google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 ESPORTIVO EM ROUPA DE GALA - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

ESPORTIVO EM ROUPA DE GALA

Maserati Quattroporte 2014


Neste ano em que a Maserati promete o “Alfieri”, para celebrar os 100 anos de existência da empresa, seguindo o caminho de retomada de novos projetos recém-coroada com o novo Ghibli, pensei em relembrar a história do agora já cinquentenário sedã da marca, que como sinal de extrema sofisticação atende pelo simples nome de Quattroporte.

Desde o início do funcionamento da Officine Alfieri Maserati, fundada em 1º de dezembro de 1914, em Bolonha, o caminho da Maserati foi repleto de sucessos e dramas. Mas o momento atual da Maseratti é singular. Sua nova estratégia, dentro da empresa-mãe Fiat recém-rebatizada como FCA (Fiat Chrysler Automobiles), que engloba os produtos para o dia a dia da Chrysler e Fiat, mas também marcas históricas como Jeep, Alfa Romeo, Lancia e Ferrari, encontra uma renovação e uma nova energia vital que foi muito explorada na campanha para o mercado americano do Ghibli que estreou este ano no cobiçado (e caríssimo) intervalo do Super Bowl, a grande final do campeonato americano de futebol (o deles).

Torcendo para um futuro brilhante para a Maserati e seus produtos, vamos relembrar como foi  jornada de seu modelo mais sisudo, mas que marcou sua época como referência de luxo e conforto  a alta velocidade.

Como um autêntico sedã (berlina) italiano, o quatro-portas da marca do tridente conseguiu como poucos conjugar a garra e a potência dos esportivos da tradicional região autoentusiasta da Itália, a Reggio-Emilia, com o luxo e refinamento igualável aos melhores carros de chauffeur do mundo.

Quattroporte de 1963

Ambientada em uma Itália muito próspera do início dos anos 1960, a trajetória do Quattroporte começa num momento em que muitos empresários europeus venciam na vida e desejavam ser vistos em uma carruagem digna de reis.

Esportivos verdadeiros como o Ferrari 250 GT eram opções para os endinheirados do momento. Robustos carros alemães também poderiam ser uma escolha, porém estar no banco de trás de um grande sedã talvez fosse esnobe demais para alguns e guiar um indomável 250 GT poderia ser muito esforço para outros.

Faltava então uma opção com o puro-sangue das melhores macchinas italianas e que, ao mesmo tempo, conjugasse desempenho convincente com um conforto respeitável, fácil de guiar e de se divertir. E impressionar.

Uma solução que surgiu do inventivo diretor da empresa Omer Orsi, que tentava também salvar a companhia com falência decretada desde 1958. Sua idéia para o novo Quattroporte era oferecer um carro veloz que pudesse distinguir seu proprietário sem necessidade de apresentar habilidades de piloto.

Nascida para ampliar a gama da casa automobilística, que desde o início dos anos 1940 havia se transferido para Modena, o Quattroporte foi apresentado no Salão de Turim de 1963 ao lado de outro modelo que ficaria na memória dos fãs da marca, o Mistral.

Com a missão de inaugurar um novo segmento, amplamente explorado posteriormente e até os dias atuais, o sedã esportivo da Maserati foi muito bem recebido pelo público e também pela imprensa na época. Desde então tenta manter seu lugar de destaque, ainda que com o surgimento de adversários competentes ou mesmo as crises que obrigaram a interrupção de sua produção por mais de uma vez, os italianos da marca sempre se esforçaram para manter o Quattroporte como um dos modelos presentes com empáfia em seu listino (tabela de preços).

A primeira geração existiu até 1970, e era capaz de encurtar o tempo de deslocamento nas novas e modernas estradas européias surgidas na década seguinte ao fim da Segunda Guerra Mundial. Sem abrir mão do divertimento, o feliz proprietário de um Maserati de quatro portas podia transportar mais três felizes passageiros com a comodidade de um Mercedes 300 SE e a rapidez de um Ferrari.

AM 107 era o código interno do projeto na empresa e seria desenvolvido a partir de uma folha em branco, contando apenas com as opções de sistema propulsor já disponíveis pela marca. A carroceria foi projetada como um monobloco em alumínio, enquanto o motor escolhido seria o forte V-8 que equipava o Maserati 450 S de competição, também disponível no 5000 GT. O novo modelo deveria não somente ter força no motor, mas também ser capaz de transmitir ao motorista esportividade e sensação de controle ao volante. 

Motor do projeto AM 107

Os 4.135,8 cm³ cuidavam de preparar os 280 cv a serem entregues a 5.200 rpm e a arquitetura de duas árvores de comando por cada bancada de quatro cilindros ajudava a orquestrar a perfeita sinfonia do motor. Para a respiração ser abundante foram chamados quatro carburadores Weber 38 DCNL de corpo duplo. Ainda que o Maserati 5000 GT já montasse desde 1960 um sistema de injeção indireta Lucas, para o Quattroporte foi reservada uma receita mais tradicional e confiável. Dois tanques de combustível recebiam a energia líquida que era aspirada por duas bombas de combustível para chegar para a preparação da mistura mágica a ser queimada nas câmaras de combustão do motor que seria mantido em produção por mais 25 anos.

Uma disposição tradicional, com motor dianteiro longitudinal e tração traseira conjugada com uma sofisticada suspensão De Dion, freios a disco nas quatro rodas com duplo circuito servoassistido era nada menos do que o esperado para um carro dessa categoria. Perto do desempenho de um Ferrari GT Lusso, que era capaz de chegar a 240 km/h, o Maserati Quattroporte alcançava 230 km/h, mais do que obteriam nomes como Rolls-Royce, Jaguar, Mercedes e que nem mesmo a conterrânea Lancia podia pensar em oferecer em seus modelos.

Para revestir uma mecânica assim refinada em um projeto assim ambicioso, era necessário acertar também o aspecto e as linhas do modelo. Elegância era a palavra de ordem e a compreensão do que ela significava veio através do lápis do projetista Pietro Frua que, se valendo de uma reelaboração das linhas do protótipo da 5000 GT, pensou em um desenho imponente que pudesse dissimular seus cinco metros de comprimento através da harmonia entre seus volumes. Valendo-se ainda da tecnologia de dobra das chapas das laterais, no lugar do tradicional processo de estampagem, ele conseguiu uma limpeza da superfície, sem vincos. Um pára-brisa curvado e uma altura baixa em relação ao que se poderia esperar de um automóvel de luxo completavam a sua linha de cintura pouco alta a um estilo vigoroso e harmonioso.

Sete instrumentos instalados no painel de comando indicavam que o novo Maserati não queria permanecer no lugar-comum. O uso abundante de madeira e couro Connolly era premiado pela ampla área envidraçada que trazia uma iluminação natural ao interior do sedã que infelizmente não se encontra mais nos dias atuais.

Até mesmo o nome de batismo do modelo foi bem pensado e discutido internamente na Maserati. A intenção da fábrica era dar ao carro mais um nome inspirado em ventos exóticos e famosos, como Mistral, porém Quattroporte era simples, sóbrio e definitivo.

Uma lista de proprietários que incluía Rainier III de Mônaco e Karim Aga Khan, que desfilavam soberbos em suas carruagens de quatro portas e duas toneladas fluindo elegantes e velozes no ambiente da Riviera Francesa, ou brilhavam com sua abundância de cromados ao sol que caía no fim da tarde à frente do Cassino de Monte Carlo.

Desejando almejar o posto de veículo sedutor e atraente, com uma suavidade de suspensão aliada a uma agilidade inédita para um carro deste porte, a Maserati definiu um preço de lançamento equivalente a 12 Fiat 500. Até mesmo os melhores Ferrari ou Mercedes da época custavam menos.

Os jornalistas discutiam como categorizar o modelo e encontrar a categoria mais adequada para permitir um teste comparativo. Os fabricantes de veículos de luxo como o Facel-Vega e o Lagonda Rapide se apressavam em desmerecer a ousadia da Maserati, ao mesmo tempo em que buscavam encontrar um modo de reagir ao novo monarca das estradas. A marca do tridente começava a espetar o mundo automobilístico com o melhor do pragmatismo dos produtores emiliani (da Região da Reggio-Emilia) do centro da Itália, onde encontravam-se também titulares como Ferrari, Pagani, Ducati e Lamborghini.

Para a reestilização de 1966 a Maserati corrigia alguns problemas do ainda jovem produto. A solução De Dion para o eixo traseiro demonstrou-se ruidosa em pisos irregulares e foi substituída por um mais convencional eixo rígido. Os faróis retangulares foram substituídos por quatro lentes circulares deixando o visual ainda mais aristocrático e mais adequado para alguns mercados de exportação como o dos Estados Unidos.

O sedã em sua versão de 1966

Provavelmente pelo mesmo motivo dois opcionais foram incluídos no lisitno: câmbio automático BorgWarner e direção servoassistida ZF. Estes eram equipamentos já presentes em modelos Lancia e Mercedes e a Maserati não queria perder um cliente que já tinha se acostumado com a comodidade que estes itens ofereciam. O ar-condicionado passava a ser item de série, regalia encontrada antes apenas em Bentleys ou Rolls-Royces.

Também para não perder clientes acostumados à velocidade, a turma do tridente passou a montar no Quattroporte um V-8 de 4,7 litros derivado do original, agora entregando 290 cv e acrescendo mais 10 km/h à velocidade final.

Em 1970 a produção do modelo foi interrompida, após 770 exemplares terem encontrado seus abonados e felizardos donos.

Não foi fácil voltar às pranchetas para projetar o herdeiro de quatro portas. Ninguém queria transformar o sonho em pesadelo. Formar um mito com potência brilhante e comportamento exemplar havia sido encantador o bastante para a Maserati, mas na situação em que a empresa se encontrava no início dos anos 1970, manter o mesmo fascínio pelo modelo seria tarefa árdua.

Em poucos anos muitas mudanças haviam acontecido na empresa. No mundo, a crise do petróleo assolava os fabricantes de automóveis de luxo, o charme da Côte d’Azur tinha sido abalado e milionários vendiam suas casas para se proteger e resguardar uma reserva para tempos difíceis.

Fatos estranhos ocorriam dentro da administração da Maserati. Uma reunião com o então presidente da Citroën e o Cavaliere Adolfo Orsi, pai de Omer Orsi, provocaria uma seqüência de fatos e idéias subseqüentes para projetos em conjunto que finalmente, em junho de 1971, causaria a aquisição total da Maserati pela Citroën. Em um acordo entre as duas fábricas viria à idéia de um motor italiano no novo modelo esportivo francês, o SM, o mítico V-8 perderia então dois cilindros e sua força passaria a acionar as rodas dianteiras.

A família Orsi perdera o controle da Maserati depois de ter sido motivo de orgulho para os automobilistas italianos. Os novos donos não eram vistos com grande honra no país de Dante. Mesmo assim foi a Citroën que aumentou o efetivo de trabalhadores em Modena e permitiu o desenvolvimento de projetos subseqüentes como o Indy, o Bora e o Merak. O V-6 afrancesado passou a ser usado também nos esportivos italianos.

O Quattroporte segundo Bertone

Ainda que elegante e sofisticado novo Quattroporte aparecesse neste contexto, com codinome AM 123, não carregava consigo a aristocracia e luxo da original, nem mesmo a mesma força motriz. O V-6 com cilindrada aumentada para 3 litros (era 2,7 litros para o Citroën SM) entregava “apenas” 210 cv a 6.000 rpm. A alimentação era eletrônica, sistema Bosch, e para desespero dos puristas o conjunto era acoplado ao trem de força que levava a tração para as rodas da frente, horrorizando os fiéis clientes do tridente.

Os técnicos da Citroën criaram, assim, um modelo pesado e com motorização não forte o bastante para manter a tradição de velocidade do Quattroporte. No ano de ressurgimento do sedã, 1974, já existiam concorrentes, principalmente alemães, que haviam atingindo a supremacia no segmento de alta gama.

As linhas de estilo do Quattroporte II, mesmo assinadas pela Casa Bertone, não causaram sensação, como havia acontecido com seu irmão mais velho. E já não remetiam à exclusividade, com traços já vistos em outros veículos, principalmente no SM e no Citroën CX.

Para continuar no clássico drama italiano, os novos donos da Maserati não podiam também se orgulhar de uma situação financeira promissora. Quatro (sempre ele) anos depois do casamento transalpino a empresa franco-italiana precisou mudar de mãos. A Peugeot comprou a rival francesa e decidiu vender ou encerrar todas as operações fora do território de Napoleão.

Era 1975 e a segunda edição do Quattroporte mal havia terminado seus testes finais de projeto. Apenas 13 exemplares pré-série, destinados às campanhas de divulgação, conseguiram heroicamente sair das linhas de produção. Chegou a ser lançado oficialmente no Salão de Paris de 1976.

Finalmente, em 1979, surge uma nova chance para o legado das quatro portas esportivas. Para que logo de início as chances de sucesso pudessem ser das melhores, daremos nome aos dois padrinhos do novo renascimento do sedã: Alejandro De Tomaso e Giorgetto Giugiaro.

De Tomaso foi o responsável por comandar a nova transição administrativa da Maserati, agora sob a batuta do Grupo Benelli comprado por ele e que aglomerava também a Moto Guzzi. Com uma mão do governo italiano (sempre ele) através do GEPI, que era uma agência estatal para auxilio às empresas em crise (outro clássico italiano), o industrial argentino repaginou a casa de Modena.

Giugiaro arrisca seu traço no Maserati de luxo

Giugiaro sabia que realizar o novo sedã seria um desafio maior. Como sua competência e histórico de sucesso também o qualificavam como um importante designer, a receita para um novo e sedutor modelo estava pronta com os melhores ingredientes.

Com uma carroceria musculosa e que não se distanciava muito de um cupê esportivo, o Quattroporte III é um belo e bem resolvido exercício de estilo. O projeto AM 330 debutou no Salão de Turim de 1977.

Sem a pretensão de inovar ou criar um segmento a ser desafiado por seus concorrentes, o novo sedã esportivo tinha, sim, que encontrar com muita propriedade e se defender num mercado já ocupado por Bentley T2, Mercedes 450 SEL 6.9, BMW 733i, Aston Martin Lagonda. Também dentro de casa havia uma sombra (há quem diga que até a inspiração de estilo), o exclusivo De Tomaso Deauville.

O retorno à tração traseira permitiu uma arquitetura motriz de fato à altura da proposta original. Todo em liga leve, o motor de 5.000 cm³ e 290 cv associava-se ainda a um torque surpreendente: 40 m·kgf a apenas 3.000 rpm.

O Quattroporte de 1979

Além do talento para devorar estradas, o Quattroporte resgatava também uma oferta de conforto interno digna da sua proposta inicial. Notável acabamento e uma suspensão que embora firme em marcha fosse muito equilibrada para o peso do veículo, fechavam o pacote no modelo que talvez tenha sido o mais acertado da fase De Tomaso na Maserati.

Foram fabricados 2.110 exemplares nos 11 anos de vida deste produto, sendo que 51 deles receberam uma motorização de 4,2 litros e 53 pertenciam à versão de 300 cv e ainda mais requintada: a Royale.

Maserati Quattroporte Royale

Outro intervalo e apenas quatro anos depois (olha o quatro aí de novo), em 1994, se voltou a falar do Maserati de luxo. Também de volta o drama de uma nova gerência da marca: a Fiat tornava-se então proprietária da empresa com sede em Modena, que casava muito bem ao desejo do maior grupo automobilístico da Itália voltar a oferecer produtos na gama de esportivos de luxo.

Outro desenho de autor, elaborado desta vez por Marcello Gandini, o Quattroporte de 1994 usava um monobloco novo e mais rígido, sua carroceria era moderna e harmoniosa. Os motores passaram a ser inicialmente de seis cilindros com ou sem a opção de superalimentação, sempre na casa dos 300 cv. Apenas quando apareceu a opção do biturbo de 336 cv foi que as coisas começaram a ficar interessantes.

Maserati Quattroporte 1994

Apoiado em um câmbio manual de seis marchas e diferencial autoblocante, o novo motor voltou a demonstrar o respeito pela herança do nome Quattroporte. Um lobo em pele de cordeiro era a melhor definição para a versão mais picante do sedã. Velocidade máxima de 270 km/h e 5,9 segundos para alcançar os 100 km/h partindo da imobilidade traziam divertimento e entusiasmo como se fosse um verdadeiro GT de raça. O Quattroporte IV permaneceu no listino Maserati até 2001, terminando sua história com 2.375 veículos fabricados.

Repaginado ao estilo de Gandini

Um gosto depurado, quase burguês, uma vontade esportiva transferida com cuidado, como em um processo de transfusão, pela sua nova irmã Ferrari. Um tênue ponto de encontro entre opulência e sobriedade. E seguramente potência. Tudo isso era o mais novo Quattroporte. Estamos agora em 2003. Depois de quarenta anos da aventura original, coube ao novo carro manter a força de estilo e desempenho da Casa Maserati, sem perder o conforto e requinte.

O sedã em 2003

O projeto M 139 AQ/430 deveria estar pronto para o Salão de Frankfurt daquele ano. Com um esforço de engenharia e financeiro sem precedentes na historia do sedã, novamente se partiu do zero. O traço era agora de Pininfarina, em seu  primeiro retorno à Maserati desde 1954, um mais uma vez renovado sonho italiano, um novo pesadelo para os fabricantes alemães. Lindo, com desenho fluido e extravagante, sedutor como se estivesse vestido para uma festa de gala.

Se é possível usar o termo barroco para um design de automóvel, ninguém mais do que o Quattroporte V para merecê-lo.

A voz do motor, agora um V-8 de 400 cv, era uma sinfonia, com recursos como cárter seco e transeixo para levar o peso do câmbio para o eixo traseiro. O centro de gravidade foi abaixado e a distribuição de peso em ótimos 47% à frente e 53% atrás. Adequado ao rodar manso da cidade e com desempenho arrebatador na estrada.

Nem todos, entretanto, apreciaram a escolha pelo câmbio robotizado e seqüencial chamado de DuoSelect. Madeiras nobres, entre elas radica e mógno, onze cores diferentes para o acabamento revestido em couro, climatização regulável de maneira independente para os quatro ocupantes, que também desfrutaam de regulagem elétrica individual dos bancos, completavam os mimos do interior do sedã.

50 anos de evolução

Assim foi até o final de 2013, quando o modelo atual do Quattroporte veio abrilhantar a recente repaginação da oferta Maserati. No alto da gama atual reside o GTS, extraordinário e belo. Aos 50 anos, o desfio de combinar desempenho e elegância, honrando os nomes que se encarregaram de sua linhagem. Frua, Bertone Giugiaro e Gandini dedicaram seus traços para compor a tradição. Agora, o modelo que representa a síntese da filosofia Maserati foi reestilizado em linha com a tradição, a síntese perfeita de luxo e poder.

Maserati Quattroporte em sua roupagem 2014

Que possamos ter mais 50 anos de história deste clássico e impressionante modelo. E que seu nome, apesar de modesto, possa sempre representar o melhor da fina arte emiliana de realizar grandes objetos de arte sobre rodas. Sejam duas ou quatro rodas. Duas ou quarto portas.


FM

Fotos: divulgação, maserati.com

24 comentários :

  1. Não sou muito fã da Maserati mas tá aí um carro que sempre achei maravilhoso, especialmente esse modelo dos anos 90. Até hoje o design desse modelo não parece ter envelhecido muito, e olha que bons 20 anos já se passaram. Acho que isso se deve às linhas mais convencionais, por assim dizer, passando longe daquela neura com formas arrendondas que tomou conta de muitos fabricantes na época.

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  2. Diretoria e macarronada.
    Jorjao

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  3. A traseira ficou parecendo com dos Audi novos...
    Convergência de estilo ou cópia mesmo?

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  4. Como é lindo, esse de 94... Meu Deus! Se lançassem hoje, ainda seria moderno!

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    1. ricardo_bia28/04/14 13:31 Parece um Lancia.

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  5. O Quattroporte IV e V são obras de arte sobre rodas... O primeiro, uma flecha que expressa velocidade até mesmo parado, o segundo sedutor como uma bela e exuberante italiana de curvas avantajadas... De qualquer forma, são veículos da série... Carros que eu jamais poderei ter. kkkkk (iguamente a mulher que agora imaginei). Deixa eu pegar meu "Palim" e ir embora.. que lá em casa me espera uma brava e irritada patroa! kkkkk

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  6. Muito atraente o de 1994. E 300cv nas rodas traseiras, com 3 pedais mais do que bastam. Pena não existir esse modelo no Brasil.

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    1. Lorenzo Frigerio28/04/2014, 20:00

      Existe, sim. Eram vendidos pela Via Europa. Mas acho que quem tem, o mantém muito bem guardado, ciente de seu valor. Vários anos atrás vi um usado para vender numa loja da av. Indianópolis... estava bem "detonado".

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    2. A Via Europa importou pouquíssimos exemplares desse modelo. Chiquinho Scarpa teve um, blindado pela G5.

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  7. Belo carro ! mas que o desenho é parecido com o do Jetta é sim senhor.

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  8. Uma bela maneira de ter algo diferente da maravilhosa trinca de alemães. Até hoje só vi um Quattoporte no trânsito, em Ipanema. Fantástico! E como fã juramentado de "barcas", adorei todos, he, he! Só lamentei profundamente a falta de fotos dos interiores. Não dá para fazer um upgrade neste post, Felipe?
    Abraço.

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    1. Mr. Car
      Em que região / bairro voce mora aqui no RJ ?

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    2. Caro Mr. Car,

      Já vi dois. Um antigo, em São Conrado, e um mais novo, no final do Leblon (pode ser que este tenha sido o que vc viu em Ipanema).

      Há muitos anos, em Botafogo, vi um Spyder, dos anos 90, vermelho, igual ao que estava na capa da Quatro-Rodas (lá pelo ano de 94).

      Leo-RJ

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  9. um dos mais lindos com certeza!

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  10. Vale lembrar que por questões tributárias, creio eu, o motor da Quattroporte de 1995 era um V6 de apenas 2,0 litros e 287 cavalos. Está lá, num teste da revista Gente Motori, edição de janeiro de 1995.

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    1. Lorenzo Frigerio28/04/2014, 19:57

      Havia um V8 biturbo ("Evoluzione"), mas acho que saiu posteriormente.

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  11. Definitivamente o modelo de 2003 é espetacular e atemporal. O redesenho d 2014 foi espetacular e responsável pelo sucesso atual da <Maserati. Um caso de sucesso da Fiat na administração que pode ser estendido a Alfa.

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  12. Lorenzo Frigerio28/04/2014, 19:55

    Está bem óbvio que, quando a VW projetou o Santana, foi beber na fonte da Quattroporte III... os dois carros são muito parecidos, especialmente de traseira. Não é de se espantar, pois Giugiaro já havia projetado o Passat para a VW e com certeza também botou a mão no projeto do Santana. Quando a VW o lançou, achei incrível que tivesse um desenho bem diferente do que era tradicional na marca. Era avantajado, confiante e sem medo de ser feliz, sem recorrer a recursos visuais chamativos, trabalhando só com a precisão da volumetria.
    A Alfa 164 também herdou um pouco essa linha de design, apesar de ser um carro um pouco menos retilíneo, já antecipando um pouco os anos 90.
    Entretanto, por mais que eu ame esse modelo e essa volumetria, a Quattroporte do Gandini é simplesmente melhor. É um dos meus sonhos de consumo. Quantas vezes não parei na vitrine da Via Europa, à noite, para ficar babando nesse modelo. Com certeza, um dos melhores projetos do Gandini.
    Talvez alguns discordem de mim na comparação... é como a BMW 635 CSi: é maravilhosa, mas quando você achava que não havia como superar esse modelo, os caras soltaram a 850i.

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    1. Lorenzo
      Como voce, eu também tenho a Alfa 164 como sonho de consumo e acho seu desenho lindíssimo!
      Realmente uma pérola italiana

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  13. Sou fã do Tridente. Há muito. Esse Quattroporte então, é espetacular. Qualquer hora vou dar uma de poderoso e vou solicitar um test-drive, arrotando caviar... Aliás, gosto também dos Lancia.

    Dá uma olhada, Mr.Car:

    http://www.maserati.com/maserati/en/en/index/multimedia/format/photo.html

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    1. O que você tem contra mim, Tuhu? Ver as fotos desse Quattroporte GTS... Isso é uma tortura, he, he, he!

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  14. Que possamos ter 50x 50 anos mais de Maserati!!!!!

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  15. Thiago A. B.02/05/2014, 18:25

    Felipe,

    Gostei da síntese de todos os modelos que você produziu neste post. Acho esses carros maravilhosos, são meu sonho de consumo automotivo, pois reúnem o melhor de dois mundos(esportividade/conforto). Especialmente o modelo pós 2003, verdadeira obra de arte! O atual Ghibli ficou belo também. Sua postagem veio em boa hora!

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