No último dia 26 de novembro foram publicados os resultados mais de testes de impacto para uma lista de veículos produzidos na América Latina, pelo respeitável órgão Latin NCAP.
Quem deseja saber mais um pouco do significado e o que eles fazem, bem como os testes feitos até agora, antes de seguir adiante com a leitura, recomendo vejam este link.
Imagino que a maioria dos leitores do AE tomaram ciência dos desastrosos resultados, alguns de vocês nos escreveram pedindo comentássemos algo a respeito e foi o que decidimos fazer, não sem antes de um longo debate dentro deste grupo.
Os pontos discutidos não fogem muito do que se publicou e comentou na imprensa a respeito, que começam com uma constatação: compramos os carros compactos com níveis de proteção aos ocupantes contra impactos semelhantes aos que os compactos europeus (segmento B, lá) produziam há vinte anos.
Um dos pontos que parte deste grupo defende, já deve ser conhecido de muitos de vocês: não compramos carro para bater. Por mais controverso que pareça, há aqueles que se posicionam que seu carro é de uso particular, levam em conta seu histórico como motoristas, cuidados que eles tem na direção e também estatísticas. Definitivamente, não levam em conta as estrelas em crash test na compra de um automóvel.
Do outro lado, há os que defendem o "quando não estamos sozinhos", pensam na proteção a seus familiares, estando eles ou não na direção, sejam filhos, namoradas ou esposas, por mais remota que possa ser a possibilidade de colisão, o peso da proteção aos ocupantes é maior. Para eles, o Latin NCAP vem bem a calhar, ajudaria na escolha de seu próximo veículo.
Mas os primeiros resultados desanimam. De todos avaliados até o momento, os quatro estrelas mais baratos custam a partir de R$ 49.000, como o Nissan Tiida. Se pouco maiores, Corolla e Cruze, os preços começam em R$ 64.000. Muito caro? Três estrelas é também considerado proteção adequada, aí você encontra Fiat Palio Fire 1.0 com somente airbag e ABS por R$ 28.100, sem ar-condicionado nem direção hidráulica. Seu concorrente direto, o VW Gol G5 1.0 com airbag pode ser encontrado por R$ 37.230, também sem condicionador de ar, mas com um monte de opcionais obrigatórios. OK, a VW pode reagir e facilmente reconfigurar a lista de opcionais, mas Chevrolet Celta e Classic não têm airbag nem como opção. Ford Ka também não e estes três ficaram com uma estrela somente.
Desanimam também os comentários dos testes, assoalhos rompidos, carrocerias que não absorveram impactos, enfim, um desastre. Pior, só o chinês Geely, que não precisa das bolsas infláveis, pois a carroceria sequer oferece integridade adequada. Zero estrela! Consolo ruim esse.
Motivos para alarme? Acredito que não, convivemos com esse parque de automóveis há anos, os modelos testados até agora pelo Latin NCAP representam pouco mais de dois milhões de unidades vendidas anualmente, ou quase dois terços de nosso volume de emplacamentos e somente uma porção ínfima tem desempenho igual ou superior a três estrelas nos crash tests dessa entidade. Gol e Palio inclusive, uma vez que o mix de bolsas infláveis nas vendas destes dois modelos está algumas casas depois da vírgula de insignificância.
Sabe-se a agenda do Latin NCAP deve seguir com mais testes até que acumulem a totalidade do que se vende aqui e depois sigam testando cada lançamento.
De repente vem uma entidade, testa nossos veículos, os condena de inseguros, com razão, e vamos todos começar a gritar? Não faz sentido. Quer dizer aquele carro que você dirige há anos, depois dessa divulgação passou a ser um maior risco para você? Seu eventual e improvável próximo acidente passou a representar maiores riscos de uma hora para outra?
Se sua resposta for sim, como a de muitos desse grupo e em seu orçamento não cabe um veículo de 50 mil reais, faça como alguns, que fugiram dos nacionais populares, já que rodam pouco e adquiriram BMW Serie 3 da década de 90, pura diversão a preço contido. E veja o resultado deles no crash test da figura abaixo. Uma estrela, com airbag...E a resposta deles depois de se inteirarem desses resultados? Ah, não comprei esse carro pra bater...
Então, vale tecer uma compreensão mais abrangente do tema. Os automóveis foram projetados para atender parâmetros de projeto, os parâmetros que dizem respeito à segurança passiva, deformação etc,. foram feitos para atender leis vigentes dessa época. As exigências do NCAP têm mudado com o tempo, o que não invalida os projetos anteriores.
Como curiosidade, notem que a atual legislação européia, adotada por vários países do bloco, pede testes de colisão frontal a 56 km/h, o Euro NCAP testa hoje a 64 km/h, com off-set (obstáculo fora do centro da colisão), muito mais rigoroso portanto. E hoje, os fabricantes europeus objetivam atender os parâmetros Euro NCAP, que significa superar as exigências das leis de segurança passiva, fácil presumir. Antes do NCAP surgir em 1997, todos veículos passavam por testes de impacto dos fabricantes, resultados não eram transparentes nem conhecidos do público, mas todos sim, atendiam a legislação vigente.
O que ocorreu de lá para cá é que o Euro NCAP divulga os testes ao público e à imprensa, os resultados estão lá em sua página na internet para quem quiser ver, essa exposição obrigou todos os fabricantes a reverem sua maneira de tratar do tema de segurança passiva, ninguém quer ficar para trás. Buscar acima de quatro estrelas é o mínimo. E fazer carros que atinjam cinco estrelas virou até propaganda, há um filme que rodou bastante no YouTube, da Renault (link). Uma vez que os concorrentes foram obtendo mesmo número de estrelas, deixou de ser um diferenciador competitivo, mas o sarrafo subiu. Todos ganharam.
Essa entidade cresceu, o presidente do Global NCAP é ninguém menos que Sir Max Mosley, a FIA está por trás, sua filial Latino Americana tem uma bela missão à frente, contribuir, através da mesma forma que vem fazendo na Europa, para que nossos veículos se tornem mais seguros do que hoje. A surpresa desagradável está aí, os resultados recentemente divulgados, outras más surpresas surgirão à medida que mais testes e resultados forem saindo, mas alguns fabricantes já iniciaram reação imediata, está lá, a Fiat acionou seu fabricante de cintos de segurança, cujo pre-tensionador no Palio não funcionou como deveria, a Toyota foi atrás de uma cadeirinha de bebê que melhore os resultados (Corolla foi mal no teste de proteção a crianças de até 3 anos) e conseguiu.
E airbag torna-se obrigatório para todos os veículos a partir de 2014, não tão longe, mas pouco adianta a lei da bolsa inflável se o resto do veículo não mudar. Similar ao que acontece na Europa. Ou não? Uma entidade independente se dispõe a testar os veículos vendidos no mercado sul-americano, divulga os resultados de forma aberta e deixa o consumidor tomar as suas escolhas com base nessas informações. Tudo de forma limpa e isenta.
Presume-se alguns fabricantes terão de inserir reforços estruturais em seus veículos atuais, até que as novas gerações melhor dimensionadas (ou reforçadas de "fábrica") os substituam. O Latin NCAP passará a adotar testes de colisão lateral, na Europa foram introduzidos em 2009, e contra postes, enfim, há muito o que fazer. E o carro do futuro será mais seguro que o atual, como é nos mercados desenvolvidos.
O que acho ótimo.
MAS
Bacana sua abordagem, foi bem neutro e falo de todos os pontos de vista, parabéns !
ResponderExcluirÉ complicado mesmo o assunto, concordo com o outro post do bob onde ele disse que a implementação do airbag eo 2014 foi feita de forma errada e também concordo que não compramos o carro pra bater, mas por mais cuidadosos que sejamos, estamos todos sujeitos aos outros, a fatores alheios, e é aí que mora o perigo, é por isso que eu pessoalmente me preocupo com a segurança de um veículo.
Se pensarmos **somente** nas possibilidades, não faremos nada, ou faremos coisas extremamente estúpidas.
Perdoe-me apenas alguns comentários dissonantes:
ResponderExcluir1-) Qual a diferença do excelente para o 3 estrelas comum? O que mata mais no Brasil é a ausencia total de politica de educação no transito e legisladores que pensem no problema "transito" sem a visão arrecadatória.
2-) Max Moosley? FIA? O pessoal tem mania de personificar o trabalho de equipes inteiras na mão de uma única pessoa. Parece coisa do João Dória Jr e o seu premio "Lideres do Brasil". Bajula todos os empresários faz uma panacéia e ignora o trabalho de um montão de gente (por sinal ontem, no Premio LIDE exibido a noite pela TV só faltaram homenagear o Carlos Lupi).
E honestamente a FIA não põe ordem nem na Formula 1 vai colocar ordem nos fabricantes, se fazendo de "ONG"
Quanto ao artigo Marco Aurélio, está muito bom, e imparcial. Apenas discordo desses pontos.
Nada disso faz sentido quando o carro na direção contrária é um SUV de 2,5 toneladas a 120 km/h.
ResponderExcluirNão existe cinco estrelas para vencer a obesidade automotiva e o crescente segmento de SUVs andando a velocidades incompatíveis com seu peso.
E nem vou citar os caminhões a 120 em qualquer rodovia brasileira.
A ADAC publicou recentemente um teste realizado onde dois carros familiares recebiam o impacto de um caminhão pequeno, tipo o famoso MB608. Ambos os carros tinham tres e quatro estrelas, respectivamente e foram destruídos completamente pelo caminhão a 80 km/h.
A mesma ADAC comparou a colisão entre o Fiat 500, de cinco estrelas, e o Audi Q7. O resultado é o que a lógica nos faz imaginar - desfavorável para Davi.
Obviamente é preciso ter uma referência média, mas o resultado tem mais efeito psicológico que prático, já que acidentes sempre envolvem outras forças além das controladas em teste.
Não dou muita bola para isso não, sinceramente, mesmo dirigindo um carro com 4 estrelas do EuroNCAP, não confio nelas diante de um gigantesco SUV.
Marco,
ResponderExcluirParabéns pela abordagem sensata de um tema que pode facilmente descambar para o sensacionalismo barato!
MAO
Se o carro mais seguro do mundo me desagradar visualmente, ou for de uma marca que eu não aprecie, ou for fora de meu orçamento, eu não comprarei.
ResponderExcluirPode vir até o Papa bater carro e implorar.
Eu acho que ainda falta alguém para abordar a questão da segurança no trânsito.
ResponderExcluirNos EUA tem um órgão chamado IIHS que produzir relatórios muito interessantes. Um artigo recente mostra que depois da chegada dos controles de estabilidade e anti rolamento, os SUV´s que eram considerados os mais mortais no trânsito se transformaram nos veículos mais seguros da atualidade.
Como o NCAP não consegue mostrar isso, falta alguém para coletar, processar, analisar e mostrar quais são os veículos que mais matam nos últimos anos.
Realmente, nada substitui o bom senso e o cuidado. O cinto de segurança também ajuda muito. Somente mais uma prova de que pagamos um dos maiores preços do mundo por carros defasados. Mas disso já sabíamos, né?
ResponderExcluirNunca vamos estar 100% protegidos, assim como podemos passar a vida inteira sem sofrer um acidente, mas é bom saber que, se acontecer, este e aquele sistema ou o projeto como um todo está "tabalhando" para minimizar (ou ao menos tentar, pois como foi exemplificado, se uma Scania passar por cima do seu carro, nem 800 air-bags vão livrar sua cara) as conseqüências. Por isto é importante ter conhecimento de como andam nossos carros neste aspecto, e cobrar melhoras.
ResponderExcluirSim, carro não foi feito para bater.
ResponderExcluirMas, para mim, nada desculpa o fato de um carro como o Nissan March vendido aqui se sair pior no crash test do que os seus irmãos feitos em outros países.
E piora o fato dele ser também mais caro que os outros March, então deveríamos, ao menos, ter o carro mexicano com a mesma qualidade de construção do tailandês vendido para o Japão.
Meu carro anterior tinha dois airbag e eu me sentia seguro por isso, embora soubesse que não serviria para nada se batesse em um grande SUV ou caminhão. Mas depois que li em algum lugar que infelizmente não lembro onde, que o gás nele contido poderia cegar os passageiros, passei a ter dúvidas da real necessidade em usá-lo.
ResponderExcluirPara um pai de familia que preza por sua próxima geração é melhor e mais barato comprar um Ford Ka que um Toyota Corolla. O compacto oferece três estrelas para as crianças enquanto o troféu da classe mérdia só tem uma estrela para os pimpolhos.
ResponderExcluirO Uber, acima, tocou na ferida. O maior problema que foi revelado nesses testes, não é o quão ruim são nossos carros, mas o porquê do mesmo carro ser pior aqui do que seus iguais pelo mundo.
ResponderExcluirAlguém viu alguma explicação dos fabricantes?
Nos fez sentir mais idiotas ainda do que já somos, pagando preços exorbitantes em carros vagabundos.
A única coisa que disseram foi:"Nossos produtos estão dentro da legislação vigente". Então se não houvesse nenhuma lei regulamentando isso, nenhuma fábrica se preocuparia com segurança?
Brincadeira.
Prezados,
ResponderExcluirmuito bom o post. Obviamente não compramos carros para bater, muito menos para morrer. Mas acredito que precisamos de um mínimo de segurança em caso de acidente, aliás, chama-se "acidente" porque é involuntário, sem intenção de cometer, mas temos sempre que contar com a possibilidade, por menor que seja.
De qualquer forma, estes testes somente nos mostram o quão caro pagamos por produtos de péssima qualidade. Não entendia a importância de um ABS/EBD até ter um carro com o sistema e conseguir evitar uma colisão que poderia ser séria.
Também não podemos fazer comparações absurdas do tipo:"se passar um caminhão por cima do meu carro, não tem jeito, não sobreviverei". Não é assim que se se deve pensar para termos políticas públicas de qualidade, principalmente no trânsito. O problema é complexo, amplo e as soluções devem ser implementadas sistematicamente.
Mas os testes serviram pelo menos de alerta para muitos e pelo menos agora sabemos o que estamos comprando e o quanto somos explorados. Infelizmente, em nosso país, atitudes só são tomadas depois que os fatos são realmente mostrados.
Jesiel,
ResponderExcluirmataste a charada. E não é só aqui no Brasil não. Em outros países de primeiro mundo também. A gente faz até onde a legislação permite e exista, principalmente, fiscalização. E é assim mesmo que somos vistos no exterior, por um povo "idiotas" que assiste passivamente as coisas acontecerem.
Também curti muito o texto. Só comento aqui para somar aos demais elogios! hehe
ResponderExcluirsou um dos anônimos que encheu o saco do BS para se manifestarem a respeito. então agora venho aqui agradecer a manifestação.
ResponderExcluira indignação não se deve tanto a segurança fajuta dos nossos carrinhos. mas muito mais à diferença, de um mesmo modelo vendido aqui e lá fora, como já foi bem comentado acima.
Caro Autor
ResponderExcluirA Série 3 referente ao teu comentário começou a ser comercializada em 1990, portanto faz juz ao comentário feito pela Latin Ncap, de que os carros nacionais atuais oferecem a mesma segurança dos europeus de 20 anos atrás. Não consegui entender o seu ponto de vista, pois vc apenas repetiu o óbvio dito pela entidade.
Apenas se esqueceu de mencionar que ao preferir uma Série 3 dos anos 90 em vez de um Nacional 0 Km, que a BMW possui "alguns" itens a mais, tais como ABS, Couro, Câmbio Automático, etc etc etc, e tudo isso vc encontra na casa dos 20 mil reais.
Agora isso aqui foi uma das BOBAGENS que já tive o desprazer de ler na minha vida:
"De repente vem uma entidade, testa nossos veículos, os condena de inseguros, com razão, e vamos todos começar a gritar? Não faz sentido. Quer dizer aquele carro que você dirige há anos, depois dessa divulgação passou a ser um maior risco para você? Seu eventual e improvável próximo acidente passou a representar maiores riscos de uma hora para outra?"
Creio eu que o mal informado autor do texto não se deu conta desse pequeno detalhe aqui:
http://www.89fmjoinville.com/dpvat-registra-mais-de-165-mil-vitimas-de-acidentes-de-transito/
Foram APENAS 27 MIL mortes no 1º semestre de 2011.
Pode-se - e deve-se - culpar tds as causas já sabidas de acidentes:
Imprudência, imperícia, bebida, velocidade, más condições das vias e etc. Ok...tudo isso deve ser levado em conta ANTES que o acidente ocorra, mas E DEPOIS?
A segurança Ativa é tão importante quanto a segurança Passiva, e é nesse quesito que os carros zero Km fabricados aqui no Brasil pecam bastante.
Acho que a preocupação c/ a segurança vem c/ a maturidade, com o tempo mesmo. E não somente ao volante de um carro, mas em todas as ações que tomamos parte em nossas vidas.
Agente vai ficando mais medroso e menos ousado, e começa a dar valor à segurança, coisa que o senhor deve desprezar, talvez pela idade, talvez pela inconsequência, ou ambos infelizmente.
Muito bom post. Minha visão é que para se chegar a um acidente com consequência fatal é necessário a combinação de uma série de eventos, cada qual com seu peso para o resultado final, como exemplo, poderia "chutar" o peso de alguns:
ResponderExcluirPreparo, habilidade e estado de atenção do motorista: 70%
Manutenção do veículo (que na verdade também é responsabilidade do condutor): 5%
Condições ambientais (piso, sinalização, etc., a qual o condutor também tem que se adequar): 5%
Estar na hora errada perto de um maluco ou incauto que vem para cima de você: 10%
A batida ser acima de uma velocidade que os sistemas de segurança possam te proteger: 10%
Sei que os números que coloquei são totalmente chutados, mas o que eu queria mostrar é que entre um carro 1 estrela e um 5 estrelas, você não está aumentando sua segurança de 0% para 100%, mas talvez em 10%, que é a parcela de contribuição dos sistemas de segurança do veículo, para o resultado final de um acidente.
Não estou minimizando a importância da segurança do veículo, já que esses 10% a mais de segurança podem ser a diferença entre viver ou não, e nessa questão qualquer melhora é importante, tanto que é o fator que mais levo em conta na escolha de um carro. Acho importante a consciência desses pesos para que as pessoas não comprem um carro 5 estrelas e comecem a se sentir seguras o suficiente para ignorarem os outros fatores de segurança, que são muito mais decisivos.
Lembrei agora e senti a necessidade de postar.
ResponderExcluirSemana passada vi na tv um jovem embriagado e com uma lata de cerveja na mão, falar a repórter que se sentia seguro em dirigir assim, porque seu carro tinha airbag, ebd, abs e outras parafernálias de segurança.
Aí a repórter perguntou se ele não tinha medo de ser parado em uma blitz e a reposta foi não, porque seu aparelho celular possui internet e certamente ele seria avisado via twitter.
O cara demonstrava ter um ótimo nível de estudo. Provavelmente cursando alguma faculdade.
Aí eu pergunto: O que nós podemos fazer com essas pessoas que tem mentalidade de antílope?
Boa essa do Antonio Amaral: De um carro "1 estrela" para um "5 estrelas", a segurança para os ocupantes não é aumentada em 100%, mas sim talvez por 10%. Não fosse assim, teriamos tido muito mais mortes no transito em décadas passadas, quando todos os carros certamente tinham menos que 1 estrela.
ResponderExcluir“Quer dizer aquele carro que você dirige há anos, depois dessa divulgação passou a ser um maior risco para você? Seu eventual e improvável próximo acidente passou a representar maiores riscos de uma hora para outra?”
ResponderExcluirStrassen,
Sinceramente, não entendi sua colocação. Meu carro não se transformou num carcará sanguinolento só depois dos testes: Ele SEMPRE o foi! É pura questão de sorte não ser a próxima vítima. O que o Latin NCAP fez foi apenas ratificar o que eu e o consumidor mais atento já sabíamos, mas não havia como provar. Desde 1991 venho cutucando a imprensa especializada sobre o tema, me baseando apenas na observação leiga sobre a deformação excessiva dos carros e as consequências para os ocupantes em acidentes relativamente leves. Sempre fui crítico visceral de projetos como Uno antigo e Kombi, cujas carrocerias são escandalosamente frágeis. No entanto, pouquíssimo se vê a respeito na imprensa. Quanto à pergunta/título “Resultados dos crash tests do Latin NCAP: Indignação ou bom futuro?”, eu responderia: Indignação com o passado e o presente, esperança cautelosa com o futuro. Que venham mais testes.
O que ninguém parece ter entendido é que a solução para a segurança não está em fazer carros cada vez mais resistentes - e mais pesados.
ResponderExcluirO que salvaria vidas no trânsito são veículos pesados com velocidade severamente limitada e fiscalizada, carros de passeio com recursos mínimos de segurança ativa - ESP, EBD, ASR etc, rigidez na habilitação dos motoristas, seriedade na sinalização e construção da infra-estrutura e punições sérias e severas para os infratores.
Tem motorista que tem medo de dirigir. Tem medo de subir morro, medo de fazer curva ao lado de caminhão. Um motorista medroso é mais perigoso que o motorista ousado, pois a chance deste último ter mais destreza é maior.
Os CFC não ensinam o que fazer em caso de sobreesterço, subesterço, aquaplanagem, que a embreagem serve pra "matar" o motor (e não pra trocar de marcha), que frear demais é ruim etc.
O sacripanta que me habilitou nem olhou pra minha cara pra saber se eu tinha dois olhos. Dei uma volta no quarteirão em segunda marcha, estacionei o carro de qualquer jeito e fui aprovado. Aprendi a dirigir mesmo por gosto e interesse próprio. Mas tem gente que nunca aprende e ainda compra SUV pra andar a 150 km/h.
Não existe compacto cinco estrelas no mundo que resista a essa combinação.
Um dia todos os carros da rua terão cinco estrelas, e mesmo assim o número de mortes vai continuar aumentando pq aumenta a velocidade, o peso dos carros, o número de carros, mas não aumenta a estrutura nem a fiscalização e muito menos a punição.
Que esse comentário fique salvo por 10, 15 anos para comprovar.
mas quem está muito preocupado com a segurança e não tem condições de adquirir um veículo com todas as estrelinhas porque não colocar um ou dois bancos de competição, cinto de 4 ou 5 pontas e não se esquecer do capacete. é perfeitamente legal e por um custo acessível.
ResponderExcluirVivemos a base de parâmetros, mesmo que não se pense nisto. Se foram estabelecidos parâmetros de segurança em impactos e nem de longe estamos chegando perto destes parãmetros, é porque compramos algo pior do que em outros países. Logicamente, se não existissem estes parãmetros, estaríamos mais satisfeitos com a nossa indústria automobilística.
ResponderExcluirSimples assim. Na época da Telebrás, quem conseguisse um telefone em 6 meses era feliz. os parâmetros mudam e com eles o nosso grau de exigência, o que na área de segurança automotiva significa salvar muitas vidas.
Anônimo 8/12 14:18
ResponderExcluirSaiba você e os demais leitores que modo algum sinto me sinto incomodado com pedidos e pressões para falar de determinado assunto. Considero isso parte de minha atividade e encaro tudo com a maior naturalidade. As portas do AE sempre estarão abertas para quem quiser saber alguma coisa, sugerirr post ou simplesmente comentar.
CCN1410,
ResponderExcluirO gás usado nos airbags é nitrogênio, 70% de noss atmosfera é composto por ele. ;)
Acho que o que pode cegar é o atrito direto com a bolsa ou talvez os óculos que você estiver usando, mas isso também é um boato que li por aí faz tempo e não fui atrpas pra saber, meu airbag é minha napa hehehe.
Sobre o jovem que você citou no outro post, é complicado, mas vejo que os mais jovens estão cada vez mais informados e cada vez mais estúpidos, arrogantes e egoístas.
Contrastando com isso, no programa "Agora é Tarde", o finado Sócrates ao ser questionado se se recusaria a fazer o teste do bafômetro caso fosse parado pela polícia respondeu um sonoro não.
Porquê ? Replicou o Danilo Gentilli
Porque é a lei.
--
Sobre o peso e velocidade dos outros veículos, concordo, tanto que, depois de andar no rodoanel, entendi porque todo dia tem um caminhão tombado lá, fui ultrapassado por um, a 130 por hora, e pela direita, isso porque tem a tal fiscalização por câmeras..
A responsabilidade vai de cada um.
Uma coisa que eu acho inegável é que até um chinês Geely é muito mais seguro que qualquer moto.
ResponderExcluirEntão por que tem tanta moto sendo vendida? Acho que a maioria dirá que é por necessidade, pois teria um carro se tivesse condições.
Então se a necessidade se sobrepõe à segurança, não adianta um carro ser seguro e não ter um custo acessível.
Veja bem, se os populares ficarem muito caros por causa dos recursos para segurança (ABS, Airbag, ESP, etc...) em função das medidas compulsórias do governo, então essas leis teriam efeito contrário, dificultando a compra de carros, incentivando a aquisição motos o que no fim acabaria matando mais gente.
Perneta,
ResponderExcluirColocação perfeita, tem muito de incoerência exigir e dar tanto destaque à segurança do carros, quando as motos, incomparavelmente mais inseguras que um zero estrelas, dividem o mesmo espaço e estão expostas aos mesmo riscos dos automóveis. É como se a lei diferenciasse o valor da vida de quem anda de moto e de carro, para um o risco é aceitável e para outro não. Sou a favor de quanto mais segurança melhor, mas a lei fica incoerente, deixa o motoqueiro escolher correr o alto risco de andar de moto, mas os carros serão obrigados a ter ABS e airbag. Reforçando, minha crítica não é contra os equipamentos de segurança, mas à incoerência da lei.
As "estrelas" ainda não viraram moda no Brasil. Quando virar, o brasileiro vai começar a se importar com elas. Assim, vamos encontrar veículos com muitas estrelas de segurança nas ruas, porém com pneus carecas, sem manutenção, motoristas imprudentes...
ResponderExcluirAmanda PAZ e Amor
Pra um carro ser seguro mesmo em impacto só com gaiola padrão FIA.
ResponderExcluirO negócio é educação no trânsito e carros bons de guiar, que facilitem um desvio de trajetória abrupto, ou seja, que o motorista EVITE a batida.
Tem que haver uma fiscalização muito mais severa em cima dos caminhões.
ResponderExcluirO que se vê por ai hoje em dia é triste....
Bob Sharp 08/12/11 16:30
ResponderExcluirCarro já ta me enchendo o saco e mesmo assim continua sendo minha principal paixão.
É muito carro na rua, sempre foi assim mas piorou muito se comparado a 10 anos atras e isso reflete nos serviços relacionados, a demora pra realizar um bom serviço no carro só aumenta, ainda mais se fizer questão de boas oficinas mecânicas e de funilaria, loja de auto-peças, profissionais em geral.
Recentemente parti pra uma boa moto, coisa que eu já gostava e hoje em dia me serve muito bem mas ainda mantenho os carros.
Por isso gostaria de ler mais sobre o assunto moto/motociclismo no AE, até porque alguns colaboradores tem ou já tiveram motos.
Perneta, até entendo sua colocação, mas a principal diferença entre carro e moto, está relacionada à segurança ativa, ou seja a capacidade de se esquivar de um acidente.
ResponderExcluirMotocicletas aceleram, freiam e desviam mais rápido que carros. Elas têm uma maior capacidade de não se envolverem em acidentes. Agora atente ao ponto, as motos têm essa capacidade, o que não quer dizer que o motociclista também tenha.
A formação do condutor na hora de tirar sua habilitação, hoje, no Brasil, é uma das coisas mais tristes e irresponsáveis que existe.
Uber e Jesiel,
ResponderExcluirPra mim o ponto é exatamente esse, a diferença do MESMO modelo vendido aqui e lá fora quanto à segurança.
A minha curiosidade é saber como o Fox se sairia, pois o modelo fabricado aqui mas vendido no exterior, conseguiu 4 estrelas. Se o resultado do modelo voltado para o mercado nacional for muito pior, está mais que provado que existem duas linhas dentro da produção.
"De repente vem uma entidade, testa nossos veículos, os condena de inseguros, com razão, e vamos todos começar a gritar? Não faz sentido. Quer dizer aquele carro que você dirige há anos, depois dessa divulgação passou a ser um maior risco para você? Seu eventual e improvável próximo acidente passou a representar maiores riscos de uma hora para outra?"
ResponderExcluirNão. Apenas o pessoal viu que a coisa era muito pior do que imaginavam. Uma coisa é você achar que era inseguro, outra coisa é você constatar que colidindo a uma velocidade tão comum quanto 60km/h você tem um risco enorme de morrer.
Pior ainda é saber que aqueles carros europeus que custam a metade do valor não são só mais equipados como tão mais seguros que ao invés de morto o motorista sai com poucos arranhões numa mesma colisão.
Agora não entendo esse povo que defende a direção responsável como o método para não se machucar no trânsito. Que argumentação boba! Ninguém discorda disso. Ninguém está pedindo carro mais seguro para ganhar o direito de sair fazendo besteira nas ruas.
Estamos pedindo carros mais seguros porque eles podem ser feitos, simples! A mesma fabricante do Uno, vende o Panda na europa, feito com a mesma plataforma e uma nota muitíssimo superior. Porque não aqui? A questão é somente essa.
Ou alguém aí prefere andar num carro 0 estrelas do que num carro 5 estrelas?
Essas comparações de "é melhor um motorista prudente numa kombi do que um maluco num Fiesta com 7 air bags" não cabe.
A questão é: um motorista prudente num carro seguro é muito melhor do que um motorista prudente num carro inseguro. Alguém discorda?
Como já comentado por outros, muito bom o texto, por apresentar os fatos para que cada um reflita a respeito.
ResponderExcluirSinceramente, eu não dou lá muita importância para questão de resistência a impactos. Claro que não vou sair por aí comprando qualquer porcaria, mas a resistência a impactos frontais que os carros obtiveram a partir dos anos 90 já é suficiente para mim. Sem contar que o impacto causado pelo crash test do NCAP é uma senhora de uma porrada!
Não me agrada dirigir uma carro massudo por conta de proteção exemplar contra um possível impacto, que provavelmente nunca irei sofrer. Prefiro muito mais correr o risco de passar desta para melhor em um carro não tão à prova de pancada, porém com peso comedido e reações mais rápidas. Viver tem seus riscos e eu me permito correr alguns deles sem neuras.
O que me revolta é o que outros já apontaram: modelos brasileiros serem mais fracos que seus similares vendidos na Europa, EUA ou Japão. Tremenda falta de respeito para com o consumidor brasileiro, pois o projeto é bom lá fora e foi "abrasileirado" nesta terrinha tupiniquim.
Temos carros defasados? Sim, temos, mais por causa da nosss legislação.
ResponderExcluirTemos motoristas bem formados? Não. Ensina-se a tirar carteira, não dirigir com segurança.
Então não adianta nada termos carros seguros com almofadas de ar, carrocerias reforçadas se numa rodovia ou rua de mão dupla ninguém dá muita bola pra faixa contínua pintada no asfalto, naquela crença do "vai que dá"!
Considero essas tecnologias inseridas nos carros como atenuadores dos efeitos do impacto sobre o nosso corpo É isso que mata, o choque que recebemos.
O que nos realmente nos tira de um acidente é a prudência.
Me desculpem pela crítica, mas é o primeiro texto do AE (que eu li) que assassina o português de forma absurda! Cansei de voltar a leitura para compreender o que estava escrito.
ResponderExcluirSobre o tema, eu questiono o porquê de alguns carros nacionais terem resultado inferior ao seu similar europeu. Seria a utilização de aço de pior qualidade? Estranho...
Valeu.
Muitas coisas estão evoluido. O consumidor aos poucos vai percebendo o quanto é enganado aqui no Brasil. Ou seja um dia a casa vai cair e os lucros absurdos das montadoras tambem. Acho que a imprensa especializada deve evoluir tambem, chega de ficar só de elogios e pequenas criticas. Ta na hora de sair de cima do muro. E começar a bater de frente com as montadoras, importadoras etc. Só em um lugar aqui outro ali vi criticas diretas aos carros nacionais em relação a segurança. Mas creio que é dificil para a imprenza de modo geral bater em quem os alimenta em todos os sentidos.Quando a Renault colocou a venda o Clio no Brasil com air bag de serie, nunca encontrei numa revista, etc elogios claros a este repeito. Em comparação com outros carros, a questão segurança nunca tinhha a devida importancia, falavam mais que vinha com calota e motor 8v fraco!!!! Esqueciam do dispositivo de segurança. Então culpo sim a imprensa especializada de modo geral por nossos carros estarem defazados em tudo Eu queria um imprensa que realiza-se comparativos entre carros de forma clara, direta e sem tendenciaspara esta ou aquela montadora, no final um resumo tipo. Carro A tem bom freio, bom motor, faz curva, gasta mais etc. Carro B è economico, suave, tem mais espaço, porta malas, mais seguro etc.
ResponderExcluirOu seja Carro A para quem curte carro e quer um pouco de prazer ao dirigir,já o Carro B é um bom meio de transporte para quem apenas procura isso. Gosto de velocidade, corridas de carros motores potentes, e daí. Não me entra na cabeça o fato dos carros aqui serem sempre desatualziados, em segurança nem se fala, e a imprensa achar isso normal.
É triste ver o quanto são inferiores em segurança os carros vendidos no Brasil, seja por possuírem projetos jurássicos - caso dos veículos da GM, por exemplo; seja por sofrerem grandes reduções na qualidade de construção - caso do Nissan March, por exemplo. Para piorar ainda mais o quadro, o que se paga por esses carros inferiores aqui no Brasil é o dobro ou o triplo do que se paga por carros muito melhores no exterior.
ResponderExcluirO mais importante é que o primeiro passo foi dado: finalmente temos um órgão a testar a segurança dos carros vendidos em solo brasileiro, com resultados que, creio eu, devam poder ser comparados aos demais órgãos NCAP pelo resto do mundo. A Rússia, por exemplo, testa Ladas, Moskvitchs e Daewoos do Uzbequistão já há algum tempo. Mais interessante ainda é constatar que o Chery Face foi testado pelo ANCAP, órgão da Australia (no Google, buscar "australian ncap", dentro do site procurar por Chery J1) e ganhou 3 estrelas. A realidade é essa: enquanto até os chineses estão se esforçando para tornar seus carros mais seguros, atentos às demandas dos consumidores, os fabricantes nacionais continuam parados no tempo. Tá faltando um Ralph Nader no Brasil, não prá matar um carro específico, como o Corvair, mas para o mercado evoluir em segurança como um todo.
ResponderExcluirDe que adianta o carro ser seguro se quem o conduz é totalmente incapaz de dirigir com segurança? NADA. A segurança começa pelo motorista.
ResponderExcluirGostei deste teste NCAP. Pelo menos vai modernizar nossos carros por um pouco.
Neste ponto, fico mais fã ainda do carro usado. Comprei recentemente um Fusion usado, 5 estrelas na NCAP da NHTSA, pelo valor que pedem aqui por um 3 estrelas menor e menos equipado. Mais equipamentos e mais segurança pelo mesmo preço, usado é o que há!
ResponderExcluirTava olhando os resultados no site da Latin NCAP e vi que o Uno (o "novo") quase que fica com zero estrela também! Tirando o chinês, foi o pior carro dentro os testados, sendo inclusive pior que os Palio, Celta e Classic, que tem o projeto básico datado do meio da década de 90!
ResponderExcluirComo diria o Milton Leite: que beleza!!!
Pois é, foi esta mesma indústria que veio pedir penico ao governo, fazendo lobby pra aumentar o IPI em 30%, justamente para não termos acesso aos mais seguros carros importados. E é isso que ela quer nos obrigar a engolir, eliminando os mais evoluídos, mais equipados e mais seguros carros importados.
ResponderExcluirÉ mais fácil fazer lobby pra afastar a concorrência do que fazer aqui os carros com a mesma segurança que eles mesmos fazem fora do Brasil.
Se antes devíamos boicotar os nacionais por causa do lucro Brasil, agora temos mais um motivo, não comprarmos carroças inseguras.
Este comentario final do CMF digno de placa, vou fazer uma grande placa aqui. Perfeito.
ResponderExcluirGoverno aumenta ipi e joga mais uma pa em cima da nossa possibilidade de acordar e melhorar um pouquinho... Em preco e qualidade
As grandes nadando de bracada.... E matando...
Só faria uma correção ao comentário do CMF. Onde se lê:
ResponderExcluir"É mais fácil fazer lobby pra afastar a concorrência do que fazer aqui os carros com a mesma segurança que eles mesmos fazem fora do Brasil."
Eu escreveria assim:
"É mais barato fazer lobby pra afastar a concorrência do que fazer aqui os carros com a mesma segurança que eles mesmos fazem fora do Brasil."
Pois é mais barato comprar o governo do que passar a fazer carros melhores. Pra eles, na ponta do lápis, sai muito mais em conta. E o consumidor que se dane, que morra, que arrebente a cara dentro de uma lata de sardinha dessas.
Aqui no Brasil o consumidor é passivo demais. Quer Gol, não importa o preço e não importa a qualidade. Só assim para essa m* ser líder de vendas em um segmento com carros MUITO melhores e mais baratos.
ResponderExcluirMoral da história: para vender na Europa, faça um bom carro. Para vender no Brasil, faça uma boa propaganda.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO que mais me preocupa é o fato de que hoje não se aprende a dirigir, se aprende a tirar a carteira de motorista. O item de segurança mais importante está antes do airbag, segurando o volante. Reforços estruturais, eletrônica embarcada e auxílios diversos encarecem um modelo, aumentam seu peso. Se o preço que se paga por itens como bolsas de ar e ABS fosse gasto com educação no trânsito, talvez o resultado fosse maior. Tentar resolver um problema pela consequencia e não pela causa é o processo mais demorado e ineficiente que existe!
ResponderExcluirAlan
ResponderExcluirCom a onda de notos de 1971/72, parti para elas – Yamaha DS7 250, RD 350, Honda 500 Four – durante 7 anos passei ao esquema uma moto-um carro. Usava-as como meio de transporte diário. Depois, já morando em São Paulo, comprei uma Honda CB 400, novamente um carro-uma moto, usando-a com a mesma finalidade, transporte. Eu tinha um trabalho no Centro e vinha almoçar em casa (Moema). Depois entrei para a VW, tinha o carro de serviço, não precisei mais da CB 400 e a vendi. Vinte anos depois tive vontade de reviver os dias de moto e pedi uma Twister 250 à fábrica por alguns dias: decepção, não com o Twister, que achei jeitosa e boa de andar, mas com as condições de tráfego. Piso irregular demais, motoristas em carros de vidros "filmados" que não me viam e faixas de rolamento inademissiveis de tão estreitas. Em sem esquecer os kamikazes de duas rodas, motoboys ou não, para quem eu era um estorvo ao trafegar entre as filas de carros como sempre trafeguei, em velocidade relativa de 20 km/h. Em resumo, nem moto em São Paulo dá mais. Inclusive, o que é incrível, pela dificuldade de estacionar, em que a moto foi segregada. Na Europa, até hoje motos podem estacionar sobre as calçadas, rentes às edificações, desde que não obstruam a passagem dos pedestres. Vi isso recentemente em Genebra, até fiz uma foto. Mas aqui, com o atual volume de motos, acho que nem isso seria possível.
MAS
ResponderExcluirExiste hoje uma neurose de segurança veícular. Pergunto: há quem se recuse a dirigir ou andar de Kombi?
Bob,
ResponderExcluirnão acho que exista uma "neurose de segurança veícular". Alguns anos atrás não havia a "data de validade" para alimentos. Imagine o que se comia de comida estragada, quantos não morreram, foram hospitalizados ou medicados por este motivo. Hoje encontrar alimento com data vencida é crime contra o consumidor. O mesmo vale para a segurança veicular. Tempos atrás se andava com criança no banco da frente, todo mundo sem cinto de segurança, carros que não absorviam impacto algum (era o corpo das pessoas que absorvia tudo), que não freiavam nada, que não andavam nada (bom, neste caso ainda bem). Imagine quantos morreram ao serem jogados para fora do carro, ou numa pequena batida em que o motorista era lançado contra o volante ou o passageiro contra o parabrisa ou para fora. Estes absurdos foram desaparecendo (ainda há remanescências, mas começa a ser excessão). Isso foi ruim? Eliminou-se o desperdício de vidas perdidas estupidamente. O processo vai se sofisticando. Dentro de certos limites o carro tem de oferecer segurança quase absoluta sim. É claro, quando a velocidade ou a massa de pelo menos um dos veículos carros é excessiva, não tem jeito. Mas a grande maioria dos acidentes que antes ceifava vidas deixa de fazê-lo. Qual o mal disso? A tendência, em futuro não muito distante, é de que os veículos possuam automatização quase total. Os acidentes serão mínimos, a segurança máxima, mas é claro que os "pilotos" vão reclamar da perda do controle de seu próprio veículo.
Valfredo
Caro mestre Bob, em relação a quem se recusa a andar de Kombi, conheço muita gente, que nem é da diretoria, mas que é capaz de mandar o motirsta trazer um carro "decente", pois não considera a kombosa transporte digno. Recentemente a VW veiculou anúncio da Kombi "em condições especiais", talvez em razão da invasão chinesa no mercado de utilitários, talvez esteja perdendo vendas em razão do preço do seguro elevado. Vai saber.
ResponderExcluirUma vergonha que ainda se fabrique, em pleno 2011, essa porcaria chamada Kombi. Já andei muito... não ando mais. E se puder evitar, não hesito em fazê-lo. Nada à ver com histeria pós Latin Ncap.
ResponderExcluirO Valfredo encerrou o assunto. É isso aí, evolução. Inaceitável andar num Uno em 2011 enquanto na Europa fez-se o Panda, muitíssimo mais seguro.
ResponderExcluirDa mesma maneira que há décadas atrás andava-se em carros sem cinto e sem apoio de cabeça no banco. Exigir isso hoje é frescura?
Da mesma maneira que salvaram-se vidas ao se exigir cinto de segurança, outras também serão salvas com carros seguros em nível europeu.
Ir contra isso é ser turrão gratuitamente.
Lembrando que carro nenhum substitui o bom motorista. Essa polarização não existe. Devemos melhorar sim a formação de motoristas, a qualidade das ruas e estradas e termos carros mais seguros. Ninguém anula ninguém essa história.
Até entendo o ponto de vista Bob Sharp,apesar de polemico, mas se tudo isso ajudar a tornar os nossos carros mais seguros o saldo pode ser positivo.
ResponderExcluirpelo que vi nos testes o Ford Focus é um dos carros mais seguros a venda na categoria, é bom saber isso igualmente ao Chevrolet Cruze. parabéns as 2 marcas.
Parece que o Cruze testado foi o coreano, que não é o mesmo vendido aqui atualmente. Gostaria de saber o resultado do teste do Cruze nacional. Suspeito que, a exemplo do March, seja bem pior, devido a uma possível qualidade de construção muito inferior.
ResponderExcluirANÔNIMO 9/12/11 15:41
ResponderExcluirSe isso for verdade, então, estamos ferrados de vêz. Prefiro acreditar que isso não seja verdade.
Bob,
ResponderExcluirEsse é o ponto, naquilo que andávamos até hoje, por que não seguir andando? só por que tomou uma estrela no último NCAP? daqui a uns anos, o mesmo carro tomará zero estrela ou negativa e o risco não mudou.
Os parâmetros comparativos do NCAP são para um guia de compras, não para você condenar o que já tem. Temos de ter cuidado quando recebemos parâmetros comparativos, ao tecer conclusões absolutas!
Mas respeito a opinião e posição de todos os comentários aqui, foi enriquecedor, independente dos que divergem ou convergem com minha visão.
Quanto aos comentários do March, que se estendem ao Cruze, prefiro aguardar mais fatos, i.e., testes, não ouvimos ainda a manifestação da Nissan e parece prematuro um juízo a respeito. Cruze é da GM, por que colocar no mesmo barco de uma concorrente, quando ainda não sabemos o que ocorreu? duas vezes sem sentido.
MAS
Comprei um Corolla justamente pensando na família, e me assustei com a nota em relação à proteção a crianças transportadas na cadeirinha.
ResponderExcluirVi e revi o vídeo diversas vezes. O autor do texto diz que a Toyota correu atrás de uma cadeirinha mais segura. Conversa fiada. Fiada. A cadeirinha não se soltou do cinto, o cinto é que não travou com o impacto.
Acontece que no Corolla, para instalar a cadeirinha corretamente, o manual deve ser lido. O cinto, após instalar a caderinha, deve ser puxado até o final, em que vai voltar à posição já travado. Eu tenho certeza que isso não ocorreu nos testes do Latin NCAP. O cinto correu solto.
O que concluí com isso? Que os técnicos do Latin NCAP não se atentaram a essa característica do carro para executarem os testes. E me assustou muito a Toyota não ter se manifestado sobre isso. Ou as pessoas da Toyota envovidas com isso não conhecem o próprio carro que vendem ou a peça é defeituosa, o que não é resolvido com troca do modelo da cadeirinha.
Matuck
ResponderExcluirDuvido que o pessoal do Latin Ncap não atentasse ao fato. Ler o manual do produto a ser testado é condição primordial para qualquer um que esteja minimamente envolvido nos trabalhos. Pior, para mim, é a Toyota e outras tantas não oferecer o sistema Isofix nem como opcional. Já passou da hora de o Brasil adotar o sistema que, por aqui, virou ítem de carro de luxo. Uma lástima.
Matuk e Anônimo das 18:10 do dia 9/12
ResponderExcluirCopiei os comentários a respeito do teste do Corolla, a seguir:
"Passageiro infantil: No impacto frontal, o Sistema de Retenção Infantil (SRI), inicialmente recomendado pela TTT, falhou na proteção do dummy de crash test de três anos. A cabeça do boneco impactou no encosto do motorista. Enquanto isso, a Toyota realizou vários testes com outro SRI em colaboração com o fabricante dele, resultando na recomendação do uso da cadeira infantil "Römer Duo". A TTT informou à Latin NCAP acerca dos bons resultados obtidos. A Latin NCAP não testou esta combinação de carro-SRI."
Minha opinião, o Isofix é um padrão bastante aceito na indústria, que tem aumentado a presença no Brasil, no entanto, ao não significa que não adotá-lo, a segurança dos passageiros infantis esteja comprometida, a posição da Toyota foi clara e a entidade se posicionou que ainda testará a combinação da cadeirinha recomendada pela Toyota.
Nada mais correto.
MAS
Em tempo: para mim, a conversa fiada é da Toyota. Meu texto ficou dúbio.
ResponderExcluirE basta assistir ao vídeo para ver qua a cadeirinha como um todo se movimenta. E, se o dummy está corretamente preso e bate a cabeça no encosto do motorista, ou a cadeirinha se movimenta ou o dummy se movimenta por falha na cadeirinha. O cinto que segura a cadeirinha está solto. Não travou ou apresentou resistência em qualquer momento. Para mim, erro na montagem. Testem o que eu falo. Um Corolla é fácil de achar.
E não termos o Isofix amplamente difundido em nossos carros é ridículo.
Discussão bastante instrutiva e esclarecedora, porém não deixo de pensar que, infelizmente, nossos veiculos inseguros são apenas uma peça defeituosa, mas perfeitamente encaixada em um sistema perverso que ceifa vidas diariamente, começando pela falta de educação geral, desrespeito, mania de levar vantagem à custa dos outros, exibicionismo e falta de consciência e vergonha na cara, características tão assentadas em nosso dia a dia e em nossa cultura, que não acredito em mudanças para melhor; é impossível meter a mão em uma saca de feijão e retirá-la cheia de milho, pois a saca só contem feijão; uso essa comparação para dizer que enquanto não mudarmos o conteudo moral da nossa sociedade (difícil), não mudaremos nada, por mais que esperneemos, porque nossos representantes em Brasilia não se importam conosco e com o que nos aconteça e quanto aos carros inseguros, nenhuma atitude séria será tomada, mesmo porque os poderosos andam muito bem protegidos em seus SUVs de última geração, e nós aqui, apenas sonhando e comprando carrinhos usados, inseguros e caros, essa sim,nossa triste realidade. E o que dizer da imensa maioria dos passageiros de lotações, de pé e espremidos em caminhões travestidos de transporte público, sem direito nem de sentar-se, quanto mais de usar um prosaico cinto de segurança? Estamos bem longe do que é mínimo em outros países, não?
ResponderExcluirSe a VWB retomasse a produção de Fusca, teria comprador.
ResponderExcluirO que o Marco Aurélio comentou em 09/12 17:09h reflete exatamente o que penso a respeito de segurança a impactos. Antes, o mesmo teste de colisão frontal era feito a 56 km/h, agora aumentaram a velocidade para 64 km/h (14% mais alta). E depois, vão continuar aumentando a velocidade de teste até que seja possível sobreviver a uma batida a 200 km/h contra um carro parado?
ResponderExcluirVão ter que encontrar um limite prático para resistência a colisões, pois será impossível proteção total, a não ser que andemos num mastodonte de 5 metros de comprimento e pesando 3 ton (ou então que se lance mão de materiais exóticos ultra resistentes e leves, de alto custo, como titânio...) Além do que um dos acidentes que mais matam em nossas estradas é a colisão frontal, entre dois veículos trafegando em sentidos contrários. Aí, meu amigo, haja estrela do NCAP para salvar uma pessoa...
É por isso que, para mim, os carros projetados nos anos 90 para cá me apresentam uma proteção suficiente. Nem fracos demais como os antigos carros do anos 70, mas ainda sem "excesso de gordura", como os pequenos compactos europeus atuais, por exemplo. Carro compacto para mim tem que ficar abaixo de 1000 kg, senão desanda tudo... Mais massa significa suspensões mais reforçadas, freios mais potentes, potência superior para manter o desempenho como antes e por aí vai. Em carros maiores é mais fácil obter-se proteção superior, pois há mais espaço para deformação programada, antes de atingir-se o que chamam de célula de sobrevivência.
Bob
ResponderExcluirNão viajo de Kombi, pois é um veículo muito inseguro, incapaz de proteger seus ocupantes numa colisão.
Estou pensando em vender a moto, veja só, nem pára-choque tem! Muito perigosa, não protege o piloto em situação alguma.
Pego a ponte aérea duas vezes por semana e estou pensando seriamente em deixar de voar, pois aviões também não protegem seus ocupantes numa colisão.
As calçadas da minha cidade são todas irregulares, com inclinações absurdas, principalmente nas guias rebaixadas. Estou pensando seriamente em não mais andar a pé, pois se eu escorregar a bater a cabeça não vai ter air-bag para me salvar.
Acho que vou comprar uma charrete, mas morro de medo do cavalo disparar ou me dar um coice. Melhor ainda: vou comprar uma bicicleta e aproveitar a ciclofaixa de Moema (de capacete), mas não saberei o que fazer além dos limites do bairro.
FB
Para os que acham a Kombi um carro tão seguro quanto outro qualquer, lanço convite para desfrutarem de um bucólico passeio a bordo dessa simpática vovó teuto-brasileira. Aqui em Minas oferecemos um passeio inesquecível pela BR-381, entre BH e João Monlevade. São quase 200 curvas, muitas fechadas, em pista simples, num trecho de apenas 108 quilômetros. Coloquem toda a família em suas veteranas peruas, de preferência na versão para 12 ocupantes, e venham curtir! Vocês vão “subir aos céus”!
ResponderExcluirAlexandre-BH
ResponderExcluirA questão não é a segurança do veículo, mas sim a exposição ao risco.
Se precisar viajar de Kombi, faço numa boa. E se for numa estrada ruim, minha nossa, que medo, vira uma verdadeira aventura.
Tem gente que brinca em montanha russa, eu quero chegar nem perto, nem no dia em que tiver air-bag de cortina.
Tem gente que adora esportes radicais, eu prefiro evitar esse tipo de exposição.
Se for pra correr perigo, que seja num carro inseguro, como Kombi, Fusca, etc. Cada um assume seus riscos.
FB
Ok, Bitu. Boa viagem. E se for devoto, não se esqueça de "levar uma ideia" com São Cristóvão antes de sair de casa. Ele dá uma atenção especial a quem anda de Kombi...
ResponderExcluirao Felipe Bitu,
ResponderExcluirSe nossa frota fosse composta por Fuscas (leves e não muito rápidos), a Kombi seria um carro razoavelmente seguro. Mas numa metrópole lotada de SUVs correndo como se estivesse fugindo do Godzila, coitada da Kombi (e de qualquer outro carrinho pequeno).
Alexandre-BH e Anônimo das 22:32
ResponderExcluirSem sorte não se atravessa uma rua!
FB
Voces ja pararam para pensar qual seria o tamanho da população brasileira se ninguem morresses de acidente de carros?
ResponderExcluirFica a dica do pensamento.
Bob Sharp 09/12/11 10:20
ResponderExcluirQue legal hein Bob, a RD 350 seja de 40 ou 55 cv é meu sonho.
Por que não pega uma estradeira pra andar de vez em quando com os amigos e praticar o bom hábito em duas rodas?
Gilberto,
ResponderExcluirJá que pra você essas mortes tem uma função social, então pode doar a sua família inteira pra degola? Que acha? Queimá-los todos?
Comentário de gente imbecil que se acha o estado da arte na terra. Cabecinha tacanha típica de terceiro mundista que vive na merda e se acha, porém nunca será, nunca.
Vá pro inferno jogar a mãe no penhasco.
Road Runner,
ResponderExcluirAs pesquisas indicam que nos últimos 10 anos o número de mortes nas estradas caiu quase que pela metade na Alemanha. De pouco mais de 7000 mortos para pouco menos de 4000. Se todos os carros tivessem 5 estrelas o número de mortes seria reduzido para menos de 3000. Mas jamais seria zero.
O próximo passo foi aumentar a velocidade? Não, o próximo passo foi avaliar o controle eletrônico de estabilidade, teste feito a partir de 2009. Depois de trabalhar para garantir a segurança passiva, agora ele investem na segurança ativa.
Por outro lado vai começar a obrigatoriedade do uso do assistente de frenagem para caminhões. O radar terá autonomia para freiar os caminhões caso reconheça uma situação de risco.
Lógico que isso teve resultados em países que tem pouquíssimos problemas estruturais. Mas mostra como funciona uma linha de pesquisa séria e contínua, coisa que não existe no Brasil.
Bitu,
ResponderExcluirÉ verdade, sem sorte não se atravesa uma rua. Mas, com sorte, chega-se ao destino com uma Kombi!
Só a Kombi? E esses comerciais leves chineses, é a mesma coisa em termos de segurança.
ResponderExcluirAlan,
ResponderExcluirNo caso desses chineses, estamos falando de alguma coisa que deve ser abaixo do sofrível em termos de segurança. Gostaria de ver os simpáticos carrinhos no paredão.
Meu pai viu o acidente de um desses comerciais chineses que lembram a Towner. Ele bateu na traseira de um Palio e foi necessário chamar os bombeiros para remover os ocupantes das ferragens. Detalhe: O Palio teve a tampa do porta-malas amassada....
ResponderExcluirBitu
ResponderExcluirPara quem pegava ou ainda pega onda esse negócio de que não gosta de esporte de risco não cola muito.
Gilberto, fresador de volante
ResponderExcluirParece que além de tirar massa de volante de motor andou predendo massa encefálica, também. Comentário mais besta, sô!
Estou bestificado com essa matéria e com os comentários de apoio!
ResponderExcluirOlha a frase da matéria: "Não faz sentido. Quer dizer aquele carro que você dirige há anos, depois dessa divulgação passou a ser um maior risco para você? Seu eventual e improvável próximo acidente passou a representar maiores riscos de uma hora para outra?"
É ÓBVIO que não. O que ocorre é que agora sabemos que nossos carros são ainda mais inseguros do que pensávamos. Que os pisos deles, por exemplo, rasgam!
Estranha-me um 'órgão de imprensa' trabalhar com a idéia que não ter informação e ter informação é o mesmo.
Partindo da premissa do autor se ele comprasse macarrão no mesmo estabelecimento há anos e um dia, pela internet, ficasse sabendo que existe macarrão de melhor qualidade e logo ali do lado da casa dele ele continuaria comprando o mesmo macarrão de sempre pois, afinal de contas, o macarrão que ele comprou nem ficou pior, nem mais caro de uma hora para outra!
Agora sei que o nosso país está onde está porque o povo merece mesmo.
Meu Deus!
Acho ótimo que venha ao nosso conhecimento a diferença de comportamento em colisões de um mesmo carro, fabricado aqui e em outra parte do mundo.
ResponderExcluirMas no meu ponto de vista esse é o menor dos problemas. O fato de um Nissan March daqui ser pior do que o de lá não é o que leva as nossas estatísticas sobre mortes em acidentes lá para cima.
As vendas de motos dispararam, pois são mais acessíveis dos que os carros. São caras, uma CG 125 custar 1/3 de um Mille ilustra bem isso, mas é a prestação que cabe no bolso do povão.
O resultado a gente vê nos noticiários, gente andando de moto sem capacete, com criança no colo. Nas capitais os motoboys pilotando insanamente entre os carros, como se não houvesse amanhã.
Do outro lado vans com passageiros andando em pé, amontoados, e motoristas cometendo as maiores barbaridades no trânsito. Qualquer morador do Rio já foi fechado por uma van pelo menos uma vez na vida. Os caras não respeitam nada, e ignoram estar carregando 15, às vezes 20 vidas dentro do caixote (ou favela) com rodas.
E o que dizer de motoristas de caminhão e ônibus, mal remunerados e mal formados, imprudentes ao extremo ? Volta e meia uso ônibus, e hoje atingem 80 km/h com relativa rapidez, o que é um assombro nas condições que guiam, em trânsito pesado, avançando sinais, desviando na última hora e ignorando piso molhado.
E agora, para colocarmos mais uma pitada de terror, uma invasão de carros de 2 toneladas guiadas por madames impacientes, imprudentes e inexperientes. Sempre isolados do mundo por películas muito escuras, andam rápido mas não sabem domar seus elefantes.
Vamos matar a Kombi, mas a deixem para o fim da fila.
Cruvinel,
ResponderExcluirSão situações distintas. Uma coisa é estar vulnerável a sérios ferimentos – que podem ser fatais - por estar dentro de um carro com estrutura frágil. Outra coisa é o sujeito se expor a riscos causados pela própria imprudência ou ser vítima da imprudência de terceiros.
O Alexandre resumiu bem.Uma vez li o seguinte: Se você tem medo de andar de avião, saiba que o piloto tem família e ele também quer voltar para casa. Então motorista de ônibus não tem família. rs
ResponderExcluirFora isso os carros enormes que viraram moda, embora não sejam uma moda só do Brasil, pois são importados. Para que serve um X6M fora o objetivo de mostrar que se tem dinheiro? E outra, como o Porsche nunca foi muito vendido e o Cayenne vene horrores?
Carro não foi feito para bater. Teoria interessante. Só se lembrem senhores de acertar isto com os motoristas irresponsáveis, caminhoneiros rebitados que habitam nossas estradas de via simples (sim fora de São Paulo elas são maioria, e o Brasil não se resume ao estado dos senhores), cheias de buracos e armadinhas.
ResponderExcluirUm carro com alto nível de segurança é como o seguro de um carro, totalmente dispensável até o dia que dá algo errado e de precise dele.
"Estamos pedindo carros mais seguros porque eles podem ser feitos, simples! A mesma fabricante do Uno, vende o Panda na europa, feito com a mesma plataforma e uma nota muitíssimo superior. Porque não aqui? A questão é somente essa." Ponto.
ResponderExcluirAcho que seria melhor estarmos exigindo carros mais seguros.
Concordo com outros que comentaram de forma semelhante.