Finalmente
aconteceu o que dissemos alguma vezes aqui no AE e que deveria ter ocorrido há muito tempo. Acabará a gasolina comum não aditivada no Brasil, e já tem data marcada para isso ocorrer.
No despertar do primeiro
dia de 2014 entra em vigor a Resolução nº 38 da Agência Nacional do Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de 9/12/09, a qual estabelece que toda a
gasolina vendida no Brasil deverá ter, no máximo, 50 partes por milhão
(ppm) de enxofre (S-50) e conter uma quantidade de detergentes e dispersantes
suficiente para retardar a formação de depósitos nas válvulas de admissão dos
motores. Em outras palavras, toda gasolina será aditivada, lembrando que as gasolinas premium e Podium, esta exclusiva da Petrobrás, sempre o foram.
Atualmente a gasolina brasileira tem teor de enxofre exageradamente alto, 800 ppm, exceto a Podium, de apenas 30 ppm (S-30). Na combustão é produzido o dióxido de enxofre (SO2), gás incolor e não inflamável, porém altamente irritante das vias respiratórias, além de ser o causador da chuva ácida que deteriora materiais como monumentos, construções em geral e até a pintura dos veículos.
A Resolução determina também a redução de benzeno e dos hidrocarbonetos aromáticos e olefínicos, além de incluir os parâmetros de teores de fósforo, silício e hidrocarbonetos saturados.
Essas medidas atendem à Fase L-6 do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), estabelecida pela Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nº 415, de 24 de setembro de 2009, que impôs limites mais restritos para os níveis de emissões de motores ciclo Otto a partir de 2014.
O importante é que a partir do ano que vem o Brasil estará nivelado com os principais países quanto à especificação da gasolina, exceto quanto ao seu teor de álcool.
A surpresa, porém, é que não existirá apenas uma gasolina comum aditivada. Uma das determinações do novo regulamento é a inclusão de característica que determine um limite máximo de depósito nas válvulas de admissão e uma qualidade mínima necessária para a sua adequação ao uso, os quais deverão ser atendidos para toda gasolina automobilística brasileira.
Assim, continua a haver
possibilidade de diferenciação entre gasolinas comuns, como é hoje, visto os
diferentes benefícios presentes em cada uma quanto ao desempenho nos motores.
Porém, não havendo diferença para a nova gasolina comum básica, será necessária
a comprovação de outras vantagens.
Curiosamente, existiu esquema idêntico na gasolina Texaco durante alguns anos (a Texaco brasileira foi absorvida pela Ipiranga cinco anos atrás). Havia as gasolinas comuns Texaco Especial C com Techron e a Texaco Plus com Techron, o que mudava era a carga de aditivo, na primeira destinada a “manter limpo” e na segunda, “limpar” o motor (o "C" se referia à gasolina brasileira com álcool).
Gasolinas comuns Texaco com cargas de aditivos diferentes (www.pirate4x4.com) |
Normalmente, a formulação de uma gasolina aditivada depende da companhia distribuidora que a comercializa, podendo o aditivo ser um pacote de outros componentes (anticorrosivo, demulsificante, redutor de atrito etc.). A composição exata dos aditivos não é revelada pelos fabricantes. Entretanto, pode-se dizer que, de modo geral, o aditivo contém uma substância ativa (polímero), um fluidizante (óleo mineral) e solventes para facilitar sua dissolução na gasolina.
Ainda conforme a Petrobrás,
dependendo da concentração do elemento ativo, os efeitos do aditivo serão
manter limpo ou limpar o motor – como na gasolina Texaco.
Em geral, as gasolinas aditivadas atuais adotam a carga de aditivos para manter limpo, enquanto os aditivos de limpeza são aqueles vendidos em pequenos frascos nos postos. A principal diferença é que as novas gasolinas deverão apresentar a comprovação do efeito de manutenção de limpeza do motor, porque só será permitido o uso de aditivos que apresentem determinado nível de desempenho em teste definido por norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Para o Brasil, o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), criado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro para atender às demandas tecnológicas relacionadas aos projetos da Petrobrás, desenvolveu uma metodologia para avaliação de gasolinas com diferentes teores de álcool, a NBR 16038:2012, “Medição de depósitos em válvulas de admissão em motor de ignição por centelha". Isso porque nos carros flex gasolina e álcool podem ser misturados em qualquer proporção, não é um combustível ou outro. O método indicado permite avaliar se o funcionamento do aditivo é adequado e será exigido quando do registro junto à ANP, necessário para a comercialização deste tipo de produto.
O Cenpes precisou desenvolver metodologia de avaliação da nossa gasolina com álcool e sua mistura variável nos tanques dos veículos (www.riograndeoffshore.com) |
A presença dos detergentes e dispersantes, como hoje nas gasolinas que os contêm, não altera o rendimento energético do combustível. O teor de álcool na gasolina, de 20% a 25%, também continua inalterado, pois se trata de lei federal. No entanto, o benefício no desempenho poderá ser observado em médio e longo prazo, já que a nova gasolina aditivada terá a função de reduzir drasticamente depósitos nas válvulas de admissão que afetam a entrada da mistura ar-combustível nos cilindros e sua queima, os quais comprometem o rendimento do motor e o seu nível de suas emissões ao longo de sua vida útil
Quanto à possibilidade de motores que nunca usaram gasolina aditivada apresentarem problemas de entupimento dos bicos injetores causados pela liberação de impurezas presentes no tanque de combustível, decorrente dos agentes contidos na nova gasolina, a ANP afirma que, pelas informações vindas da indústria automobilística, incentivadora da medida, uma vez que toda a gasolina receberá os detergentes e dispersantes de forma regular e controlada, garantindo um desempenho mínimo, a limpeza dos depósitos pré-existentes ocorrerá de forma gradual, com riscos mínimos de ocorrer falhas nas válvulas de injeção (injetores) dos motores, que por sua vez se manterão rigorosamente limpos.
Para a Petrobrás, o efeito de limpeza deverá ser bem lento, já que a carga mínima do aditivo será para manter limpo e não limpar.
Em relação a possíveis alterações nos preços das novas gasolinas para o consumidor, a ANP não faz uma previsão conclusiva, esclarecendo que essa é uma determinação estabelecida pela livre concorrência. Entretanto, conforme informações apresentadas ao órgão pelos produtores de aditivos, grande parte do impacto no preço final das gasolinas aditivadas decorre dos investimentos em ações de marketing para o produto diferenciado.
É claro que deverá haver aumento de preço, embora nada significativo ou muito diferente do que existe hoje entre as gasolinas comum e comum aditivada, R$ 0,20 de diferença, podendo até ser menos devido ao volume. Mas que essa da ANP foi do tipo “não me comprometa”, tirar o corpo fora, foi. Totalmente desnecessário diante de um assunto de tamanha importância para o meio ambiente devido ao melhor funcionamento dos motores por quilometragem bem maior.
Bem-vindos ao admirável mundo da gasolina exclusivamente aditivada, brasileiros e brasileiras.
BS
Nota: Post baseado em informações contidas na revista Engenharia Automotiva e Aeroespacial, da SAE Brasil, edição 54, abril/maio/junho de 2013, reportagem "Aí vem a gasolina S-50", autor Fábio Ometto.
Nota: Post baseado em informações contidas na revista Engenharia Automotiva e Aeroespacial, da SAE Brasil, edição 54, abril/maio/junho de 2013, reportagem "Aí vem a gasolina S-50", autor Fábio Ometto.
interessante, uma atitude louvável, acho que o governo poderia isentar a gasolina de algum imposto para absorver o possível aumento de preço!
ResponderExcluirNem assim: livre concorrência é livre concorrência mesmo! Pode ver que a recente redução do IPI não era repassada na sua totalidade aos consumidores, e olha que estávamos em crise. No caso da aditivada não há crise, e acho que redução de imposto não ajuda muito.
ExcluirNo final das contas o lucro das empresas estaria invariavelmente aumentado. Não sei o que é pior: dar dinheiro ao governo ou aos distribuidores de combustíveis.
Quando o assunto é preço, de maneira geral, penso que o mais saudável é sempre promover a conscientização das pessoas quanto à lei da oferta e procura. As pessoas devem se conscientizar que suas atitudes pessoais influenciam o todo.
Como exemplo emblemático, cito o tomate. Há pouco tempo aqui no Rio de Janeiro, zona norte, encontrava-o a quase 10R$/Kg (ou deveria ser 10Kg a cada 100R$, Bob? hehehe...). Hoje comprei-o, com qualidade, a 1,45R$/Kg. Podem ter havido vários fatores, mas acho que o peso da atitude das pessoas em não comprar o tomate com certeza puxou muito o preço para baixo. Isso que é movimento popular de verdade!
Caio Azevedo.
Pelo menos para o meu carro, Bob, faz tempo que toda gasolina é aditivada: não uso outra, he, he!
ResponderExcluirAbraço.
Mr. Car
ExcluirComo eu!
Eu também só uso gasolina aditivada, desde meu primeiro carro, ainda com carburador.
ExcluirSou como o Mr Car nesse assunto. Gasolina para mim, sempre foi aditivada, e sempre com a mentalidade de "manter limpo". Nunca achei negócio usar comum para preservar uns mínimos centavos (nos postos BR daqui da minha cidade, o preço entre comum e aditivada é o mesmo).
ExcluirE já que o desempenho é o mesmo e o consumo melhor (pelo menos comparando a Vpower que uso com outras daqui), mantenho a aditivada mesmo.
Mendes
Somos 3.
ExcluirEu também só uso aditivada ,faz tempo que não mando limpar bicos injetores.
ExcluirAssim como eu. No meu March 1.6 só entrou, até hoje, ou álcool ou gasolina aditivada. Sempre com o objetivo de manter limpo.
ExcluirMas como só agora a gasolina entre no parametar 50 ppm de enxofre, eu sempre faça a limpeza do sistema de injeção a cada duas manutenções programadas. Ou seja, fiz na de 20.000km, e não fiz nas de 10.000 e 30.000. Farei novamente na de 40.000Km.
Talvez, após a entrada da S-50, eu pare de fazer a limpeza.
Nos carros a gasolina, uso a aditivada e já me dei mal.Porque? Peguei gasolina velha, conforme análise que solicitei a um colega fazer na surdina e sem direito a divulgar.Nos carros flex, coloco só Álcool. Porque? Porque quando a gente coloca Álcool, sabemos que estamos colocando no tanque Álcool, Água e é mais difícil misturarem mais alguma coisa!Quando colocamos gasolina, só DEUS sabe o que entra no tanque!
ExcluirO rabo balança o cachorro...10/07/13 14:24 Creio que não,no Álcool da sim pra misturar solvente de forma leve , e mesmo se colocar mais água irá prejudicar o motor.
ExcluirO álcool aguado com água de torneira é muito ruim para o carro também, devido à presença de minerais dissolvidos. Dependendo da cidade, o ter é muito elevado, em pouco tempo irá desenvolver problemas por incrustação.
ExcluirSempre usei comum mesmo, a não ser quando estão cobrando o mesmo preço pela aditivada. 120 mil km sem nunca ter precisado fazer "limpeza de bicos", desde zero. Sempre que posso abasteço em postos conhecidos, de boa reputação.
ExcluirLuis Santos
ExcluirHa muitas duvidas quanto a eficacia dessa limpeza. ha quem diz ser bom e outros dizem que é caca niquel de CSS.
Meu mecanico falou que ja pegou varios March com problemas devido essa limpeza de bicos.
Com certeza seu motor deve estar avariado , mas espero que nao .
Abraco
Não vejo isso como algo muito positivo, porque o preço mais alto da gasolina aditivada, com o tempo, não chega a ser mais barato do que uma limpeza de bicos, além disso, não é garantido que mesmo com gasolina aditivada não irá precisar fazê-lo. Aliás, quem é que garante que colocou aditivada mesmo? No Diesel vendiam o comum por preço de S-50 dizendo ser S-50.
ExcluirDe que adianta tentar implementar algo positivo em um país sem qualquer fiscalização ou com fiscalização deficiente? Até litro de 800ml já vimos por aqui, quer dizer, aqui pode tudo.
O Governo Federal impõe que a gasolina tenha álcool de 20 a 25%, isso dá margem ao "posteiro" para fazer a sua própria adulteração, mas é tão grande que em viagem você vê que o carro não anda, pode pisar o que for no acelerador que a resposta será lenta e certamente te colocará em risco nas ultrapassagens.
Ou seja, de que adianta tentar implementar uma política em um país onde não se fiscaliza e não se exige nada de ninguém? Nós colocamos gasolina aditivada, pagando muito mais caro por causa dos 52% de imposto do governo, e nem sabemos pelo que estamos pagando, se por gasolina, álcool anidro, solvente, água...
Você parece os mecânicos daqui que estão com medo de perder clientes pra fazer limpeza de bico.
ExcluirCom essa nova gasolina será a coisa mais rara do mundo, igual nos EUA.
Ótima notícia... Porém, se tratando do nosso querido Brasil, a parte que fala do preço me assusta... Não dúvido que com isso a gasolina esbarre nos R$ 3,50...
ResponderExcluirThiago Rodrigues
Thiago
ExcluirAcredito que fique no preço atual da aditivada R$.2,80 a R$ 2,90 o litro (São Paulo). Mas teremos de esperar para ver.
Bob: achar gasolina de R$ 3,00 aqui no Rio só com muita sorte. Chegam a cobrar R$3,20, R$3,30 na COMUM!QUALQUER LUGAR, não é só na zona sul ou nos postos da Orla que sempre foram caríssimos não. E olha que a Reduc é aqui ao lado, na cara da Av. Brasil! Em S.P a refinaria é mais distante e a gasolina é muito mais barata! Tudo bem que a frota é maior, mas a frota do Rio é imensa! Não justifica! Cartel absurdo e gasolina quase sempre ruim! Jesus!
ExcluirNão tenho certeza em relação ao Rio de Janeiro, mas normalmente tamanha diferença de preços decorre de alíquotas de ICMS diferentes, já que é um imposto estadual. Alguns estados cobram 18%, outros 25%. O álcool, em São Paulo, por exemplo, recolhe menos, 12%, e mesmo assim é pouco competitivo em boa parte do ano.
ExcluirFábio.
Só pra constar... em Belo Horizonte abasteço sempre em um posto Shell, a gasolina comum era 2,799, passou para 2,699 e agora está em 2,599... certamente uma das gasolinas mais baratas do Brasil.
ExcluirCulpa do ICMS daqui do Rio, mais alto que o de São Paulo. Afinal de contas, custa caro a hora dos helicópteros que servem ao nosso Governador, família, amigos, serviçais domésticos e, falando em rabo que balança o cachorro, do mascote da família (o cãozinho de nome JUQUINHA)...
ExcluirBom..,sobre a gasolina cara no Rio de Janeiro...O álcool em Ribeirão Preto também é caro pra caramba. E olha que tem usinas a menos de 30km da cidade...
ExcluirRabo,
ExcluirRealmente a gasolina aqui no Rio é muito cara. Mas fica uma dica, na periferia ainda dá pra encontrar postos de bandeira vendendo gasolina na faixa de R$ 2,70, R$ 2,80 o litro. Só não posso atestar quanto a qualidade, já que só vejo quando estou de passagem.
Aqui no ABC,em SBC,em um posto BR do bairro Paulicéia,estou pagando 2,51 na aditivada,e 1,58 no álcool,um abraço a todos.......
ExcluirAmigo, esse posto na MMDC era BR, foi vendido. Esses dias, vi uma caminhão abastecendo sem bandeira. Sei não, prefiro colocar no Shell do começo da MMDC...
ExcluirBob, meu carro até hoje só usei gasolina comum, você indica algum aditivo para fazer uma limpeza no motor?
ResponderExcluirProvavelmente essa mudança se deu por pressão das fabricantes e seus novos motores. É o progresso avançando aos chutes e por linha tortas.
ResponderExcluirAgora só falta lierar o Diesel...
Se os governos dependessem da "pressão" dos fabricantes, não teríamos limites de emissão de poluentes até hoje.
ExcluirSerá que poderia abandonar a Podium? Ainda me parece que a Podium é superior. Porque não alteram a "octanagem" também? Aí sim ficaria legal.
ResponderExcluirLuke
ResponderExcluirSó tenho experiência, de muitos anos atrás, com o aditivo para combustível ACDelco (da GM), vendido em frascos de 100 ml, pois faz tempo que passei a só abastecer com gasolina aditivada. Tive um problema uma vez, contado no post http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2011/07/trapalhada-no-aditivo.html, mas pelo jeito o aditivo em questão não é mais produzido. O aditivo ACDelco atual é para manter limpo, e não limpar. Sobre aditivos para limpar, não tenho como indicar. No seu lugar eu passaria a usar gasolina aditivada. Embora ela tenha aditivo para manter limpo, sempre limpa alguma coisa, porém lentamente.
Valeu a dica Bob! Certamente gasolina comum vai ser até esvaziar o tanque e não mais! Vou ver se consigo um aditivo para dar uma força na limpeza.
ExcluirLuke,
ExcluirMeu carro é carburado, então não tão sensível a estes aditivos de limpeza, mas já utilizei o "Gas Treatment" da STP, quando precisei deixar o carro parado por um tempo prolongado na garagem. Utilizei-o com o aditivo e em seguida guardei-o com 1/4 de tanque com este mesmo combustível tratado.
Deixei, como teste, dois vidros de conserva de mais ou menos 250 ml com tampa semi-vedando o conteúdo, completos até a metade com gasolina (retirada do tanque), uma com o aditivo e outra sem.
A promessa é de limpeza do motor e prevenção de oxidação da gasolina. Pois bem, depois do período prolongado, fui verificar os potes (que ficaram um ao lado do outro, à sombra, em temperatura média de uns 20º C), justamente para saber se o que havia no meu tanque era goma ou gasolina usável. O pote com aditivo manteve a liquidez da gasolina normal, cheiro e cor. No pote sem o aditivo já havia alguma formação de goma, com a gasolina com início de cheiro de gasolina velha e aspecto um pouco turvo, de cor mais caramelizada.
Funcionando o carro obtive os resultados finais. O funcionamento estava perfeitamente normal, liso, sem qualquer tipo de falha, e assim foi com o restante da gasolina no tanque. Não posso afirmar se houve melhora, pois o fator psicológico influencia e muito, mas posso lhe garantir que nenhum gicleur ficou entupido, tão pouco o filtro ou a linha de combustível, válvula da cuba nem qualquer outra passagem de combustível. Diafragma da rápida também não sofreu ressecamento nem teve sua vida útil abreviada, e as juntas não sofreram nada (visto que, dependendo do químico utilizado, poderiam ter sido ressecadas e apresentar vazamentos).
Eu indicaria, assim como sempre indiquei a Supra da Petrobrás, que dá uma limpeza progressiva boa. Em carros injetados, especialmente quando adquiridos usados, faço abastecimentos em específico com esta gasolina e noto diferença de comportamento lá pelo 3º ou 4º tanque.
Charles.
Bob,
ExcluirVocê tem alguma opinião sobre esses 'MILITEC'?
Bob, sabe me dizer se a Petrobras já produz e distribui a gasolina S-50?
ResponderExcluirNa época do Diesel S-50, nas cidades de Fortaleza e Belém foi comercializado esse combustível de forma experimental por cerca de 1 ano antes da vigência da obrigatoriedade da fase 7 do proconve, ou Euro 5 para veículos pesados.
O interessante é que pouca gente sabia disso, mas percebeu como o consumo de diesel diminuiu.
Esse negocio de ficar alterando o percentual de álcool na gasolina também não me agrada ...
ResponderExcluirBob, com a grande quantidade de carros Flex em circulação, não seria uma boa ideia o uso de álcool de vez em quando nos carros que rodam somente com gasolina comum, visto que o álcool não carboniza, além de ter alto poder de limpeza? Ou o álcool não consegue limpar a linha de combustível e injetores?
ResponderExcluirQual seria a razão de usar aditivo para álcool, num carro que hipoteticamente roda sempre com este combustível?
O Etanol é pior do que a gasolina.
ExcluirEtanol não tem propriedades lubrificantes e libera uma gosma no sistema.
Além disso ele tem água que contamina o óleo.
Sr. Bob,
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pela notícia e explicação técnica.
Agora vem a minha dúvida:
E quanto ao etanol? Ouço dizer (leio) por aí que ele mantém o motor mais "limpo", nos carros flex. Seria o correto dizer que ele "mantém limpo"; Que ele "limpa"; ou que ele "suja menos"? Acredito eu que seja a terceira opção... Estou certo?
Alguns dizem que utilizando-se o álcool, ainda que não seja vantajoso economicamente, de forma alternada, será possível promover uma "limpeza" na carbonização deixada pela gasolina comum, principalmente.
A partir da sua longa experiência, isso procede??
Até onde sei, o que "suja" o motor são uma fração dos hidrocarbonetos mais pesados que entram na câmara de combustão, inclusive HCs provenientes do lubrificante em forma de vapor de óleo provenientes dos gases de blow-by, óleo remanescente em guias de válvulas e camisas. Estes HC mais pesados formam "borras" nos bicos e áreas onde o combustível só é aquecido e carvão, onde ele é queimado.
ExcluirJá os álcoois (tanto faz o tipo - Etanol ou metanol, os mais comuns) por serem outra estrutura química, com bem menos carbono e já parcialmente oxidado (por possuírem átomos de oxigênio em suas moléculas) tendem a não formarem estes depósitos.
Eu acredito que o álcool em si mantenha o motor limpo e não limpe. Creio que este conceito de limpeza vem de algum detergente/dispersante adicionado ao combustível. Não consigo afirmar veemente pois existe pouquíssima literatura sobre a garapa como combustível veicular... :(
Já ouvi dizer nas oficinas de várias autorizadas, que o álcool deixa uma espécie de goma. E que por conter água (7%+-), pode manter o vapor da água dentro do motor quando usado em pequenas distancias.
ExcluirO álcool não deixa goma. O que deixa goma é justamente a gasolina sem aditivação.
ExcluirSim. Este excesso de água passa pelos anéis (blow by) e condensam no bloco/peças frias, "contaminando" o óleo. Se usarmos um carro a álcool por poucos km, desligarmos, religarmos só quando o motor estiver frio novamente e fizermos isso alguma vezes, chegará um momento que dará a impressão que a junta do cabeçote "queimou" pois a quantidade de água no óleo será tão grande que dará aquele aspecto de "leite condensado" ao lubrificante. Mas isso não é um problema. Basta andar com o carro por algumas horas (principalmente estrada) para todo este excesso de água no lubrificante evaporar.
Resta saber se vão aditivar mais ainda o preço.
ResponderExcluirJoão Paulo
E para os motores dois tempos?
ResponderExcluirAté onde sei, não se pode usar gasolina aditivada.
Ta aí ,essa eu não sabia ...
ExcluirMarcelo, eu sempre usei no DKW e nunca tive problemas.
ExcluirAcho que esse veto às gasolinas Podium e aditivada para esse ou aquele modelo de motor é um mito, uma simples questão cultural.
Anônimo, eu usei Podium por um tempo, mas engripou o pistão, foi um caos.
ExcluirTambém tem a lenda urbana, meu mecânico recomenda que se use só comum na minha Vespa. Enfim, fico na dúvida e não arrisco.
Marcelo,
ExcluirProblema nenhum com os motores dois-tempos. Mesma coisa no tempo da gasolina azul, dizia-se que "era muito forte" e que "queimava" o motor.
Ok, mas isso já estava anunciado e divulgado a mais de um ano.
ResponderExcluirLuis Santos,
ExcluirSim, tanto que já falei a respeito aqui várias vezes,
Que boa notícia, Bob! Finalmente, deixaremos de usar uma gasolina literalmente envenenada, de altíssimo teor de enxofre, e passaremos aos 50 ppm dos países ditos desenvolvidos.
ResponderExcluirTomara que não exagerem no preço!
Luiz
ExcluirNão acredito que os preços subam demais.
Bob, eu comentaria que o alto teor de enxofre na gasolina dá um cheiro "peculiar" aos gases de escape. =D
ResponderExcluirNenhuma alteração na octanagem, certo ?
Será que estas medidas vão alterar de alguma forma a pré-detonação recorrente em muitos carros flex, que possuem alta taxa de compressão ?
Evandro
ExcluirEsse cheiro "peculiar", de ovo podre, na realidade gás sulfídrico, era quando a mistura ar-combustível estava muito rica, notado mais nos Fiat Tempra em 1992. Depois foi corrigido. / Essas medidas não alterarão a octanagem.
Ainda hoje eu pego muitos carros à minha frente que emitem o cheiro, e são carros novos, modernos, alguns importados.
ExcluirJá aconteceu até com meu carro.
Já li em algum lugar que o catalizador é um dos responsáveis pela produção do H2S, que até onde sei, é menos nocivo que os SO2/SO3.
Será que isso é gasolina adulterada ?
O Celtinha lá de casa tava com o catalisador nas últimas e dava esse cheiro de pum mesmo!
ExcluirBob, em relação ao uso de gasolina com pouco enxofre em motores pensados para muito enxofre, como os dos carros mais antigos, o que podemos esperar? Cheguei a ler em algum lugar que gasolina dessulfatizada torna os motores mais econômicos, mas vai saber se isso é verdade. Outra que também li é que o enxofre tem certo poder lubrificante e que de repente isso poderia prejudicar sedes de válvula e outras peças pensadas originalmente para muito enxofre.
ResponderExcluirAguardando resposta do Bob.
ExcluirRealmente nesses carros as sedes de válvulas irão sofrer com a gasolina S-50. É por isso que alguns colecionadores usam Avgas, que não têm álcool e têm chumbo tetraetila, o que atende perfeitamente aos motores mais antigos tanto em carburação quanto em lubrificação das sedes.
ExcluirE em relação a carros injetados mais antigos e cujos motores haviam sido projetados para maior enxofre na composição, pode acontecer algo ou esses motores estão preparados para um certo tranco na queda de 1.000 para 50 ppm? É meu caso, sendo dono de um carro de 12 anos de uso.
ExcluirTambém pergunto se teremos alguma alteração em consumo (fala-se que gasolina dessulfatizada permite maior economia de combustível mesmo em motores que dela não necessitem).
Na minha opinião isso me parece estratégia para subir o preço da gasolina, e assim ajudar os usineiros a vender o ótimo, ecológico e gerador de empregos, etanol.
ResponderExcluirLógico que essas medidas pra quem usa gasolina será uma boa, mas se o preço da gasolina subir mais, muita gente que estava mudando de habito vai voltar a usar alcool.
Unknown
ExcluirSó em sonho, achar que os usineiros vão deixar o preço da gasolina se distanciar do preço do álcool.
Estou VIVENDO este filme! E não estou gostando nem um pouco! Explico: TUDO aqui neste país não é bem do jeito certo ou do jeito que é planejado, divulgado, anunciado.Tudo! Compramos agora dois caminhões novos que só aceitam diesel S50 ( 50 ppm/milhão de enxofre), como todo caminhão novo, e adivinhem se tem este Diesel para vender em todos os postos? Pois é! Não tem! Já teve dia do caminhão rodar 80 km para abastecerprocurando posto que tivesse! A Petrobrás simplesmente não parou de produzir e distribuir o diesel S500! E os caminhões novos, padrão euro 5, ENGUIÇAM com este diesel S500! Não conseguem rodar, pois a sonda lê a quantidade excessiva de enxofre e PÁRA O CAMINHÃO ENTENDENDO QUE É DEFEITO!Eles normatizam a industria, a industria faz o que eles pedem e eles continuam a colocar no mercado o diesel antigo S500! Pode? Não pode, mas fazem e pronto! DETALHE: AQUI NO RIO DE JANEIRO! NO R.I.O DE J.A.N.E.I.R.O! Imaginem se um caminhão destes for para região um pouco mais remota, interior, etc? Vai e não volta!
ResponderExcluirAqui na selva o problema é outro: é ir pro interior do interior e acabar abastecendo com diesel de embarcação, tipo S-1800, e que detona qualquer motor eletrônico. Esse diesel tem um preço menor e acaba chegando em alguns postos. Tem uma marca japonesa que fabrica umas caminhonetes diesel que cansou de trocar motor em garantia por causa disso...
ExcluirQuanto ao S-10, pelo menos por aqui não ouço falar em problemas de encontrá-lo, mas reclamações com o preço do ARLA...
O que mata os motores diesel modernos com alto teor de enxofre é o EGR refrigerado: Os oxidos de enxofre quente que são recirculados passam pelo EGR, formando junto com a agua proveniente da queima, acido sulfurico, corroendo as galerias do EGR e contaminando a mistura com água do sistema de arrefecimento que começa a desaparecer. Ouvi relatos disso na Amarok que já veio com EGR refrigerado desde o começo.
ExcluirPELAMORDEDEUS SIMPLIFIQUEM O CÓDIGO QUE VCS ESTÃO PEDINDO PARA A GENTE DIGITAR E PROVAR QUE NÃO SOMOS ROBOS! CLIQUEI 10 VEZES PARA ACHAR ALGUMA COISA QUE PUDESSE LER!!!!!
ExcluirQuanto ao Arla é um absurdo! Mas ao menos se acha para comprar, pois dá um lucro danado e aí neguinho tem, né? Não sabia disto ao comprar os caminhões novos e prefiro os outros 2011 que não precisam deste Diesel nem deste aditivo. Estes 2011 nunca deram defeito e os novos já começaram a dar defeito e nem tem 3000 km!
Trabalho em montadora de caminhões e lhe garanto que o maior mal ao motor Euro 5 é oque andam fazendo com o caro ARLA 32, diluir agua de torneira nele é um veneno que a curto prazo acaba com o catalisador, nada que uns 10 mil reais de prejuizo não resolva ... e essa questão não está nas mãos da Petrobras e sim do motorista / proprietario.
ExcluirO rabo que...
ExcluirNão temos controle do código, é automático, do próprio blogger.
Daniel S. de Araújo
ExcluirOutro benefício da S-50 será reduzir drasticamente a corrosão no sistema de escapamento, justamente pela menor formação de ácido sulfúrico.
O rabo...
ExcluirIsso é mesmo um problema dos mais sérios, uma irresponsabilidade. Como você disse, se está ocorrendo no Rio de Janeiro, imagine no interiorzão.
Desde 2005 que eu só abasteço com gasolina aditivada.
ResponderExcluir"Em geral, as gasolinas aditivadas atuais adotam a carga de aditivos para manter limpo, enquanto os aditivos de limpeza são aqueles vendidos em pequenos frascos nos postos."
Bob,
Esses aditivos que você citou funcionam, mesmo, ou são placebos?
Já usei a linha STP e gostei.
ExcluirFuncionam sim, mas é placebo para boa parte dos consumidores, no sentido de não estar precisando disso, pelo fato de não haver sujeira a remover.
ExcluirMarcelo R.
ExcluirMinha única experiência com aditivos foi na gasolina, assim mesmo pouco, pois há muito que só abasteço com gasolina aditivada. Não tenho como julgar.
Não tem sentido as pessoas se preocuparem com liberar sujeira do tanque pois tem o filtro de combustível em linha justamente para evitar que essa sujeira chegue aos bicos injetores.
ResponderExcluirBob, como fica a nova gasolina comparada com a atual podium? Vai haver algum beneficio abastecer com Podium em motores de injeção direta/turbo como existe hoje versus com a nova gasolina?
ResponderExcluirA octanagem não é alterada com os aditivos. A Podium permanece como campeã em octanagem.
ExcluirBem que poderiam liberar uma menor % de álcool na podium...
ExcluirBob como vai ficar a estecometria dos carburados ?
ResponderExcluirFabiano, não altera.
ExcluirNão tem tanta "sujeira" assim na gasolina comum. Andei 200.000 km com um Gol "carro de firma", somente na gasolina comum, e após essa quilometragem eu mesmo desmontei a escotilha do tanque para trocar a bóia. Não existia nenhum depósito ou corpo estranho dentro do tanque, apenas uma mudança de coloração (encardido) absolutamente normal nas peças em contato com o combustível. Fiz a troca da mesma peça num Fiesta Flex que usava só álcool e a "sujeira" formada era muito maior - uma espécie de gel ao redor da bomba.
ResponderExcluirMas enfim, será que desta vez teremos um combustível de qualidade o suficiente para valer o preço? Porque cumprimento de normas no Brasil, é quase uma utopia. Não me importaria de pagar caro, mas por um produto de qualidade, que racionalizasse os gastos com manutenção.
CSS
ExcluirÉ essa goma, esse encardido que você notou no tanque do Gol que começa a se desfazer e vai para o motor, ela passa pelo filtro. Já o gel associado ao álcool é alguma coisa errada no processo de destilação, não deveria ocorrer.
Conheço uma pessoa que trabalha em um laboratório de combustíveis, exclusivo para a Petrobras.... A mesma continua produzindo S1800 para estradas de interior e pequenas cidades, S500 para capitais e cidades grandes,e os S50 e S10 em alguns postos como sabemos.
ResponderExcluirBem pelo visto a grande maioria us a aditivada como eu que uso o tanque meio a meio Alcool/gasolina. Mas acho que a octanagem deveria aumentar.
ResponderExcluirEnfim vamos ver como é que fica.
Abraço. Marco Antonio
Marco Antonio,
ExcluirEstamos bem de gasolina, exceto pelo exagero de 25% de álcool nela. Nossa octanagem hoje é mundial, com a Podium liderando em octanagem, 102 RON. Uma ótima gasolina é a premium, de 98 RON, mas é cada vez mais difícil encontrá-la. A coisa polarizou entre a comum/comum aditivada de 95 RON e a Podium.
R$ 0,20 de diferença entre comum e aditivada aí nos grandes centros? Caramba, aqui no interior, longe de tudo, o preço do frete faz a comum custar R$ 3,30 e a aditivada R$ 3,33, em quantidade (Mensalistas e frotistas) fazem o mesmo preço pras duas. Por isso nunca usei comum.
ResponderExcluirGasolina Aditivada: Que bom vou economizar em naftalina!
ResponderExcluirJorjao
Não, vão fazer venda casada de naftalina!
ExcluirJorjao
ExcluirVc é muito louco!
Essa historia de naftalina no tanque era coisa dos antigos. Meu avo falava sobre isso . Ninguem mais usa isso nem para matar baratas!
Sempre usei, mas a que mais confio é a shell V power. Sempre achei notável quando passava a utilizar em meus veículos ou de amigos.
ResponderExcluirMeu Fiestinha 1.0 2001 com 1900000 km nunca bebeu uma gota de gasolina aditivada na vida e continua andando e consumindo como novo, 13,5 km/l. Carro sem frescura, como o dono, que só bebe da cerveja gelada mais barata que tiver :)
ResponderExcluirTrabalhando na Raízen, uma Joint Venture entre Shell e Cosan(Esso), isto foi uma dor de cabeça para diferenciarmos a V-Power ainda mais, em 2014. hehe
ResponderExcluirHoje, a V-Power já conta com um aditivo a mais que as outras aditivadas do mercado, o FMT, um aditivo redutor de atrito entre as peças móveis banhadas pelo combustível. Motivo este pelo qual a V-Power custa um pouco mais que as outras aditivadas, na maioria das vezes. Infelizmente, nossa venda ativa por parte dos vendedores de pista não explicita muito bem este diferencial.
A adoção de novas formas de comunicação tentará reforçar a presença do FMT. Esperem por boas novidades da Shell em 2014.
Grande abraço
Meu sogro é dono de posto de gasolina. O aditivo usado eram dois frascos de 500 ml de um líquido escuro misturados em um tanque de 10.000 litros...
ResponderExcluirDe acordo com ele mesmo, que obviamente só abastece com gasolina do próprio posto, nunca viu diferença de uma gasolina para outra a não ser a cor.
Como é impossível fiscalizar a aditivação, é pratica comum usar o mesmo tanque para as gasolina comum e a "aditivada" e quando usam tanques diferentes, geralmente a gasolina aditivada é apenas gasolina com corante diluído em proporção de 1/10000.
Depois que ele me disse isso, nunca mais gastei um centavo com "aditivada". Ainda bem que agora ela vai ser aditivada "de fábrica", como dirão alguns.
Aqui em Brasília a Comum e a Aditivada têm o mesmo preço: R$ 2,99.
ResponderExcluirAgora, uma dúvida: sempre me disseram que a gasolina aditivada queima mais rápido devido aos aditivos que colocam nela, e portanto, tem rendimento menor. Verdade ou mito?
A porcentagem de aditivo é muito pequena para dar qualquer diferença na queima. Isso quando tem alguma porcentagem de aditivo, é claro...
ExcluirGasolina aditivada e queima mais rápida com rendimento menor, mito.
ExcluirTb sempre usei. Desde um velho Gol LS 86 que tive.
ResponderExcluirNo Brasil os preços dos combutíveis (ainda) são instrumento de política econômica. No início do ano a sra. Graça Foster conseguiu aprovar reajustes médios de 10% junto à área econômica do governo. No contexto atual, de inflação alta e cenário político conturbado, duvido que haja novos reajustes no curto prazo, ainda que a Petrobras diga precisar reduzir o "gap" de preços em relação ao mercado externo. Aumentar o preço da gasolina de forma generalizada por conta da introdução da gasolina aditivada exclusiva me parece pouco provável, mesmo sabendo que isso já estava previsto no Proconve. Não sei como o governo vai resolver essa equação.
ResponderExcluirOutro aspecto é o do abastecimento. Ainda que a adição ocorra na distribuidora, pode haver gargalos na produção, como os que ainda acontecem no caso do diesel S-10, cuja introdução foi antecipada. O mercado ainda está sub-abastecido de diesel S-10 (há regiões que ainda usam S-1800), com pressão sobre os preços e o consumo aumentará exponencialmente doravante, por conta da, agora, introdução efetiva dos motores Euro 5. A logística de cargas e os sistemas de transporte público estão pagando a conta, embora haja pessoas que acreditem em "tarifa zero". Não há almoço, aditivos e nem combustível de baixo enxofre grátis.
Enfim, as intenções são boas, mas não se resolvem todos os problemas só com "canetadas". A conta precisa fechar.
Uma dúvida que sempre tive: ao misturar gasolinas aditivadas de marcas diferentes, os aditivos podem reagir e formar algo indesejável?
ResponderExcluirMatuck
ExcluirSou capaz de apostar que não.
Bob, tu viveu praticamente toda história automobilística brasileira, provavelmente usou gasolina de avião, teve carros com motores modificados (dentro e fora da fábrica), testou (ou presenciou) todo tipo de produto que já existiu.
ResponderExcluirConheço algumas pessoas que trabalham no pólo petroquímico de canoas, e por eles é unânime o uso do molykote (bissulfeto de mobidilênio) como aditivo do óleo (tanto para motores, como para máquinas pesadas), e como aditivo da gasolina o uso de acetona (pura), que tem a distribuição controlada pelo exército no brasil.
Dizem que a acetona é o principal aditivo nas gasolinas de alta octanagem. A porcentagem correta é de 0,21%. Todos os octane boosters usam a acetona, inclusive a gasolina pódium da petrobrás.
Eu particularmente faço o uso tanto do molykote, quanto da acetona na gasolina (eu só uso comum, com procedência, as vezes consigo gasolina sem alcool também). Eu noto que o consumo do carro melhora muito nessas condições, principalmente porque meu carro é importado e é indicado o uso de gasolina 95RON ou superior.
Gostaria de saber qual a tua opinião sobre esses aditivos, e se possível mais algumas informações que eu não saiba.
Porcodio,
ResponderExcluirDesculpe escrever seu nome com inicial maiúscula, mas me sinto estranho começando qualquer frase por minúscula – tão estranho quanto trafegar pela última faixa da esquerda exceto quando ultrapassando...
Praticamente não tenho experiência com aditivos de combustível ou de óleo em toda a minha vida e tampouco conheço a química de aditivos ao combustível, como a acetona que você citou. Já usei, isso sim, a Avgas, quando o regulamento permitia, pois nossa melhor gasolina era de 95 RON (a gasolina azul). Quanto ao Molykote, meu irmão trabalhava numa grande petroleira e lá ele aprendeu que o MoS2 em determinadas condições de temperatura vira MoS3, que é abrasivo. Por isso nunca o usei. A Vemag o experimentou e teve problemas de motor sérios, que só cessaram quando passaram a usar o Castro R-40, de base vegetal (óleo de rícino), o de maior lubricidade que se conhecia então. Era o único óleo que evitava engrimpamento dos roletes de biela. Era tão bom que era usado no transeixo, que nunca deu problema nunca quebrava ou se desgastava prematuramente. O problema do Castrol-R era não ser perfeitamente miscível com gasolina e diversas vezes tivemos problemas de decantamento, indo todo para o fundo do tanque. Quando eu corria para o Greco, com os Maverick, ele usava o STP Oil Treatment, o qual nunca usei. No meu tempo comandando competições na Volkswagen, nos anos 1980, fiquei surpreso ao saber que os motores de competição eram rodados ou assentados no dinamômetro usando Lubrax 30...Motores AP turbo 1,6 de mais de 250 cv! Sou bastante cético quando a aditivos, acho que uma boa lubrificação com um bom óleo garantem longevidade a qualquer motor. Voltando ao Molykote, usávamos graxa BR2-S, a única que impedia que as cruzetas de acionamento das rodas do DKW engrimpassem, untando-as antes com a Pasta G Molykote. Finalmente, lembro que a gasolina comum, a comum aditivada e a Shell V-Power são de 95 RON (na Europa a V-Power é de 98 ou 99 RON).
E o Militec, já testou ?
ExcluirBob, obrigado pela resposta.
ExcluirQuanto ao nome, é só um nick tosco que eu botei a bastante tempo atrás, fique tranquilo hehe. O meu nome é Fernando.
Realmente, o MoS2 não é indicado para motores 2 tempos, pois acima de 800 graus ele se funde outras substâncias e suas partículas se tornam muito "grandes" e realmente passam mais a atrapalhar do que ajudar.
aqui tem um material interessante sobre: http://www.internacional.ind.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=84:lubrificacao-com-bissulfeto-de-molibdenio&catid=27:manual-de-lubrificacao&Itemid=68
Tem um vídeo que provavelmente tu já tenha visto, mas se não viu, vale a pena ver (nem tanto pelo motivo do vídeo, mais por causa do piloto mesmo):
http://www.youtube.com/watch?v=wTD9kPl14so
Mas em motores 4 tempos o uso é tranquilo, os particulados do MoS entram em doses homeopáticas na câmara de combustão, dessa forma não causando problemas (ou trazendo mais benefícios do que malefícios ao motor).
Eu li em outra matéria tua sobre os AP 1600 de 250cv, nos passat de pista se não me falha a memória. Realmente de deixar os engenheiros da ford de queixo caído.
Interessante saber que era usado óleo SAE-30 no amaciamento dos motores, o óleo mais "fino" proporciona um assentamento mais rápido, imagino eu. Temos um logus CL 1.8 ano 93 lá em casa que sempre usou o shell 15w50, e seu motor tem quase 500.000km e nunca foi aberto. As trocas são feitas a cada 15.000 ou um ano. Um motor de respeito esse AP.
Quanto ao óleo de rícino, o meu pai que gosta bastante dos motores 2 tempos, tanto nos DKW, quanto nas yamaha RD 250 e 350 (ele teve várias) me falou bastante. Hoje em dia ele ainda usa nos motores de popa dos barcos pequenos que ele usa, mas nunca tinha me explicado exatamente o porquê.
A questão da gasolina, essa história da acetona não é algo que seja do interesse das refinarias que venha a se popularizar, mas não é nenhuma novidade também. Eu uso e aprovo, mesmo com os 25% de alcool na gasolina dá uma ondinha legal. Imagino que em carros flex seja a solução da pré detonação quando usado somente "gasolina".
Um grande abraço;
Acho bastante compreensível o uso de óleo 30 nessas condições, já que a lubricidade dele é muito boa (ainda mais para aquela época), e as limitações, como oxidação e degradação, não seriam relevantes devido à possibilidade de substituição com pouco uso. O óleo 30 tem pouca carga de aditivos. O que dá lubricidade é a base, o óleo em si, e os aditivos responsáveis por detergência, multiviscosidade, estabilidade, etc., só reduzem o percentual de óleo base, piorando a lubricidade portanto.
Excluirporcodio, até onde eu sei, a acetona diminui a tensão superficial da gasolina, fazendo com que as gotículas do combustível pulverizado sejam de diâmetro menor, e assim o combistível passa a ser melhor "atomizado", gerando queima mais completa, mas também aumenta a velocidade de queima, o que para carros "flex", de alta taxa de compressão, pode não ser muito bom...
ExcluirAbraço!
Rodolfo Flesch
Fernando "Porcodio",
ExcluirSensacional esse filme da Molykote, Fangio ainda bem, 55 anos, foi muito bom assistir. Realmente, esses aditivos em condições limite como o do Jeep, sem o cárter, funcionam. Tipo da coisa que no campo de batalha ajuda. Mas você mesmo deu o exemplo do Logus de vocês, com uma durabilidade incrível usando óleo comum e trocando-o em intervalo decente. No caso do Lubrax 30, era também o óleo dos carros da equipe "da casa" de rali, os motores duravam as temporadas inteiras, não eram abertos absolutamente..
Anônimo aí em cima
ExcluirNunca testei o Miltec.Como eu já respondi para alguém, não tenho experiência com aditivos. Acho que um bom óleo atende a todas as condições.
Eu, como eng. químico em formação, tenho sempre curiosidade em saber mais a respeito dos fluidos que fazem os veículos funcionarem. Esse belo post do Bob trouxe uma informação valiosa sobre o teor de enxofre na gasolina, poluente que felizmente começará a ser reduzido. Fico feliz com isso, porém ainda está só no começo, e a infraestrutura logística do país tenderá a retardar esse processo, visto que para distribuir esse combustível ainda deverá levar tempo...
ResponderExcluirQuato ao aditivo, é mais um argumento para as contra as concessionárias a não empurrarem a tradicional "limpeza de bico". O bolso e o motor agradecem.
Bob e outros colunistas, gostaria de saber mais como são as funções, o desempenho e as análises de mais fluidos, como o óleo lubrificante, fluido de freio, fluido refrigerante, etc. Há alguma literatura ou post que abordam mais desse tema? Grato.
Nobushi
ExcluirNunca falamos sobre o que você pede, mas o pedido está anotado. Não conheço, assim, de pronto, literatura a respeito, mas que existe, sem a menor dúvida.
Agradeço a preocupação Bob, grato.
ExcluirBob,
ResponderExcluirPelo que entendi pode continuar o nome comercial das gasolinas aditivadas (como V-Power), desde que comprovem maior poder de manter limpo ou limpar.
Será que a norma brasileira tem exigência de limpeza igual à da EPA? Seria importante saber disso, pois várias fábricas acham pouca a aditivação compulsória americana, e até criaram o selo Top Tier.
Uma coisa curiosa que noto nos desmontes do Longa Duração é que os motores terminam sempre com as válvulas de admissão com uma crosta preta que chega atrapalhar a compressão, mesmo os carros rodando os 60 mil km só no álcool. E nos carros só a gasolina, o J3, por exemplo, terminou até mais limpo mesmo usando só gasolina comum. Eles enfatizam que o que suja as válvulas de admissão está mais ligado aos retentores que deixam escapar óleo, do que o combustível, até porque usam etanol. Fiquei na dúvida. E será que usando álcool ou gasolina aditivada ajuda a limpar essa crosta das válvulas?
Andre Andrews
ExcluirPelo jeito, as duas gasolinas serão como as americanas, uma "comum" e outra "Top tier", repetindo o que ocorria com as duas gasolinas Texaco que citei. O álcool não deveria produzir nenhum depósito, pela menor presença de carbono na sua constituição, embora o álcool hidratado contenha 0,5% de gasolina para desacaracterizá-lo (senão a turma bebe...). Mas pode ser vapores de óleo na admissão, sem dúvida, especialmente pelo hábito que muitos têm de andar com o nível de óleo na marca máxima ou acima, que contribui para isso. Em geral isso acontece com quem completa o nível assim que o motor é desligado.
André e Bob,
ResponderExcluirTambém tenho esta dúvida em relação aos veículos do Longa Duração e seus depósitos nas válvulas, com exceção do Cruze e J3, os demais veiculos terminaram o teste vitimados por suposta falha nos retentores de válvulas. Isso em carros que rodam a maior parte do tempo em rodovias que é a condição ideal de uso. Seria a má qualidade dos materiais desses retentores, ou a ação normal dos vapores de blow-by? Os teste de décadas passadas com veículos a álcool e carburados não sofriam desse mal.
Thiago
ExcluirNão acredito em epidemia de vedadores de válvulas. Sou mais pela combustível como causador dos depósitos nas válvulas.
Eu sou à favor das coisas de qualidade, quando a de preço mais baixo seja de baixa qualidade. Por isso mesmo, e todo mundo por aqui reclamando da má qualidade da nossa gasolina, o pessoal reclama mas raros são os que abastecem com a Podium. É verdade que são poucos carros que ela tem um custo/km equivalente às outras - e existem, tem vários carros que com ela a injeção percebe a octanagem e responde em um funcionamento bem melhor, já vi alguns que graças a isso e então o motor funcionando com uma gasolina de verdade, ficarem com um consumo bem melhor, e então o preço mais alto dela acabava sendo abatido; porém as outras vantagens continuam existindo, logo ela vale mais à pena para estes.
ResponderExcluirJá para os outros carros que foram feitos já considerando esse nosso belo combustível, o custo dela com o menor impacto no consumo não faz melhora alguma, e pior, ela custa bem mais caro. Já experimentei no meu carro, e notei várias vantagens, mas tendo uma taxa de 9:1 ou 9,5:1(não me lembro bem agora) o consumo não sofre tanta alteração, então a diferença no preço pesa razoavelmente. Então opto pela V-power(que de power não tem nada...) que é uma gasolina aditivada e é adequada ao meu carro; porém acho indevido este nome usado nela, ilude muitos a um desempenho a mais que mal aparece em uma podium, menos ainda com a V-power nada mais é do que uma aditivada.
Mesmo assim vez ou outra abasteço com a podium e noto muita diferença, multiplico os ganhos com ela para carros com taxa alta(principalmente os flex por volta dos 12:1) e se tiver um carro com esta taxa, certamente pensarei bastante a favor dela.
fcm
ExcluirNão há dúvida que seria bom usar a Podium sempre, não só pela octanagem (102 RON) como também pelas 30 ppm de enxofre. O problema é o preço, mas, como você disse, usá-la em carros de taxa alta, como alguns flex, é benéfico.
Bob, realmente me impressionou notar tanta diferença dela em um carro com taxa baixa, nele já não ocorre pré-ignição fácil. Mas mesmo assim, ao ligar o carro a primeira vez depois de abastecer com a Podium, a injeção fica louca, a marcha lenta sobe por um instante e logo despenca. Ao sair com o carro, fica muito mais sensível ao acelerador, é mesmo coisa que não esperava de maneira tão pronunciada em um motor que não foi feito para aproveitá-la.
ExcluirEm minhas medições de consumo, ele se alterou pouco, e isso infelizmente me retratou que financeiramente não é muito viável optar por ela neste meu carro, mas de vez em quando a ponho em proporção menor(isso, junto da V-power) e mesmo assim sinto como ele responde melhor. Pena que não há mais a V-power racing também, era a concorrente desta da BR.
Além disso tudo, vale lembrar que ela é ideal para reservatórios de partida a frio, pois ela tem validade maior que as outras(embora já aditivadas). Menos chance da gasolina que é pouco usada apodrecer e ficar aquela mancha escura. Meus carros mais antigos são a álcool, mas tenho a curiosidade de ver como os mais antiguinhos a gasolina reagem a ela.
Falando nisso, você crê em vantagem em aditivação no álcool(etanol), como o V-power oferecido assim?
fcm
ExcluirEssa V-Power Racing era a gasolina premium da Shell, 98 octanas RON. Ela concorria com a gasolina premium da Petrobrás, não com a Podium, que é de categoria acima da premium. Infelizmente as gasolinas premium estão acabando. A Ipiranga indica no seu site a gasolina Original premium; as petroleiras Esso e Texaco já se foram, acabaram. Tentei ver agora na Rede Ale, mas o site está com problema. Por que não faz um teste com essa Ipiranga premium, de 98 octanas?
fcm
ExcluirEsqueci de responder à pergunta sobre a V-Power etanol. É o caso de experimentar (nunca testei), uma vez que a receita deles inclui um aditivo anti-atrito.
Bob, obrigado!
ExcluirPerfeitamente lembrado, cheguei a experimentar a Ipiranga já, mas na ocasião não senti as melhoras da podium. Mas como foi há um tempo, e depois disso fiz muitas manutenções(equalização de bicos, regulagem de válvulas, troca de velas e cabos) vou testar novamente. Se eu notar bons aspectos, medirei o consumo com ela e verei se é viável, pois pelo menos tem em mais postos do que a podium, que aqui por perto encontro somente em 2. O próximo abastecimento será dela, respondo aqui sobre o que achar.
Antes de eu abastecer gasolina com a V-power o posto era Esso, e eu usava a Maxxi(aditivada). Antigamente havia uma Maxxi Premium que não cheguei a usar. Com a absorção da Esso pela Shell, a "minha" Maxxi virou a V-power, e sinceramente nem notei qualquer diferença, a qualidade é a mesma(e sendo de um posto confiável, é para ser assim mesmo, entre uma comum ou aditivada de diferentes bandeiras)
O V-power etanol ainda não senti motivo para o uso, cheguei a abastecer um carro meu. Em dois carros meus, dei uma checada e revisão nas linhas de combustível(vi do tanque até o carburador) e estavam impecáveis, sem sujeira alguma, sem aquela goma que já vi em alguns, que creio ser de combustível de má qualidade mesmo. Me lembro de dizerem do aditivo de anti-atrito, se ele for eficaz nisso, creio que ajude lá a não ressecar algumas partes que sofrem um pouco no álcool, principalmente retentores, guias e sedes; nos a álcool vejo os motores bem limpos inclusive a câmara de combustão, somente vejo parecer comum a carbonização nas válvulas de admissão; quem sabe aí fosse mais questão de regulagem no carburador mesmo, ou uso excessivo do afogador.
Mas será que essa nova gasolina irá também influenciar na octanagem?
ExcluirMeu Peugeot 308 1.6 tem uma absurda taxa de compressão de 12,5:1, onde na atual gasolina há detonação, as famosas batidas de pino.
Espero que haja um aumento na octanagem!
Alguem tem alguma informação?
Estevão
ExcluirA nova formulação da gasolina não envolve alteração da octanagem. O motor EC5 do 308 1,6 é previsto para uso da gasolina comum/comum aditivada atual e não deveria haver detonação. Se está havendo é porque você está usando gasolina adulterada com solvente, que não tem iso-octana, o que deixa a octanagem abaixo do padrão.
Bob,
ResponderExcluir"o Brasil é um país tão católico que até a gasolina é batizada...."
Militec: eu ja usei no meu carro de uso diario e nao senti a minima diferenca no desempenho do motor, zero mesmo. Melhor diferenca é perceptivel usando oleo de melhor qualidade ou de menor viscosidade, exemplo: trocar de 15-40 mineral "barato" para um 5W30 sintetico de marca boa. Infelizmente voce tem o resultado proporcional ao preço do oleo..... é que nem vinho...
curiosidade: pelo no manual da BMW 325i 93, a viscosidade do oleo deve ser selecionada pela temperatura media do local onde voce esta dirigindo o carro... locais com temperaturas abaixo de zero o manual indica 5W30, locais acima de 10 graus C indica 15W40, ate o extremo de locais acima de 30 graus C é recomendando 20W50...
abracos
RT
No manual do meu Clio (velho) também, havia a especificação de SJ ou superior, e viscosidade de acordo com a temperatura. Ou seja, na tabelinha de especificações, em que constam fluídos recomendados e litragem, não constava nada no óleo, somente para usar o especificado e em que outra página citava esta indicação de acordo com a situação.
ExcluirJá usei o Molykote A2, e notei um silenciamento no motor(detalhe que ele e o Militec dizem não afetar a viscosidade), mas fora isso, creio ou ser efeito placebo, ou como eles alegam, algum tratamento das partes metálica e redução de atrito, coisa que é difícil de provar. Em um teste de uma revista em que compararam alguns produtos do tipo, fizeram medições de emissão e desempenho nos carros em que colocaram, e de fato houve uma diferença nos valores de CO. Mas tudo isso é muito teórico e do ponto de vista de quem já usa um bom lubrificante, é desnecessário, e por algo pouco provado.
R. Tedesco
ResponderExcluirEsse conceito de viscosidade em função da temperatura média sempre foi adotado. De algum tempo para cá parece que isso mudou, as fábricas estão recomendando uma determinada viscosidade em faixas de temperaturas médias bem mais amplas. Em todo caso, há que se ver cada situação, cada manual. Ocorre também que na briga atual por menor consumo e conseqüentemente menos emissões do gás "que vai derreter o planeta", estão recomendando viscosidades cada vez menores para emitir menos CO2. Particularmente, fico com um pé atrás nisso.
thanks for the information :)
ResponderExcluirReforçando os comentários sobre a gasolina Pódium:
ResponderExcluirA partir de janeiro do ano que vem, principalmente em função da redução do ter de enxofre, a qualidade da gasolina normal vai melhorar bastante e a difernça para a Podium será bastante reduzida. Mesmo assim eu acredito que a Pódium, em função da sua formulação exclusiva, continuará tendo maior estabilidade química e resistência à formação de goma.
São estas caracteristicas que permitem que a Podium tenha uma durabilidade mínima de seis meses.
Eu tenho um carro e uma moto que rodam muito pouco e, para garantir, só abasteço eles com Pódium. Não noto difereça em consumo e desempenho, mas em compensação numca tiveram qualquer problema. Os motores dão partida e funcionam perfeitamente, como se nunca tivessem ficado parados.
Olá Bob e a todos,
ResponderExcluirtalvez eu esteja errado, corrijam-me quando necessário,
mas, considerando determinado projeto de motor, o óleo lubrificante não tem que funcionar primeiro pensando-se na viscosidade a quente 100 deg.C , e depois analisando-se a viscosidade na partida a frio, analisando-se a elasticidade de determinado óleo, não importando a temperatura ambiente haja visto a tecnologia recente na classificação API SJ pra cima de manter bem estabilizado a viscosidade na fase fria ?
Eu acho que também há uma confusão nos números antes e depois de W
Muita gente pensa que a viscosidade winter é menor do que a viscosidade a quente por causa dos números, e isso não ocorre porque nos líquidos a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, no caso de óleos lubrificantes a formulação ( polímeros ) não deixa esticar muito essa curva, assim este fluído não pode estar muito grosso no momento da partida, seja qual for a temperatura ambiente pelo fato da viscosidade estar estabilizada, e a película de óleo formada na fase quente não poderá estar muita fina, tudo isso bem especificado para evitar prejudicar o desempenho do produto e do motor, consumo e emissões.
Então que diferença fará se a temperatura ambiente for 10 deg.C ou 40 deg.C se o motor pode perfeitamente partir com uma viscosidade por exemplo 50 cSt ( não coberta pelos multi-viscosos 10W-xx nem a 40 deg.C ), bem como que diferença fará na fase quente ( que será a mesma numa temperatura ambiente de 10 deg.C ou 40 deg.C ) se o motor pode funcionar com o óleo numa viscosidade de 9 cSt ( não coberto pelos multi-viscosos xxW40 ) ?
Ou seja estou falando de óleos 5W30 pelo menos API SL, ao que parece tornando-se um padrão mesmo aqui no Brasil, pela tecnologia atual dos motores.
Assim concluindo, que diferença faria se um multi-viscoso 5W numa temperatura ambiente de 45 deg.C sua viscosidade fosse 30 cSt ( não possuo a curva desses óleos ) ao invés de 50 cSt a 30 deg.C ? Não seria melhor ainda para a partida a frio ?
Espero agora que com esse novo combustível, se popularize a injeção direta de combustível. Aparentemente, o excesso de enxofre era o motivo para a não aplicação em grande escala dessa tecnologia.
ResponderExcluirMas o teor de enxofre na gasolina não impede sua utilização em motores com de ijeção direta, apenas impede o funcionamento estratificado, para obter o rendimento máximo.
ExcluirCom funcionamento estratificado é gerada uma quantidade de NOx que exige a aplicação de um catalizador específico, o qual não admite a presença de enxofre nos gases.
Assim eu acredito que isso não seria desculpa aceitável para não aplicar a injeção direta em grande escala.
E, se eu não estiver enganado, 50 ppm de exofre ainda é uma concentração muito alta para usar este catalizador.
Universitários pode me ajudar...
Bob,
ExcluirTeria alguma informação nova, ou antiga mesmmo, sobre esta questão da otimização dos motores com injeção direta, teores de enxofrea aceitáveis e tecnologia catalizadores?
Faz um bom tempo que não ouço mais nada a esse respeito.
nice article continued success for you :)
ResponderExcluirthanks for the good information on the see :)
ResponderExcluirEzequiel - NH/RS
ResponderExcluirBob, se eu entendi bem, haverá gasolina aditivada e gasolina ainda mais aditiva. É isso? E assim haverá diferença de valores "pela livre concorrência na Terra do Nunca"... que piada!
Aproveitando a pergunta, como faço pra saber se o "gasolixo" que me vendem nos postos é aditivado mesmo? Você recomenda o uso do aditivo da STP Fuel Injection Cleaner?
Abraço!
Ezequiel
ExcluirExato, duas aditivadas. Preço é outra história, mas que haverá diferença entre elas, sem dúvida. Para saber a composição da gasolina, como determinar se tem ou não aditivo, só analisando. Nunca usei esse aditivo STP, não posso opinar.
very nice article, I honestly love it :)
ResponderExcluirthank you for the information and Greetings
ResponderExcluirthanks for nice information
ResponderExcluirthanks for good information once and I really love it
ResponderExcluirGreat article and very interesting :)
ResponderExcluirGostaria de comentar um fato sobre gasolina aditivada da BR e moto vw 1.0. Após pegar o veículo zero sempre coloquei gasolina aditivada da BR em postos de confiança, após 2 meses um barulho estranho apareceu ao ligar o veículo pela manhã, é um barulho que fica durante 5 minutos, é como se o óleo não tivesse chegado em todo o motor, mas ao levar na concessionária o mecânico disse que era o gasolina ruim, que era melhor colocar álcool de vez em quando, eu fiquei na dúvida, pois no carro anterior sempre abasteci no mesmo posto e nunca apresentou problemas, eu coloquei álcool e motor funciona maravilhosamente, sem qualquer barulho pela manhã. Quando eu volto a colocar aditivada BR o barulho volta após uma semana de uso. Eu decidi então colocar álcool novamente e quando zerou o tanque coloquei somente gasolina comum só que do Posto Shell. Acreditem que o barulho não apareceu, sumiu igual ao do álcool. Eu estou começando a desconfiar da gasolina aditivada da BR, mas para tirar esta dúvida, quando terminar a gasolina comum da Shell eu vou colocar a aditivada deles(Shell). Se não tiver barulho algum vou acionar a concessionária para investigar o combustível da BR aditivado.
ResponderExcluirAmigo, desculpe responder tanto tempo depois do seu comentário, mas a VW chegou a fazer uma campanha de recall com motores 1.0 produzidos há alguns anos atrás, por terem errado no óleo lubrificante que era posto nos motores na fábrica. Este óleo causou tremendar dores de cabeça a vários proprietários de veículos praticamente novos, com baixa quilometragem. Na época, até que a fábrica descobriu o problema, uma das justificativas dadas pelos mecânicos de concessionárias, era a gasolina ruim.
ExcluirSugiro que consulte a concessionária com relação a este assunto do recall, e da substituição do óleo original pela nova especificação. Espero ter ajudado.