google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


O final de semana chegou, meus amigos. E com ele, os trabalhos no Mini.

Levei the mrs. junto, pois precisaria de ajuda. Ela queria andar no Mini tanto quanto eu e, mesmo depois da lenta explicação do que teríamos de fazer, ela não recusou. Então fomos, e ela me ajudou, bombando os freios de acordo com meus pedidos. Fluido novo e puro atingindo todas as rodas, colocamos o carro no chão, o lavamos e partimos para o almoço.
Bill 2, Lockheed 0.

Insisti que ela dirigisse um pouco, pois havia ajudado, mas ela recusou. Disse que dirigiria outro dia. Seguimos então comigo ao volante e pude ver que, realmente, o Mini não é nada de mais.
O que na verdade significa muito, mostrando o quão forward thinking era Sir Alec Issigonis, o gênio por trás do Mini. O comportamento dinâmico, se não muito visível pelo fato do subnutrido 848-cm³ mal empurrar o carro, é irrepreensível. A suspensão é macia, mas sofre com o curso curto em nossas cidades.
Azar no amor, sorte no jogo, e o carrinho é perfeito para curvas de esquinas e on-ramps tomadas à moda, sem desacelerar. Os freios, mesmo que com curso longo do pedal (ainda preciso checar isso), dão conta do recado. Não são nenhuma âncora, mas seguram bem o carro. Feedback fraco de pedais e volante, é verdade, mas a leveza do carro o faz muito bem controlável.
Ao parar para um sorvete, ensinei à minha bela passageira que ela jamais deveria recusar um convite para dirigir um carro inglês; afinal, nunca se sabe quando ele andará de novo. Ela notou, mais uma vez, peças metálicas soltas no assoalho. Reconheci a cupilha utilizada para travar o pino do pedal de embreagem. Remontei-o no lugar, com a ponta dos dedos e percebi que, mais uma vez, as entranhas do cilindro-mestre de embragem já começavam a se separar do cilindro. Time to go home, São Lucas nos alcançou; Bill 2, Lockheed 1.

Hora de ir às compras, novos cilindros-mestres para embreagem e freio. E, também, mais uma lição valiosa para o English Automobile Worshipper: never refuse a ride in an English car; it may not be running in a few moments...
 

Vauxhall Chevette HS 2300, em uma curva "mansa", nos idos dos anos 1970. Essa foto é só para provocar comentários.

JJ



Essa ótima foto, obtida do Best Cars Web Site, ótimo também, me leva a pensar como somos direcionados pelas empresas. Trata-se de um Honda Civic Type-R, carroceria de dois volumes, hatch, apresentado em uma cor decente.

Por que no Brasil a Honda nos empurra uma versão esportiva sedã e não temos a cor amarela? Não apenas esse fabricante, mas a maioria deles se acomoda nas cores mais neutras, mais facilmente comercializáveis, e o resultado está nas ruas.

Ao menos em São Paulo, as vias estão tomadas por cores não-coloridas, já que a maioria dos carros são prata e preto. Quanto ao prata, tem inúmeras vantagens na conservação e mostra com perfeição as linhas de um carros, pois não as disfarça. Imagine como metal polido e entenderá o que quero dizer.

A cor preta, mais conhecida como ausência de cor, pois preto não é cor, mas sim a falta dela (aulas de Física do primário), me enoja. Possuo um carro velhinho nessa pintura e o detesto nesse aspecto. Sempre sujo e riscado, quente debaixo do sol, de difícil visualização dentro do cofre do motor, sempre com cantos escuros onde as porcas e parafusos se perdem, em suma, uma grande porcaria. Mas não tive opção, pois o carro é raríssimo e não dava para escolher.

A única explicação para ter um carro preto, quando se pode escolher outra coisa, deve ser a vontade que o brasileiro possui de ser importante, autoridade, celebridade ou coisa parecida. Uma bobeira coletiva que atinge muitas pessoas e causa outros problemas que não irei descrever aqui, pois minha esposa poderá comentar que eu só reclamo e não quero defender nenhuma tese de Antropologia.

Conclusão: queridos fabricantes de automóveis: mais cores coloridas e mais esportivos hatch, por favor. Vamos acordar!

JJ
Os americanos têm a expressão bad hair day para identificar aqueles dias em que saímos da cama "com o pé esquerdo". Para mim, ou na verdade, acho que para todos como nós, que mal ligamos para nossos cabelos, e sim para nossos carros e caminhos, a expressão fica muito melhor como bad traffic day. O dia de ontem foi um dia desses.

Meu despertador (que não é Lucas, nem nenhuma outra marca inglesa) simplesmente falhou e se esqueceu de me acordar. Acordei meia-hora antes de uma reunião, a 18 km de casa. Como Murphy nos ensina, se algo pode dar errado, com certeza acontecerá assim. O trânsito me reteve, mas ainda assim cheguei ao destino com cerca de 2 ou 3 minutos de folga (atrasado de qualquer jeito, ainda precisava parar o carro e correr para a sala de reunião). Duas esquinas antes, ouço um "ploft" e só tenho tempo de olhar para o lado e ver um motoboy quase caindo ao chão.