É bastante comum hoje em dia escutarmos que um dos motivos que ajudam a decidir a compra pelo modelo X ou Y é o tal do valor de revenda. Mas será que esse valor é realmente tão relevante?
No caso dos modelos acima, não vou entrar no mérito de compará-los pois nunca andei no Sentra. Sei que a escolha não se resume a valores, que existe a questão de confiança na marca, o gosto pelo desenho de um ou outro, além de vários outros motivos que podem pesar na escolha.
Mas vamos aos valores. Encontrei o valor sugerido de R$ 71.400,00 para o Civic LXS automático, e de R$ 71.200,00 para o Sentra SL CVT. Versão de entrada no primeiro, de topo no segundo. Olhando a tabela Fipe, uma referência para o mercado de usados, encontramos Civic 2008 LXS automático a R$ 51.500,00 e Sentra 2008 SL CVT a R$ 43.300,00. As versões de topo sempre desvalorizam mais, se usasse o Sentra S CVT nesse comparativo, a diferença seria algo menor (R$ 63.000,00 o 0-km e R$ 40.000,00, o 2008). Mas vamos em frente.
Estamos falando de um acréscimo no valor do km rodado na ordem de 20% do total gasto, computando a maior desvalorização do Nissan em questão. Volto a dizer que não tenho preferência, nesse caso, por X ou Y, mas afirmo que admitiria gastar um pouquinho mais para ter o carro que gosto e não o carro que vale mais na hora de vender. É claro que ninguém dilui o custo extra pelo período, e concordo que 8 mil reais a menos na hora da venda deixa qualquer um chateado. Mas peguei um exemplo extremo, colocasse o Civic EXS na conta e a desvalorização seria tão grande quanto do Nissan.
E o que dizer dos carros menores e mais baratos? Gastos não tão menores com combustível e seguro e um valor de revenda no final de três anos marginalmente maior, representando muitas vezes menos de 10% da conta total, para andar em um carro que não é o que você realmente gosta. Alguém aqui almoça chuchu todo dia só porque é mais barato?
AC
Nota: Vou levar em conta que ambos os carros em três anos de uso não apresentariam defeitos, que a manutenção dos dois custaria a mesma coisa e se resumiria às revisões em garantia. Em uma conta rápida, cheguei no valor aproximado de R$ 18.000,00 com despesas de combustível, mais uns R$ 7.000,00 com despesas de IPVA, outros R$ 7.000,00 com seguro e uns R$ 3.000,00 com as revisões em garantia. Período de três anos e média de 15 mil km anuais. Rodando mais os gastos de combustível obviamente aumentariam e uma troca de pneus poderia entrar na conta.
Dizem que hoje até a cor é escolhida em função do valor de revenda (preto e prata são as preferidas). Mesmo vendendo bem menos e desvalorizando um pouco mais, o Sentra é um ótimo carro e seria a minha escolha (pena que só tem em três cores, preto, prata e cinza).
ResponderExcluirAcontece que os caras só fazem estas cores! Se quizer o carro, tem que pegar estas. E pensar que a alguns anos carro preto e vermelho ninguém queria....
ExcluirConcordo totalmente em comprar um carro que me agrade e não um que seja fácil de vender.
ResponderExcluirNão costumo ser 100% racional ao escolher um carro, então imagine como seria dirigir todo dia um carro que não me satisfaça por completo?
Mas o problema é que a maioria ainda pensa que carro é investimento, não despesa. Dinheiro não dá em árvore, mas algumas concessões eu me permito na hora de escolher um carro novo, mesmo que seja usado. Pelo menos ter prazer ao dirigir é primordal para mim.
Se você pagar R$5 mil a mais num carro do seu gosto mas que não é queridinho do mercado, é louco. Agora de você pagar 8 ou 10 numa TV de Plasma, LCd ou que diabos for, você é o cara! Se gastar o mesmo valor de som, você é fera! As pessoas só podem ter o mesmo sonho, gastos e vidas pré-programados.
ResponderExcluirRegras de mercado. Eu ando muito feliz no meu corsa 97, eu queria um Uno na época que fui comprar... Mesmo preço por um Uno 95 carburado pelado e um corsa com injeção e projeto mais atual... fiquei no GM. Na hora de vender será fácil, mas não tanto quanto nosso amigo Fiat. Fazer o que. Sou fiateiro de coração, mas as vantagens do GM eram muito claras pra mim!
ResponderExcluirJá dirigi o Sentra. É um belo carro em seu geral e o teria sem maiores problemas.
ResponderExcluirPecados dele? São poucos, como a suspensão excessivamente dura. Passou qualquer buraco, tome pancada nos passageiros.
O acabamento, em que pese ser bem feito, escorrega em detalhes simples, como a não-existência de luzes de leitura individuais (até o Tiida, que é mais barato, as têm).
A visibilidade para a frente é boa, mas para trás é sofrível (não sendo por acaso que trocaram os retrovisores). Destaque também para a ergonomia, com a alavanca de câmbio no painel (não entendo porque outros fabricantes não usam a solução) e o rádio em boa posição. O porta-malas, com aquela divisória, também ajuda (e se o cara for surfista, basta baixar a divisória e deixar os apetrechos que molham em cima dela) e o rebatimento do banco é bem elaborado, com assento e encosto bipartidos.
Outros problemas? Bom, o carro raspa a frente com uma certa facilidade em lombadas (e qual não foi meu desconcerto de imediatamente após isso, dirigir carros de tração dianteira e menor altura livre do solo que não raspavam?). Também é de se perguntar o custo de manutenção, ainda que Nissans pareçam ser tão indestrutíveis quanto Hondas e Toyotas.
Anonimo das 7h04, há sim Sentra de outras cores. Vermelho, branco,azul e bronze são outras cores.
ResponderExcluirTemos um Sentra na família, e na época se cogitou em comprarmos um civic, ambos zero. Esse papo de desvalorização é balela. Na época, junho de 2007, um civic LXS automático era 75 paus, pois era cobrado ágio. O sentra foi 69, S e CVT. Se formos ver quanto esses carros valem hoje, veremos que a desvalorização foi semelhante.
Abraço
Lucas crf
Ah, no final de 2006 quando civic era A novidade, lembro que cobravam 100 paus, isso mesmo, 100 pilas, por um EXS top. Vai ver quanto vale hoje...
ResponderExcluirAbraço
Lucas
Eu particularmente, compro carro para usar, e não pensando em vende-lo no futuro.
ResponderExcluirClaro que temos que ficar espertos com os micos de mercado, não só pela desvalorização do modelo, mas sim com relação ao custo de manutenção e facilidade de se encontrar peças de reposição, esses também são fatores para um modelo "micar" no mercado.
Belo post, é realmente uma pena o Sentra vender pouco sendo um carro tão bom.
ResponderExcluirAlém de pagar menos em um Sentra com CVT, só a diferença absurda de consumo ja vai pagar a desvalorização maior do Sentra, pena que a maioria não consegue ver isso.
Por sinal parece ser um ótimo negócio comprar um Sentra usado depois que ja desvalorizou um bocado, é só achar um bem cuidado.
Como o ADG disse, há o custo da manutenção do carro (revisões programadas, custo de peças de algumas peças e reparos em casos não corriqueiros)e ainda há outros fatores que pesam no gosto pessoal: atendimento pós-venda, disponibilidade da rede de concessionários e serviços, problemas na "tropicalização" do carro e enfoque do segmento do carro ao seu público consumidor. Nestes aspectos a Nissan ainda tem muito a melhorar para alcançar, em parte, o sucesso da Honda.
ResponderExcluirEu também não sou muito racional neste caso mas, como já fui vendedor de carros antes de me formar, procuro equalizar a balança para não entrar numa fria.
ResponderExcluirSei que o caso em tela é bastante hipotético mas, o Sentra nunca foi referência no mercado, embora seja um excelente carro. Quanto ao Civic, é evidente a maneira como desvaloriza muito, à medida em que seu design vai enjoando rapidamente.
Procuraria um Azera com garantia de fábrica (5 anos), que também desvaloriza rápido mas, oferece muuuuito mais e é melhor aceito no mercado de usados que o Sentra, um mico de carteirinha.
Eu comprei um carro observando exclusivamente seu meio de utilização (e a lei das cadeirinhas)...
ResponderExcluirEra o que precisava pragmaticamente, mas tenho consciência que quando o vender, vai ser tão valorizado quanto um saco de pitombas!
Chato isto, mas o hiato entre compra e venda servirá de acordo com as minhas necessidades.
Esse é um caso extremo. Mas há casos mais ridículos, como por exemplo trocar um automático por um manual, para economizar algo em torno de 200 reais de combustível em um ano. Ou seja, ridículo e insignificante. Brasileiro não sabe fazer conta.
ResponderExcluirE nessa questão poderia comentar sobre o Ford Focus, excelente carro em todos os sentidos mas que sofre preconceito por ser considerado 'mico' na hora da revenda. Tranquilamente prefiro um Focus usado a um popular zero quilômetro.
ResponderExcluirEu acredito que carro que desvaloriza pouco é carro "popular", 1.0 e das quatro grandes.
ResponderExcluirFora esses e os mais caros, certeza que a desvalorização é maior.
Mas eu não troco o conforto da direção elétrica, vidros elétricos e afins, além do conforto em detrimento da desvalorização do modelo.
O Sentra é excelente. Outros dois Nissans também muito legais são o Altima Coupe e o 370Z Coupe.
ResponderExcluirhttp://www.nissanusa.com/altimacoupe/?next=header.vlp.postcard.picture.thumbnail.
http://www.nissanusa.com/zcoupe/?next=header.vlp.postcard.picture.thumbnail.
A prova que carro aqui é investimento e objeto de decoração é os milhões gastos na indústria de maquiagem veicular: funilaria, pintura, martelinho de ouro, troca de revestimento para couro, tratamentos de pintura, lavangens com produtos da Nasa, e outras bogagens.
ResponderExcluirCarro é feito para ser usado, dirigido.
As vezes a desvalorização pode ser usada a nosso favor... Compramos o carro que queremos com 1-2 anos de uso, 25.000km rodados no máximo e pagamos até 40% abaixo do valor do veículo 0km... A partir daí a desvalorização não importará muito, a primeira "pancada" já foi dada em cima do primeiro dono...
ResponderExcluirAproveitando o gancho do Leonardo, eu comprei um Focus duratec 2006 com 28 mil km. Era de uma velhinha (vai entender, uma senhorinha com 147 cv sob o capô). Meu objetivo é um Sigma e com certeza terei que vender o New Edge para comprar o próximo. O post quer dizer que o prazer vale mais que o dinheiro que perderemos na revenda, foi por isso que o comprei, mas certamente aborrece muito o prejuízo que se tem quando se vende alguns carros. Alguns dizem que carro é bem de consumo, como uma televisão. Bem, eu dôo tv's e computadores usados ou envio para reciclagem. Alguem faz isso com carros? A diferença está aí. O tema é polêmico, mas a discussão é sempre bem vinda.
ResponderExcluirO brasileiro gosta tanto de automóvel que o compra já pensando na revenda.
ResponderExcluirEm certos automóveis, isso não funciona (EX: Alfa Romeo - é um carro apreciado por um grupo seleto e não é fácil de revender).
Carro nacional novo sempre irá desvalorizar, uns desvalorizam mais, outros menos, mas todos estão no mesmo barco.
Se puder equilibrar razão x emoção... É o ideal.
Não compro carro pensando na revenda. Isso é um abusro enorme, que so se ve no Brasil.
ResponderExcluirOdeio esse tipo de pensamento. Tento conciliar o gosto pessoal com a real necessidade do veículo.
Compro e uso. Querer ganhar dinheiro ou perder o mínimo na hora da revenda eh coisa de quem trabalha comprando e vendendo carro, diferentemente do consumidor que apenas o usa como meio de transporte (na maioria das vezes).
Comprei um Focus Ghia 2006 auto, há 5 meses, na epôca, medisseram que a manutenção era cara, que gastava muito,e que era de revenda dificil, não me arrependo, a satisfação pessoal vale muito.
ResponderExcluirAntes tive um 206 rallye, e a historia era amesma, mas o que sempre valeu e aprendi isto com meu pai. Tenho uma 147 placa preta que se for ver qunto gastei não é racional, é emocional.
Prata risca menos, prata vende mais rápido... São assuntos em roda de bar. Os donos de frota estão comprando carros prata. Hoje eu vejo poucos carros de frota brancos em SP. O problema é que no Brasil, é cultura levar vantagem em tudo. Quando se compra ou quando se vende. O governo leva vantagem em colocar uma alta carga tributária nos carros. O consumidor por sua vez, paga caro e quer vender caro. Quem compra o usado quer achar um barato para depois gabar-se que pagou barato e vendeu caro. Outro inocente, dos poucos que não segue a lei de Gérson, compra este usado caro e como carro muito velho não compensa pagar seguro, roda assim mesmo. Nisto chega um larápio querendo levar vantagem, rouba este carro para vender as peças mais barato, sem impostos, levando vantagem sobre o governo. E assim completa-se a cadeia alimentar da lei de Gérson...
ResponderExcluirMoral da história... levando vantagem em tudo... de alguma forma você perde. Como comprar um carro a contra gosto por levar um pouco de vantagem. Considerando a expectativa de vida em 72 anos, se você ficar com um carro por pouco mais de 5 anos é 10% da sua vida automobilística Ganha um trocado mas perde 10% da vida com um carro bastardo.
ResponderExcluirPutz, Danilo, mandou muito bem! E pensar que tem gente que diz que brasileiro gosta de carro...
ResponderExcluirQuanto à Nissan em particular, acho que aos poucos a marca está consolidando a sua imagem no Brasil, seguindo o caminho natural ao invés de forçar a barra, como faz certa marca coreana que não vende carros no Japão. Honda e Toyota iniciaram esse processo bem antes, e hoje colhem os frutos.
ResponderExcluirO caminho da Nissan é mais difícil, pois parte do zero (as outras duas já tinham uma imagem forte no país desde muito antes de começar a vender carros aqui) e enfrenta um número maior de concorrentes já consolidados (Honda e Toyota se projetaram no mercado quando ele era dominado pelas quatro grandes), mas cedo ou tarde a Nissan chega lá.
Aqui troca-se muito de carro, daí essa preocupação com valor de revenda...
ResponderExcluirDaqui a uns 10 anos, talvez a diferença entre civic ou sentra nem seja tao significativa...
Anonimo das 17:55
ResponderExcluirSe você trocar um Old Focus Duratec por um New Focus Sigma vai querer se matar!
O New Focus é muito mais pesado que o antigo e muito maior também. Um Duratec é o mínimo necessário para que ele se mexa. O Sigma engana os bobos com uma caixa curtíssima, mas só os bobos mesmo. Novo Focus 1.6 não é carro de entusiasta... É um 1.0 grandão.
O Focus quando vira assunto fica igual discussão de forum de internet, um querendo convencer o outro. Tanto que fizeram uma propaganda boba igual.
ResponderExcluirFocus é carro de nerde, bom eh i30
ResponderExcluirEu pensava igual, prezado "sigma é bom prá ...", mas depois do test drive, coisa que te aconselho fazer, mudei radicalmente de opinião. Mas estou pensando, sou apaixonado pelo meu New Edge.
ResponderExcluirNa minha opinião, a questão da preocupação do valor da revenda deve considerar os aspectos financeiros do comprador e principalmente o tempo de uso do veículo antes de passá-lo adiante. Já dirigi ambos os veículos e o Sentra deixa muito a desejar em diversos aspectos, assim como a grande maioria dos ditos asiáticos indestrutíveis. Primeiramente a chave ao melhor estilo Fusca, onde o alarme é separado. Ausência de interface. Acabamento lamentável, plásticos duros e NÃO POSSUI FREIOS A DISCO TRASEIROS (inacreditável). Os bancos são retos e não abraçam nem ao "seu barriga". Entre os raros pontos positivos do Nissan, destaco o motor e o câmbio manual com 6 marchas. O Civic não vende mais por acaso, possui um conjunto mais equilibrado e acabamento superior. Isso sem entrar na questão estética, pois convenhamos que o design do Sentra é apavorante...linhas em total falta de sintonia, lanternas translúcidas horrorosas, etc. Não sou fã da Honda, mas comparar o nem tão New Civic com o Sentra é covardia. Abraços.
ResponderExcluirAnonimo, o bom num blog é que podemos colocar nossas opinioes. Me desculpe, mas a sua destoa de tudo que já li. Os carros são parelhos sim, e num comparativo da QR,o Sentra foi eleito melhor que o New Civic. Em outros comparativos, as notas foram semelhantes. Que tal essa avaliação no link abaixo? Mas, se voce gosta, tem um bocado de Civic EXS a 90 paus. Pechincha!
ResponderExcluirhttp://www2.uol.com.br/bestcars/testes3/sentra-1.htm
Lucas crf
É justamente por se basear nas opiniões sofríveis e tendenciosas da paupérrima imprensa automobilística nacional que o brasileiro cada vez estreita seus horizontes para uma mínima gama de modelos. Em pretou ou prata, claro.
ResponderExcluirPuts, comparar Civic com Sentra é complicado eim.
ResponderExcluirEnquanto a Honda deixou de lado a cara de chato "tiozão" do Civic anterior (fabricado até 2006), melhorou o acabamento interno e colocou um motor descente debaixo do capô a Nissan pegou o Sentra antigo - arredondado e bacana - e trocou nesse tijolão que, como disseram, nem freio a disco traseiro tem, no lugar estão panelões gigantes enquanto poderiam estar discretos discos.
O Sentra hoje é um carro muito racional, frio, feio, desconfortável, tudo o que o Civic até 2006 era. O único atrativo do Sentra é o CVT que pra cidade é uma maravilha.
"Sigma é bom para Ford Ka?"
ResponderExcluirClaro que é. E para Fiesta, Focus e alguma coisa mais. De longe o melhor 1.6 da classe.
Carro 1000 grandão? Bobagem. Tem um torquezinho razoável desde cedo. E o colega certamente não cutucou 5.000, 6.000 rpm para ver o que ele faz e, mais importante, como faz, sem vibrar, girando redondinho.
Não faria feio sob o capô de um BMW barato.
Obs.: não tenho um Sigma, mas um Duratec. Teria um Sigma com certeza se estivesse procurando um carro dessa faixa de preço.