Embalado pela recente viagem pela Califórnia e
pelo súbito aumento das passagens de avião neste final de ano, resolvi
aventurar-me e ir de Brasília a Recife de carro para passar as férias.
Nesta viagem, fiquei reparando o quanto os
motoristas são despreparados para dirigir em estrada. Não que isto
seja culpa deles: quem na auto-escola (atualmente chamada de CFC, Centro de
Formação de Condutores) aprendeu alguma coisa sobre como se dirige em uma
rodovia? Ninguém, pelo contrário, lembro-me que nos meus tempos de auto-escola
não se pegava sequer uma via expressa e não era permitido usar a quarta marcha
e nem passar de 60 km/h .
A auto-escola nada mais era do que um curso de como passar na prova do Detran:
Ensinava baliza e ladeira porque isso era pedido na prova, mas como esta não
incluía rodovias, este assunto sequer era cogitado.
Isto me deu a idéia de escrever este post e
compartilhar com os leitores um pouco da experiência de o que é dirigir em uma
rodovia.
De Brasília a Recife são2.200 km de estrada, neste
caso a rodovia era quase que exclusivamente em pista simples, à exceção de
pequenos trechos duplicados. Em pistas como estas, a habilidade de se dirigir
em rodovias é mais crítica ainda.
De Brasília a Recife são
Exceção feita ao trecho do estado de Alagoas,
onde há muitas obras de duplicação na pista e há inúmeros desvios improvisados
feitos de forma precária e em mau estado de conservação, e ao trecho inicial do
estado de Pernambuco, a estrada no geral está boa. Muito melhor do que estavam
Dutra e Fernão Dias às vésperas de suas privatizações, o que mostra que, quando
quer, o governo tem competência para fazer a manutenção de uma estrada. Parece
que abandonam de propósito quando querem privatizar, para que a ida para as
mãos das concessionárias seja bem-vinda para população. O respeito dos
governantes pelas vidas que se perdem neste meio tempo em acidentes causados
pelo abandono proposital da estrada, este inexiste.
Pista simples
Dirigir em estradas de pista simples requer atenção e muito cuidado, não só com o seu comportamento, mas também com o dos outros carros na pista, principalmente os que vêm em sentido contrário. Em uma estrada de pista simples, só há duas faixas de rolamento (acostamento NÃO É faixa de rolamento!), cada uma em um sentido, o que implica que a ultrapassagem deve ser feita obrigatoriamente pela contramão (e nunca pelo acostamento).
Dirigir em estradas de pista simples requer atenção e muito cuidado, não só com o seu comportamento, mas também com o dos outros carros na pista, principalmente os que vêm em sentido contrário. Em uma estrada de pista simples, só há duas faixas de rolamento (acostamento NÃO É faixa de rolamento!), cada uma em um sentido, o que implica que a ultrapassagem deve ser feita obrigatoriamente pela contramão (e nunca pelo acostamento).
Acontece que existem alguns (maus) motoristas que
ignoram a prioridade de quem trafega no sentido contrário quando ultrapassam,
praticamente achando que estes têm que se espremer no acostamento para que ELES
não tenham que abortar a ultrapassagem. Portanto, é bom estar preparado para
jogar o carro no acostamento caso isto aconteça. Melhor fazer errado e ficar
vivo do que fazer o certo e perder a vida, pois uma batida frontal na estrada
é morte quase certa; a sopa de letrinhas pouco pode fazer nesta hora.
Ir para o acostamento, mesmo sendo o incorreto, injusto etc., pode ser a diferença entre um susto com muitos xingamentos nada publicáveis e um acidente seriíssimo com grandes chances de ser seguido por um funeral. Inclusive, os motoristas experientes vão logo para o acostamento quando notam alguma proximidade do carro em sentido contrário, como que estabelecendo logo quem vai para ali – há casos lamentáveis de os dois irem para a acostamento ao mesmo tempo.
Ir para o acostamento, mesmo sendo o incorreto, injusto etc., pode ser a diferença entre um susto com muitos xingamentos nada publicáveis e um acidente seriíssimo com grandes chances de ser seguido por um funeral. Inclusive, os motoristas experientes vão logo para o acostamento quando notam alguma proximidade do carro em sentido contrário, como que estabelecendo logo quem vai para ali – há casos lamentáveis de os dois irem para a acostamento ao mesmo tempo.
Dirigindo em pista simples, inevitavelmente
chegará a hora em que o motorista irá precisar ultrapassar, pois não imagino
que alguém goste de viajar por quilômetros a fio atrás de um treminhão lotado
de cana-de-açúcar que se arrasta a 40 km/h nas subidas. Nesta hora, será preciso usar a contramão para ultrapassar, o que deve ser feito com critério e
com segurança.
A ultrapassagem é uma das situações de maior
risco na estrada, é neste momento que acontece a maioria dos acidentes.
Portanto, é altamente desejável trafegar na pista contrária pelo menor tempo e
menor distância possíveis. Sendo assim, a última coisa a se pensar nesta hora é
em economia: é hora de pisar fundo e esticar a marcha até onde der, gastando
combustível com vontade, porque a maior vontade tem que ser a de terminar a
ultrapassagem o quanto antes.
Também não se deve “economizar giro” com medo de o motor quebrar: a injeção eletrônica não deixará que isso ocorra, tem que esticar marcha com vontade, sem medo de “deixar girar” (ver post do Bob Quem tem medo de rotação).
Também não se deve “economizar giro” com medo de o motor quebrar: a injeção eletrônica não deixará que isso ocorra, tem que esticar marcha com vontade, sem medo de “deixar girar” (ver post do Bob Quem tem medo de rotação).
Para isto, a primeira coisa é se conhecer o
próprio carro. Na auto-escola ninguém ensina que as marchas inferiores têm
poder de aceleração maior que as marchas mais altas, já vi gente querendo
ultrapassar caminhão em quinta marcha de carro 1-litro (se eu disser quem foi,
minha esposa me mata, hehehehe). Por isso, deve-se ultrapassar sempre usando a marcha mais baixa possível, para contar com o máximo poder de aceleração.
Sendo assim, é importante que se conheça qual a
máxima em cada marcha do seu carro. Isto, num carro a injeção, como todos
fabricados de 1997 para cá, é fácil. Basta acelerar até o motor começar a
“cortar”, isto é, quando a injeção eletrônica corta o combustível do motor
para que este não suba mais de rotação. Faz-se isso em 1ª, 2ª e 3ª marchas,
gravando mentalmente qual a velocidade de corte em cada marcha.
Por exemplo, no Siena Fire da patroa (fiz isto
para ela), as velocidades são 35, 70 e 100 km/h , respectivamente. Para que isto? Para
saber escolher a melhor marcha para ultrapassar. Por exemplo, se está atrás de
um caminhão a 40 km/h ,
o ideal é iniciar a ultrapassagem em 2ª, e, quando o velocímetro bater em 70 km/h , passar a terceira,
que será usada até o ponteiro beliscar os 100 km/h . Desta forma, o
carro terá o máximo poder de aceleração. Agora, se a velocidade for
muito próxima de uma velocidade de corte, acima de 60 km/h , por exemplo, a 2ª
será usada por muito pouco tempo e se perderá um precioso tempo mudando para 3ª
marcha. Portanto, é melhor já começar a ultrapassagem logo em 3ª.
Quem tiver o manual do carro à mão pode verificar também o limite absoluto de velocidade em cada marcha, uma informação obrigatória há alguns anos.
Quem tiver o manual do carro à mão pode verificar também o limite absoluto de velocidade em cada marcha, uma informação obrigatória há alguns anos.
Ultrapassar pelo acostamento, jamais (revistabahiaemfoco.com.br) |
Ainda no assunto ultrapassagem, pode-se
perceber que quanto maior o poder de aceleração do carro, menor o tempo e a
distância na pista contrária. Sendo assim, deve-se evitar a ultrapassagem em
subidas, pois nestas condições o carro acelera menos. Além disso, como mais um
efeito adverso, quem vem em pista contrária estará em descida, aumentando sua
própria velocidade, o que diminui o seu tempo para ultrapassar e prejudica a
avaliação espacial que se faz antes de tomar a decisão de iniciar uma
ultrapassagem.
Sendo assim, só se ultrapassa em subida se as condições forem muito favoráveis, grande visibilidade, ninguém vindo em sentido contrário etc. O ideal mesmo é ultrapassar no plano ou em descidas, uma vez que, ao contrário da subida, a descida ajuda a aceleração de quem desce e diminui a velocidade de quem sobe.
Sendo assim, só se ultrapassa em subida se as condições forem muito favoráveis, grande visibilidade, ninguém vindo em sentido contrário etc. O ideal mesmo é ultrapassar no plano ou em descidas, uma vez que, ao contrário da subida, a descida ajuda a aceleração de quem desce e diminui a velocidade de quem sobe.
Se for ultrapassado, não custa colaborar
tirando o pé para facilitar a manobra de quem ultrapassa. Aliás, o Código de Trânsito obriga o motorista do carro ultrapassado a manter velocidade, sem acelerá-lo (Art. 30, Incisos I e II). Dirigir em estrada
não é uma corrida: se o outro motorista quer andar mais rápido, é decisão dele.
Você tirando o pé, ele pode concluir a ultrapassagem mais rápido, com mais segurança
para todos.
Ao ultrapassar, a sinalização é muito
importante. Deve-se sinalizar a intenção com seta para a esquerda e ainda assim
olhar se ninguém atrás iniciou a manobra antes de sair para a pista contrária.
Sim, a ultrapassagem deveria seguir prioridades, quem está na frente passa
primeiro, mas não podemos nos esquecer que nem todos agem corretamente
respeitando as filas no nosso país. De novo, melhor ser injustiçado e continuar
inteiro do que “estar certo” e acidentado.
Na estrada, a prioridade máxima é chegar em segurança, não ensinar lições de civilidade aos outros motoristas, por mais que estes mereçam e muito. Finda a ultrapassagem, sinaliza-se com seta para a direita, indicando ao ultrapassado, a quem esteja ultrapassando junto e a quem vem no sentido contrário que terminou a manobra e você está voltando à pista correta.
Na estrada, a prioridade máxima é chegar em segurança, não ensinar lições de civilidade aos outros motoristas, por mais que estes mereçam e muito. Finda a ultrapassagem, sinaliza-se com seta para a direita, indicando ao ultrapassado, a quem esteja ultrapassando junto e a quem vem no sentido contrário que terminou a manobra e você está voltando à pista correta.
Uma regra de ouro repetida à exaustão porque é
totalmente verdadeira: Na dúvida, não ultrapasse. Se há dúvida, a prudência
manda assumir que não dá. Melhor andar mais alguns minutos atrás do Mercedes
1313 fumacento carregado de porcos (sei, fede bastante ficar atrás dele...) do
que dirimir a dúvida de que não havia espaço suficiente para a ultrapassagem no
meio dela. Lembre-se do post recente do Alexandre Cruvinel falando que o que mata é a pressa, não a velocidade.
Falando em velocidade, falta bom senso às
autoridades na fixação delas. Pelo menos nos trechos em que trafeguei: o limite
é quase que invariavelmente baixos 80 km/h , mas é perfeitamente possível viajar a 110 km/h . Viajei a esta
velocidade quase todo o tempo com grande segurança e sem susto nenhum. E,
diferente das estradas paulistas, tapetes coalhados de radares, praticamente
não há radares nas estradas no interior do Nordeste. Há muitos radares de 40 km/h nos trechos urbanos
das BRs, mas muito bem sinalizados, são lombadas eletrônicas. Lombada por
lombada, eu prefiro as eletrônicas, a suspensão do carro agradece.
O importante é viajar a uma velocidade em que o motorista que se sinta seguro e relaxado. E respeitando as curvas e sua sinalização. Se o motorista sentir que está rápido demais, é porque provavelmente está indo além de um ou mais dos limites: dos seus, do carro ou da estrada. Melhor tirar o pé.
O importante é viajar a uma velocidade em que o motorista que se sinta seguro e relaxado. E respeitando as curvas e sua sinalização. Se o motorista sentir que está rápido demais, é porque provavelmente está indo além de um ou mais dos limites: dos seus, do carro ou da estrada. Melhor tirar o pé.
Muitas vezes xingamos caminhões, os monstrengos
lentos da estrada. Realmente, há caminhões demais, fruto de uma opção pela
priorização do transporte por via rodoviária, decisão tomada lá na década de
1950 e que tem como efeitos colaterais o alto custo do frete e a proibição do
uso do diesel em veículos de passeio.
Seus motoristas, os caminhoneiros, são grandes
companheiros de estrada, eles acumulam uma experiência em rodovia que
dificilmente qualquer um de nós sequer chegará perto. Eles vivem a estrada, ela
é praticamente o lar deles. Nossa interação com eles normalmente se dá em
cidades, território em que eles não se sentem à vontade e acabamos criando
certa animosidade no trânsito caótico das metrópoles.
Porém, na estrada, os caminhoneiros são
solidários e nos ajudam de bom grado sem esperar nada em troca. Parece que se
desenvolveu entre eles uma “comunidade da estrada”, em que todos se ajudam para
que todos se beneficiem. Os caminhoneiros têm uma série de sinais, que fazem
não só entre si, mas também compartilham conosco, motoristas de automóveis.
Faço aqui uma lista dos sinais:
No mesmo sentido:
- Seta para a esquerda – não ultrapasse, não há
visibilidade ou há veículo vindo em sentido contrário.
- Seta para a direita – pode ultrapassar, não vem
ninguém.
Atenção: na Argentina esse "código" é ao contrário. Por isso, não confie cegamente nessa indicação de seta Inclusive, esta sinalização foi tornada proibida nos Estados Unidos alguns anos atrás justamente devido à sua interpretação dúbia.
- Dois toques na buzina – agradecimento (este é o
motorista que ultrapassa quem faz, é de bom tom dar as buzinadinhas para
agradecer após terminar a ultrapassagem).
- Pisca-alerta ligado, piscando farol e
buzinando, vindo de trás – saia da frente de qualquer jeito urgente, estou com
problemas sérios e não consigo parar (comum quando caminhão perde os freios). Nesta hora, vale até ir parar no acostamento da pista contrária para sair do caminho.
- Pisca-alerta ligado, estando na frente –
trânsito parado à frente, prepare-se para reduzir bruscamente a velocidade. A
prudência manda que se ligue o pisca-alerta também para avisar aos de trás.
Sentido contrário
-Apagar e acender as luzes todas de uma vez (à
noite) ou piscar os faróis duas vezes (de dia) – polícia rodoviária à frente,
pode ser posto policial ou blitz.
- Piscar os faróis com a mão oscilando de um lado
para o outro – obstrução na pista, possivelmente acidente ou queda de barreira.
- Piscar os faróis 3 vezes com a mão para fora,
mostrando quatro dedos – animais na pista
- Piscar os faróis 3 vezes com a mão para fora,
mostrando dois dedos – pedestres na pista
- Piscar os faróis fazendo sinal com a mão
imitando um revólver – radar móvel à frente.
- Piscar os faróis fazendo o sinal de roubo
(girar a mão com os dedos abertos em torno do polegar) – ladrões à frente.
Bons faróis são essenciais (carrosnitrados.net) |
À noite é necessário usar os faróis altos, para se enxergar mais longe. O problema é que farol alto ofusca quem vem em sentido contrário, então, ao se avistar outro veículo vindo no sentido oposto, deve-se abaixar imediatamente os faróis para não prejudicar a visibilidade de quem vem. Caminhoneiros no geral sabem de cor e salteado essa regra, ao avistarem faróis vindo em sua direção, abaixam imediatamente os seus. O povo mais relutante em abaixar, pelo que reparei, são os motoristas de automóveis, não sei se por ignorância ou se por puro egoísmo mesmo. Tem motorista que só abaixa o farol se tomar farolada alta na cara, aí, para parar com o que incomoda A ELE, abaixa seu farol. Tem muito motorista de automóvel que se não insistir, ele não abaixa mesmo e dane-se se ele está ofuscando alguém, o importante é que ele enxergue melhor e nada mais.
Mas mesmo os faróis baixos podem ofuscar, se estiverem desregulados. É muito desagradável ficar tomando farolada na cara para abaixar os faróis quando eles já estão baixos. Um farol desregulado muito alto ofusca quem vem em sentido contrário e ilumina mais para cima do que deveria, deixando de iluminar a pista. Por outro lado, um farol muito baixo tem o seu alcance reduzido. Por isso, o ideal é regular os faróis antes de pegar a estrada. Algumas seguradoras, inclusive, fornecem regulagem gratuita de faróis a seus segurados.
Uma outra providência a ser tomada antes de pegar estrada é a calibragem dos pneus. Para viagens longas, o ideal é colocar 3 lb/pol² além do recomendado pelo fabricante do veículo. Com a maior pressão, há menos flexão do pneu, o que diminui a sua temperatura. além de reduzir o atrito de rolamento e até o consumo de combustível. A calibragem deve ser feita sempre com o pneu a frio, de preferência pela manhã, com o carro tendo rodado menos de 1 km. Eu faço isso sempre no dia da viagem, saio de casa, paro no posto para encher o tanque e já calibro os pneus. Não se deve esquecer de também calibrar o estepe com a pressão mais alta a ser usada nos pneus "de uso", mas é melhor fazê-lo no dia anterior, a não ser que se goste de tirar todas as malas no posto para conseguir alcançar o estepe.
Antes de empreender uma viagem, é bom conhecer a autonomia do carro, ou seja, quanto ele roda com um tanque. Por segurança, faz-se o cálculo pessimista em relação a seu consumo. Por exemplo, se o carro faz 12 km/l na estrada, considerar que faz 10 km/l e multiplicar pela capacidade do tanque. Um carro que tenha um tanque de 55 litros rodará com certeza 550 km com um tanque, PODENDO chegar 660 km se realmente fizer os 12 km/l.
Só que, se ele fizer menos por causa do maior consumo nas ultrapassagens, o combustível acaba antes disso. Não é bom arriscar, melhor abastecer antes dos 550 km.
Se a distância a ser percorrida for maior do que a autonomia do carro, será necessário abastecer na estrada, por isso deve-se estudar o caminho a ser feito (Google Maps é um grande amigo para isso) e programar os abastecimentos. No interiorzão do Brasil é comum haver trechos de mais de 200 km sem nenhum posto ou cidade, não é nada bom entrar em um trecho destes com o tanque marcando ¼. É preferível programar para abastecer nas cidades maiores, onde pode haver mais opções de postos.
Na estrada, a qualidade do combustível pode variar bastante e o preço idem. O problema que vejo em postos de beira de estrada é que estes não costumam ter clientela fiel, pelo menos no que se trata de automóveis. Se o combustível estiver adulterado, a imensa maioria dos clientes não voltará para reclamar. Por causa disso, eu normalmente costumo abastecer em postos de combustível dentro das cidades ao longo do caminho, a uma distância de alguns quilômetros da rodovia, dando preferência a postos que tenham como principal clientela os habitantes da cidade, uma vez que, em caso de adulteração, estes com certeza voltam para reclamar. Até hoje não tive surpresas desagradáveis.
O cansaço também é um adversário, por isso, deve-se parar a cada 4 horas para esticar as pernas. Uma paradinha rápida de 15 minutos num posto de beira de estrada para dar uma caminhada e beber uma água, refrigerante ou suco. Também não se deve fazer refeições pesadas, pois elas induzem ao sono, este sim um inimigo mortal. Dirigir brigando com o sono é terrível, já fiz isso no passado e não recomendo a experiência a ninguém. Além disso, é muito perigoso, pois esta briga sempre termina com o sono vencendo.
Café e energéticos podem ajudar por um tempo, mas em um momento o sono acaba invariavelmente vencendo. E, neste momento, muito melhor estar numa cama do que ainda estar ao volante.
Deve-se respeitar o próprio corpo e parar para dormir antes do horário em que normalmente se sente sono à noite. Eu programo a dormida colocando como "meta" chegar uma cidade candidata a dormitório até determinado horário, mas traço o "plano B" já considerando as outras possibilidades 200 ou 300 km antes dela, para se houver um atraso ou estiver muito cansado e não tiver condições de chegar à parada pretendida.
Este post não pretende ser uma lista extensiva de todas as dicas para se dirigir na estrada, apenas lembrei das principais situações que vivenciamos na estrada, mas que ninguém nos ensina quando aprendemos a dirigir nos CFCs. Uma pena, pois acho que estas lições são muito mais importantes do que aprender a estacionar em uma vaga na rua ou a conseguir sair sem fazer o carro morrer em uma ladeira.
CMF
(direto de Maragogi (AL), de férias numa praia paradisíaca, mas sem esquecer dos leitores do AE)
Praia em Maragogi, estado de Alagoas |
Uma coisa que ando reparando sempre ultimamente é muitos motoristas andam com o carro atropelando a faixa da esquerda a ponto de bater no meu retrovisor caso eu venha pela pista a sua esquerda e bem centrado. Não sei se é por ficar mais longe do lado direito do carro que eles têm medo e não tem noção de onde está a lateral direita do carro perante a faixa a sua direita e acabam indo em demasia para a esquerda, isso em estradas, marginais, avenidas com faixas. Podem começar a reparar.
ResponderExcluirConcordo com vc, Fabio. Aqui na região onde moro isso acontece muito por causa da pista que geralmente tem defeitos nas beiras por conta do peso dos caminhões.
ExcluirAgora uma coisa que me incomoda muito é quando a pessoa tem um carro que possui luz de neblina traseira, e a usa como se fosse a lanterna traseira, sem noção do quanto aquilo atrapalha quem vem atrás! Acho que as do Peugeot 207 são as piores...
Isso mesmo, em uma viajem de Salvador para Aracaju, tinha um Golf na minha frente com essa luz ligada, dei sinal de luz pra ver se ele desligava e nada, até qu eparou em um posto e eu dei a dica, aceitou de boa.
ExcluirLembro que essa mania começou com o Kadett GSi com aquela feia lanterna do lado esquerdo na traseira.
ExcluirEstas dicas são muito importantes sim. Gostei muito! Mesmo porque, moro em Niterói/RJ e duas vezes por ano, viajo para o interior ( fim de ano e carnaval ). Vou para Bom Jesus do Itabapoana/RJ perto de Vitória/ES e na BR 101, a maioria dos caminhoneiros, sinalizam quando vem carro em sentido contrario e quando podemos ultrapassar. Quanto ao que disseram abaixo com relação a seguirmos as orientações destes, acredito que não farão de maldade. Eles só querem ajudar e isso é de grande valia. É fato que quem está dirigindo, é você. Portanto, a decisão de seguir ou não, será somente sua.
ExcluirBelíssima aula, he, he! Antes de mais nada: sempre achei que a sinalização de "Ok" para uma ultrapassagem dada pelo veículo da frente, deveria ser como na Argentina. É muito mais lógico e intuitivo. Outra coisa: mesmo com esta sinalização dada, não confio cegamente,pois o julgamento de distância e tempo que esta ultrapassagem requer, tem que ser seu. Dirigir em estrada requer mesmo muita atenção, malícia para antever e evitar situações de risco, enfim...não é para "amadores". Fora as situações causadas pelos próprios motoristas, muita coisa em termos de engenharia é mau projetada, mau sinalizada, tem as queimadas, neblina, chuva torrencial, animais na pista, crateras, carroças, pedestres atravessando (muitas vezes bêbados), etc, etc...Mas o que mais me impressiona e assusta mesmo, são as ultrapassagens feitas com imprudência ou imperícia.
ResponderExcluirMr Car, a indicação do caminhoneiro pode ser tomada como uma dica, não como decisão para sua ultrapassagem. Sempre que eles indicam que dá, eu ainda olho para ver se realmente dá antes de iniciar a manobra. Afinal de contas, quem se daria mal seria eu, não ele. Quando ele diz que não dá, eu nem tento.
ExcluirMr. Car, pode explicar como a sinalização dada na Argentina é mais intuitiva e lógica? Eu realmente não vejo lógica nenhuma em ultrapassar um veículo que liga a seta para a esquerda, para mim pode significar que ele quer virar a esquerda, logo não devo ultrapassá-lo. Já dando seta para direita, significa que ele vai virar a direita ou parar no acostamento e eu não preciso me preocupar com uma possível fechada...
ExcluirSou da mesma opinião! Esse código dos caminhoneiros hermanos é muito estranho! Vai que ele está dando a seta à esquerda para ultrapassar outro veículo?
ExcluirExatamente, se o caminhão dá seta para a esquerda, pode ser que ele esteja iniciando uma ultrapassagem ou desviando de algum buraco ou obstáculo. Em todos os meus anos de estrada, NUNCA um caminhoneiro me sinalizou indevidamente sobre a possibilidade de ultrapassar. Mas mesmo assim não se deve confiar cegamente.
ExcluirTambém por isso eu disse que não se deve confiar cegamente na seta dada pelo veículo da frente. Se houver uma entrada, digamos um posto de gasolina ou uma vicinal à esquerda, pode ser que ele queira dobrar, mas eu estou atento, não vou iniciar a manobra à primeira piscada dele, embora o certo seria ele ir para o acostamento da direita, e aí sim, fazer a manobra. O mesmo se quiser simplesmente fazer um retorno. Além do que, se a intenção dele for uma das que citei, ele vai "sinalizar" (além da seta dada) com diminuição de velocidade que será perceptível para quem vem atrás, mesmo que essa não seja acompanhada do acendimento das luzes de freio.
ExcluirO "código" invertido funciona bem na Argentina porque lá eles não têm o hábito de sinalizar a conversão com a seta, então não se corre o risco de achar que a seta à esquerda significa que o caminhão vai virar à esquerda... hehe
ExcluirTá mas então eles usam a seta pra q?? ou não usam seta??
ExcluirÉ estranho mesmo, o código invertido na Argentina.
ExcluirNesse ponto, o Brasil é superior.
Uma outra dica que eu dou, é quando você estiver na faixa da direita e na frente tem uma saída de uma cidade ou município, sendo possível mude para a faixa da esquerda para que os que pretendem entrar na rodovia possam fazer com segurança sua manobra.
ExcluirVejo muitos que andam algumas centenas de metros no acostamento por puro egoísmo de quem está na direita e não se dá o trabalho de mudar de faixa nessas situações.
P500<<
Eu também acho mais intuitiva a indicação dos caminhoneiros brasileiros.
ExcluirSou filho de caminhoneiro, comecei a viajar com meu pai com cinco anos e na juventude também trabalhei algum tempo na estrada. Eu aprendi os códigos e a ser solidário com todos na estrada.
Muito boa postagem, parabéns!
ResponderExcluirPorém o que tenho observado aqui no estado de SP, especialmente no eixo capital-interior (Anhanguera, Bandeirantes, Dutra) é que os caminhões que por aqui trafegam, geralmente frotistas, são muito potentes e acabam por andar sempre acima de 100km/h (com exceção das subidas) e com isso forçam os carros, que pelo limite legal (por exemplo Anhanguera) não poderiam andar acima dos mesmos 100km/h. Fico pensando onde estão os radares de velocidade que fiscalizariam os 80km/h para caminhões e ônibus, e onde está a fiscalização tacográfica...
Sobre a formação no CFC, quando fiz o meu a mais de década atrás ainda não deixavam passar de terceira marcha nem de 60km/h, sob "pena" de levar um ponto no prontuário da avaliação.
Muito obrigado pelas dicas, não sabia o "código de sinais" dos caminhoneiros e nem quantas Libras a mais era recomendável usar.
ResponderExcluirNão sei até onde é necessário, mas poderia-se complementar um pouco o post com regras básicas de segurança como manter os 3 segundos do carro à frente, ter mais atenção ao comportamento do veículo carregado, ter um remedinho em mãos para acalmar as crianças.. ^^
Aproveite Maragogi, realmente é sensacional este lugar, e você foi na época certinha (lua cheia ou nova), pelo que lembro do guia ter dito quando fui a Maceió.
Encerrando: se você tiver óculos com lentes G15 polarizadas, use-os como filtro da câmera, as fotos ficam sensacionais. =)
Mais uma vez, obrigado pelo post, e bom descanso !
Evandro, nesta hora, videogames portáteis e smartphones são uma bênção com as crianças. :-)
ExcluirE farei o passeio das piscinas amanhã, obrigado pela dica. Quando vi a praia de Maragogi pela primeira vez, logo pensei: o paraíso não pode ser melhor que isso aqui!!!
Puxa, essa dica de usar as lentes polarizadas dos óculos com filtro foi boa...nunca tinha pensado nisto. Obrigado!
ExcluirViajei agora no natal com a família cerca de 700 km, a viagem foi sem incidentes pelas montanhas mineiras, apenas com uma ressalva, os governos federal e estadual devem pensar de maneira urgente na implantação de uma malha ferroviária extensa, pois a quantidade de caminhões nas rodovias está beirando o insuportável. Aqui no Brasil parece que as coisas são sempre diferente do que é mais lógico e sensato.
ResponderExcluir"Você tirando o pé, ele pode concluir a ultrapassagem mais rápido, com mais segurança para todos".
ResponderExcluirInfelizmente a realidade é outra. Quando mais queremos que o ultrapassado reduza a velocidade, mais ela a aumenta. Triste realidade de quem não ama a vida. Nem dele, nem a dos outros.
Nessa do fazer errado e ficar vivo, dá para acrescentar também o motorista que ao ver outro iniciar ultrapassagem, aumenta sua velocidade para complicá-lo. E isso ocorre ainda mais com aqueles que vêm em sentido contrário do que com os que estão sendo ultrapassados.
Sempre recomendei aos meus filhos reduzirem a velocidade antecipadamente, para que o outro motorista efetue a ultrapassagem com segurança. Não importa quem está certo ou errado. "De que adianta morrer certo?" Reduza peão!
E a regra básica que aprendi com um amigo do meu pai, é sempre CUIDAR MAIS DOS OUTROS DO QUE A SI MESMO.
Bem texto e veio em boa hora.
Apenas uma pergunta: Como é que se gira mesmo a mão em caso de ladrões? Não entendi direito, hehehe...
Ah! Tenho notado em fotos, que a maioria dos acidentes em estradas ocorre nas retas.
CMF
ResponderExcluir"Na estrada, a prioridade máxima é chegar em segurança, não ensinar lições de civilidade aos outros motoristas, por mais que estes mereçam e muito."
Esse é um mantra que devemos repetir mentalmente a cada instante pois é muito fácil perder a paciência e cair na armadilha de não priorizar a segurança. Perder uma ultrapassagem ou qualquer outro contratempo não vale a vida de quem quer que seja.
Ótimo post! Muito obrigado!
______
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Ontem ouvi em algum lugar que morreram duzentas e vinte e quatro pessoas vítimas de acidentes de trânsito no Brasil neste feriado de Natal. E ainda tem gente que questiona os limites de velocidade. Cada povo tem o trânsito que merece.
ResponderExcluirVeja quantos desses acidentes foram causados por quem trafegava a 120 km/h.....
ExcluirAnônimo 27/12/12 12:47
ExcluirSe velocidade em estrada matasse não tinha mais um alemão vivo. Acorde, o que mata não é velocidade.
O que mata não é a velocidade em si, mas não saber usá-la. A imprudência mata, não a velocidade. Como disse o Bob, se velocidade matasse, as Autobahnen seriam cemitérios a céu aberto, pois nelas se anda tranquilamente a 200 km/h.
ExcluirBob, parafraseando Jeremy Clarkson, a velocidade nunca matou ninguém, o que mata é parar de repente. Se pensarmos na essência desta frase, para com prudência evitar o "parar de repente", ninguém morrerá por conta da velocidade!
ExcluirNão sei se concordam, nem se isso talvez já não exista em algum outro país, mas penso que poderia-se pensar em limites de velocidade variável. As vezes os limites são muito baixos pois são estipulados levando em conta uma determinada condição crítica para se dirigir por alí, especialmente de visibilidade. Desse modo, no caso de boas condições, valeria um limite mais elevado de velocidade, e quando a situação mudasse, passaria a valer o limite inferior. Só teria que se estabelecer um método claro e preciso para se dizer quando está valendo uma ou outra situação.
ExcluirDigam aí se falei muita bobagem ou se isso faz algum sentido.
Anônimo 17:26
ExcluirÓtimo. Só falta homologarem painel de mensagens variáveis com indicação de velocidade recomendada aqui no Brasil...
Anônimo 27/12/12 17:26
ExcluirJá existe, vi isso na Alemanha e na Suíça. A placa de velocidade é luminosa e nela a velocidade indicada varia conforme as circunstâncias.
Seria a melhor coisa aqui no Brasil essas placas de velocidades variáveis, tiro um exemplo aqui em São Paulo, a Ligação Leste-oeste e a própria Radial leste nos trechos com mais de 3 pistas, fui trabalhar de carro nesse natal e ela se encontrava praticamente vazia na ida e na volta e é frustrante andar a 60km/h numa pista que permite 90km/h com segurança quando com fluidez no trânsito!!
ExcluirComo sabiamente disse o Alexandre Cruvinel no texto de 23/12, o que mata é a pressa, não a velocidade. Tempere a pressa com uma boa dose de orgulho, soberba, teimosia, como apontados pelo CMJ, e tem a receita pro desastre. Velocidade não tem nada a ver com isso, a pressa somada a falta de juízo atrás de um volante pode destruir vidas a 40 km/h.
ExcluirInfelizmente, acho que as pessoas só vão acordar pra vida e as coisas começarão a mudar, o dia que carros forem limitados eletronicamente a 80 km/h ou as estradas tiverem radares que avaliam média do trecho percorrido, e as mortes e acidentes continuarem aumentando. É triste, mas ainda não chegamos no fundo do poço.
Belíssimo post, Carlos. Precisamos ficar sempre atentos.
ResponderExcluirDicas valiosíssimas... Acabo de sair da auto-escola e, a excessão de abaixar os faróis para eveitar ofuscamento, realmente não ensinaram nada disso. Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirCMF, obrigado pelas dicas. No Natal, viajei BH - SP - BH pela Fernão Dias.O asfalto está muito bom e nada justifica os 110 km/h de máxima na maioria da estrada, pista duplicada em toda a extensão. O que irrita mesmo são os constantes pedágios que, apesar de custarem apenas R$ 1,40, cortam muito o ritmo da viagem.
ResponderExcluirNão gostei, também, de vários sonorizadores que encontrei próximos a pelo menos 3 curvas fechadas, acompanhados de placas de contagem regressiva. Outro dia o Bob falou que foram proibidos, mas eles estavam lá na forma de faixas em alto relevo no asfalto...
Mineirim
ExcluirSonorizadores são irritantes mas não são ilegais. O que não pode é o uso de tachas ou tachões transversalmente à pista para essa finalidade.
Bob,
ExcluirMesmo aqueles menores, chamados de "olho-de-gato", são ilegais?
Caio Cavalcante
ExcluirSó são proibidos tachas e tachões na transversal, podem como divisor de mão de direção. Não lembro de olho-de-gato na transversal, embora nada os proíba.
Passei vários anos dirigindo em estradas do Brasil todo, mais ainda no Nordeste; nunca bebi na estrada e criei um hábito que muitos acham estranho, porém funciona muito bem para mim; não almoço, deixando para jantar no início da noite, quando tomo aquele banho e faço uma refeição tranquila sem mais nenhuma preocupação, pois não tenho o hábito de viajar à noite, porque nesses anos todos mais uma coisa que aprendi é que acidentes acontecem com muito mais facilidade no periodo noturno, em vista das condições das estradas, animais na pista, cansaço dos motoristas, visibilidade precária e mais inúmeras dificuldades que se somam e atrapalham uma condução segura; é claro que em algumas ocasiões tive que dirigir à noite toda, mas sempre cercado de cautela. Hoje, o que vemos muito, são motoristas com os farois dos carros de "xenon" somente nas lâmpadas e causando ofuscação de tal monta nos outros condutores, que muitas vezes somos obrigados a sair da pista para não bater no 'disco voador' que tomou conta da estrada.
ResponderExcluirXenon adaptado é uma praga mesmo, estou pensando em um post sobre o assunto. E o pior é que o motorista que usa isso acaba se prejudicando também, porque toma farolada direto dos ofuscados pelo xenon dele.
ExcluirCertas lâmpadas super-brancas shing-ling têm o mesmo efeito. Imagino que a alteração da posição do filamento em relação ao refletor tire o foco adequado do facho. Outra coisa, aquela "tampinha" que as boas lâmpadas têm é para que somente luz direcionada pelo refletor saia do farol, e nenhuma luz direta. Desconfio que essas lâmpadas shing-ling não tenham essa capinha, o que faria com que o filamento, desimpedido, jogasse luz em todas as direções. Quem sabe não seja intencional, para dar aos nós-cegos a falsa impressão que a lâmpada é "mais forte".
ExcluirMeus carros só usam lâmpadas Osram e, faltando essas, Philips.
está certo em linhas gerais, porém tem o outro lado: muitos motoristas inexperientes não dirigem a noite, entao a estrada fica mais "limpa" de erros. Outra vantagem da noite em estradas com pista simples é que vc ve o clarão dos faróis de quem vem no sentido contrario, útil em caso de ultrapassagens, e mais uma vantagem da noite é em caso de neblina: neblina de dia: muita gente só liga as lanternas, que em pista simples e mão dupla não da pra ver de longe, já à noite, todo mundo é obrigado a usar no mínimo o farol baixo, entao em caso de neblina, se vê o clarão dos faróis de quem vem no sentido contrário, coisa que não da pra ver se de dia o cara só usa os lanternas, isso aumenta muito a segurança. prefiro viajar com neblina a noite do que com neblina de dia, já viajei muito assim.
Excluirreader
ExcluirHá décadas que opto por viajar à noite, um dos aspectos sendo justamente haver menos motoristas inexperientes na estrada. É como os pilotos de avião comerciais, eles se sentem mais seguros com tempo fechado por saberem que há menos chance de pilotos sem conhecimento ou experiência em regras de vôo por instrumentos estarem voando. No resto, o seu comentário coincide com minha opinião.
Osram "Cool-Blue"(4000K) ou Philips "Cristal Vision"(4300K) podem ser usadas sem problemas. Possuem facho mais claro e não ofuscam ninguém.
ExcluirEu tbm gosto de viajar a noite por haver menos gente, mas mesmo assim é preciso ter bastante cuidado, pois tem gente que se sente mais confiante de que está sozinho na estrada, para fazer as tão mal faladas ultrapassagens em local inadequado. Já tomei alguns sustos por isso.....
ExcluirQuando eu viajo de carro prefiro viajar durante o dia, mas não vejo problema algum em viajar à noite. Porém de moto eu evito sempre vijar à noite pois acho muito mais arriscado.
Excluir"...não era permitido usar a quarta marcha e nem passar de 60 km/h."?
ResponderExcluirVocê era feliz. Quando tirei a minha carteira, não se podia passar dos 40km/h.
Parabéns pelo post! Excelente! E o tom de bom humor no trecho do "tirar estepe no posto com porta-malas cheio" foi ótimo. hahaha
Confesso que lembrei disso porque já aconteceu comigo há anos atrás, eheheheh... Saindo de casa para viajar todo pimpão, paro no posto e, quando vou calibrar o estepe, descubro que tenho que tirar bagagem de cima dele para calibrá-lo. Para piorar, o bico estava virado para a frente do carro, me obrigando a tirar quase toda a bagagem. Depois dessa, sempre coloco o bico virado para a tampa do porta-malas e calibro o estepe no dia anterior à viagem.
ExcluirO mesmo aqui. Tirei a minha carteira há um ano atrás e também era limitado aos 40km/h. Primeira marcha somente para arrancar, segunda marcha até 30km/h e terceira marcha de 30km/h em diante.
ExcluirMas, no meu caso, nem adiantava querer andar a mais que isso, pois as aulas práticas eram realizadas em ruas "de bairro" - vias coletoras - cujo limite também era de 40km/h.
sabe, eu fiz o exame a pouco mais de 3~4 meses, e no meu caso, apesar de ter aulas práticas, só precisei fazer a baliza no exame, além dakele oitão com a moto (carteira AB), nem ir pra rua e fazer pegar na ladeira precisei (tmb nem aprendi na CFC, foi com o meu pai, apesar de o jeito q ele me ensinou queimar muito a embreagem, prefiro simular um punta-tacco). E nas aulas práticas tmb não podia passar de 40 km/h
ExcluirPrimeiramente parabéns pelo texto.
ResponderExcluirPerdi a conta de quantos parágrafos foram dedicados às ultrapassagens. Talvez mais da metade. Merecidamente. Volto a repetir aqui que, na minha opinião, a ultrapassagem é a manobra mais perigosa para quem dirige em rodovias, especialmente de pista simples. Muito mais do que trafegar excedendo um pouco a velocidade máxima do local.
Sobre os motoristas ditos profissionais (caminhoneiros e motoristas de ônibus), penso ser importante ressaltar que nem todos são assim "camaradas", como indicado no texto. Muitos padecem do mesmo mal da pressa que os motoristas de carros, cometendo todos aqueles erros comentados no texto recente do AC. Tbm vejo muitos que, não sei porque, não mantêm a direita como deveriam, fazendo muito o que se chama de "comer-faixa", invadindo a pista contrária, mesmo que pouco, desnecessariamente.
Outro ponto crítico que vejo relacionado com pegar a estrada está relacionado com a condução sob condições adversas. Chuva, neblina, sol na cara, e tantas outras. Me incomoda muito motoristas que acham que farol é só para ELE ver. Penso que farol é para ver e ser visto, portanto, sempre ligo eles em farol baixo (nunca em luzes de posição) enquanto dirijo, mesmo se em boas condições de visibilidade.
Esta (dirigir com o farol baixo aceso mesmo de dia, nas estradas) é uma prática que utilizo há tempos. Chama a atenção de quem vem em sentido contrário, e de eventuais pedestres. Se não me engano, este é um hábito bem mais comum no sul do país. Tem até uma história engraçada sobre isso: um sujeito escreveu para a seção de cartas dos leitores de uma revista automotiva, perguntando se viajar com os faróis acesos de dia não seria prejudicial para a bateria. Resposta curta e grossa da revista: "Não tem problema, o carro não sabe se é dia ou noite".
Excluirhahahahaha
Excluirsensacional resposta.
Os muito avarentos poderiam argumentar que isso gastaria as lâmpadas mais rápido. Há alguns anos a Osram andou vendendo um modelo de lâmpada chamado "Light@Day", longa vida, talvez um pouco menos potente. Entretanto, esse modelo parece ter sumido do mercado.
ExcluirPra se ter uma ideia de como esse negócio de luz diurna é importante, outro dia eu estava dirigindo em meio a uma enorme fila de carros e caminhões. Eu ia logo atrás de uma carreta e aguardava a hora que pudesse ultrapassar. Lá adiante vi que um monte de gente estava iniciando ultrapassagem, mas ainda havia um caminhão vindo em sentido contrário que eu precisei aguardar. Quando este passou, dei mais uma conferida e fui, até porque adiante havia um monte de gente tbm ultrapassando. Só que um deles não estava indo, e sim, vindo. Confundi ele, por estar com os faróis apagados e a uma certa distância, com os carros que estavam indo no mesmo sentido que eu.
ExcluirNa Argentina é obrigatório, para todos os veículos, andar sempre com os farois ligados na estrada. Viajando até a Patagônia, mesmo no verão, eu pude constatar como isso é importante. Em alguns trechos, praticamente desertos e com imensas retas, é bem comum se andar na faixa de 200 Km/h e então faróis ligados fazem toda a diferença, principalmente na hora que é preciso fazer alguma ultrapassagem.
ExcluirPerfeito, parabéns! Fiz uma viagem a um evento automobilístico faz pouco tempo, 1000km de estrada (totalizando 2000km, ida e volta), e foi super tranquilo, a maioria das dicas já sigo (a maioria, aprendemos quando rodamos bastante em estradas) e foram muito bem dadas.
ResponderExcluirSobre a auto escola, é verdade, fiz o "CFC" em 2010, e era proíbido passar a terceira marcha e 40kmh... Agora imagina o dia que precisei andar de celta na auto escola, passei a quarta instintivamente (motor gritando a 40kmh em terceira) e tomei uma bela "Carcada" da instrutora que me repreendeu na hora, mandando eu voltar para a terceira marcha.
Otimo post!
ResponderExcluirAlguns detalhes que acredito serem importantes:
- Já vi reportagens em que a Policia multava motoristas que sinalizavam com o farol alto a outros que vinham no sentido contrário quando em caso de blitz ou operação em posto policial. É importante ficar atento.
- Também a incrível capacidade de utilizar o acostamento não somente para ultrapassagens, mas como faixa de rolamento quando acontece algum acidente, impedindo ou atrasando a utilização por serviços de emergência como ambulâncias e viaturas, quando o acostamento também foi feito para isso (Dutra e Fernão acontece direto).
Abraços a todos!
Fernando Levra
ExcluirÉ claro que multam quem avisa que há blitz adiante. Você acha que querem que alguém atrapalhe o negócio deles? Quanto ao uso do acostamento como faixa de rolamento, já escrevi aqui. Deviam votar lei alterando o CTB nessa parte de modo que passasse a ser "infração hedionda". Além da multa, suspensão automática do direito de dirigir por um ano. Na reincidência, cassação definitiva da CNH. Quero ver se esses imbecis continuariam a usar o acostamento.
Engraçado que, na Dutra pelo menos, vi alguns painéis eletrônicos avisando o motorista que há fiscalização eletrônica (sem abordagem) também no acostamento. Pelo menos serve de "incentivo financeiro" para coibir esse tipo de prática.
ExcluirTambém na Dutra estão multando os caminhões que estacionam no acostamento para esperar o horário do rodizio deles. Agora melhorou, mas do trecho da Dutra q encontra com a Fernão até a beira da Marginal os caminhões ainda insistem em permanecem estacionados, um verdadeiro descaso, eles já atrapalham um pouco por andarem naturalmente mais devagar que os carros, pois eles acabam atrapalhando mais ainda mais andando quase parando para tentar encontrar uma "vaga" nesse "estacionamento" chamado acostamento, agora.
Imagina o salseiro!
Ao Bob,
Excluirinfeliz, generalista, além de mal educada sua colocação à respeito de policiais multarem motoristas que avisam outros usando farol alto. Isso ofende toda uma classe de profissionais. Além disso, blitz e fiscalizações objetivam não só verificar as condições de condutor e veículo (que causam acidentes por trafegarem em más condições sim!), mas também apreender drogas (e prender traficantes), armas de fogo, contrabando, etc. "Avisando" que há blitz nas estradas, o motorista pode estar avisando um embriagado, sem a menor condição de conduzir um veículo, que irá trocar de motorista até transpor a blitz, ou retornar, podendo causar um acidente e matar um pai que viajava tranquilo com a família... Além disso, é tipificado como infração no CTB o uso do farol alto em situações adversas do previsto. Pense nisso, e não aja da forma que alguns comentaristas aqui do blog agem, e que você tanto recrimina, com falta de respeito e educação.
-Thiago Rodrigues
Thiago
ExcluirSe as blitze não fossem tocaias, localizadas logo após curvas, e não tivéssemos limites de velocidade tào baixos, em princípio eu não avisaria. De mais a mais, o CTB não tipifica o uso do relampejador do farol para avisar outros motoristas, mas a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente (Art. 40, Inciso III). Fora que é impossível provar que eu não esteja avisando qualquer anormalidade no tráfego, como um pedestre bêbado na margem da estrada. E, por fim, de uma forma ou de outra os policiais rodoviários estão sendo protegidos, pois costumam se postar no meio da pista, com risco de serem atropelados se alguém passar pelo ponto em qus se encontram em velocidade normal. Portanto, leitor, meu complemento ao comentário do leitor Fernando Levra nada teve de infeliz, generalista e mal-educado.
Belo post pra relembrar as regras antes das viagens de férias! Sobre ultrapassar em subida, bom, muita gente se esquece como as carretas aceleram nas descidas: ultrapassá-los em subidas pode ser mais fácil (se seu carro tiver margem de potência também, né?)
ResponderExcluirconcordo. Também lembrei disso durante a leitura do (ótimo) texto. tem que se avaliar a situação. cada caso é um caso.
ExcluirMuito bom o texto.
ResponderExcluirUma coisa que eu considero importante, mas que ninguém nunca fala e eu nem sei se é ilegal, mas continuarei fazendo mesmo que seja, é não respeitar o limite de velocidade durante uma ultrapassagem. Ex: O limite é 80 km/h e tem um veículo a 70 km/h na minha frente. Eu não vou ultrapassá-lo a 80 km/h. Vou acelerar e fazer a ultrapassagem o mais rápido possível e assim que acabar volto ao limite da via!
Oli
ExcluirVocê está certo, faço isso também, embora possa eventualmente resultar em multa.
Já levei multa assim, passando uma carreta lenta. A viatura estava no final do retão com radar na mão... :-P Moral da história, continuo ultrapassando a 150km/h, se preciso, mas além de checar por carros em sentido contrário, fico esperto com carros no acostamento, já que, na distância, é difícil se dizer se é uma viatura ou não.
ExcluirO que custa menos, a vida ou uma multa? Eu, quando ultrapasso, acelero o máximo possível, ignorando TOTALMENTE o limite de velocidade. Numa ultrapassagem, a maior prioridade é terminá-la o mais rápido possível, respeitar o limite numa hora dessas significa aumentar o tempo na faixa contrária. O policial que multa numa situação dessas é uma completa MULA, ele DESEDUCA o motorista, induzindo-o a no futuro aumentar o risco de suas próprias ultrapassagens mantendo um limite besta que, naquela condição, não tem sentido algum.
ExcluirE o que dizer da seguinte situação: na Rio-Santos, entre as cidades de Angra dos Reis e Parati, em uma longa reta com marcação de solo permitindo ultrapassagens, instalaram fiscalização eletrônica de, se não me engano, 60 km/h. Inacreditável.
ExcluirEm muitos locais a fiscalização de velocidade em trecho de ultrapassagem é proibida, aqui é incentivada
ExcluirCaio Cavalcante, nem me fale do trecho Rio-Parati da Rio-Santos, estrada que frequento ao menos 2 vezes por mês. Atualmente é uma das estradas mais cheias de bizarrices Lisarbianas que eu já vi.
ExcluirComeça pelas demarcações de faixa tracejada e faixa contínua, aparentemente feitas sem critério técnico algum - trechos de longas retas com ótima visibilidade, tranquilíssimos pra uma ultrapassagem, só com faixa contínua. E trechos perigosíssimos que jamais deveriam ter faixa tracejada, mas tem.
E os postos da PRF, que usam cones com péssima visibilidade para afunilar a pista, sem motivo algum? No de Jacuecanga chegaram a montar um traçado de "slalom" em zigue zague usando os cones e barreiras. Não sei como essas tranqueiras ainda não provocaram um acidente grave. E o pior, 90% do tempo não tem um PRF no posto ou estão reclinados na cadeira cochilando. Tudo só pra incomodar o cidadão.
Já a fiscalização, dispensa comentários. Radar de 40 km/h em uma rodovia, mesmo sendo trecho urbano, só na Banânia mesmo.
CMF!
ResponderExcluirSeu posts são muito bons mas esse você se superou!
Muito obrigado por nos contar os "códigos" dos caminhoneiros!
Forte Abraço
CMF
ResponderExcluirSou leitor assíduo do site há pelo menos três meses, mas este é meu primeiro comentário. Gosto muito do blog, dos artigos, autores e comentários. Gostei dos pontos que você revisou. Teria a acrescentar a necessidade de ver e ser visto. Para isso, defendo o uso dos faróis baixos ligados (não as lanternas!) em rodovia, desde que regulados, mesmo durante o dia. Nesta época de muita chuva, a névoa de água formada pelos pneus de um caminhão torna quase impossível a ultrapassagem segura, já que o principal fator, a visibilidade, está comprometido. Os faróis baixos acessos permitem ao motorista que vai iniciar a ultrapassagem e ao que vem em sentido contrário verem e serem vistos a uma distância maior, mesmo com essa cortina de água pulveirzada entre eles. Isso é especialmente válido se dois carros de cor prata estiverem na mesma pista em sentido contrário, com a névoa de tonalidade semelhante separando-os! Permite também ao motorista do bruto visualizar que há alguém com intenção de ultrapassá-lo, e ter sua ajuda. Outro aspecto que considero positivo ao trafegar em estradas com os faróis baixos ligados durante o dia é o psicológico. Tenho a impressão de quem vem em sentido contrário reconhece que adiante vem vindo um motorista atento, consciente do carro que dirige, do meio e do tráfego a sua volta. Como exemplo, desde que passei a adotar essa prática, nunca precisei lampejar os faróis para avisar o apressadinho em sentido contrário que ele estava perto demais para ultrapassar. Ele simplesmente não o fazia. Já no passado, sem os faróis ligados, precisei recorrer aos lampejos e escapadas para o acostamento. Outra coisa que me espanta é ver motoristas profissionais (caminhoneiros) andando nas condições adversas, citadas acima, completamente apagados, muitas vezes na entrada da noite. Outro dia testemunhei algo que se me contassem, eu duvidaria. Um bitrem com uma faixa de led vermelho ligada em sua grade dianteira. Eu estava para iniciar uma ultrapassagem quando percebi que não se travava de outro veículo no mesmo sentido que eu fazendo uma ultrapassagem, mas, vindo em minha direção. Sabe quando dá aquela gelada por dentro depois que se percebe o perigo a que iria se expor? Será que esse cidadão consegue viajar sem ser incomodado pelos policiais rodoviários com esse esquema de luzes ilegal e às avessas?
Por fim, há um livro que todos nós, motoristas, autoentusiastas ou não deveríamos consultar, que aborda a questão do trânsito: “Fé em Deus e Pé na Tábua”, do antropólogo Roberto DaMatta. Acho que uma boa lida faria milagres nos motoristas (de quaisquer veículos) e pedestres de nosso caótico trânsito.
Lauro Manhães
Agradeço pela recomendação do livro, parece muito interessante. Sempre penso que o transito é tema inesgotavel de estudo para psicologos, antropologos, juristas e engenheiros. O nosso, especialmente caótico, ainda carece absurdamente de estudo.
ExcluirFui procurar este livro, e tem ele pra vender no iba.com.br que é da Ed. Abril, paguei 17,50 e já estou lendo em meu iPad! :)
ExcluirNada como a tecnologia! Mais perfeito se tivesse pra Kindle, mas vou ver se tem como exporta-lo.
Belo guia. Indispensável nessas viagens de fim de ano, com rodovias repletas de motoristas inexperientes. Vale ainda muito cuidado ao cruzar as cidades, já que o consumo de álcool também é muito maior nesta época.
ResponderExcluirOutra dica cuja validade eu senti na pele é cuidar da manutenção preventiva do veículo antes de cair na estrada. Descobri da pior forma possível, no último dia 21, que o marcador de temperatura do óleo no painel de meu carro não funcionava, ficando "preso" no meio. Resultado: motor fervido, cabeçote empenado, água nos cilindros, retentores e juntas inutilizados.
bolas de quilombolas
ExcluirMarcador de temperatura do óleo? Não é o da água? Óleo superaquecido não causa os problemas citados.
É temperatura da água mesmo, Bob. Erro meu. Deve ter sido o transtorno causado pela imagem do motor vazando óleo na minha cabeça.
Excluir- Seta para a esquerda – não ultrapasse, não há visibilidade ou há veículo vindo em sentido contrário.
ResponderExcluir- Seta para a direita – pode ultrapassar, não vem ninguém.
Atenção: na Argentina esse "código" é ao contrário.
Correto com respeito à ARGENTINA. Mas eu não diria somente isso. Aqui no SUL, a partir de Curitiba até a fronteira do Uruguai, é adotada exatamente essa codificação da Argentina. Então, ao adentrarem o Paraná, fiquem atentos para essa nova codificação. O ideal é evitá-la, justamente pela interpretação dúbia.
Nunca vi isso aqui pelo sul.... É sempre como o CMF disse.
ExcluirTambém nunca vi. E olhe que viajei razoavelmente pelo interior do Paraná no ano passado, 2011.
ExcluirEu também não, até os camioneiros argentinos se adaptaram ao trafegar por aqui. Pelo menos no RS.
ExcluirJá viajei para os estados do Paraná e Santa Catarina saindo de São José do Rio Preto por duas vezes e também nunca vi isso. A codificação é exatamente a mesma do resto do Brasil!
ExcluirTambém nunca vi.
ExcluirEu moro no RS, vou seguidamente até Sta Catarina, e também nunca vi esta inverção.
ExcluirParabéns pelo texto. Deveria fazer parte do conteúdo programático das CFCs. No entanto, acho que isso ainda seria insuficiente, pois faz parte da cultura do brasileiro não levar a sério o ato de dirigir.
ResponderExcluirE é sempre bom lembrar que a maioria das recomendações aqui apresentadas, além do perigo em desrespeitá-las, geram multa:
-Forçar ultrapassagem: infração grave (art. 186, inciso I ou art. 191)
-Ultrapassar na faixa contínua: infração gravíssima (art. 186, inciso II)
-Ultrapassar pelo acostamento: infração gravíssima (art. 202, inciso I)
-Grudar na traseira de outro veículo: infração grave (art. 192)
-Usar farol alto enquanto segue ou cruza com outro veículo: infração grave (art. 223)
Muito bom. Pena que não é o que se vê nas rodovias.
ResponderExcluirParece-me que no nordeste os acidentes fatais são em muito maior número que no sul e sudeste, estarei enganado?
Conta-giros deveria ser obrigatório nos carros novos como item de segurança. Acho o fim da picada determinado modelo ter a sopa de letrinhas e não ter um instrumento básico e útil como o conta-giros. E sobretudo que os motoristas "comuns" passassem a saber para que ele serve exatamente.
Na Argentina existe outro perigo, ao invés de parar à direita no acostamento para depois cruzar a rodovia (como é o certo), eles simplesmente param no meio, sobre a linha divisória. Por lá é assim, é bom ficar atento.
CSS, não é só coisa de Argentino não. Pelo menos aqui no estado do RJ, a maioria dos motoristas (se é que devemos chamá-los de motoristas) também tem o hábito de parar no meio da pista em vez de ir ao acostamento pra cruzar a rodovia.
ExcluirCSS, está enganado sim, Minas Gerais tem o maior numero absoluto de mortes, e Santa Catarina o maior (ou um dos maiores) per capita. Não sei quanto a dados os Nordeste ao certo, mas tenho certeza de que aki no Sul e Sudeste a coisa é pior.
ExcluirAngelo, mas a maior malha viária do Brasil está em Minas, boa parte das grandes BR cortam MG. Sem contar que os trajetos em Minas são por natureza montanhosos e cheios de curvas, ou seja, rodovias mais perigosas do que as longas retas e planas chegando em Brasília... Numero absoluto sim, mas não sei se proporcionalmente MG tem mais acidentes que o resto do país.
ExcluirExcelentes conselhos, deveriam ser obrigatórios nas CFC´s!
ResponderExcluirPedro Mollica Antonucci
esse sinal indicando radar eu recebi esses dias vindo de nova trento-SC em sentido a BR-101, mas foi de um par de carros. Me salvaram de uma multa =) e lendo o post do bob, me pergunto uma coisa:
ResponderExcluireu aprendi, através de conversas na internet, que o ideal é sempre se trocar a marcha o mais próximo do pico de torque, mas ao alcançar a velocidade de cruzeiro, deixar uma marcha mais elevada, para ficar com baixa rotação, e assim o motor rodar menos, poupando combustível. Creio isso o mais correto a se fazer, certo??
Angelo Jr, seria o certo sim, mas não é regra. Por exemplo o VHC-E tem pico de torque a altos 5.200 rpm, mas sua curva de torque é bem plana. Ou seja, 3.000 no trânsito já é suficiente para desenvolver bem.
ExcluirAcredito que seja melhor sentir o motor de ouvido... Não tenha medo de usar o motor (altos giros).
[]'s
Angelo Jr
ExcluirTudo depende de em quanto tempo você quer ganhar velocidade. Se o quiser mais rapidamente use mais rotação, para o motor desenvolver mais potência; menos rotação, se quiser ganhar velocidade mais lentatmente. Esqueça o torque, ele não tem nada a ver com isso. O que importa é a potência, observando em que rotação ela começa a ficar palpável, que não é na rotação de torque máximo, mas antes. O leitor Luiz AG disse corretamente, embora o torque máximo do VHC-E ocorra a elevadas 5.200 rpm, na verdade bem abaixo disso o torque (e a potência associada) já é considerável.
Prezado Carlos,
ResponderExcluirBelíssimo post! Lúcido e preciso.
Creio que parte dos problemas que vemos nas cidades e estradas se deve ao fato de como o cidadão brasileiro encara o automóvel hoje.
Penso no jeito de dirigir do meu pai e dos meus tios (todos na casa dos 65 anos) e percebo que muito do que você falou está incorporado na maneira com que eles encaram a estrada. Aliás, aprendi muito do que você escreveu com eles.
Eles tinham prazer em dirigir bem, em melhorar sua técnica, em conhecer o automóvel que dirigiam. Não é à toa que algumas boas discussões de família giravam em torno do "o passat é melhor do que o escort"...
Hoje, porém, o que vemos são jovens (ou não) querendo apenas chegar à praia e o carro, assim como uma torradeira ou uma geladeira se torna apenas um "eletrodoméstico" que vai se prestar a locomoção. Daí os relatos deste e de outros posts e comentários.
Pode se observar fato semelhante, com menor diferença de gerações nos motociclistas: há 20 anos pilotava quem era "piloto" e gostava de motos. Hoje pilota quem precisa se locomover com economia e rapidez.
Não sou o melhor motorista do mundo, mas penso que automóvel é para ser encarado como uma máquina que exige atenção e precisão no seu trato, por isso não perco oportunidades de melhorar como motorista e seu post foi uma excelente ferramenta, obrigado!
Abraços a todos!
Excelente texto e tópico importantíssimo, principalmente nessa época do ano.
ResponderExcluirSobre faróis altos, vale lembrar que eles também ofuscam e incomodam que vai à frente no mesmo sentido, por causa dos retrovisores. Quando somos ultrapassados ou nos aproximamos de outro veículo, devemos comutar para os faróis baixos.
Considero uma boa dica evitar os horários de pico nas estradas. Claro, isso varia com a disponibilidade e preferência de cada um, mas alterar em poucas horas o horário planejado para a saída pode render uma viagem mais tranquila e agradável.
Parabéns pelo post CMF.
ResponderExcluirFiquei feliz em saber que você considera os Caminhoneiros/Carreteiros como nossos grandes amigos de estrada. Pois eu como motociclista e recém habilitado em CNH AB (pouco mais de 1 ano e meio) rodo muito em estradas e vejo que o respeito é mais do que prioridade em estradas, e claro a atenção. E respeitando os profissionais da estradas, eles te retribuem com toda certeza. Digo isto por experiencia, seja ela pouca.
Ótimo, Farjoun, ótimo! Gostaria de acrescentar o seguinte:
ResponderExcluir- além da questão dos sinais invertidos, o padrão de segurança em ultrapassagens na Argentina e Chile, por onde fiz uma longa viagem a Ushuaia, é mais conservador que o nosso. Isso é visível também pelo padrão das faixas. Muitas vezes lá ainda é faixa contínua, quando aqui já poderia ser tranquilamente tracejada. Portanto, em nome boa educação, já que os brasileiros se esquecem que são VISITANTES nos países vizinhos, devemos ser mais comedidos que o normal nas ultrapassagens.
- Alguns carros equipados com airbag são ruins de se repicar a buzina, como no caso de agradecimento. Além do mais, muitos caminhões já tem ar condicionado, o que torna mais dificil escutar a buzinada de "agradecimento". Assim, como agradecimento, após ultrapassar, ligo brevemente o alerta, umas três piscadas, que o caminhoneiro entende o recado e logo depois dá o seu "de nada" piscando brevemente os faróis.
- Ultrapassagem de risco em minha direção. NUNCA, MAS NUNCA MESMO, "pago pra ver", no sentido de que a "preferencia é minha, o outro é que se vire". Vi que o cabra se embananou, tiro o pé, dou seta para a direita, e vou para o acostamento com bastante antecedencia. Não raro outro motorista agredece.
Fiquei impressionado como no sul, principalmente no RS, ninguem alivia nada! O cara tá na pista dele e de lá não sai por nada. Insisto que muitos morrem de teimosia, ao querer passar medo no outro que está ultrapassando, e a situação se complica mais rápido do que se imagina.
- Em situações de pouca visibilidade e com possibilidade de vir uma ultrapassagem no sentido contrário, me posiciono bem à direita em minha faixa de rolamento, quase com a roda direita em cima da faixa do acostamento. Assim, caso venha alguem ultrapassando no sentido contrário, meu carro já está um tanto deslocado na pista, e desestimulo uma eventual busca do meu acostamento por parte do outro motorista.
- Sendo ultrapassado: não tem jeito, se um carro chegou em voce, é por que ele está mais rápido. Facilite a vida do cabra. Gosta quando facilitam a sua, né? Então... Se vejo que o cabra tem bastante espaço, somente fico bem a direita, como na situação acima. Se vejo que a situação vai se complicar, vou para o acostamento. Sem a menor crise!
Abraço!
Lucas CRF
verdades! também passei a usar o pisca alerta - duas ou tres piscadas - para agradecer quem facilitou a ultrapassagem, os caminhoes dao uma piscada de farol em retribuicao. Aprendi essa quando EU facilitava a ultrapassagem de algum caminhao que estava mais rapido do que eu. Outra coisa sobre os sinais dos caminhoneiros, é que eles se cumprimentam um ao outro em sentidos contrários ligando o pisca pra esquerda.
ExcluirReader, evito viajar à noite, mas de vez em quando acontece. Nesse período, essa "brincadeira" com o alerta e piscar faróis rende, tem uns caminhoneiros que hora apagam tudo, ou ligam só as luzes de posição, ou só o alerta. É legal. Enfim, ajuda a quebrar uma eventual monotonia da estrada.
ExcluirAbraço
Lucas CRF
E se o acostamento for totalmente detonado? sair pra ele é morte certa também? eu penso 10x em sair pro acostamento - pelo menos não confio muito no acostamento das estradas que eu uso.
ExcluirMoro no RS...
Ricardo2
CMF,
ResponderExcluirFoi por Barreiras?
Excelente post, ajuda muito nesta época de férias com muito movimento e pouco juízo na cabeça das pessoas.
Quanto ao código de sinalização, agradecimento também pode ser:
- 2 piscadas do pisca alerta;
- 2 piscadas da seta, alternando os lados (esq/dir), quando nos dão passagem ou avisam sobre possibilidade de ultrapassagem. Esta será seguida por uma piscada de farol, como um "de nada".
Cumprimento: - 2 piscadas de farol e seta ligada pra esquerda - geralmente usadas para veículos da mesma frota, conhecidos ou pra sinalizar que se está atento a estrada.
Gentileza gera Gentileza. Nunca é demais.
Em trechos com muitos caminhões, como ex, Rondonópolis-Cuiabá; Barreiras-LEM, percorridos praticamente em comboio, recomendo que se tenha muita paciência e resignação, pois quem dita o ritmo são os "brutos". Nós, de "carro pequeno" somos intrusos nesse meio (rodovia), portanto atenção redobrada.
Quando viajava e o sono batia, longe de algum lugar decente pra dormir, encostava num posto da PRF ou de gasolina, baixava os bancos e dormia ali mesmo. Melhor que muito hotelzinho de beira de estrada.
Faróis baixos acessos mesmo de dia. Tem que ver e ser visto.
Alguns anos de Belém-Brasília ensinam um pouquinho...rsrsrs
Comentando os absurdos do Brasil, a alguns dias vi uma matéria no JN sobre estradas, e fiquei espantado com a solução que arrumaram na Régis Bittencourt para não ultrapassarem em local proibido: Trilhos de trem separando as faixas!
Absurdo total! Nunca havia visto tal aberração!
Sim, vim por Barreiras, Aléssio. Parei para dormir em Seabra, Barreiras era o meu plano C, Ibotirama era o plano B, em caso de atraso ou cansaço excessivo. Mas passei por lá às 18h (peguei hora do rush na cidade!), segui em frente, passando por Ibotirama por volta das 20h, estava descansado e continuei em frente, chegando a Seabra às 22:30h. Normalmente me programo para pegar a estrada às 10 da manhã para dirigir até meia noite, pois sou vespertino.
ExcluirA uns 10 anos morava em Bsb e trabalhava em Aracaju e Palmas. Passei 1 ano percorrendo esse trecho a cada mês.
ExcluirNesse tempo o asfalto era muito ruim, buraco de Barreiras até Itaberaba e ia no meu Uno Cabriolet. Saia de Bsb pela manhã e dormia em Ibotirama ou Seabra, como vc fez.
Mas a visão do Pai Inácio e da Chapada Diamantina no dia seguinte valia esse transtorno.
Boa Viagem!
Uma coisa que considero importante mencionar e que, espero, sirva de desestimulo a quem costuma fazer ultrapassagens de qualquer jeito: em conversas com alguns amigos motoristas profissionais, eles me disseram que caminhoneiros ou motoristas de ônibus não costumam jogar para fora caso se deparem com carro pequeno vindo no sentido contrário ultrapassando. Eles simplesmente deixam bater. Isso porque na manobra de desvio brusco é muito fácil para eles tombarem o caminhão ou ônibus, devido as suas alturas, com consequências piores para eles do que a batida frontal.
ResponderExcluirBem lembrado, Anônimo! Seu comentário me fez pensar em mais uma coisa que esqueci de colocar no texto: Para quem está num carro ultrapassando outro e se complica com alguém vindo no sentido contrário, acaba sendo melhor jogar o carro ultrapassado para fora da estrada do que bater de frente. Sei que isso é terrível, mas na hora o instinto de sobrevivência fala mais alto. Este é mais um motivo para facilitar ao máximo uma ultrapassagem, mesmo que perigosa, de outra pessoa. Se isso acontecer com você sendo ultrapassado, melhor enfiar o pé no freio para o apressadinho entrar antes que ele te jogue pra fora da estrada. Na estrada, nunca esqueça: melhor estar errado e vivo do que estar certo e morto.
ExcluirE complementando, CMF: Nunca se deve jogar para a esquerda. No texto vc menciona de os dois irem para o mesmo acostamento e colidirem fora da pista. Se precisar desviar, que seja SEMPRE PARA A DIREITA. Como vc mesmo disse, nem que rele na lateral do que está sendo ultrapassado.
ExcluirPerfeita a colocação do 'anônimo'. Eles deixam bater mesmo, sem contar que demoram muito mais pra frear. A pior situação mesmo é quando a ultrapassagem indevida é feita sobre pontes sem acostamento, o que aliás é cada vez mais comum.
ExcluirTambém já ouvi dizer essa afirmção de deixar bater, mas acho que muito dessa conversa é mais para justificar a atitude cruel de deixar o outro se lascar, e assim lavar as mãos (sujas de sangue, no caso).
ExcluirVejam bem: por maior que seja o caminhão e menor que seja o carro, um impacto do pequeno em alta velocidade arruina de modo brutal o sistema de direção e suspensão dianteira do pesado, fazendo o motorista perder a direção do bruto. E assim ele se lasca também.
Nesse primeiro vídeo, podem ir direto ao instante 5:20.
http://www.youtube.com/watch?v=6BkSUXOMEsY
Esse segundo ocorre em baixa velocidade, mas mesmo assim o caminhão sai pista com o impacto:
http://www.youtube.com/watch?v=xcl7tiRff94
E o que dizer desse? Não precisa, a vegetação o faz.
http://www.youtube.com/watch?v=wksBupn2Cgg
Para não deixar dúvida dessa afirmação cínica:
http://www.youtube.com/watch?v=NVrOqfXn0v8
Como sabemos que muitos dos choques em ultrapassagens ocorrem em pontos que a visibilidade é boa, ou seja, que é possível sim agir defensivamente e com calma, nem os supostos movimentos bruscos justificam tal atitude.
Abraço
Lucas CRF
Lucas, tenho certeza que vários dos atropelamentos do BRT Transoeste se deram por conta desse comportamento dos motoristas dos articulados. Sabem que não vai lhes acontecer nada fisicamente, e contam que o pedestre desavisado/imprudente vai sair em cima da hora, contam até em dar um susto nos 'abusados'. Resultado, se alguma coisa não sai como o esperado, é atropelamento na certa. Não tem como não enxergar os pedestres, o grande problema é deixar para frear quando não dá mais.
ExcluirCom certeza, Cruvinel. É o que eu digo em relação a ultrapassagens perigosas. Se for em um ponto em que a visibilidade for boa, e voce está vendo o cara se aproximando rapidamente na contramão, por que deixar para tirar para o acostamento no último instante? Com esse tipo de comportamento, pode-se induzir o desespero no outro motorista que, apavorado, joga para o seu acostamento. Aí já não se tem tempo útil para mais nada. É só a pancada.
ExcluirAs pessoas precisam urgentemente introjetar (!) a cultura da direção defensiva, de serem solidárias com o erro do outro, se for o caso.
Se não me engano, é o Geraldo "Tite" Simões, cara feríssimo, que diz que "não existe razão com lesão". Certíssimo!
Abraço
Lucas CRF
Motoristas de grandes carretas não fazem desvios bruscos pois podem fazer um L (canivete)na pista, atingindo mais carros. Dependendo da carga, eles também não podem e nem conseguem frear bruscamente, pois a carga pode subir e atropelar a própria cabine.
ExcluirCMF, ja que está em Maragogi, não deixe de conhecer as piscinas, o centrinho e seu artesanato local e a praia perto do hotel grand oca maragogi. Dá para andar até muito dentro do mar na parte da manhã. Estive ai no carnaval deste ano... Lindo... Só que voltei com dengue...
ResponderExcluirIncluo mais um ponto aqui ao post: de forma geral, taxistas dirigem muito mal nas estradas. Impressionante.
Abs
Ricar Fernandes
Engraçado, comigo é o contrário, eu tenho a precepção que os motoristas de carro particular são os que mais transgridem as regras nas estradas. Vocês dirigem muito mal. Impressionante.
ExcluirAbs
ASS: O Taxista
Ricar, estou numa casa na Av. Estrela do Mar, a 200 metros do Grand Oca. Realmente, a praia é espetacular! Ela se chama Ponta de Mangue, tem justamente esse banco de areia que você fala e que na maré baixa dá para ir andando 1 km para dentro do mar, até os arrecifes. Só tem que ficar esperto para voltar antes da maré voltar a subir.
ExcluirDengue? Xiii... O que não falta é mosquito aqui!
Taxistas geralmente são motoristas urbanos, não costumam ter muita experiência em estrada, como a grande maioria dos motoristas de carros de passeio.
Anônimo 29:03
ExcluirFico muito feliz se realmente vc for um "Taxista" e estiver fazendo bom uso das informações deste blog. Assim, contribuirá com sua classe, que respeito muito.
O "vocês" a que você se refere entram aqui para fazer o mesmo.
Abraço
Ricar
CMF.
ResponderExcluirSó gostaria de lembrar que não é correto piscar a luz alta para quem vem em sentido contrário, com a finalidade de avisar sobre a presença de Polícia Rodoviária adiante. Além de ser passível de multa, ainda pode impedir que um carro roubado, um veículo transportando drogas...seja apreendido por desviar para alguma estrada secundária ao ser avisado da presença de fiscalização.
No Brasil a figura do policial não está ligada à de alguém que ajuda o motorista, mas sim à repressão.
ExcluirDécadas de regime militar, de arrogância, de abuso de "otoridade" e de corrupção enraizaram uma imagem de que motoristas e policiais estão em lados opostos. Atualmente, a indústria da multa ajuda para corroborar isto.
Motoristas se avisam mutuamente da presença da polícia para fugirem dos radares, das revistas sem razão e dos achaques (estes últimos diminuíram muito nos últimos anos, mas a imagem persiste). Infelizmente, acaba ocorrendo o que você falou, avisam a ladrões e traficantes da presença da polícia. Mas acredito que caiba aos policiais mudarem esta imagem, isto SE realmente estiverem interessados em trazer o motorista para seu lado.
CMF,
ExcluirAté hoje não encontrei ninguém que reclame dos sinais de luz para avisar sobre policiais - fora eles próprios, lógico.
Engraçado que pego uma certa estrada de Goiás quase toda semana e sempre fui avisado por outros motoristas e caminhoneiros - nada de sinal de luz, foi verbal mesmo - sobre um posto policial onde os veículos são parados apenas para dar uma "colaboração" aos policiais. Nunca me pediram isso lá, mas acho pouco provável que todos que falaram isso tenham inventado essa história apenas para deixar o lugar mal visto. Que tem coisa errada lá, isso tem.
Meses atras fui de Curitiba a Belém de Ford KA 2003 1.0. Foi uma viagem tranquila de 4 dias rodando 8 horas por dia e parando a cada 2h e lendo seu post vejo que pratico tudo isso que esta postado,e tenho certeza que tive uma viagem tranquila por causa disso!
ResponderExcluirMuito bom o post, mas discordar de alguns temas, especialmente em relação aos caminhoneiros: nem todos são tão "bonzinhos" e "prestativos" assim. Passei uns 10 anos dirigindo em estradas diariamente e pude verificar que alguns são criminosos mesmo, rebitados e drogados, e atuam com prazer ao dificultar a vida alheia. Muitos deles se divertem em postos de abastecimento, usando a velha expressão "reboquei uma porção de carros pequenos hoje".
ResponderExcluirE acrescento que muitos motoqueiros - nem todos, claro - adoram conduzir sobre a faixa em pista simples, adoram também ultrapassar pelo acostamento e a poucos centímetros da lateral do seu carro e ainda se acham 'donos' da estrada.
Eu ja fui caminhoneiro, sou motociclista há quase trinta anos, viajo bastante, de carro e de moto, e o que você citou é verdade, mas é ecxeção e minoria.
ExcluirAcho que não foi citada outra praga dos dias atuais: luz de neblina traseira, sem que haja neblina.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMuito bem lembrado.
ExcluirNão sei se por desconhecimento ou por falta de atenção, mas é muito comum ver carros trafegando com a sinaleira de neblina ligada sem necessidade. Quando não há neblina o farol de neblina não melhora a visibilidade, mas também não perturba os outros, já a sinaleira é muito irritante pois até ofusca a visão de quem está atrás. Assim um equipamento de segurança acaba atrapalhando e até prejudicando a segurança. Realmente deveria ser feita uma campanha para combater esta grande praga.
CMF,
ResponderExcluirSobre ultrapassagens em descida, sempre ouvi o contrário em relação a caminhões, já que estes pegam um belo embalo e o melhor seria ultrapassá-los em subidas. E o pior é que já comprovei isso certa vez na BR-364, quando fui passar um Volvo bitrem e de repente já estava a mais de 150 km/h emparelhado com ele. Pelo menos tinha uma subida logo depois.
Isso é verdade e também já foi comentado. Ten-se que avaliar a situação, cada caso é um caso.
ExcluirUm dos melhores posts que já li no AE, fora os comentários que estão complementando o post muito bem. Deveria ser leitura obrigatória nos CFCs.
ResponderExcluirJá coloco em prática todas as dicas apresentadas no post e nos comentários, visto que sou habituado a pegar estrada de pista simples. Mas muita gente desconhece.
Devo muito também ao meu amado pai, que não é entusiasta e não é um motorista perfeito - tem seus vícios - mas ele sempre bateu nessa tecla comigo, que estrada não é lugar de educar nem conscientizar ninguém, não é lugar de guerra de egos nem competir pra ver quem tem razão. Tudo que importa é a segurança e tranquilidade de todos, evitar acidentes e complicações, mesmo que pra isso você tenha que ceder e violar as regras, principalmente para facilitar ultrapassagens. Tratar os outros motoristas com a mesma cordialidade com que vc lida com as pessoas ao usar um elevador, por exemplo.
Um detalhe importantíssimo que não vi ser discutido, é manter distância do veículo a frente. Fico impressionado como a maioria dos motoristas que pegam estrada não entendem esse conceito e colam na traseira do carro a frente, ou mesmo sem colar mantém uma distância que considero muito pequena, mesmo sem intenção de ultrapassar! Parece que esse povo nunca ouviu falar em direção defensiva! Acredito que muitos acidentes seriam evitados.
Recentemente escapei de um pequeno engavetamento no trecho Angra-Parati da Rio-Santos por pouco, que só aconteceu porque os carros do "comboio" estavam mantendo uma distância muito pequena entre eles - isso na chuva, com pista molhada, vejam só. Só escapei porque pouco antes eu havia ultrapassado o comboio e estava na frente. Ao deparar com um galho ocupando boa parte da estrada, eu só desviei com a manobra do "teste do alce" e segui em frente, nem precisei frear, mas o carro de trás se assustou e alicatou os freios ao invés de tentar desviar. Como os de trás estavam todos muito próximos, deu-se o engavetamento. Total falta de noção de todas as partes...
Minha dica de ouro pra dirigir com segurança em qualquer lugar, na estrada ou em via urbana: "Acho que dá" não existe. Ou dá, ou não dá. Se você "acha", não dá.
O pior é você guardar distância de segurança para o carro da frente, e o mané neurótico que estava colado em você resolve te ultrapassar pela direita; aí, lá na frente, ele encontra um caminhão bloqueando o caminho dele e, sem pestanejar, te fecha e volta à faixa da esquerda bem na sua distância de segurança, só para não dar braço a torcer que tomou a tática errada.
ExcluirOutra de caminhoneiros e motoristas de ônibus na madrugada: dar seta pra esquerda para ver se o que vem em sentido contrário responde, indicando que está acordado e alerta.
ResponderExcluirSempre uso o farol baixo durante o dia para justamente não confundirem o sentido do meu carro.
Em agosto fiz, com minha esposa, 3.061km saindo de Brasília, passando por minas, rio, sp e de volta para casa, na maior tranquilidade, parando para descansar e sem exagerar no horário. O único contratempo foi no primeiro dia de viagem, chegando em BH, quando percebi uma lâmpada do farol queimada.
Ótimo post !
ResponderExcluirEsclarecedor, orientando firme e justificadamente cada item !
As situações de perigo que vivi nas estradas foram causadas principalmente por esses malucos sem noção que forçam ultrapassagens.
várias vezes os donos de pickups ultra potentes, como essas Hi-lux e Nissan Frontier, que estando atrás de voce não esperam voce terminar a ultrapassagem de um caminhão, por exemplo, e grudam na sua traseira dando farol alto, quando você já está pisando tudo, esgoelando seu motorzinho todo, o fominha tá querendo passar por cima de ti.
Uma vez o maluco me passou pelo acostamento da esquerda quando eu vi tomei até um susto. A maioria de quem faz isso tem essas camionetas potentes, são 180 cavalos no motor e mais um burro no volante (desculpa os termos, Bob).
Então não adianta muito trafegar em pista simples, ter um carro potente e seguro e querer andar mais rápido. Você invariavelmente vai ter que ter muito cuidado com esses malucos que forçam ultrapassagem em sentido oposto, que fazem a gente tirar o pé e entrar no acostamento. Só se anda mais tranquilo se for longos trechos mais desertos, sempre com muita atenção no horizonte e desde que a pista não tenha buracos surpresas. Sempre há o perigo de um animal silvestre atravessar a pista, principalmente a noite.
E por último recomendo fortemente usar óculos escuros ao viajar em dias ensolarados, praticamente obrigatório.
Adorei o texto.
ResponderExcluirDirijo muito no Nordeste - CE-PB-RN. Aqui, o sinal mais utilizado é piscar as luzes dianteiras(quem vem no sentido contrário) para avisar que há animais na pista. Quem vem no mesmo sentido, o carro a frente liga o pisca alerta (para avisar que há algo na pista - animais ou acidentes).
Meu carro é de origem Mexicana (Sentra). Os seus faróis tem regulagem norte-americana, ou seja, o facho é simétrico. A noite, - apesar do perigo, prefiro dirigir porque acho "mais fácil" ultrapassar - os motoristas sempre acham que eu estou com farol alto. Sempre preciso "dar luz alta" para avisar que não estou com a mesma. rsrs
abraços
Lindercy
Tinha um Tiida sedam, também mexicano, e muitas vezes me davam luz alta, apesar do farol regulado e o porta malas vazio. Não sabia disso.
ExcluirPego a Indio tibiriça semanalmente, e o que mais tenho medo nem é mais a mudança climatica tipica da regiao, com neblina e chuva forte entre um trecho e outro, tenho medo mesmo dos retardados que tentam ultrapassar na hora errada, ja enfiei o pe no freio ate nas rotatorias pq espertinhos achavam que era pista de f1 e queriam me passar por fora a la montoya da vida. Gracas ao abs evitei de bater numa traseira quando um retardado me fechou em cima de uma lombada quando a pista estreitou no perimetro urbano e ele vinha ultrapassando a fila de carros pela direita. Como outros ja disseram no topico, nossos pais dao ensinamentos preciosos, mesmo tendo seus defeitos, no meu caso minha mãe me ensinou a jamais confiar 100℅ no carro, pois toda maquina falha.
ResponderExcluirMuito boa e oportuna a postagem, estou compartilhando com amigos e familiares. Às vezes nos focamos tanto em finesses como técnicas de pilotagem que esquecemos que o realmente importante é cuidarmos dos nossos, e isso envolve instruí-los sobre como se portar corretamente no trânsito. Parabéns CMF, e boas festas a todos.
ResponderExcluirQue maravilha de lugar... Aproveitando que estás em Maragogi de um pulo na praia vizinha "Japaratinga", não vai se arrepender. O trecho de Maragogi até Japaratinga é lindo de mais (apesar das lombadas que eu nunca enxergo e detonam a suspensão do meu celtinha rs).
ResponderExcluirOtimo texto! E aproveite as férias que esse lugar é o paraíso!!!
ResponderExcluirQuanto a avisar motoristas sobre policial e blitz, essa é uma coisa que não faço mais pelo simples motivo:
- Não tem como saber se quem estamos avisando é uma pessoa de bem ou não. Aquela blitz pode estar sendo montada para pegar um traficante de drogas, armas ou mesmo interceptar um sequestrador levando a vítima, etc...
Por isso, deixo de avisar. Não ultrapasso em linha contínua, não tenho problemas com documentação, por que vou temer uma blitz???
Concordo, pois ando corretamente.
ExcluirPerfeito post CMF, mas senti falta de uma análise que há muito me incomoda.
ResponderExcluirAqui no PR temos uma grande malha de pista simples com terceiras faixas nas subidas, e com faixas que permitem ultrapassagem para quem vem descendo (e nao tem a terceira faixa). Sempre que estou no sentido de quem sobe utilizo a terceira faixa, liberando a faixa central para as ultrrapassagens de quem vem no mesmo sentido, mas principalmente dos que estão no sentido contrário. Só que vejo que NINGUÉM faz o mesmo, se você vem descendo e tem a oportunidade de ultrapassar, sempre tem um murrinha que nao utiliza a terceira faixa no sentido contrário impedindo a ultrapassagem!
existe alguma regulamentação dizendo que o veículo deve sempre utilizar a terceira faixa, salvo em momento de ultrapassagem de veículos mais lentos?
Muito bem lembrado, rafaZiller.
ExcluirNo meu entender, quando há mais de uma faixa de rolamento no mesmo sentido, deve-se transitar pela da direita, deixando a esquerda somente para ultrapassagens. A regra de que a faixa da esquerda é reservada para ultrapassagens está no inciso IV do art 29 do CTB:
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;
Portanto, considero que quando há uma "terceira faixa" aplica-se a regra prevista no inciso IV, pois trata-se de uma pista de rolamento com mais de uma faixa de circulação no mesmo sentido. O CTB não faz distinção de rodovias separadas ou não por canteiro central (pista simples x pista dupla).
Porém, ainda assim, por mais que quem anda pela esquerda sem estar ultrapassando esteja errado, ele AINDA tem a preferência sobre quem vem no sentido contrário (descendo) e deseja ultrapassar.
Mas duvido que ALGUÉM tenha sequer ouvido isso na auto-escola... (eu incluso). Mas que tem que acertar o banco e os espelhos antes de ligar o carro para não perder pontos na prova, isso todo mundo ouviu à exaustão, mesmo que estes já estejam em posição satisfatória, pro fiscal "ver" que você lembrou de ajustar.
E assim continuarão trafegando na faixa da esquerda, até que um policial descubra isso e resolva preencher sua cota de multas com esta infração.
Olá Carlos.
ExcluirPor incrível que pareça, na auto-escola em que tirei a carteira no ano passado, a obrigação de se trafegar na faixa da direita e a proibição de transitar pelo acostamento eram questões repetidas exaustivamente nas aulas teóricas. Não havia um único dia em que o instrutor não cobrasse isso da turma. Mas o mesmo não se pode dizer das aulas práticas.
Nas aulas práticas, a instrutora recomendou que, em vias com duas faixas no mesmo sentido e com estacionamento de um dos lados, eu deveria andar sempre pela faixa mais próxima ao estacionamento, independentemente desta ser a da direita ou da esquerda. Já em vias com três faixas, ela me disse que eu deveria sempre trafegar pela faixa do meio, pois a da direita era destinada (mas não exclusiva) para ônibus e caminhões, e eu deveria evitar o seu uso.
O que mais me incomoda nisso tudo não é nem o método de ensino das auto-escolas, mas a falta de padronização dos Detrans. Dias antes de fazer o exame prático eu resolvi procurar algumas dicas na web. Foi então que eu descobri que cada Detran tem as suas próprias regras e os seus próprios métodos, o que é um absurdo. As balizas eram diferentes em cada Estado, as cobranças eram diferentes. Certos comportamentos em alguns Estados eram considerados faltas, enquanto em outros Estados eram considerados normais. Isso ajuda a explicar por que certas localidades têm má-fama quanto aos seus motoristas.
Enfim, não acho que o problema todo esteja só nas auto-escolas. O Detran também precisa cobrar mais nos exames práticos. As auto-escolas sempre darão prioridade em ensinar o que o Detran cobra, pois o seu objetivo é fazer com que o aluno consiga obter a CNH. Para ensinar técnicas adicionais, que não serão cobradas no exame, creio que somente se sobrar tempo e se os instrutores tiverem disposição para tal, o que é lamentável.
Em trechos que tem terceira pista eu procuro, sempre que é possível, andar na da direita para deixar a pista central livre para ultrapassagens nos dois sentidos. Certa vez, subindo um trecho de serra sem acostamento, eu estava estava utilizando a terceira pista para fazer uma ultrapassagem e no sentido contrário outro carro também iniciou ultrapassagem. Ao me ver o mesmo deu luz alta. O que poderia fazer? Tinha somente duas alternativas: Seguir em frente ou abortar imediatamente a ultrapassagem.
ExcluirBom, eu também acendi os faróis e segui em frente. Sei que iso foi ariscado e que eu não fui defensivo, mas o sangue subiu, achei que era muito desaforo , que ele merecia uma lição, e fiz ele retornar imediatamente para a sua pista.
Isso serve para mostrar que temos que estar sempre atentos, nos preparar para ter controle emocional e assim agir sempre de forma defensiva.
Em janeiro deste ano viajei ao RS e me impressionou e me assustou como eram estreitas as terceiras faixas do trecho catarinense da BR-158 (segundo o Google Maps), entre os municípios de Maravilha, Cunha Porã e Palmitos. Mal cabia meio caminhão na faixa da esquerda!! Consequência: as ultrapassagens nesses lugares tinham que sempre serem feitas com um "pé" na contra-mão.
ExcluirExcelente texto, dicas preciosas para um dirigir seguro, prazeroso e sem estresse. Me impressiona como existem imbecis que saem para ultrapassar na dúvida, como se fosse algo simples, do tipo "se não der, paciência"...
ResponderExcluirCMF, o texto está muito bom, pois esses sinais estão cada vez mais esquecidos. Parece que não estão passando de geração para geração. Porém terei que discordar de um ponto citado, uma vez que o AE está cada vez mais movimentado e sempre tem algumas pessoas com menos senso crítico e adotam o que lêem como verdade absoluta:
ResponderExcluirQuando você diz que os motoristas deveriam ser mais "educados" e respeitar a fila de carros que estão à espera da ultrapassagem, isso é MUITO relativo: se os veículos à frente não demonstraram intenção de ultrapassar (ou o fizeram tardiamente, após você ter iniciado a sua ultrapassagem), é claro que o veículo atrás irá ultrapassar toda a fila e não poderá ser "gentil" numa hora dessas e reduzir para o da frente iniciar a sua ultrapassagem. A reta que é suficiente para um Fiat Siena Fire ultrapassar um caminhão e alguns carros em fila jamais será a mesma que um Ford Fusion necessita em se tratando de retas limitadas. Respeitar a "ordem da fila" em situações como essa seria gentileza inútil, pois o veículo à frente poderá nem ultrapassar e você perderá uma oportunidade que não sabe quando se repetirá.
Como acho injusto somente criticar (construtiva, acredito), aqui vai uma contribuição: eu pratico sempre a máxima de que "deve-se iniciar uma ultrapassagem já sabendo onde voltar". Isso evitaria o que muitos maus motoristas fazem que é simplesmente olhar se não vem carro no sentido contrário, mas esquecem de verificar se há espaço suficiente entre dois veículos que trafegam no mesmo sentido. E tome "chega pra lá" para o ÁSno volante completar a manobra...
(não quis ser irônico com o exemplo, apenas achei que seria uma realidade muito próxima)
O que eu digo de "não respeitar a fila" é quando você está atrás de um caminhão, dando seta para ultrapassar (demonstrando intenção) e aguardando uma oportunidade, quando de repente esta aparece, o espertão que vem atrás sai apressadinho ANTES de você para passar os dois ao mesmo tempo. Ou seja, a brecha dá para o Siena, mas o cara do Fusion não quer ficar atrás do "milzin" e corta a ultrapassagem deste saindo na frente. Eu estava justamente com o Fusion e vi isso acontecer com todo tipo de carro, até cara com Mille de frota de empresa, pois falta de educação não tem nada a ver com classe social.
ExcluirObrigado ao Carlos, que mesmo estando de férias, compartilhou conosco este texto.
ExcluirVoltei de viagem hoje, Santos-Paraty-Santos pela Rio-Santos.
Como boa parte da estrada é de pista simples e cruza muitos povoados é preciso cautela ao facilitar ultrapassagens pelo acostamento pois são muitos pedrestes (crianças), ciclistas e vendedores anbulantes.
No treho de Bertioga, motos venciam o congestionamento invadindo a faixa contrária, cujo tráfego estava fluindo normalmente a 80 km/h.
A BR101, apesar de percorrer o litoral, possui trechos de "montanha" com curvas fechadas, aclives e declives. Deve-se ter cuidado ao passar pelas curvas sinuosas, porque é comum carros, ônibus e caminhões "comerem" a faixa durante a curva. Além de que algumas curvas são traiçoeiras, parecem mais abertas do que são.
Um Próspero Ano Novo a todos!!
Excelente blog. Muito útil, com o complemento dos comentários.
ResponderExcluirAcho que tinha que rolar uma campanha para regulagem de farol, pois está complicado viajar a noite..
ResponderExcluirSandro Gama
CMF, texto feito para ser distribuído em todos os lares desse nosso Brasil, excelente. Está para a segurança como a manteiga para o pão quente.
ResponderExcluirCMF, como está o trajeto de Brasília para Salvador?
Desde já, obrigado, boas férias e um 2013 muito melhor que 2012.
Muito bom post, CMF ! Bastaria um pouco mais de consciência dos motoristas na estrada e teríamos estatísticas menos assustadoras.
ResponderExcluirSe concordarem acrescento:
ResponderExcluir1) NUNCA cole no caminhão à frente. Vc perde a visão e fica indo e vindo para enchergar. Deixe uma boa distância, enxergue, acelere e ultrapasse rápido.
2) Sinal extra: polegar esfregando no indicador e piscada de farol: polícia a frente.
3) A noite NAO foi feita para viajar. Tudo que der errado se potenciaizará. E vc não vai enchergar um boi preto na estrada.
Abs
MAC.
PS: ontem aqui em Orlando, indo para Tampa a 100 km de distância, três pistas lisas feito vidro e 5 dólares para as filhas por cada buraco que achassem na estrada. Chegaram lá sem ganhar nada....Limite de até 70 milhas e todo mundo andando a 80, 90, 100 milhas e NINGUÊM enchendo o saco. Nada de radar, guarda, policia, suborno, etc. Gasolina a 1,80 o litro......Jesus!
Também já preferi viajar à noite, pela estrada mais vazia,e pela temperatura mais amena (ar-condicionado não era tão comum nos carros quanto é hoje), mas depois, pesando prós e contras, percebi que há muito mais contras em uma viagem noturna, tornando-a muito mais arriscada, apesar do movimento bem menor.
ExcluirBem, acabei de chegar em casa após 3h30min e 320km de viagem. Peguei um pouco do rush na cidade de origem e uma parte com paradas, sabe-se lá porquê. O fluxo estava denso, mas, na maior parte do tempo, andava com algum ritmo. No entanto, a velocidade média foi de apenas 90km/h, e o consumo, 12km/l, pois esta viagem, que faço cada um ou dois meses, leva normalmente 3h, ou pouco mais de 100km/h em média, com meu melhor tempo tarde da noite de 2h40min e uns 115km/h em média e 14km/l (deixando claro as vantagens de se manter a velocidade mais ou menos constante, ainda que mais elevada).
ResponderExcluirTendo em mente este artigo enquanto dirigia, reparei em algumas coisas que espero adicione à discussão:
- prefiro muito mais viajar à noite, pelo menos porque menos pessoas optam por viajar então; pior ainda quando o sol se põe cedo no inverno, pois muitos com fobia de dirigir à noite são pego pela escuridão e se borram, dirigindo como traças.
- a melhor forma de se ultrapassar um enxame de tais traças, formando uma barreira ambulante, é em velocidade significativamente superior a delas, como se elas estivessem paradas, para se aproveitarem os espaços entre elas.
- a arrogância de alguns em trafegar por toda eternidade na faixa da esquerda, levemente acima do limite, senão no exato limite de velocidade, é abismal; pelo menos, aparentemente, muitos preferem rodar mais à esquerda, quando muitas vezes consegui rodar tranqüilamente pela pista da direita em velocidade constante por longos períodos (antes que os xiitas do trânsito reclamem, onde moro é permitido ultrapassar pela direita quando a via tem divisória).
- é legal identificar outro motorista de bom-senso que dirige rápido e se revezar com ele explorando qual faixa está mais rápida.
- mesmo quando um caminhão faz meleca, tem-se de respeitá-lo e lhe dar espaço; o motorista sabe que pisou e agradece a compreensão.
- como o dia de Ano-Novo é o dia do ano em que mais acidentes envolvendo álcool ocorrem, parece que a maioria dos policiais estavam de folga hoje para trabalharem no feriado, pois não vi nenhum; êba!
Onde você mora? Fiquei curioso!
Excluirtraças...ha ha enxamende tracas... he he muito boa essa! ha ha ha
ExcluirAh, ia me esquecendo: penso que a vez da ultrapassagem é de quem começa primeiro! Ao olhar no retorvisor e para frente, se vc não ver ninguêm vindo ou saindo, a vez é sua! Todo mundo deve respeitar que começou PRIMEIRO a ultrapassagem, independente do lugar em que ele esteja. Não entendo que isto seja lei de Gerson, até porque não dá para ficar buzinando ou sinalizando para quem está na sua frente para ele fazer seja lá o que for, quanto mais ultrapassar. Abs.
ResponderExcluirTambém penso assim: se olho o retrovisor e vejo que o carro atrás de mim já deu seta sinalizando a intenção, ou já iniciou a ultrapassagem, vindo embalado na pista da esquerda, espero, ainda que haja uma enorme distância para o carro que vem em sentido contrário, afinal ele já vem embalado, e eu estarei começando um processo de aceleração, obrigando-o a tirar o pé ou mesmo frear. Considero isso uma espécie de grosseria com o outro motorista. Se quando ele passar por mim, eu julgar que ainda tenho condições seguras, aí sim, inicio minha manobra.
ExcluirMr. Car e anônimo de 29/12/12 01:31
ExcluirMas há também o esperto do carro de trás que sabe que você aguarda a hora de ultrapassar, como ao estar atrás de um caminhão, e dá seta para espertamente começar a manobra antes de você. Nessa hora saio e faço a ultrapassagem antes dele, não tem choro. Em geral o cara fica todo nervosinho, mas tem dois trabalhos, ficar e deixar de ficar.
Também pode acontecer, Bob, mas até deixo passar. Algo que me irrita mesmo, é em um congestionamento na estrada, um espertinho que vem pelo acostamento querer entrar na minha frente. Fico cuspindo marimbondo. E o pior é que o jeito para evitar isto também não é bom: colar no carro da frente. Em um anda e pára, qualquer distração ou freada mais brusca dele, já viu... Para quem está dirigindo, paciência tem que ser "equipamento de série", he, he!
ExcluirAbraço.
Mr. Car
ExcluirEntrar na minha frente por estar usando o acostamento? Nunca! Para malandragem e esperteza não tenho paciência mesmo.
De vez em quando também não tenho, mas também de vez em quando, o imbecil que vem pelo acostamento e quer entrar na minha frente, tem uma Scania. Em carros pequenos, o prejuízo será dele também, e o sujeito geralmente se toca vai tentar com outro, mas no caso de um caminhão, pode ser que o veículo dele nem risque, ao passo que o meu... Chamemos isto de "retirada estratégica", he, he!
ExcluirAbraço.
Bob, se o cara vem da pista contrária, eu SEMPRE deixo entrar, pois se eu não deixar, ele pode me jogar para fora da estrada no desespero de evitar a batida de frente. Agora, vindo do acostamento, eu colo no carro da frente pra fechar a brecha mesmo, o folgado que freie e entre ATRÁS.
ExcluirEu tbm não sou dos que pagam pra ver quando alguém faz bobagem na minha frente, mas que eu abro a buzina, ah isso eu abro!! E coitada da mãe do vivente......
ExcluirDesculpem mas discordo que caminhoneiro seja amigo....Caminhoneiro, como qualquer outra peofissão, dá e tem gente de todo tipo. O que vejo nas estradas e o que diz as estatísicas que os apontam como os principais causadores de acidentes comprovam. Já viajei muito e já vi de tudo. O que mais vi foi caminhoneiro mal intencionado. E, infelizmente, no meu ponto de vista, são a maioria.
ResponderExcluirEstradas em que você precisa ultrapassar pela contramão são tragédias anunciadas.
ResponderExcluirAparentemente as vidas perdidas frequentemente nas estradas por ultrapassagens pela contramão valem menos do que o dinheiro necessário para que essas estradas sejam duplicadas.
A estrada em si não tem culpa pelos acidentes. Infelizmente atribui-se à imprudência a causa de acidentes em ultrapassagens, mas na verdade é falta de perícia e treinamento. Aqui mesmo nos comentários há gente que acha que ultrapassar o mais rápido possível não é o correto, isso dá uma noção de como estamos despreparados.
ExcluirSe o tanto que se fala na mídia sobre carros seguros houvesse artigos como esse ensinando o motorista a ser seguro, certamente estariamos melhor.
Discordo que seja só imperícia e falta de treinamento. Aqueles que ultrapassam em locais sem visibilidade, curvas, sinalizados como de proibida a ultrapassagem, são imprudentes sim! Imprudentes e inconsequentes! Ultrapassagem na base do "eu acho que não vem ninguém" não pode existir em hipótese alguma.
ExcluirNo casao do combustível, se não for possível abastecer em uma cidade e sim no posto de beria de estrada, uma tática de razoável eficácia, é perguntar ao frentista de o posto emite nota fiscal, e exigir a mesma.
ResponderExcluirCaso haja irregularidades, é bem provável que o frentista dificulte ou fale para torcar de bomba. Não é 100% eficaz, mas ajuda.
Com a nota em mãos, é possível reclamar à ANP e orgãos competentes. Já fiz isso e funcionou.
Existe um "código da estrada" que vem sendo "desrespeitado", que é o de andar com farol alto durante o dia para indicar, de forma clara, que o carro em questão está correndo e com muita pressa, para sair da frente mesmo. Noto um crescente número de carros que andam com faróis altos durante o dia mas não andam sequer próximos do limite, o que é um saco pois fica com aquela luzona incomodando por quilômetros a fio.
ResponderExcluirCarlos,
ResponderExcluirMatéria de extrema importância com excelente texto e complementada por ótimos comentários. Realmente valeu muito a pena ler todos os comentários.
Post nota 10.
PARABÉNS E OBRIGADO.
Vou falar da praia, do texto não tenho mais o que elogiar... CMF, dê um pulinho nas galés de maragogi na maré baixa! Sou recifense e pela proximidade vou aí sempre que posso, essas praias do litoral Alagoano são demais: peroba, maragogi, japaratinga, são bento. se voce estivesse na estrada ainda, seria ótimo dar um passeio na foz do velho chico (rio são francisco) saindo de barco de piaçabuçu, extremo sul de AL. Tem camarão bom e barato em peroba, dá uma procurada que voce acha, é uns 10min de carro, na direção norte como quem vai pra PE.
ResponderExcluirFaltou falar para manter uma distância para realizar a ultrapassagem do caminhão. Muitos iniciantes colam no caminhão e aparecem na contramão para poderem enxergar!
ResponderExcluirFaltou falar que muita gente nem aula no CFC faz. Todo mundo aqui sabe da compra da carta né?
Faltou falar que nem todo caminhão é amigo. Já ultrapassei um cegonha a noite, mas depois ele queria ultrapassar eu e outro caminhão no meio de uma curva! Com esses limites, estradas ruins e caminhões mais potentes, tragédia na certa.
Isso é verdade, nem todo camioneiro é amigo, várias vezes fui jogado pro acostamento ou tendo que freiar bruscamente em pista dupla por eles jogarem sem dó para a pista da esquerda para ultrapassar outro camião mais lento, mesmo olhando que estava indo para ultrapassa-los ou do pista simples quando tem a faixa adicional na subida não indo para ela pois quer ultrapassar outro camião na subida, mesmo estando longe daquele. Outra coisa que acho errado é quando tem uma fila enorme atrás de um camião e quando a lugar para ultrapassar folgado, os caras lá da frente não ultrapassam, ferrando com os outros...
ExcluirUma dica que em algumas estradas pode ajudar nas ultrapassagens é observar a faixa amarela central da pista. Procurar ultrapassar somente quando a faixa amarela do lado direito é "pontilhada", evitando fazê-lo quando for contínua. Claro que essa sinalização costuma ser bastante "conservadora", mas é um critério que ajuda bastante.
ResponderExcluirCostumo tomar isso como obrigatório. Alias, fui ensinado assim.
ExcluirA propósito do comportamento de achaque da fiscalização, aqui no Nordeste/Norte sempre foi bastante abusivo; a tal ponto que eu possuia pequena frota de 08 caminhões trucados para entregas próprias na região e destinava um valor, na época de R$ 50,00 por viagem, denominado de pedágio, para a caixinha dos dito-cujos; isto porque em toda viagem surgiam problemas nas fiscalizações, mesmo com a documentação e conservação dos veiculos em ordem, quase todos semi-novos e com motoristas experientes, que não eram obrigados a cumprir horários insanos e nem à noite viajavam; mas houve caso até de um caminhão ter uma das luzes traseira quebrada para justificar a cobrança da "taxa";ao que parece, a situação tem melhorado, mas não sei se esta é a realidade atual, mesmo porque me afastei dessa atividade há alguns anos.
ResponderExcluiruma dica pra quem não tem muita prática em rodovias é treinar sua observação horizontal , ou seja , não olhar somente a alguns metros da frente do seu veículo mas até aonde é possível enxergar a estrada , na linha do horizonte, assim você obtem informações referentes ao tráfego e a via com bastante antecedência, também é importante sincronizar a velocidade do seu veículo antes da ultrapassagem para evitar freadas desnecessárias ou ultrapassar a velocidade compatível com a via.
ResponderExcluirAtt,
Herbert Neco.
Jheff
ResponderExcluirNão é obrigado; a regra ditada pelo Código de Trânsito é manter velocidade mínima, que é metade da máxima, porém o bom senso diz que numa rodovia deve-se acompanhar o fluxo de modo a seu carro não constituir obstáculo e não prejudicar a fluidez. Mas imagino que sua pergunta se deva a você estar a 90 km/h e alguém atrás quis que você andasse mais rápido. Nesse caso, esse motorista agiu errado, uma vez que havia a faixa à esquerda de ambos, que ele deveria ter usado para ultrapassá-lo. Foi isso que aconteceu?
Não querendo generalizar, mas tem alguns caminhoneiros que dão sinal para ultrapassar, mas quando entramos para ultrapassá-lo tem outro veículo vindo no sentido contrário. A dica é, mesmo que o caminhoneiro mostre-lhe seta para ultrapassar, sempre confira se realmente a situação é favorável, se for, ultrapasse e dê as duas buzinadas para agradecê-lo. Um forte abraço á todos.
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