google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


Hitler era vagabundo, mentiroso e metido a sabichão. Achava-se o iluminado e distribuía ordens a torto e a direito como se infalível fosse. Sua única genialidade se restringia à capacidade de sua oratória inflamar de raiva um povo sofrido e humilhado pela derrota na Primeira Guerra Mundial. Para sorte dele e azar do mundo ele não era chegado à cachaça e sua ambição não era só a pequenez de enriquecer. Muitos acham que a Alemanha nazista fez o estrago que fez devido à genialidade estratégica do seu Führer; já eu acho que se ele não se metesse tanto a dar ordens diretas no comando da guerra, seus competentes generais teriam dado bem mais trabalho aos Aliados.

As boas idéias ele tomava para si e o que acontecia de errado ele alegava que desconhecia e se dizia traído. Algumas idéias ele realizou e muitas outras ficaram só na conversa, porém todas, no fundo, objetivavam um aparelhamento para a sua almejada guerra. Vejamos algumas das que realizou e que influenciaram o mundo dos automóveis.

Fotos: fiestaguides.co.uk



No final de 1992, o diretor de redação de Quatro Rodas, Carlos Costa, me chamou à sua sala e disse: "Bob, você vai à Inglaterra para duas matérias que temos pautadas, andar num Ford Fiesta com motor experimental dois-tempos e ir à Lotus tentar descobrir o estão fazendo no motor 4100 do Opala para colocá-lo no Omega". E assim lá fomos, eu e o então fotógrafo Sílvio Porto, à terra da Rainha com essas missões. Eu era editor técnico da revista.

A ida à Ford havia sido acertada com a filial daqui, que era regida, junto com a Volkswagen brasileira, pela holding Autolatina. Assim, fomos convenientemente recebidos no Centro de Pesquisa de Motores e Combustíveis da Ford inglesa, em Essex. Pela minha vivência com o DKW-Vemag e seu motor de três cilindros a dois tempos, eu tinha imensa curiosidade de ver, andar, sentir, como seria um novo motor dessa configuração e cilindrada ligeiramente superior – 1.197 cm³, contra 981 cm³ do DKW – dotado de novo sistema de formação de mistura engendrado pelo australiano Ralph Sarich, que vinha se destacando no mundo automobilístico com a promessa de motores dois-tempos limpos, de baixas emissões.

Os dados do motor do Fiesta eram muito interessantes: 81,5 cv a 5.500 rpm e 12,7 m·kgf a 4.400 rpm, aspiração atmosférica. Isso dava 68 cv/L de potência específica, um grande salto sobre os 44,6 cv/L do DKW, que desenvolvia 44 cv a 4.500 rpm. A diferença de torque era ainda mais expressiva, no DKW era de apenas 8,5 m·kgf. Em termos de torque específico, saltava de 8,66 para 10,6 m·kgf/L.

O Fiesta dois-tempos era alvo de muita curiosidade
Fotos: divulgação ou autor 



A fase do Fiat 500 importado do México começou em agosto de 2011, depois do início da importação da fábrica da Fiat na Polônia, no começo de 2010, da qual falamos. Mas só por ocasião do último Salão do Automóvel é que a Fiat apresentou a versão Cabrio, despertando minha curiosidade. Se o pequeno carro já tinha dotes que o tornavam desejável, a novidade de se poder dirigi-lo a céu aberto só deveria deixá-lo ainda mais atraente – deixou, embora seja preciso pagar um preço relativamente alto para isso, R$ 60.200, que pode chegar R$ 65.426 se dotado do kit Safety (bolsas infláveis de cortina e para os joelhos do motorista, R$ 1.414) e do kit Cabrio (conectividade Blue&Me e Bluetooth, ar-condicionado digital, sensor de estacionamento traseiro, sistema de áudio Bose premium, bancos de couro e retrovisor interno fotocrômico, R$ 3.812).

A idéia do Cabrio é tipicamente européia e o 500 C de 1957 tinha o mesmo esquema deste, em que o teto recolhe todo.

Já havia esse tipo de teto no 500 C de 1957 (foto valongo-porto.olx.pt)


Este post, uma adaptação, foi escrito para aqueles autoentusiastas que curtem cheiro de gasolina por queimar, hidrocarboneto puro, e pouco se importam com seu impacto na atmosfera. Pelo contrário, sempre que gases de escapamento lhes ardem os olhos, sua reação imediata é um sorrisinho no canto da boca. Portanto, amigos do verde, automóveis elétricos e emissões zero, não me levem a mal, recomendo não seguir adiante.

A segunda parte da vida deste Mercedes-Benz AMG começou num domingo típico de uma família americana, em Chicago, EUA, a mãe gritando com os meninos por estarem atrasados para o jogo de futebol do time da escola, coisa de vinte minutos, o suficiente para deixar o técnico deles furioso e não aceitar o atraso, começando a partida com dois jogadores importantes a menos

Mercedes-Bens SL66 AMG: primeiro e único
Frustrado pelo insucesso matutino e temendo a cara e broncas de reprovação da esposa por ele, pai, ter sido parcialmente responsável em não levá-los a tempo, dirigiu no caminho de volta para casa mais devagar que o normal, pensando no que dizer para amenizar a situação.