Antes que venham dizer que tenho preconceitos com relação aos jipes, já que vivo criticando esses jipes metidos a donos das ruas e estradas, adianto que tive um Jeep Willys 1962, branco, e com ele viajei de São Paulo ao Espírito Santo. Fomos só pelo litoral, acampando e surfando, e toda a viagem de uns quinze dias foi feita com a capota arriada.
Éramos três amigos cucas-frescas e minha finada e amada cadela vira-latas Laika. Isso foi em 1976, faz tempo, e acho que as coisas eram ou me pareciam mais coloridas que hoje.
Não poderia haver veículo melhor que esse jipe para uma viagem dessas. Tudo nele era ruim para viajar, mas tudo era perfeito e conveniente.
Rodar a 80 km/h era uma aventura. O motor seis-cilindros urrava a essa tremenda velocidade e a folga do volante fazia com que ele parecesse um bambolê nas nossas mãos, então, íamos tranquilos a uns 70 km/h , quando não a 60 km/h , apreciando a paisagem e tomando vento na cara e cheirando os cheiros das imediações. Creio que nessa tocada daria para a Laika pular pro chão, dar sua mijadinha, cavoucar a grama com as patas traseiras e correr pra pular de volta pro jipe.
Êta cadela boa! Não dava o mínimo trabalho. Hoje avalio que ela era o animal mais ajuizado, organizado e limpo de nós quatro. Minha falta de providências me levou a comer vários de seus biscoitos caninos. E até que eles me souberam bem, afinal, depois de uma tarde de surfe vale tudo pra repor as energias. E a Laika mos cedia com prazer, me olhando carinhosamente, tipo dizendo "Come tudo e fica forte, meu amor. Gosto de você fortão".
A única discussão que tive com ela foi numa noite chuvosa em Saquarema, a única ocasião que choveu durante a viagem. Nessa noite dormíamos juntos, a Laika e eu, abraçadinhos, quando começaram as goteiras na capota de lona. Nem a Laika nem eu queríamos ficar sob aquelas irritantes gotas. Daí veio a discussão, ela rosnando de lá e eu rosnando de cá. Porém, após uma breve troca de dentadas, tudo se acalmou, o sangue que escorria de nossas orelhas coagulou e o sono pesado veio. Nada de mais, pois a manhã ensolarada fez com que acordássemos radiantes, apaixonados e felizes, como sempre.
O jipe tinha um santantônio que servia para também apoiar as pranchas, então, eu parava o jipe perto de uma árvore e amarrava a rede nesse tal santantônio e na árvore. Já meus amigos desmaiavam numa barraca horrível lá, pequena, dessas que o cara tem que entrar de gatinhas e sair de ré, de bunda, uma cena constrangedora. Nunca que eu entraria lá dentro. Imaginei alguém soltando um pum e considerei isso uma tortura insuportável.
Tô fora, fico de fora na minha rede e com a Laika enrolada sob ela, atenta aos menores ruídos provindos da escuridão, me protegendo como seu bem mais valioso.
Para que o jipe viajasse mais soltinho, mais “aerodinâmico”, baixávamos o para-brisa, que basculava pra frente. Além de ganharmos uns 5 km/h o vento forte nos refrescava, porque o litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo é todo quente – já amanhece castigando, o sol nasce no mar já como uma bola de fogo.
As pranchas monoquilha sobre nossas cabeças nos protegiam um pouco do sol.
Já que a Laika tinha seu lugar cativo no banco dianteiro, íamos os quatro no banco inteiriço da frente ou um dos homens ia atrás, em meio a panelas e outras tralhas sonoras diversas. Afinal, alguém de aspecto mais respeitável teria que papear o guarda caso fôssemos parados. Não fomos parados por guardas uma única vez e no jipe não encrencou nada.
O jipe não tinha ABS, também não tinha cinto de segurança, também não tinha ar-condicionado, não tinha rádio, já falei, e também não tinha essa coisa aí que o leitor possa estar imaginando, mesmo sem eu saber o que imaginas, já que ele não tinha praticamente nada. E por isso ela era um jipe perfeito e macho pracaramba, bom pra ir pegar onda e entrar nele todo molhado de água do mar, bom pra uma gata de pernas bronzeadas pular pro nosso lado e se encostar na gente toda feliz que ia andar de jipe (a Laika ficava enciumada com essas coisas), bom pra fazer força com aquele motor torcudo de baixo giro e 90 cv de potência SAE bruta, bom porque só tinha três marchas no câmbio de acionamento universal, com ré pra frente e primeira pra trás, bom pra fazer curvas devagar, mirando bem, ajeitando as oscilações, bom para numa noite meter em cima a turma toda de onze pessoas e subir o morro entre a Praia das Astúrias e a Praia do Tombo e ao chegar lá em cima ter que contar todo mundo pra ver se não caiu ninguém pelo caminho, bom pra tomar um cuidado danado com os freios pastosos na hora de descer esse bendito morro e segurar a barra na marcha reduzida.
Bom pacas, estou falando, bom pacas.
Isso é que era jipe!
AK
Maravilhoso o post!
ResponderExcluirHa ha ha...
Que paixão pela Laika Hein!!!! A história do Jipe foi só coadjuvante rs!!!!!
ResponderExcluirhehehe... Teus posts são demais, valeu AK! ASZONDA!
ResponderExcluirAbs
Legal o texto!
ResponderExcluirRetrato de um tempo em que a forma obedecia à função, não ao ego dos novos-ricos.
Haha, que delícia que deve ter sido essa viajem. Tudo natural e simples, e um passeio desses realmente remete à um bom Blues. Queria ter vivido essa época. Fiquei até com vontade de arranjar um cachorro também. E o Jeep da foto, que coisa linda hein! Todo original e conservado, com pneus fininhos e de perfil altíssimo. Quero um desses!
ResponderExcluirRenan Veronezzi
Arnaldo, você é uma figuraça!
ResponderExcluirBela história! Como o Romildo bem disse, a protagonista é a Laika!
Conseguiram castrar nesses suv's o que seu post narra bem: o espírito de aventura. Aliás, os atuais não merecem ser chamados de jipes.
Grande abraço
Ahh...que beleza de post!
ResponderExcluirSincero, nostálgico e cheio de ótimas energias!
Vou entrar nessa trip aventureira cabeça fresca...comprei (encomendei) uma velha senhora de mais de sessenta anos, manufaturada praticamente a mão; e nem ali para os que me chamam de louco.
Ainda escrevo a avaliação dela por aqui (90 dias!)
Lindo post Arnaldo!
Mister Fórmula Finesse
Arnaldo, seus posts merecem uma coletânea! Que legal ter alguém que escreve de um jeito tão simples e gostoso como você, Arnaldo! Abração!
ResponderExcluirP.S. Também tenho o seu gosto por carros de "macho pracaramba"!
Olá Arnaldo, informações tecnicas do blog são importantes e tal, mas uma história dessas vez ou outra, não tem dinheiro que pague, rs.
ResponderExcluirValeu
Arnaldo,
ResponderExcluirSeus textos são impagáveis! Bons tempos aqueles, muito mais simples, sem frescuras, quando vivia-se de verdade...
Adquiri prática ao volante dirigindo os valentes Willys na época do quartel, já que quando tirei carta não havia carro em casa. Esse é o verdadeiro carro de macho, puro e simples, nem servofreio tem! Se der bobeira, a ré entra na boa, já que fica no lugar da primeira e não existe trava alguma.
Depois que se acostuma com as "férias" do volante, dá para se enfiar em qualquer bimboca que dificilmente ele ficará enroscado.
Que post perfeito!
ResponderExcluir"Hoje avalio que ela era o animal mais ajuizado, organizado e limpo de nós quatro." - Ri Alto!!!
Hoje o planeta vai esquentando e a sociedade se afrescalhando.
Aiaiaiaiaiiaia - que delícia! Rachei o bico aqui! Também viajei muito com Laika. Meu Lada Laika! Apesar que nada tão louco assim.
ResponderExcluirBons tempos....
Confesso que me emocionei a ler seu post,mesmo porque me lembrei da viagem do RJ até Governador Valadares,passando por Colatina,no Espírito Santo, que fiz em 1994 com meu pai,a bordo de uma valente Brasília 1980,que foi e voltou com a mesma naturalidade de quem vai à esquina,ao som de Rolling Stones,Santana e Steppenwolf.E o mais legal é que o destino não foi nem planejado,íamos e decidíamos na hora pra que lado seguir,no mais belo estilo "Easy Rider".Como seu Jeep,minha Brasília não tem freio ABS,injeção,air-bag,nada disso,mas quem ligava? Ela ainda está comigo na minha garagem,curtindo o merecido repouso do guerreiro,embora de vez em quando eu abandone meu Clio pra dar uma voltinha no velho VW,matando as saudades.Tempos felizes...
ResponderExcluirMuito bom o post! Gostei da história, é isso ai!
ResponderExcluirUm abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirArnaldo,
ResponderExcluirteus posts estavam fazendo falta!
Boa leitura pra descontrair!
E bom, não vivi esses tempos de liberdade, mas sinto falta disso.
Essa onda do politicamente correto tá castrando a sociedade. E aqueles que querem um carro "fora-de-estrada-de-mentirinha" agradecem por isso...
Mas muito legal o registro, e é muito bom te ler!
Parabéns!
Honestamente?
ResponderExcluirComo o Romildo disse muito bem acima, o Jeep tornou-se um mero coadjuvante nessa história.
Excelente o relato, ganhei o dia. Impossível não abrir um sorriso, durante a leitura do mesmo.
Legal!
ResponderExcluirFico muito contente que tenham se divertido lendo essas coisas aí.
Obrigado por me dizerem isso.
Abraços,
Arnaldo
Bill Gates
ResponderExcluirNada a ver. Tenho XP autêntico, IE8 baixado e instalado, mas só uso o Firefox, bem superior ao IE8.
Mais um super-post Arnaldo! Pode ir juntando para o próximo livro!! Abraços!
ResponderExcluirAK, fantástica essa sua vocação de integrar uma avaliação de um carro com uma história bonita pra caramba, cheia de sentimento, fazendo a gente quase esquecer qual era a história principal:
ResponderExcluir- o jipão Willys?
- a viagem fantástica?
- a cadela Laika rsrs... ?
Parabéns!!! É um prazer ler você aqui no Autoentusiastas!!!
Até fez me lembrar meu primeiro carro, uma Uno 88 marrom-cocô... Acessórios? Uma rodinha de liga transada, som e muita vontade de conhecer o mundo, sem nenhuma frescura....
É impressionante como seus textos me forçam o sorriso fora mesmo em momentos super difíceis, Arnaldo.
ResponderExcluirQue jipe bacana, branco como os que meu avô teve. Que viagem bacana. E a Laika, que baita companheira.
Abraço.
Da vontade de comprar um jipe, de ter um cachorro, de dormir na rede...
ResponderExcluirPost fantástico!
ResponderExcluirFalando do Jipe, sempre disse que era, e ainda é, o carro ideal para nosso país, onde não se tem muito dinheiro para jogar fora! Tinha até tomada de força traseira, para acessórios agrícolas! Neste país imenso, em que poucas rodovias são privatizadas, rodaria em qualquer lugar. Imagine sua utilidade nomeio rural? Se bem que eu tenho mesmo é um caso de amor pela F-75!!!!!
MH
Putz, agora vai ter um monte de automariavaicomasoutras querer ter um Jipe também...
ResponderExcluirArnaldo
ResponderExcluirTambém tenho saudade de um jipe, o DKW 4x4 que tínhamos na concessionária. Era um '62 que achamos nna casa do tio de um amigo, compramos em 1968, demos uma geral, pintamos de cinza da Marinha de Guerra, ficou zero, todos os sistemas funcionando perfeitos. Viajava com ele do mesmo jeito que você, capota arriada e para-brisa basculado. Quando tinha corrida puxava o DKW e carreta para o autódromo. Na praia de Ipanema, à noite, costumava ir ver como estava a água, reduzida acionada e vamos nós! Tempos memoráveis mesmo.
Arnaldo, ótima história!!!
ResponderExcluirTodo mundo que já teve um desses jipes de macho (Willys / Ford, Toyota Bandeirante, Engesa) tem pelo menos um causo interessante de viagem com ele, seja para o litoral ou para o interior.
Que histórias deixarão os Tucson, Santa Fé e Vera Cruz da vida? Nada de interessante, presumo. Felizmente minha esposa não gosta de nada dessas coisas pasteurizadas, ela curte mesmo é ver uma Rural bem conservada...
Abraço!
Fala Arnaldo,
ResponderExcluirmaravilhoso texto...nada se compara a surfar com os amigos e viajar com o parabrisa rebatido.....
ganhei meu dia....
abs
Bem lembrado Bianchini!
ResponderExcluirhttp://www.universal.ind.br/fotos/engesa4_4.html
Esse é treta heim! Maior ângulo de ataque até hoje? Eu pirava nesse "jipão".
Abs
Fantástico, AK ! Mas como só fui ter contatos mais íntimos com Jeep num passado mais recente, em um tempo mais preocupado com segurança, confesso que fico meio cabreiro quando ando com ele todo aberto, às vezes bate uma certa paranóia. Mas que é uma delícia, é. Boto os guris dentro, baixamos a capota e parabrisas e saímos devagar com o vento no rosto.
ResponderExcluirDomingo passado enfiamos ele em um lamaçal próximo de casa, tração nas 4 e reduzida ligada. Baita diversão a baixíssimas velocidades.
O que está aqui em casa, que era do meu sogro, é um 58 4 cilindros F-head. 65 HP SAE, se não me engano. O resto é como o seu, 3 marchas universal e reles retardadores que nunca poderiam ser chamados de freios.
AC
ResponderExcluirtem que tomar cuidado mesmo, porque essa coisa tomba fácil. Mas é só ter juízo pra guiar e revisar direito a máquina que não há perigo.
Pelo menos eu tô vivo aqui.
Arnaldo,
ResponderExcluirpuro romantismo. Fico abismado com a quantidade de confortos artificiais que nos rodeamos e nos acostumamos. Nasci no mesmo ano dessa viagem. Foram outros tempos, mas gostaria de viver algo assim.
Thoreau disse, não exatamente com estas palavras, que a liberdade é inversamente proporcional à quantidade de bens que possuímos.
Acredito que a simplicidade e a felicidade, além de rimarem, andam juntas.
AlemãoSS
Eu que passei que dos anos 50 ate anos 70 viajando de Jipe não por esporte mas por necessidade não achei graça nenhuma
ResponderExcluirMuito legal o post AK !
ResponderExcluirBoas experiencias , convivencias , e aventuras.... Sao essas coisas que levamos da vida !
Alem de ser um grande jornalista e profundo conhecedor de autos te admiro por ser um amante dos 4x4 caninos, sempre com seu mascote de 4 patas por perto ... Isso e muito bom !
Excelente texto.
ResponderExcluirComo disseram, impossível de não abrir se quer um sorriso.
É na simplicidade das coisas encontramos a felicidade. Creio que essas "férias" foram memoráveis para todos integrantes, inclusive para a Laika.
Hoje em dia, os únicos Jeep´s que tem uma ligação com terra são os Land, mas mesmo assim é muita assistência para o pouco barro que irão ver.
Novamente, parabéns pelo texto.
Abraços
Beachmans
Bom texto Arnaldo,
ResponderExcluirMas como sou pobre, lembro das velhas kombosas que levavam o time e parte da torcida com motor 1.5 com kit de 1300 fumaçando pros campinhos. Como repetem nas letras dos funks cariocas, com o assoalho até o chão.
Como sou mal-humorado, nunca vou ter essa leveza de texto, mas quem sabe com a idade e a experiência chego lá.
[]´s
Descobri que inveja retroativa existe... nunca terei uma história dessa para contar :)
ResponderExcluirMas tenho a satisfação de já ter guiado um Jeep, sim. Um colega chegou no escritório para mostrar ele, junto de outro amigo. Ele me ofereceu o volante e fui para a estradinha da represa, perto de casa.
A direção tinha mais jogo que o Cassino da Urca. E tome freio a motor, morro abaixo. Entortei em todas as curvas. Olhava no retrovisor e via o elemento se segurando no santoantonio com os olhos arregalados, mais branco do que uma lua cheia. Nunca dei tanta risada dirigindo um carro.
Arnaldo,
ResponderExcluirSensacional post. Vc é o cara.
Lembrei de algumas histórias de jipe minhas, mas são impublicáveis...
MAO
Prezado Arnaldo, com sua influência sobre os jovens, estamos lhe convidando para a próxima campanha publicitária do Tucson. Se despertou desejo de compra num Jipe, o resto é fichinha. Ótimo cachê!
ResponderExcluirCaceta...
ResponderExcluirTô com os olhos cheios de água por recordar o mesmo que eu fazia com um bugre Tanger e um amigo com o Gurgel X-12 dele.
Cabo Frio, Arraial, Grumari, Barra da Tijuca.
Não posso reclamar por arrependimento de algo que deixei de fazer nessa vida...
Tucson não é jipe. Os caras dizem que é um tal de cross-over lá, que não sei over quem que esse veículo passa.
ResponderExcluirMas tudo bem, eu topo! Se o cachê for bom, topo na hora. Boto até um shortinho cavado e fico lá ensaboando a Tucson.
Beleza?
Cruzes hahhahha pára de nos querer ver o inferno AK.
ResponderExcluirCruzes hahhahha pára de nos querer ver o inferno AK.
ResponderExcluirSurgiram três comentários para fazer:
ResponderExcluir1- Cachorro é legal pra caramba! Com eles, aprendemos a ser sinceros, o valor de uma amizade, do respeito e de dar três voltas ao redor da cama antes de dormir.
2- Esses jipes "puros e duros" são mesmo incríveis. Além do Willys, do DKW, do Gurgel e, numa outra proposta de uso, dos bugues, ainda tem o Bandeirante e, fabricado até hoje, o Marruá. Não são grandes coisas para enfrentar estradas pavimentadas, mas contam com uma valetia e uma simplicidade de manutenção realmente invejáveis (espaço para um causo: Lembrei de um amigo cujo celular tocou e ele teve que voltar à chacara em que morava, para usar seu toyotinha para DESATOLAR UM TRATOR!).
3- se mais alguem disser que usa as praias para viajar, é capaz do governo de SP considerar viável a instalação de praças de pedágio e aparelhos de radar em nosso litoral...
Happy Hour no Johnny Pag com 50% OFF!!!
ResponderExcluir[b]Confira:
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ENTRE PARA NOSSA FAMÍLIA!
Que textoi legal, AK! Admiro sua paixão pelos cães, são mesmo animais muito leais que, se preciso, defendem seus donos com a própria vida. Tenho uns Dachshunds e uma em especial, a Megg, é muito apegada a mim e me defende até de quem não quer me fazer mal ou de mosquitos que queiram pousar em mim, rs. Com esses animais só existe a sinceridade, não se importa se você é pobre ou rico, bonito ou feio, sempre serão nossos amigos mais fiéis.
ResponderExcluirMeus pais não são nada entusiastas, aliás, nem sei de quem herdei essa característica. Mas, um carro consegue balançar meu pai, o Jeep. Desde pequeno ouço ele contar a história do primeiro carro que viu quando criança (e acrescenta, barrigudo, descalço e cheio de vermes, rs) nas selvas do Maranhão; o carro era um Jeep "cara-de-cavalo" e ele ainda tem a lembrança do cheiro de gasolina, que ele não sabia do que se tratava, mas sabia que era exalado pela então estranha máquina. Por trabalhar (no administrativo) há quase 30 anos numa revenda/oficina autorizada Caterpillar ele desde sempre me falou dessas máquinas pesadas e da qualidade dos equipamentos, sendo, segundo ele, o melhor fabricante de máquinas pesadas do mundo. Acho que ele tem um entusiasmo que não foi desenvolvido, principalmente voltado aos veículos fora de estrada...
Abraço!
Em pleno 2013 acabo por achar esse texto. Um belo texto, por sinal.
ResponderExcluirO Jeep... ainda sonho, coisa que vem desde criança, com a reforma - embora prefira chamar de recriação - de um CJ5, ano 1958, também com o motor 6 cilindros. Nos dias de hoje ele pode não ser muita coisa, mas parece ser tudo tudo o que preciso para um primeiro carro. Isso se não for pra vida toda, que é o que de fato espero. É tão simples que me fascina.