente e diz, quase gritando, "What the hell?", "Que história é essa?", ao sentir o forte odor de freios superaquecidos, aquele conhecido cheiro de lona queimada. Foi aí nos deu uma bronca que serviria de lição para o resto das nossas vidas: "Vocês, meninos, têm que aprender a respeitar a máquina!" Complementou dizendo para nunca estacionar um carro com freios muito quentes, pode levar à deformação dos tambores de freio. "Andem um pouco antes, para os freios esfriarem". Grande Harold Locker!
Ele tinha grande admiração profissional e pessoal pelo seu motorista, o Rubens. De fato, era um sujeito educado e afável, e dirigia muito bem, especialmente em termos de suavidade. Sempre usava óculos Ray-Ban Aviator, lentes verdes. O Harold costumava dizer "Rubens can outdrive you, boys!", "O Rubens sabe andar mais rápido do que vocês meninos!", o que nunca contestamos mesmo sabendo que não tinha como...
Naquela fase da vida eu e meu irmão tínhamos desenvolvido pouca sensibilidade ao dirigir, mas o Mercury andava muito bem. Lembro-me de como a direção era rápida (e exageradamente leve, comum naquele tempo) e como era bom de curva, pelo menos para os padrões de então. Era muito superior, por exemplo, ao Oldsmobile 88 ano 1950 lá de casa, embora fosse bem maior e pesado. Mas eu não gostava nada de selecionar marchas por botão, ao contrário do Grimaldi, que achava aquilo o máximo e vivia alternando entre Drive e Low. Começou cedo a minha revolta contra o fim da alavanca de câmbio...
O Mercury tinha espaço interno de sobra. Dos cinco, quatro eram grandes porém nada gordos (só o Grimaldi era baixinho) e nos acomodávamos sem aperto. O banco dianteiro era o inteiriço da época. Cintos de segurança? Impensável. Quando era o Emílio que estava ao volante, o que ele mais gostava era de trilhar – colocar o carro sobre os trilhos do bonde para um rodar absolutamente suave, diferente do calçamento com paralelepípedos que predominava. Era incrível como as bitolas do carro e dos trilhos eram as mesmas.
O Emílio morava em Laranjeiras, bem distante da Gávea, e de vez quando aparecia com o Buick do pai. Ele contava que quando voltava para casa, à noite, colocava o Buickão nos trilhos de Rua Jardim Botânico e tirava um cochilo...Coisas de um tempo de ruas vazias e muita imaginação de um adolescente...Mas nas férias o Emílio era nosso hóspede lá em casa, até na casa de campo em Teresópolis, um verdadeiro irmão. Meus pais o adoravam.
Foram mesmo grandes anos!
BS
Aê, Bob! Sentiu-se inspirado nos posts do Arnaldo para também contar suas peripécias ao volante? Pode mandar mais histórias do gênero que são uma delícia de se ler!
ResponderExcluirAbraço!
Road Runner
ResponderExcluirExato, e um leitor havia pedido.
Abraço!
Não sou da geração do Bob, mas pra mim esse post foi memorável!
ResponderExcluirAcho bizarro como ninguém hoje dá a mínima para os cuidados com o carro, o respeito com a máquina. A cultura atual é a do compre hoje já pensando em não fazer manutenção nenhuma e vender 1 ou 2 anos depois para o primeiro "otário".
Eu curto muito todo o processo de uso e manutenção do carro. Ele faz a parte dele, me transportando com desempenho, diversão e boa vontade, e eu faço a minha, mantendo-o sempre com peças novinhas e originais. E ele me retribui com 200000km de pura alegria (comprei-o 0km em 98).
Ainda acho que essa cultura do imediatismo e consumismo vai nos levar a ruína total.
Um cara como o Harold realmente merece ter carro. Mas a maioria dos atuais usuários de carro não merecem ter nem sequer um patinete, pois nunca abriram o manual do carro.
É Bob, bons tempos! Que bom que voce pôde aproveitá-lo bem, pois hoje em dia, ao contrário do que diz o AC, só desgraça (vide seus posts sobre rodízio e outras mazelas).
Bussoranga
ExcluirO Harold me ensinou muito, por exemplo, cuidar das ferramentas, limpá-las e guardá-las no local certo após uso. Até aprendi com ele o conceito de mistura rica: ao tentar acender seu Zippo, estava demorando, ele soprou a região do queimador e disse "mixture too rich", para vir a chama em seguida. Aliás, foi com o casal que conheci o Zippo, deu um para mim e outro para o meu irmão.
Bussoranga, ainda acredito nos que cuidam do carro assim como você(e eu), porque cismam com essa idéia de que "brasileiro é apaixonado por carro", sendo que a imensa maioria somente quer com ele status, e não cuidar e saber usá-lo como a máquina que é.
ExcluirO país já está no fundo do poço(rs), o que cabe para quem gosta de carro e a tudo ligado a ele, é, por exemplo, ler um texto incrível como este!
Abraços
Teria muito para dizer, mas resolvi chorar.
ResponderExcluirE daí?
Mais, Bob. Quero mais posts sobre "barcas" americanas dos anos 50, os carros que me fascinam acima de quaisquer outros, inclusive os modernos. Bem... sedãs de alto luxo de hoje chegam perto em grau de fascínio. Mas veja bem, eu disse "perto", he, he!
ResponderExcluirMr. Car
ExcluirQualquer dia falo a respeito do Oldsmobile 88 e um quase que, tivesse acontecido, eu não estaria aqui escrevendo. Eu era criança, meu pai estava dirigindo.
Meu amigo Mr. Car e seu Polara 1800 cilindradas!
ExcluirEntão não perca o embalo! Serão bem vindos posts tão bem escritos. Um abraço.
ResponderExcluirMuito bom o texto Bob!
ResponderExcluirLegal saber como nasceu e se desenvolveu a veia autoentusiasta de vocês!
Abraço!
Jundy,
ExcluirEm verdade, tudo começou um pouco antes, pois a rua onde morávamos ficava a 50 metros da Rua Marquês de São Vicente, trecho do Circuito da Gávea. Comecei ver corridas ali com cinco anos. Até hoje tenho lembranças daquelas corridas anuais.
Post saudosista sobre automóveis? Pensei que era do Arnaldo... rs
ResponderExcluirGostei do texto, por mim podia ter uns 3 desse por dia que eu leria com todo prazer.
como ja disse uma vez, é impressionante, BOB, com vc sempre esteve no lugar, hora e, com as pessoas certos(carros tambem)
ResponderExcluirAry
ExcluirDe fato, isso ocorreu várias vezes na minha vida.
Impressionante como dominar o Ingles abre oportunidades. Talvez sem seu domínio os recém chegados só seriam vistos como vizinhos distantes. E isso em 1957. Admirável vocês já saberem Ingles naquela época.
ResponderExcluirMarcos Alvarenga
ExcluirE isso cada vez mais, pelo mundo globalizado em que o inglês se impõe como idioma universal.
Bob, esse carro da foto parece muito com o Mercury Turnpicke Cruiser ou estou confundido as coisas?
ResponderExcluirElvys
ExcluirO Turnpile Cruiser tinha um vidro traseiro diferente, reto. E há o emblema Monterey no pára-lama dianteiro esquerdo.
Bob, obrigado pela resposta. Existem detalhes que passam desapercebidos e deixam um modelo muito parecido com outro e somente quem conhece sabe quais são as diferenças. Em relação os Mercury, são belíssimas máquinas!!!
ExcluirGostei da série "histórias de adolescente"...
ResponderExcluirBob, me surpreende dizer que o Mercury andava bem, para mim carros dos anos 50 em geral bebem muito e andam muito pouco.
CSS
ExcluirConsumir muito, sem dúvida. Naquele tempo, nos EUA, a gasolina era muito barata e quase ninguém se preocuoava com consumo. Mas o carro acelerava bem.
Esse Emílio é o Emílio Camanzi ?
ResponderExcluirAnônimo 15/12/12 14:52
ExcluirNão é; esse é amigo do tempo de calças curtas. A família morava na minha rua e depois se mudou para Laranjeiras.
Eu lembro dessa história da bronca do Harold na época em que o Bob escrevia no Best Cars. Queria que o Bob também relembrasse com mais detalhes, do Fusca 1953 e da sua viagem a 110 km/h na via Dutra na década de 50. Boas histórias. O Bob deve ter muito mais histórias, mas só lembro dessas. E esse Mercury, o casal americano já trouxe este carro de Aruba ou foi comprado aqui? Creio que este carro é muito mais raro do que qualquer outro americano em terras brasileiras.
ResponderExcluirH
H
ExcluirSim, o carro veio de Aruba. Quando foram embora em 1962 venderam o carro no Rio. Aproveitando o gancho, hoje seria complicado trazer um carro de fora para rodar aqui devido à exclusiva gasolina brasileira cuja quarta parte é álcool.
Bob,
ResponderExcluirSuas Histórias São Muito Legais Mesmo, Uma Verdadeira Cápsula do Tempo, Essa de Respeitar a Máquina e de Cuidar das Ferramentas Eu Já Conhecia do Outro Site, Você Deveria Escrever Um Livro Logo, O Mundo AutoEntusiasta Precisa !
Que privilegio viver no Rio naquela época...
ResponderExcluirMuito legal!!!!!adorei o texto,simplesmente uma delicia e se ler!!!!
ResponderExcluirBob, não tem um recurso pra moderar só os comentários anônimos? Acho que as discussões estão "esfriando" um pouco com o tempo para moderação.
ResponderExcluirMarcos Alvarenga
ExcluirNa prática, o "esfriando" é mais psicológico, pois antes não era sempre também que eu passava os olhos pelos comentários deixados. Isso porque na minha atividade eu estou sempre ao computador e checando se há comentário aguardando moderação. Caso desse seu, foi rápido, não foi?
Bob,diz-se que o Mercury era inferior ao Buick e ao Pontiac,procede essa afirmação?
ResponderExcluirFico aqui imaginando como seria percorrer o Circuito da Gávea naquele tempo com a consciência que temos hoje. Experiência inesquecível! Excelente post.
Daniel San
ExcluirCom toda franqueza, não sei dizer se isso era fato. Sempre houve (e há ainda há) rivalidade Ford x General Motors. / Aquele circuito de 11 e poucos quilômetros era algo verdadeiramente fantástico.
Acho que vem desde essa época o fato dos americanos não ligarem para modo manual de caixa automática, ainda mais hoje que se troca de marchas "com o pé", e segura marcha quando se tira o pé rápido do acelerador (como numa entrada de curva vindo forte). Notei que vários Chevrolet e Ford de hoje só tem botão de + e - na alavanca só pra dizer que tem, como se diz. Utilitários e alguns veículos mesmo de outras origens, mas vendidos por lá, usam alavanca na coluna de direção ou no painel. Serve pra ganhar espaço também.
ResponderExcluirAnônimo 15/12/12 19:33
ExcluirVocê está certo. Trocas manuais hoje são mero diletantismo, pois o controle e a lógica dos automáticos atuais são praticamente humanos. A troca manual só precisa existir para o caso de se deseja freio-motor. Até os Fórmula 1 poderiam ser automatizados (só são robotizados).
Notei isso quando comprei um Civic, fiquei na dúvida se gastava mais pra pegar um que tinha modo manual. Fiquei com o simples mesmo e foi aí que a ficha do porquê os americanos não darem bola pra isso. Agora com o EcoSport automatizado e os novos Chevrolet com simples botões de troca na alavanca, vejo muita gente da mídia reclamando.
ExcluirUma coisa que notei no Civic é que declives fortes vindo rápido ele chega até voltar uma marcha quando se aplica os freios, ou seja, até necessidade de freio-motor brando eles já entendem, só nos mais radicais e prolongados com risco de perda de frenagem é que se toca na alavanca.
Qualquer dia os senhor pega o dupla embreagem da Ford pra dar um parecer.
Bob,
ExcluirHoje em dia nem em freio motor é necessário troca manual de marcha! No meu Mitsubishi Galant de 1999 o câmbio já fazia freio motor voltando marchas em descidas muito íngremes e quando a velocidade começa a aumentar significativamente. Ele também segura marcha em curvas mais acentuadas! Imagino os mais modernos então... A troca manual é como jogar video game e só!!!
Um abraço e parabéns pela história!
Rafael
Rafael
ExcluirVocê diz que ao querer freio-motor constante, como ao descer um longo trecho de serra, não é necessário comandar o câmbio, que ele faz isso sozinho a partir do Drive? Sei que muitos câmbios têm lógica no sentido de baixar marchas ao frear e de não subir marchas em determinadas condições, mas não sabia dessa função de assumir essa condição de freio-motor sem nenhuma ação do motorista.
Bob,
ExcluirExatamente! Na maioria das vezes dá pra esquecer a alavanca no Drive. Também não sabia até perceber que em descidas mais longas o câmbio reduz e mantém a marcha se eu não der o comando de aceleração! Não sei sobre outros carros, mas esse câmbio (F4A5) do meu carro equipou todos Galant e Lancer até 1999! Geralmente percebo bem esse comportamento descendo em velocidades menores que 80Km/h, que é o ponto ideal para redução de 4ª para 3ª marcha quando começa-se ganhar velocidade sem aceleração. Também achei curioso e confesso ter ficado orgulhoso da engenharia aplicada num sistema já datado! Mas te confesso que fico sempre "antenado" na marcha em que o câmbio está trabalhando, pois nenhum sistema é 100% inteligente!!!
Rafael Sumiya Tavares
ExcluirQuais são as posições desse câmbio?
Bob,
ExcluirAs posições são P R N D 3 2 L
O mais comum nos carros da época!
Rafael
ExcluirNão estou entendendo realmente. Se há as posições 3 2 L elas existem justamente para reter marchas ("3", 3ª-2ª-1ª; "2", 2ª-1ª; e "L", 1ª) especialmente para obter freio-motor ou evitar "caça" em subida, ou a lógica do câmbio as dispensaria. Mas você é quem dirigia o carro e certamente sabe do que está falando. Obrigado pelas informações.
Bob,
ExcluirAs posições 3, 2 e L são úteis quando o câmbio não julga necessário mas é de bom grado para os freios numa descida de serra por exemplo, em subidas o mesmo uso, apenas quando ele não é esperto o suficiente, como te disse ele não é 100%, mas dá uma ajudinha para os menos providos de noção mecânica e de bons modos de direção!
Eu que lhe agradeço pela atenção e pelo interesse nessas peculiaridades!
Um abraço
Rafael
Bob, este comportamento é uma das capacidades do controle eletrônico do câmbio que a Mistubishi orgulhosamente apresentava como INVECS (Intelligent & Innovative Vehicle Electronic Control System). Esta central de controle da caixa automática contava com sensor de inclinação do veículo já no lançamento do primeiro Galant no início da década de 90, sendo capaz de manter a marcha em freio motor em declive. As demais posições da alavanca que não o Drive, como mencionou o Rafael, meramente permitem liberdade de escolher o freio motor em outras situações nas quais a central não comanda redução por conta própria.
ExcluirInside out
ExcluirNotável, gostaria muito de experimentar esse câmbio, embora eu desconfie que o automatismo, a lógica dessa redução e a retenção da marcha para obter freio-motor ocorresse de maneira um tanto limitada, tipo não ser a mesma coisa que selecionar pela alavanca. De qualquer maneira, repito, é notável.
Bob, há tempos meu pai teve uma Pajero Sport 2001 com este câmbio. Tenho hoje um peugeot com a caixa AL6. Posso afirmar que certamente a atuação da ECU INVECS não se compara à esperteza da caixa que uso hoje, de origem Aisin (são pelo menos 12 anos entre o lançamento de uma e outra no mercado), mas apesar de a retenção de marcha ser limitada a situações específicas, realmente em boas descidas de serra já era possível evitar ficar manipulando (tanto) a alavanca. Admiro a Mitsubishi, é uma marca menor (apenas na fabricação de carros, pois trata-se de um mega conglomerado que está presente em um sem-número de setores, como Fiat e Hyundai) e que muitas vezes "corre por fora" no mercado, mas sempre ousou na engenharia. Ando com idéias de encontrar um Colt antigo, 1.6 16v, e aliviar o bichinho de pesos supérfluos (forrações, acabamentos, banco traseiro) para brincar em track-days. Falta-me o "tempo"!
ExcluirInside out
ExcluirSomos dois, também admiro a engenharia da Mitsubishi. lembro-me de quando testei esse Colt 1,6 quando estava na Autoesporte e achei-o fantástico. O motor cantava a 8.000 rpm! Boa idéia a sua, achar um Colt desses e usá-lo em track-days, arranje tempo!
Acho que todos nós que gostamos muito de carro, vivemos histórias parecidas como as do Arnaldo e Bob.
ResponderExcluirAs minhas de adolescente automobilista ocorreram nos ano 90, algumas vezes com mais sorte do que juízo. Me tornaram um motorista, desde cedo, prudente e rápido quando necessário.
Mas temo que meu filho não vivenciará o mesmo. Não terá a mesma petulância de driblar seu pai como eu fiz, visto o rigor das leis atuais.
Esses textos nostálgicos são ótimos!
Joca
ExcluirÉ mesmo uma pena que pais não consigam mais ensinar os filhos a dirigir, a lhes transmitir as primeiras noções básicas. Ainda consegui fazer isso com os meus, no final dos anos 1990. São outros tempos agora.
Bob,
ResponderExcluirSobre os tambores de freio precisarem esfriar antes de parar o carro, isso vale também para os modelos atuais? Porque se valer explicaria muita coisa...
Em relação ao Mercury, aquilo sobre os paralamas dianteiros, parecendo duas turbinas, são os retrovisores? Se forem montados naquela posição lembram um pouco os carros japoneses, só que mais próximos das portas.
Marcos
ExcluirSim, vale, mas só na condição de superaquecidos, não em temperatura de uso normal. Sem ventilação por o carro estar parado o calor se irradia para todos os pontos, até para os rolamentos e flexíveis de freio, além do cheiro desagradável associado. / Sim, são os retrovisores.
Então, como disse, isso explica muita coisa. Levando em conta as vezes que faço uso bem severo dos freios e que preciso parar logo em seguida, vem aquele cheiro típico de pastilhas torrando e um baita calor das rodas. Logo, como os discos não estão empenados, desconfio que já sei porque o pedal está vibrando...
ExcluirMarcos
ExcluirSe o pedal vibra é porque os discos empenaram, independentemente de parar logo o carro ou não.
Tinha utilidade prática aqueles retrovisores avançados dos carros japoneses? Certamente eram convexos, dada a distância do condutor.
ExcluirAnônimo 15/12/12 22:47
ExcluirA vantagem é exigir menos movimento de cabeça para consultá-los, mas o campo de visão não é tão amplo quanto na localização atual.
Em complemento: certamente, eram convexos.
ExcluirBob,
ExcluirOs discos já foram verificados com relógio comparador, não estão empenados. E os freios estão funcionando bem, porém em situações em que ele é acionado de forma mais leve, com o carro devagar, é possivel notar o carro inteiro oscilando. É estranho, já que a vibração no pedal parece ser mais essa vibração geral, que se comporta como se freiasse e aliviasse um pouco o pé logo em seguida.
Não acreditava muito que os tambores empenariam nessas condições, fato que me fez sempre acreditar nos discos - assim como uma experiência ruim com certa marca - mas pelo jeito quando for verificar isso já vou medir a ovalização dos tambores.
Marcos
ExcluirSe é sentida trepidação no volante ao aplicar freio de leve, há empeno de disco. Mas pode-se verificar se há empeno (discos) ou ovalização (tambores) no freio traseiro acionando de leve o freio de estacionamento segurando o botão de destravamento da alavanca.
Bob,
ResponderExcluirMuito legal essas coisas de antigamente, obrigado por nos cotar!
AG
AG
ExcluirSão mesmo legais essas viagens ao passado!
BS
Bob, sensacional o texto!!! Será que algum dia verei aqui os causos da VW Rally? É quase uma súplica!!! Grande abraço!!1 E dá para ver como o nível dos comentários subiu, estão ótimos de ler novamente.
ResponderExcluirAbraço!
Belo texto, aliás ótima sequencia recente aqui no AutoEntusiastas.
ResponderExcluirAcabo me identificando muito, apesar de ter nascido na década de 70. Ninguém em casa nunca foi apaixonado por carro, mas desenvolvi isto sei lá porque. Bons tempos, mas com carros mais singelos. Fusca, Chevette, Maverick... mas a essência é a mesma. Amigos reunidos pelos carros, carros reunidos pelos amigos. Acho que este é o ponto. Hoje tenho alguns desses antigos, por amor mesmo. Amor aos carros, aos amigos da época e aos que hoje estes carros proporcionam.
Abração Bob, admiro vc!
Kiko Lanari
ResponderExcluirPrometo! (rs). Introduzir a moderação foi uma decisão difícil para nós, tenha certeza disso, mas a coisa a chegou a um ponto em que não era mais possível continuar livre. Agora respira-se um novo ar nos comentários.
Pô Bob, caiu um cisco aqui no meu olho...
ResponderExcluirXará,
ExcluirQue coincidência, caiu no meu também quando estava escrevendo...
Bob, hoje os automáticos são todos eletrônicos. Naquela época, como o engenheiro decidia o ponto de troca de marcha? E como os carros conseguiam variá-lo de acordo com as condições de trânsito: Por exemplo, como faria para o câmbio não tentar jogar a última marcha numa subida, por exemplo?
ResponderExcluirComplementando, eu havia lido faz muito tempo a explicação abaixo (parte 11 e 12). As mudanças eram apenas na base da "guerra" entre carga (abertura do acelerador) e velocidade na transmissão. Mas os mecanismos era cheios de detalhes como disse o Bob, como o tal do regulador centrífugo.
Excluirhttp://www.brasilautomatico.com.br/materias/curso_ta_parte11.htm
Caio F.
ResponderExcluirEra complicadíssimo, tudo feito à base de pressão hidráulica, molinhas, pistões, coisa de doido. Não tinha como evitar que o câmbio passasse para uma marcha superior numa subida, ele ficava "caçando marcha" o tempo todo. O jeito era selecionar uma posição mais baixa, como "3", por exemplo, em que num quatro-marchas o câmbio só ia até à terceira.
Bob meu carro favorito é o Chevrolet Bel Air 1957.
ResponderExcluirAbraço
Militar Anônimo
Militar Anônimo
ResponderExcluirVocê tem todos os motivos para isso. Já o meu coração balança entre o 1955 e o 1957!
Maravilha de história BOB. meu irmão já havia me contato,pois minha tia morava na Marquês de S. Vicente e ele teve contato com vocês.Nós vivemos uma época que o RIO era parte do céu ... Boa foto do "POSTINHO". Como você , também não gosto de carro para "idoso" (automático)apesar de fazer parte dessa categoria ... rsrsrs, Meu pai na época tinha Cads (auto)e Crysler (fluid drive)eu ficava atrás dos (mec), Continua excelente seus comentários, parabéns a você e sua equipe super competente. Feliz natal a todos! Abraço,do amigo BR
ResponderExcluirBenjamin Rangel
ResponderExcluirSempre conto para os filhos o que era o Rio naqueles anos 1960/70 e que você definiu bem, parte do céu. Carros manuais: cada vez melhores de usar, tanto pelo peso do pedal de embreagem cada vez menor, quanto pela precisão de engate e seleção de marchas. No trânsito anda e pára não incomoda mais, além de não se precisar manter o carro freado no plano. E obrigado pelo 'Feliz Natal', que retribuo!
Abraço.
Bob,
ResponderExcluirmuito bom o texto.
Por favor, mande mais.
Essas barcas realmente fascinam qualquer
um que aprecie carros americanos.
Conheço muito bem as locações que
você menciona.
Grande abraço.
James Patrick
Testando
ResponderExcluir"Seu comentário estará visível depois de ser aprovado."
ResponderExcluirPorra Bob,
exija cadastro, cpf, login no google, qualquer coisa. exclua os ofensivos, faça bloqueios, será mais fácil do que essa aprovação.
isso é censura prévia, por mais honestos que sejam esse tipo de moderação me parece que tem o objetivo de atender os interesses do blog devido a patrocinadores ou futuras mudanças.
Isso deixou de ser um blog e passou a ser mais uma revista eletrônica.
Comentei em outros posts, alguns comentários foram pertinentes a matéria, outros criticando essa atitude de moderação, nenhum foi publicado. por mim, sem problemas, vou continuar acompanhando mas a tendência natural é abandonar esse canal.
sem falar que é totalmente contra o que você sempre falava, você era a favor dos comentários anônimos, por motivos já explicados, e talvez uma exigência de cadastro para reduzir as baixarias.
essa aprovação de comentário é muito triste.
}{c³ faivic29@hotmail.com
O blog teve a chance de parar os ataques da semana passada em uns 80% sem precisar fazer aprovação de comentários nem outras medidas mais radicais só de conversar com os anonimos reclamando dos comentários dentro das regras que estavam sendo deletados no lugar de simplesmente ignora-los e deletar suas reclamações (gerando mais revolta). 80% é numero por baixo, porque não vi mais que uns 2 comentários dos ataques que não fossem por isso, a minoria era simplesmente ofensa/offtopic
ExcluirNo lugar disso o blog achou melhor a sugestão de alguns (eu também sugeri isso) de fazer aprovação de comentários e mudar as regras, para que ficasse exposto aos comentaristas o que podem ou não colocar aqui. É menos injusto do que ter um comentário dentro das regras desaparecendo como estava sendo, mas é mesmo triste essa preferencia do blog e a atitude tomada, ninguém conseguiu por exemplo fazer contra-postos sobre essa medida no post do aviso aos autoentusiastas, acho que vc é o primeiro a conseguir. É visível quanto o blog perde de comentários construtivos, participação e leitores com isso
Anônimo, 16/12/12 21:44
ResponderExcluirEssa nos parece ser a melhor maneira de evitar o lixo neste espaço, a grande maioria aprovou. E somos a favor de comentários anônimos, como não? Eles continuam normalmente. Não queremos submeter o leitor ao trabalho de se registrar, fornecer CPF etc. Infelizmente muitos não entendem o que é liberdade e abusam. Agora acabou.
Francamente, a maioria dos comentários era mesmo "briguinha de cumadre", ofensivos e de gente, ao que parece, pouco afeita ao universo dos carros propostos por este site.
ExcluirMelhorou muito o nível dos comentários. Só não repara quem não quer. Está de parabéns o blog. A molecada que não aprova, que procure outros portos para atracar seus barquinhos...
Leo-RJ
1957 Mercury, preto com quatro faróis, 368V8 e uns 300hp, em meados dos anos 70, n'um desses cruzadores fiz uma vg saudosista recheada de surprendentes passagens de kmh nas longas retas entre RioGrande,RS e a fronteira do Uruguay. Com certeza dirigí um belo exemplo de turnpike,tbm foi o carro que mais me fez matar saudades dos anos 60 e das verdes experiências autoentusiastas em uma usina que pertenceu a meu pai,1962 OldsSuper88,394V8 de 330hp. Obrigado pelo post e Boas Festas. Ab LuizSampayo
ResponderExcluirOi Bob, a algum tempo atrás eu já tinha lido essa história acho que o Bestcars, inclusive acho que rolou um papo entre vocês lembrando daquela época e o amigo americano deixou escorrer uma lágrima enquanto vocês conversavam já que o saudosao pai dele já não está entre nós ( acho que era alguma coisa nesse sentido o que li antes, já que faz tempo que li da outra vez), mas enfim legal relembrar isso.
ResponderExcluirJá quanto e cortar os folgados infelizmente a liberdade não é para qualquer um e acho certa qualquer medida sua para cortar os folgados. Democracia é da porta para fora, aqui quem manda é você e ponto. Claro que você não é um ditador e nem age como tal, mas tem horas que devido as pessoas inconvenientes tem-se que agir com maior rigor e Bob, ninguém consegue agradar todo mundo nem Jesus conseguiu isso tal feito, então continua trilhando da maneira que você está fazendo que está bom, pelo menos ao meu ver.
Abraços e feliz natal a você e para todo mundo que leu.
Ho ho how....rssssss
Esta história me fez lembrar um pouco da minha, do meu pai me ensinando a dirigir. Muito exigente e detalhista, buscava sempre a perfeição na direção, as trocas de marcha tinham que ser no momento ideal e sempre suaves. Também, ele aprendeu a profissão num caminhão D-9500 de 1956, o famoso FNM, montado no Brasil sob licensa da Alfa Romeu italiana, e com este trabalhou durante dez anos. Neste caminhão eu só pratiquei direção, no colo do meu pai, porque eu era ainda muito pequeno, mas aprendi muito só observando ele dirigir, aprendi inclusive a respeirar a màquina e também aqueles heróis que as conduziam. Apartir de uns 13 anos, sim ja me largava na direção do trucão, um MB 2013 com carga de 15 ton, só que este já tinha câmbio sincronizada e direção hidráulica. Uma moleza só, segundo ele.
ResponderExcluirCaro Bob, que beleza de postagem. A foto do Esso de Ipanema está simplesmente fantástica!!!
ResponderExcluirBons tempos, não? Realmente estava no lugar certo e na hora certa: Rio dos anos 60/70, em plena Gávea, bons amigos e rodeados de carros interessentes.
Para quem viveu o périplo de começar a dirigir no Rio dos anos 80 (na época, quem ensinava era o pai mesmo), já em deteriorado em relação à sua época, essas postagens são uma viagem no tempo...
Grande Abraço!
Leo-RJ