google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 PREÇOS DE AIRBAG E ABS JÁ NÃO ASSUSTAM TANTO - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

PREÇOS DE AIRBAG E ABS JÁ NÃO ASSUSTAM TANTO

Foto: Fiat
Airbag e ABS passam a ser itens de série na versão de entrada do Novo Uno

Mais uma expressão da imprensa automobilística brasileira passa a integrar o quadro de editores do AUTOentusiastas. Agora é a vez de Ricardo Couto, 60 anos, experiente e apaixonado por carros, além de ser um velho amigo. Suas várias passagens por órgãos de imprensa incluem os cadernos de veículos dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo, a revista Oficina Mecânica e o site Carsale, sempre como editor. Por isso, ele tem muito o que contar e compartilhar com os leitores.
Bem-vindo ao AUTOentusiatas, Ricardo! 

Bob Sharp e a equipe de editores

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PREÇOS DE AIRBAG E ABS JÁ NÃO ASSUSTAM TANTO

A partir de janeiro de 2014, todos os carros vendidos no Brasil terão de vir equipados de fábrica com airbag duplo e freios ABS, inclusive aqueles de entrada, comumente chamados de "populares". Há poucos anos, a maior preocupação do mercado era quanto desse custo seria repassado ao preço final do carro. A previsão na época é que esse pacote poderia encarecer em cerca de R$ 3.000 o valor do veículo, o que provavelmente ajudaria a derrubar as vendas e inviabilizar seu acesso a uma ampla faixa de consumidores.

Hoje, com a produção em elevada escala desses itens de segurança no Brasil, esse custo já não assusta mais as fábricas nem os compradores. Um exemplo mais recente é o anúncio da Fiat, que apresentou o Novo Uno de entrada com esses dois equipamentos a um custo extra de apenas R$ 1.000 sobre o preço sugerido do carro básico.

A tendência desse custo é baixar ainda mais. Isso mostra também uma mudança de postura no mercado brasileiro, que já não aceita mais que fabricantes de automóveis abusem de repasses, já que correm o risco de perder participação para os rivais.

Em qualquer área da indústria, o custo de produção sempre foi um fator importante e o será cada vez mais. É ele que determina a viabilidade da fabricação de certo produto ou se este pode ser bem-sucedido no mercado. As novas tecnologias recém-chegadas ao país costumam, em geral, ter um valor mais elevado que as demais, com uma tendência a baixar de preço ao longo do tempo.

Isso está acontecendo com a bolsa inflável e o freio ABS no Brasil, e tende a ocorrer com outras inovações, como a injeção direta de combustível e o turbocompressor (desta vez para os motores downsized, menores em cilindrada e até em número de cilindros), que podem se tornar equipamentos padrão nos carros de entrada nacionais dentro de poucos anos. O novo regime automobilístico brasilero, o Inovar-Auto, que vigorará de 2013 a 2017, tem metas de redução de consumo de combustível e por isso deve acelerar esse processo.

RC

36 comentários :

  1. Corsário Viajante19/12/2012, 12:12

    Pois é, até pq os fabricantes adoram passar o preço para o consumidor final como se fosse o mesmo preço para eles.
    E parece que só o governo ainda acha que o setor precisa de ajuda ou que irá repassar custos e continua dando mole para os fabricantes de carro, que estão com filas de espera e batendo recorde atrás de recorde...
    Hoje mesmo saiu mais uma asneira no Estadão, falando em carros com "mil cilindradas de potência" e onde um executivo ameaça que se o IPI voltar ao nível normal mais o incremento do ABS e Airbag o "mercado vai parar, demissões, etc etc" aquela ladainha toda. Dá até sono.

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  2. O restante do custo desses equipamentos sairá de outros itens que serão tb "downsizados": chapas mais finas, economias em locais menos perceptíveis, menos acessórios e mais opcionais, e por aí vai.

    Não sei de onde virá a contrapartida, mas certamente airbag duplo e ABS não saem por apenas R$ 1.000 nem para a própria montadora - sem considerar fatores como lucro, imposto e etc. nos cálculos...

    Se existe um ditado que vale sempre, principalmente para a indústria automobilística, é a máxima do capitalismo: "não existe almoço grátis!"

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    1. Em verdade, airbags e abs custam bem menos do que mil reais. O kit do ABS é comprado por uns 350 reais, e o kit de airbag duplo custa 200.

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    2. Anônimo 19/12/12 12:14
      Desculpe, mas você está supondo algo que não tem fundamento, quase uma acusação. A rigor eu não deveria permitir esse seu comentário, pois é ofensivo à indústria. Espero que não se repita.

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    3. OK, o anônimo diz que os equipamentos não custam menos de R$ 1000 - mas sem argumentar com dados.
      Assim fica fácil...

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    4. Nego quer comprar carro com chapa de 1 polegada...

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    5. Anônimo 19/12/12 13:25 são só esses velores mesmo?? quem diria que por 1000 vc tem eles instalados e com lucro via fabricante.

      Antonio Gontijo

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    6. Anônimo 19/12/12 14:29
      Produção em serie em alta escala diminui muito o preço do produto.

      Quando o Ford começou a produzir, todos os concorrentes custavam mais de mil dólares da época, e o Henry Ford começou a vender carros por setecentos dólares e com o tempo conseguiu baixar para trezentos dólares. Um feito e tanto.

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    7. Até parece que montadora vai produzir alguma coisa para não ter lucro...
      Lamentável a postura do Bob, que senta em duas cadeiras, ora ele defende o consumidor, ora defende os abusos das indústrias multinacionais...

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    8. Bob, acho que ele se fundamentou com base no Nissan March (Micra) que recebeu apenas 2 estrelas contra 5 estrelas do euroncap. O impacto frontal de ambos é o mesmo e permite comparação. Infelizmente, no modelo vendido aqui, o dummie se deu mal.

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  3. Rafael Ribeiro19/12/2012, 12:17

    Seja bem-vindo RC.

    O custo desses dispositivos de segurança tendem a diminuir muito mais pela impossibilidade de cobra-los extorsivamente, devido à concorrência, do que propriamente pela economia de escala.

    ABS e AB já são feitos em largas escalas no mundo todo há muitos anos, só custavam caro aqui porque tinha quem pagasse, "coisa para rico", pensavam. A partir do momento em que serão obrigatórios, magicamente custarão mais barato... porque quem quiser ganhar como antes ficará fora de preço. Ou seja, as margens agora tendem a ser um pouco menores nesses componentes.

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    1. Corsário Viajante19/12/2012, 12:53

      E detalhe curioso: AB e ABS por R$3.000 eram "coisa pra rico", de "carro di patraun importadu" mas o mesmo sujeito gastava R$5.000,00 em som, rodas e "farol di milha"...

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    2. sem contar o chennóum....

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  4. Há muito tempo que o custo de fabricação deixou de ser parâmetro para estabelecer o preço de venda. Hoje, no mundo inteiro, o preço de venda é estabelecido de acordo com a percepção de quanto o mercado está disposto a pagar. Aquela velha conta "custo de fabricação + 5 a 10% de lucro + impostos" foi parar junto com os dinossauros.

    HS

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    1. Anônimo 13:02,

      Você está corretíssimo. Pena que pouca gente percebe isso, daí os preços exorbitantes de tudo em nosso país.

      E ainda acusam as empresas de cartel. Ora, se o produto da empresa X é mais caro e de menor qualidade que o da empresa Y e ainda assim vende mais que o concorrente, por que a empresa X deveria melhorá-lo ou abaixar seu preço?

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  5. Algo que já está mais que empregado em larga escala, mas ainda custa uma fortuna, é o ar-condicionado. Para um Mille e um Palio Fire, por exemplo (considerando-se as versões mais básicas de ambos), quem o quiser, terá que desembolsar respectivamente mais 10 e 12% sobre o valor inicial do carro. É muuuuuuuita coisa.

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    1. Sr. Mr. Car, um amigo que trabalha em um dos fabricantes brasileiros de veículos automotores me contou que o ar-condicionado é um sistema bastante complexo, o que demanda equipamentos e colaboradores especializados para a sua montagem. Ele me disse também para não considerar isto como um custo, mas como um investimento, uma vez que proporciona muito conforto para nós e nossas famílias.

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    2. Sim, é complexo. Fora que demanda molas com maior carga na frente, alternador mais potente, sistema de arrefecimento com algum tipo de alteração em relação ao do modelo sem ar...

      Mas o que o Mr. Car quis dizer é que o sistema de ar condicionado é algo muito mais difundido no mercado nacional do que abs e air bag, e mesmo assim o preço não cai.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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    4. Luke Lisboa, se você olhar no rodapé da página lerá que por aqui não são aceitos questionamentos sobre práticas comercias lícitas e margens de lucro aceitáveis nas quais este blog não interfere.

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    5. Voce tem razão anonimo, removi meu comentario. Mas eu ainda acho que a explicação dada não justifica o preço. Ao meu ver os intens que devem ser montados a mais são miseros, a maioria e em vez de colocar isso, poe aquilo.. ou seja, não daria mais trabalho na montagem do carro em si(lembrando que muitas partes já chegam prontas na fabrica.

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  6. Não sei, mas acho que é muito cedo ainda afirmar que o Air-Bag e o ABS não vão impactar no preço de forma mais crítica. Até porque creio que ABS+Air-Bag não custa só 1000 reais a mais. Em contrapartida, em vez do só obrigar as montadoras em equipar os carros com Air-Bag+ABS nos carros, ela deveria isentar impostos destes equipamentos, até porque muitos desses equipamentos são importados. Todo mundo deveria fazer a sua parte e não culpar um "bode espiatório" os males de todos os problemas.


    H

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    1. Mais um anônimo que afirma que o preço não é só R$ 1000 a mais - apenas "porque creio".
      Fatos, pessoal, atenham-se a fatos!

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    2. Crer é uma coisa, é apenas uma opinião. Se atermos aos fatos rigorosamente, nem o jornalismo automobilístico exitiriam pois muitos dos dados não estão por aí, são opiniões. Os fatos estão por aí, mas quem têm acesso a elas?

      H

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  7. Mas nunca deveria terem vindo sem estes outros itens mais, e ainda sim deveria custar bem menos que cobram pelos carros "básicos" que devem ter o mínimo de itens de fabrica como: AC, DH, VE e TE em todas as portas, Alarme total, Mostradores de RPM e temperatura, Regulagem da direção e altura dos bancos, painel e acabamento do interior forrados, Cinto de tres pontos para todos os acupantes, Limpadores e desembaçadores, regulagem automatica do facho dos farois, pinturas dos parachoques... qualquer carro normal fora do brasil tem isso de fabrica. É só eles e nós principalmente queremos.

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    1. Antonio Filho
      Seria ótimo, mas tudo isso custa.

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  8. A Bosch do Brasil produz o ABS em escala de mercado, para exportação, realizando inclusive os testes em pista na cidade de Campinas, dentro da própria fábrica. O produto já é produzido em larga escala, apenas não ficava no mercado nacional.

    O AirBag é produzido na TRW que fica em Limeira...

    O custo não tá baixando pela produção em larga escala, está baixando pois os fabricantes de automóveis estão tentando homogeneizar suas linhas de produção.

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    1. Hugo, tenho uma dúvida e talvez você possa me esclarecer. Os Air-Bags nacionais da TRW são montadas com peças importadas ou possum fornecedores nacionais?

      H

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    2. Anônimo das 16:32,

      Existem vários fabricantes de AirBags, entre elas a TRW, apenas citei ela pois está estrategicamente próxima ao principal pólo industrial automotivo do país, bem como a citada Bosch, mas acho conveniente e importante explicitar que de forma alguma é a única fornecedora desses equipamentos, porém apenas uma delas.

      Infelizmente desconheço a origem dos materiais utilizados.

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  9. Em meados de 1998, a Petri (hoje Takata-Petri), passou a produzir airbags (para a Renault) e fez o planejamento para uma demanda muito grande e crescente.
    Entretanto, os carros Renault daquela época (que vinham todos com Airbag de série) nunca foram campeões de venda e os demais fabricantes não seguiu o exemplo.
    O fato de este produto só decolar após 14 anos é algo típico do Brasil, não?

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    1. A Renault tentou vender carros europeus a preços europeus. Mas aí veio a mentalidade mesquinha do brasileiro: "é ruim de revender, não dá para levar no analfabeto da esquina para consertar, airbag e ABS são mais difíceis de manter, etc."

      Não fosse a legislação anti-poluição do nosso governo ainda teríamos carros com carburador como campeões de venda, pois "é mais fácil de mexer do que injeção eletrônica".

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    2. Há uma boa parcela de culpa dos fabricantes nisso também. Quando tive Monza, lembro-me que o cilindro mestre para o Monza com ABS era indecentemente caro e o para o Monza com freio convencional era muito barato, isso era uma reclamação constante dos integrantes do MonzaClube. Uma vez precisei trocar o cilindro mestre do meu (Classic sem ABS), quando fui comprar a peça, o vendedor confirmou: 56 reais sem ABS, 900 reais com ABS, ambos originais GM (feitos pela Varga). Perguntem se na hora eu não fiquei felicíssimo do meu carro não ter ABS...

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    3. A peça não é cara por ser exclusiva? Perdoe-me se estou falando bobagem, pois não sei se a peça é compartilhada com outros veículos. Pois apenas o Monza Hi-Tec (de série) e Monza Classic 93 (opcionAL) q tinha ABS.

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  10. Pessoal! Metade do preço de compra fica com o sistema sofisticadíssimo de distribuição social de nossa amada aldeia...A outra metade, ou o dobro ou o triplo fica por conta da malandragem, lei da oferta e procura ( mercado ) e da ansiedade de um ou muitos usuários em ter alguma novidade ...

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  11. Pois me dei mal por um intervalo de alguns meses. Em agosto comprei um Fox Bluemotion com muitos opcionais, entre eles o computador de bordo e som com bluetooth. Quando este carro foi lançado (em junho se não me engano) tinha AB e freios ABS de série. Por algum motivo a VW tornou estes itens opcionais, voltando a oferecê-los como item de série em outubro ou novembro. Pois o meu veio sem estes itens por ter sido fabricado nesse intervalo, assim como o de um vizinho. Como será que se sentem o resto dos compradores deste modelo que não tem AB/ABS? Foi escolha minha comprá-lo, com a mentalidade antiga de valorizar os outros opcionais como alarme na chave canivete e ar/direção/trio, mas não deixo de me sentir meio mal por não ter exigido estes itens...

    Mauro

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