O maior de todos os Ferrari |
Recentemente o programa
britânico Top Gear mostrou uma matéria sobre o novíssimo Ferrari F12, uma
maravilha tecnológica que literalmente voa pelas estradas.
O inolvidável Jeremy
Clarkson mostrou detalhes interessantes e que fazem salivar os entusiastas das
novidades. Magnífica é a cobertura que se abre no pára-choque dianteiro para
aumentar a área de passagem de ar para os freios, comandada pela informação de
sensores de temperatura, apenas um exemplo de alta tecnologia empregada no
modelo. Há tanta coisa na máquina italiana que nem dá para lembrar. É necessário consultar ficha
técnica e mais um descritivo do carro para entender o conteúdo.
Mas Clarkson, após
muito explorar a potência e agilidade do carro, disse que há dois problemas.
Uma direção rápida e leve demais, que não dá tranquilidade ao motorista, e
excesso de potência. Pela primeira vez na vida ele reclamou de excesso de
potência. Foi realmente cômico escutar isso de Clarkson, e mais ainda os
comentários de seus colegas de apresentação do viciante programa da BBC.
Como é possível um carro tão magnífico, feito por uma empresa com uma história tão significativa, conceber um produto que gere comentários negativos sobre dois dos sistemas que são dos mais importantes em carros de grande desempenho, direção e trem de força?
E eu, mais uma vez, me vi pensando no F40, meu Ferrari preferido.
Ùnico exemplar azul de fábrica |
O F40 veio em uma era
em que o mundo já estava ficando muito complicado, e ele mesmo tem ao menos
um sistema bem sofisticado, que é sua injeção de combustível.
Mesmo assim, é um carro
bem simples comparado ao conteúdo elétrico, hidráulico e eletrônico que se tem hoje em Ferraris
e mesmo em muitos carros mais normais, ao ponto de ter apenas um item de conforto, o indispensável ar-condicionado. O carro todo é apenas funcional, sendo
considerado mais um veículo de corrida do que de rua. Notando isso, chegamos à
origem da marca, que seguramente é a mais conhecida do mundo no que se refere a
carros, mais que a Ford com o modelo T, ou a Volkswagen com o Fusca.
Para pagar seus bólidos
de corrida, Enzo fabricava carros para rua, sempre muito direcionados ao
cliente que apreciava participar de corridas. Eram espartanos, com acabamentos de
carroceria e de peças de interior que podem ser chamados de toscos.
Há dezenas de modelos assim fabricados com o emblema do cavalo empinado. No começo da história, ambos se confundiam, já que corridas de estradas, pistas e ruas eram realizadas com modelos que não diferiam muito entre si. As separações grandes começaram a acontecer após 1950, ano em que nasceu a Fórmula 1, e os autódromos passaram a ser a principal arena de combate entre marcas e pilotos.
O preço dos Ferrari nunca foi baixo,
afinal sempre foram carros de baixos números de produção, e pagar equipes de corrida sempre requereu grandes verbas. A Ferrari sabiamente
aproveitou o crescimento da fama advinda das vitórias para crescer o preço de
venda, até que apenas os muito ricos pudessem comprar seus carros.
Como de uma maneira
geral o ser humano gosta de ser paparicado, ninado e acarinhado, os clientes acostumados a confortos em excesso
preferiam ser envolvidos por revestimentos confortáveis e enfeites visuais, com a Ferrari
resistindo bravamente entrar nesse esquema por décadas, até que saiu de sua linha mestra e apresentou o Testarossa de 1986. Ficou um pouco exagerado no luxo, e foram alvo de
críticas de clientes mais puristas. Com o passar do tempo, esse aspecto foi-se
agravando.
Foi um caminho lógico. Preços altos, atraindo clientes ricos, que estão acostumados a
conforto e enfeites, que foram sendo adicionado aos carros, que chegou a um
excesso. Círculo vicioso da complicação, agravado pelo excesso de eletrônica.
Para comemorar os quarenta anos da marca, o Comendador Enzo Ferrari ordenou um carro como nos velhos
tempos, uma homenagem ao início do
sucesso de sua fábrica e equipe, e nasceu o F40, apresentado em 21 de julho de 1987, que considero o maior Ferrari de todos os tempos. Saudosismo do Comendador, em parte, dos bons tempos em que tinha seu filho Dino vivo, suas aventuras fora do casamento, e outras coisas que só ele poderia sentir. Talvez ele tivesse certeza
que não viveria nesse planeta por muito tempo mais, e quis fazer lembrar como
tudo começou. Sábia decisão, já que faleceu em 14 de agosto de 1988.
Tudo que veio depois
foi, mesmo que ganho em importância de mercado e lucratividade, na verdade perdido pela tradição da marca, e não evoluído ou ascendido a patamar
superior. Continuaram a ser carros de uma linhagem totalmente fantástica, mas
passaram a ter boa parte de suas definições como produto governadas pelo
objetivo de serem modelos de luxo para ricos.
Imagine que hoje há até
mesmo donos de Ferraris novos que têm motorista particular para dirigir seus
carros! São hereges no mundo santo dos automóveis. Esses mortais experimentarão o purgatório
automobilístico ao deixarem essa vida, sendo condenados a dirigir um carro
popular inexpressivo por ruas e avenidas esburacadas e remendadas, com faixas
exclusivas de ônibus à direita, corredor de ônibus à esquerda, câmeras de
velocidade a cada cem metros e infinitos motoboys buzinando por toda a
eternidade. Sem ar-condicionado.
Vinte e cinco anos
depois do F40 ser lançado, o cliente típico de carros de luxo (termo
detestável) quer saber quantas entradas para iPad ele terá, ou quais os modos
de conectividade do carro com a geladeira de casa, ou quais os aplicativos
disponíveis para chamar o lavador de carros com horário marcado, poucos se
preocupando em saber se a suspensão tem regulagens que podem ser feitas girando
porcas, apertando botõezinhos, ou pior ainda, por telas sensíveis ao toque
(aaaaargh!).
E o leitor, maioria aqui de longa data e dos quais muito nos orgulhamos, deve estar pensando que enlouqueci mais um pouco. Mas vamos continuar.
Escrever sobre Ferraris
sempre é fácil e difícil ao mesmo tempo. Elogiar é muito fácil. Leia praticamente
tudo que aparece sobre a marca e seus modelos e você terá certeza disso. Méritos
não faltam ao se analisar comportamentos dinâmicos e dados técnicos do que se
vende hoje. O difícil é tentar entender os problemas e criticar, mesmo em se tratando de
uma fábrica com incríveis produtos para o mundo atual, mas totalmente desconexos
da realidade das nobres corridas de onde originou sua tradição e fama.
Para que fugir da
tradição tendo a posse de uma marca com esse poder hipnótico? Será que o F40
era tão desagradável a ponto de termos que
passar ao que temos hoje, carros magníficos mas totalmente voltados ao
cliente que procura a moda e a tecnologia de ponta? Precisa uma marca com esse
cabedal de vitórias em corridas se fiar em modismos de carros de rua para
vender os seus?
Prefiro ignorar essa
parte muito “iPadiana” da moda, observar a marca vender cada vez mais seus novos carros e me concentrar no maior de todos os Ferraris feitos
para andar na rua.
Lembro-me vivamente. Salão do Automóvel de 1990, Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Na reabertura das importações
dentro da lei, governo de Fernando Collor de Mello, a Fiat Automóveis trouxe um F40 para dar show, arrastar a
multidão ao seu estande e ofuscar os concorrentes. Conseguiram. Sinceramente, lembro-me
de poucos outros carros que estavam na exposição, como este.
Parecia que a cidade toda
estava ao redor do único F40 que já veio ao Brasil.
Sem exagero agora, haviam
camadas e mais camadas de pessoas para ver o carro. Você tinha que ir mais à
frente, acotovelando e sendo acotovelado conforme os primeiros saíam do
caminho, até chegar ao guarda-corpo que cercava o F40. As fotos abaixo são minhas, desse dia incrível em que vi o F40 pela única vez.
O carro nasceu para
comemorar os quarenta anos da marca, daí o 40 no nome, isso todos sabemos. Aliás, esse é o problema em
escrever sobre Ferraris. Muita gente sabe muita coisa, e esses rapidamente
sacarão uma ficha de teste de qualquer modelo mais novo, começarão a comparar
com o F40, dirão que “a fila anda”, e
que qualquer simples 360 Modena é mais rápido que o F40 na pista da fábrica. Verdade,
mas se desempenho fosse tudo num carro todos iríamos precisar de um Fórmula 1, Blue Flame ou Thrust SSC nas nossas garagens.
Vamos então a algumas
impressões de jornalistas com muitos anos de experiência.
Mel Nichols disse que é o carro mais fácil de dirigir pela potência disponível que ele já experimentou, feito para o cliente que não quer nada além de um desempenho brilhante. Isso antes das assistências eletrônicas se tornarem regra, claro.
Conversando com
Giovanni Perfetti, da área de Marketing, este declarou que os clientes mais
tradicionais reclamavam que os carros estavam se tornando muito confortáveis e cheios
de graciosismos. O F40 foi feito para esse reclamadores, e apenas para eles.
Além disso, Nichols
chamava a atenção para a posição bem não-italiana, com o volante mais próximo
da vertical do que sempre se viu em Ferraris, além de não estar tão longe, para
evitar braços esticados, os bancos em
boa altura, evitando pernas muito na horizontal, o que é desconfortável em
longos períodos, e com os pedais apenas um pouco deslocados para o centro do
carro.
Rapidamente se percebe
que não há nada errado no comportamento do F40, e sua simplicidade de comandos
só ajuda a empolgar uma condução rápida e limpa, com uma perfeita comunicação
entre o sortudo motorista e os sistemas do carro. A concentração fica assim retida ao ato de dirigir,
e os ruídos excessivos são rapidamente incorporados a essa concentração.
A estabilidade é
meticulosa, e com o acelerador se consegue balancear saídas de frente e traseira
que ocorrem de acordo com o piso e a potência passando às rodas. Nichols diz que
esse ajuste é feito grau a grau no eixo vertical, com facilidade. Um pouco mais
de derrapagem ou um pouco menos, sendo facilmente e precisamente comandados por
volante e acelerador. Em suma, fica-se embasbacado com a facilidade que um
carro tão incrivelmente potente seja tão dócil na condução rápida. E sem nada
de eletrônica para ajudar a corrigir erros!
F40 à venda nos Estados Unidos. |
Mark Hugues, na Classic
and Sports Car, afirmava que mesmo abaixo do torque máximo a 4.000 rpm, o
carro provocava estiradas no pescoço dos ocupantes em qualquer uma das cinco
marchas, requerendo constante trabalho físico do piloto-motorista. Na sua pena,
“o F40 é exuberância, músculos e macheza. Ele grita sua mensagem em um
ultrajante estilo de Pininfarina”. Reconhecia que o F40 era uma evolução do
pacote mecânico do 288 GTO, que por sua vez era um 308 GTB reengenheirado. Esse
é um ponto de algumas críticas sobre o F40 ser apenas uma evolução do 288 GTO.
Mas há que se lembrar que temos nele uma estrutura e carroceria toda nova, além
de outros sistemas, e isso não é pouco.
Suspensão traseira com semi-árvore aparecendo |
Suspensão dianteira |
Paul Frère perguntava
no início da matéria para a Road & Track se o F40 era um carro de rua que
podia correr ou um carro de pista que podia andar na rua. Pelos US$ 280.000 da
época, não trazia direção com assistência hidráulica, nem vidros ou travas elétricas, rádio,
assistência de vácuo nos freios, muito menos ABS e nem mesmo isolantes de ruído. Estepe só se
o comprador pedisse, pois vinha sem, para poder aproveitar o espaço na
dianteira para alguma bagagem. Ao menos a cobertura dos faróis de longo alcance
e dos piscas, para eliminar possíveis embaçamentos, era provida de aquecimento. O pára-brisa também tem aquecimento elétrico. Frère constatou que em segunda
marcha era possível fazer o carro patinar em qualquer tipo de piso, tamanha a
força do motor V-8 com dois turbocompressores. Apesar disso, não há trancos
violentos, mas sim aceleração vigorosa sempre.
Há ruídos de todo tipo
vindo de todos os lugares. Das bombas de combustível, do motor em si, do vento,
dos pneus. Problemas reportados foram a embreagem de disco duplo de acionamento
pesado, o banco um pouco mais alto do que seria confortável e uma tendência às
rodas dianteiras seguirem as imperfeições de asfaltos ondulados, danificados
por veículos pesados.
O Bob foi o único
jornalista brasileiro a andar no carro que veio para cá, e foram realizados testes no campo de provas da Freios Varga (atualmente TRW), em Limeira, interior paulista, e no aeroporto de Viracopos, em Campinas, para acelerar na reta. Bob escreveu na Quatro Rodas
“... daqui 10 ou 20 anos, quando o mundo estiver infestado de carrinhos
elétricos, o F40 será uma visão romântica de um mundo que parecia ser apenas
uma highway ou Autobahn”.
Chris Harris,
ex-Autocar e atualmente com o canal Drive, no YouTube, gravou uma matéria sobre o
F40 e o F50 (esse não vem ao caso), e simplesmente se afoga em entusiasmo ao
dirigir o F40, mais parecendo um
adolescente em seu primeiro baile ou domingueira, ao se ver cercado por meninas
por todos os lados, uma mais bonita que a outra. Vejam:
O mais incrível porém, é a simplicidade total, com apenas o estritamente necessário, ar-condicionado para boa civilidade dentro do carro que tem apenas pequenas janelas de correr nas portas, já que de começo não se fez vidros que sobem e descem e que deveriam ter canaletas, guarnições, levantador de vidro, adicionando peso desnecessário. Depois de alguns carros entregues, a Ferrari mudou para janelas que abriam totalmente, mas subindo e descendo comandado por manivelas.
Nesse já há uma manivela para os vidros da porta |
Três pedais, uma quase impossibilidade mercadológica, hoje |
Revestimentos, apenas o dos bancos e por
sobre o painel de instrumentos. Tudo isso e muito mais, como a ausência de
tapetes, por exemplo, fez o carro ter apenas 1.235 kg para os 478 cv a 7.000 rpm, 2,58
kg/cv, relação ótima ainda hoje, quando um Corvette ZR1 tem 2,1 kg/cv, ou, mais
engraçado ainda, praticamente o mesmo número no Ferrari F12 do começo do texto.
Essa massa muito baixa
era resultado principalmente do chassis, que é uma estrutura tubular de aço
revestida por peças em Kevlar, onde se forma o habitáculo e de onde surgem as
fixações de suspensão e motor. Para fixar o Kevlar no aço, adesivos. Dá para
ver a cola entre os painéis, na foto abaixo.
Note a cola esverdeada no assoalho e a grelha por onde corre a alavanca de câmbio; a primeira é "perna de cachorro" |
Um exemplar desmontado para conserto ou reforma |
Tubos de seção quadrada no berço do motor |
Estrutura dianteira, radiador inclinado, dutos de ar para freios |
Motor e câmbio em seu alojamento |
Se uma estrutura com a
mesma função fosse feita em chapas de aço, seria 20% mais pesada, e teria
1/3 da rigidez contra as forças de torção. Esses painéis são visíveis
de dentro do carro, sem revestimento algum, e aí reside o mais legal para que
gosta de carros de corrida, a possibilidade de ver e tocar a estrutura da
máquina, sem maquiagem.
O motor de 2.936 cm³ era
um pouco maior que o do 288 GTO, que tinha 2.855 cm³, devido ao maior diâmetro
dos cilindros, mas mantendo o mesmo curso de pistão e os mesmos 90° entre as
bancadas, além da pressão de sobrealimentação ser de 1,1 bar em vez de 0,8 bar do 288. Os pistões são arrefecidos por jatos de óleo atingindo diretamente a
sua coroa por dentro, as buchas de bielas são de liga de prata-cádmio. Válvulas
do motor são ocas e preenchidas com sódio para arrefecimento, e as oito
borboletas de aceleração atuam juntas.
Trem de força, na fábrica, sem os coletores de escapamento |
Fácil acesso a motor, já que abre tudo atrás |
Para alimentação, dois
injetores de gasolina por cilindro, funcionando de modo seqüencial, governados pela pressão de superalimentação
necessária de acordo com ângulo de borboleta e rotação do motor, para depois
injetar a quantidade de gasolina necessária. Essa pressão é também coordenada
com a regulagem de ponto de ignição, que é feita por quatro bobinas com duas
saídas cada. A principal vantagem disso tudo é a quase ausência de turbo lag, o
buraco na aceleração dos turbos, daí os elogios de Paul Frère e outros.
Isso tudo permite
atingir um torque máximo de 58,8 m·kgf a 4.000 rpm, mas já importantes 45 m·kgf a 3.200 rpm.
Nas curvas á esquerda, toda a faixa de rotações do motor, mostrando potência em kW e cv, torque em Nm e m·kgf. Nas da direita, acima de 4.100 rpm apenas em unidades do sistema britânico e americano, lbf.ft (libra-pé) para torque e hp para potência.
Para uso em corrida,
eram oferecidos turbos maiores e comandos de válvulas mais bravos, gerando 700
cv.
Mais dados técnicos
detalhados estão neste post do Milton Belli.
Será que o futuro nos
reserva carros tão verdadeiros quanto o F40? Será que as pessoas que apreciam
o invento automóvel irão voltar a se interessar de forma maciça por aprender a
dirigir com sensibilidade e entender a chatice dos sistemas eletrônicos que
ajudam em tudo, mas que atrapalham a vida útil de qualquer carro, com seus
defeitos que só o fabricante pode diagnosticar? Poderão elas um dia aceitar que
quanto mais simples é uma máquina, menos problemas potenciais ela traz consigo,
e que a ânsia por novidades cada vez mais artificiais vai contra a natureza
humana básica que clama por simplicidade?
Talvez estejamos indo
para um ponto tão extremo no exagero dos magos eletrônicos que uma pane geral
será cada vez mais possível de acontecer, com carros magníficos
impossibilitados de andar, e sendo abandonados ao menos por um tempo, até que
um gênio engenheiro milagroso descubra uma solução genérica para fazer carros
modernos serem restaurados a uma condição de transportes úteis e mais simples.
Nesse dia o F40 será coroado o rei supremo de todos os automóveis, e seu ronco abafado
pelas duas turbinas será o único a ecoar pelo vale formado entre os desfiladeiros do mercado
automobilístico moderno.
Incrível como a função pura gera beleza |
Os faróis escamoteáveis são os normais. De longo alcance, fixos |
JJ
Fotos: Thevettebarn.com; Lingenfelter Collection; techracingcars.com; autor
Fotos: Thevettebarn.com; Lingenfelter Collection; techracingcars.com; autor
Eu tenho uma na cor vermelha! só que na escala 1:18 rsss....,maravilha de post J.J .
ResponderExcluirSpeedster,
ExcluirGrato !
O meu é 1/24 mesmo. Então o seu é maior ! rsrsrsr
O estranho não é que carros estejam cheios de eletrônica, conforto e assistências. O estranho é que carros ESPORTIVOS estejam cheios disso.
ResponderExcluirParece que existe uma dificuldade hoje de entender que "cada macaco no seu galho".
Pois é, Corsário. Eu, por exemplo, não dou a mínima se as Ferraris não tiverem nem forração interna, contanto que existam carros como os grandes sedãs de alto luxo, que já andam pacas (mais até que um motorista comum precisaria), e trazem todos os requintes (alguns até chegando ao patamar das frescuras, admito), sem que ninguém reclame disto. Acho que o Juvenal está fazendo esta análise muito mais do ponto de vista de um piloto, que de um motorista "gente como a gente".
ExcluirTalvez porque muitos dos compradores desses esportivos não sejam autênticos entusiastas. Pra essa turma é um sacrifício o ato de dirigir. Mas tem dinheiro de sobra e querem sair bem na foto. Bingo!
ExcluirMr.Car
ExcluirGaranto que voce , com eu , preferiria uma velha barca norte-americana a uma Ferrari como essa.
Isso mesmo meu amigo , nem so de velocidade se faz um carro.
Espaco , conforto, grande porta-malas e um bom cambio automatico tambem me fascinam.
Eu sou mais um Nissan GTR !
ExcluirAcho que com um desses deixaria essa Ferrari para trás!
Po, vocês não entenderam o espírito da mensagem ou não quiseram ler ao menos dois parágrafos.
ExcluirMarcelo, Mr.Car, anônimo 14:30,
ExcluirEu teria os dois! Afinal de contas, se eu fosse rico o suficiente para ter uma Ferrari, seria rico o suficiente para ter uma Ferrari e uma barca americana (como o Chrysler 300). A Ferrari para me divertir e a barca seria para viajar com a família.
Maravilhoso automóvel, será que estes meninos que estão tirando habilitação agora, conseguem pelo menos por este carro em movimento ????
ResponderExcluirConheço vários novos " motoristas " que só conseguem dirigir carros com cambio automático pois consideram a troca de marchas uma tarefa impossível !!!
Nao é impossivel , mas debrear e trocar marchas na cidade é uma tarefa bem chata.
ExcluirAssim prefiro os esportivos robotizados com borboletas no volante.
Me sinto pilotando um F1 !
JJ, o link que levaria para o post do Milton Belli, na verdade leva para o vídeo das Ferraris F40 e F50.
ResponderExcluirNo mais, eu vejo tecnologia como uma faca de dois gumes: Com ela dá pra explorar limites que a maioria dos mortais sequer consegue chegar perto e ainda simplificar atividades de qualquer natureza, porém ao mesmo tempo faz com que se propague o conformismo com a falsa necessidade desses sistemas, o que deixa aqueles que são avessos a tecnologia, a cada dia mais desamparados devido seu excesso.
E é por esse motivo que vejo os populares brasileiros até que com bons olhos, pois para muitos, é o mais próximo que se pode chegar dessa F40 por exemplo (e mesmo assim, ABS e AB2 obrigatórios). heheheheheheh
Mendes
Mendes,
ExcluirJá corrigi o link, obrigado pelo aviso.
Essa sim é a genuína "La Ferrari". As que vieram depois dela nunca chegaram perto de seu carisma, perderam a alma.
ResponderExcluirNa visao de muitos "ferraristas" a F40 nao é genuina tambem, pois utiliza turbo e nao tem um V12!
ExcluirEsse carro nao alcanca precos tao alto no mercado de carros classicos, o que reforca essa tese.
Mas eu nao me importaria nem um pouco com isso e adoraria guiar uma!
Pois é, não existe coisa mais impossível que agradar um purista.
ExcluirNa minha humilde opinião, a genuína "La Ferrari" é a 365 GTB "Daytona"... mas a definição do que torna uma Ferrari "genuína" é um ótimo debate!
ExcluirA Ferrari sempre se preocupou mais com as corridas do que com qualquer outra coisa. E isso inclui clientes, empregados, meio ambiente e etc.
ExcluirAnônimo13/11/13 14:26
ExcluirGenuíno no sentido de ser "A Ferrari", ou seja, o modelo definitivo da marca.
Sensacional, Juvenal!
ResponderExcluir"Nesse dia o F40 será coroado o rei supremo de todos os automóveis..."
Para mim, esse dia existe desde os meus 11 anos! Cresci tendo como referência de carro dos sonhos a F40. Eu ia dizer que era o carro dos meus sonhos, mas lendo seu texto até o fim, vi que é até hoje!
Quanto ao salão de 1990, realmente as pessoas iam lá era mesmo para ver a Ferrari F40, sim. Eu era pequeno, morava em outra cidade e fiquei frustrado por não poder ver. Mas, no ano seguinte, houve uma pequena exposição em Belo Horizonte, improvisada no estacionamento do BH Shopping, em que eu pude ver de perto, mas não encostar. Deu até pra sentir o cheiro do interior dela!
É a definição do carro purista. Ela tem o que atrai fundamentalmente num automóvel: princípio e propósito! Não quero saber de tela sensível ao toque, de conectividade, de isolamento acústico, de câmbio automático, de acelerador eletrônico, mimos, mimos e mais mimos não... Quero esse!
Abraços!
Tá aí a confirmação que eu REALMENTE vi esse carro, então com 8 ou 9 anos de idade. Mesmo que confirme só pra mim mesmo, já me dei por satisfeito. Por muito tempo achei ser uma réplica justamente pela falta de acabamento e pela descrença do alheio, dizendo ser impossível um carro desses em BH.
ExcluirSim Adlei Brex,
ExcluirNós dois vimos esse carro! Não era réplica. Era aquele verdadeiro carro.
Tanto é possível um desses em BH, que aquela mesma unidade morou na fábrica da Fiat por alguns anos...
Foi o mesmo carro que o Bob testou na QR de novembro de 1992. Salvo engano, também foi o mesmo que o Collor andou em 1990. Acho que nunca houve um único carro tão desejado e capaz de despertar tanto interesse de todos quando este. Era o carro que todos queriam ver de perto para poder dizer: "eu vi a F40!!!"
Adlei Brex e Rodrigo MG,
Excluiré um só no Brasil, por enquanto, mas logo fará trinta anos e poderá ser importado legalmente.
Essa F40 está atualmente em Ribeirão Preto. Não sei quem é o dono atual, mas o anterior era o Lawrence Pih. Essa Ferrari já passou pelas mãos de vários endinheirados aqui no Brasil.
Excluiré triste q não exista uma dessa para cada entusiasta nessa terra, no brasil existe só uma e provavelmente nunca vou ver ela, F40 realmente é o carro mais puro já feito, nem a Mclaren F1 a supera no quesito emoção. O duro é saber q não existe nem réplica descente desse carro e somente milionários no mundo à possuem, tonando-a eterna em nossos sonhos. Mas lógico ela também torna o bob umas exclusividade desse blog.
ResponderExcluirAh, mas uma pensata sobre F-40 e os carros atuais possuem muitos desdobramentos, vou tentar resumir meu ponto de vista ao máximo:
ResponderExcluir- O motorista médio hoje é pior do que antigamente, até por conta de novos interesses tecnológicos citados, carro não interessa tanto.....but:
- Esse motorista desinteressado que compra um supercarro evidentemente vez ou outra vai experimentar as terríveis acelerações de um carro desses, em uma F-40, ele morreria na primeira curva, no supercarro atual, não;
- Potência e peso cresceram demais, não dá mais para pensar em um carro com 500 hp's (normal nos top'sl) sem uma rede bem grossa de assistências; tudo ficou muito hardcore, a aceleração G ficou muito intensa, e passar desta sem assistência alguma é sinônimo de acidente terminal.
- Fala-se maravilhas da F40 e seu manejo de chassis no limite e a resposta do acelerador para moldar sua estabilidade; no entanto, esse tipo de comportamento sempre foi apurado em pistas fechadas, ou no máximo em alguma estrada desabitada..sempre por pilotos ou jornalistas muito afeitos. No mundo real, poderemos no máximo arranhar as possibilidades do carro em aceleração plena, nunca buscar limites em vias públicas.
- Scuderia 430, 458 Speciale, Challenger 360 - a Ferrari não se vendeu plenamente, uma tênue camada de couro não é o suficiente para suavizar os músculos de atleta de pista das mesmas.
- Clarkson se assustou, ou seja, a F-12 continua com o rosário de ferraris muito fortes, muito potentes, onde o luxo é um adendo, e não o prato principal, mas que servirá de pasto para a maioria dos motoristas que não conseguirão utlizar os 740 cavalos dela, e isso faz terrívelmente sentido.
Finalmente a F-40 têm na FXX sua sucessora mais radical, carro só para pista, prova que a marca italiana de certa forma, sempre perpetua o legado da imortal "quarenta"...
MFF
Legal, concordo com seus pontos, aliás dificilmente discordo de vc, Mister.
ExcluirSó uma coisa, acho que não é que o motorista médio de hoje é pior que o de antes. Acho sim que antes tinha muito menos gente dirigindo, e quem dirigia se interessava mais pelo assunto. Hoje praticamente TODO mundo dirige, goste ou não, se interesse ou não. Ou seja, deixou de ser algo restrito e virou mais um item comum da vida cotidiana.
Aqui em CAmpinas isso é claro, a maioria das mulheres antes não dirigia, tinha medo, etc, só uma ou outra (chamada de excêntrica) se arriscava. Hoje praticamente todas acabam dirigindo, mesmo com o medo e aversão.
MFF, talvez os carros (e super, hipercarros) atuais, devido ao uso intensivo de ajudas e à potência exagerada, não sejam carros tão precisos quanto esta Ferrari. Talvez sejam mais como os Caças modernos, que são impossíveis de pilotar sem os auxílios e controles eletrônicos. Alguns supercarros eram construídos de maneira muito precisa, para que o conjunto em si fosse suficiente para o objetivo proposto e esses carros entraram para a história, alguns deles chegaram ao grande público (se é que pode-se dizer isso), como a BMW M3 E30 e o Lotus Omega. A existência da F-40 e da Mclaren F-1, tempos depois, elevou o patamar a um ponto tal que 478cv não são suficientes, os 671cv da F-1 não são suficientes. Entrou-se num jogo de Supertrunfo no qual os controles eletrônicos para conter a cavalaria desmedida superaram o esmero e o apreço por uma pilotagem refinada (e de um projeto com inspiração divina como o da F-1, que talvez seja superado por essa geração de Hipercarros, talvez), pois afinal (quase) qualquer néscio consegue domar os 450cv num Audi RS4 da vida. Numa F-40, não duraria nada. Nem falo das primeiras gerações do 911 turbo (930, principalmente), porque são carros com a dinâmica mais complicada, sempre, desde o lançamento foram avessos a inciantes. A F-40 era mais apurada, embora o turbo estúpido complicasse as coisas (ver o aumento de torque de 3000 para 3500 rpm, 11 kgf.m !).
ExcluirLucas Franco
MFF,
Excluirna minha opinião, só quem sabe dirigir direito deveria poder comprar carros muito potentes. Mas estamos num planeta onde compra e venda são determinados apenas pelo dinheiro.
Estamos vivendo um período de extremos, caminhando para automação de tudo. Mas em algum ponto, o pêndulo vai balançar pro lado contrário e teremos carros "com gosto de carro" de novo, em vez dos tablets com rodas que estão se tornando.
ResponderExcluirO filósofo Hegel explica esses movimentos da humanidade, aos extremos, antes de encontrar o caminho do meio. Vejo uma dose de purismo agoraa no Toyota/Subaru que todos aqui conhecem. Tração traseira, boa distribuição de peso e 200cv com cambio manual.
Marcos Alvarenga,
Excluirmuito boa sua colocação. Torço mesmo para que o extremo chegue ao fim, e voltemos ao equilíbrio.
O Toyota Subaru é magnífico. Um belo exemplo de um começo de equilíbrio e bom senso.
Gosto é gosto, pra mim a melhor Ferrari tem que ser 12 cilindros, pode ser a Daytona, a Berlineta Boxer, embora minha preferida seja a 250 LM.
ResponderExcluirA respeito do gênero, na Itália se diz "A" Ferrari, e aqui está a prova, no próprio site da Ferrari:
http://www.ferrari.com/italian/about_ferrari/ferrari_oggi/Pages/la_ferrari_oggi.aspx
McQueen
McQueen
ExcluirCarro em italiano e em francês é feminino, em português, espanhol e alemão é masculino. Por isso, no Brasil é o Ferrari quando se fala do veículo, a Ferrari quando o assunto é a fábrica. O exemplo que sempre dou é ser estranho escrever "O Mário e a João". É, por exemplo, o Porsche e o Ferrari", nunca "o Porsche e a Ferrari". Acostume-se a falar certo, depois fica automático.
Entendo essa interpretação, porém não é definitiva, pois a fábrica e a marca são do gênero feminino, embora o carro seja masculino. Em referência à máquina, também é feminino.
ExcluirÉ como no caso da Coca-Cola: é considerado feminino, embora seja o refrigerante, pois também pode ser a bebida.
Em inglês é neutro, mas na prática é feminino.
McQueen
McQueen
Excluir"Um carro da marca Ferrari", "A marca Ferrari é sinônimo de automóveis de alto desempenho", e carro em português não é máquina, só em italiano (macchina). O ponto-chave dessa questão é automóvel só ter um gênero, masculino. Você diria, por exemplo, uma Duesenberg? Uma Chrysler Airflow? Uma Fusca? Claro que não, motivo para não chamar 'uma Ferrari' ao falar do carro.
A Coca-Cola é uma bebida da classe dos refrigerantes, portanto 'uma Coca-Cola'. De novo, apenas uma questão de hábito. Comece a pensar 'o Ferrari' e você logo se habituará. Acharia normal ler "O Porsche e a Ferrari são excelentes carros esporte"?
McQueen,
Excluirnão tem como chamar de "menina" um carro tão absurdamente macho quanto um Ferrari.
JJ, a Ferrari não é uma menina, é aquela deusa escultural que todos desejam levar para a cama.
ExcluirCa-ram-ba!!!
ResponderExcluirEu tinha 16/17 anos, não lembro se a revista foi de 1987 ou 88, estava no Senai e já era assinante da 4-rodas. Li essa matéria algumas dezenas de vezes, cada vez mais maravilhado com a "cordinha para abrir a porta", o "buraco para passar o dinheiro do pedágio", o "barulho que impossibilitava um rádio" e outros detalhes mais. Fiquei simplesmente fascinado por essa matéria. Era do Bob?
Foi uma revista inesquecível (teve outras, como a do fim do Passat e do tal motor Elka, que em alguns poucos anos revolucionaria o mundo, só que não).
Abraços.
Eduardo Trevisan
Edaurdo Trevisan
ExcluirSim, foi teste meu mesmo.
Lembro até hoje, "Que máquina! 0-200 em 11s!"
ExcluirTempo largamente superado pela Mclaren F-1 pouco depois e por quase qualquer supercarro moderno (o Porsche 918 faz em 7s). Mas acho que esses modernos não superam o "como" chegar nesse tempo. Aliás, citei o F-1 em outros posts, porque ele tem outros dados curiosos, como ser o último "carro" de rua a vencer em Le Mans. Inclusive, a F-1 LM é menos potente que a sua irmã "street legal".
Lucas Franco
Bob. Então parabéns e obrigado pela matéria. Não costumava ler o nome do autor nas reportagens. Então curto seus textos há mais de 20 anos.
ExcluirConheci o autoentusiastas porque frequentava um fórum de ciclismo e lá colocaram o link para um post seu aqui falando mal de ciclistas xiitas, estavam descendo a lenha lá, alguns usando expressões pouco educadas sobre você (como é praxe na internet hoje) e acabou que li o post, concordei com seus argumentos - não sei se todos, gostei do discurso direto e claro, conheci o blog e virei frequentador assíduo (e ironicamente, por outros motivos, acabei não participando mais do fórum).
E obrigado também ao JJ pelo ótimo post relembrando a F40, esse mito que emociona autoentusiastas e cria caretas em (algumas) mulheres que não entendem o jeito bruto de ser um superesportivo, desses que nem têm "espelhinho no quebra sol".
Eduardo Trevisan.
Eduardo trevisan,
Excluirnão precisa agradecer. Eu é que agradeço a leitura e os comentários.
Obrigado.
Eu considero os Ferrari F355 ainda autenticos
ResponderExcluirDoravante ha carros puristas em producao. Eu citaria, entre outros:
Europa:
Porsche GT3 e GT2 , (Boxter/Cayman mecanicos)
Lotus Elise (versoes)
Asia:
Toyota/Subaru BRZ
Lancer EVO e Subaru STI (mecanicos) , os 4x4 porem nao tem a "finesse" dos tracao traseira.
America:
Corvette Z06 ou substituto
E temos um aqui no Brasil tambem, embora bastante esquecido
Lobini
Alias sugiro um teste com esse carro a equipe do AE.
Essa F-40 que voce viu no Salao e o Bob testou será que está no Brasil ?????
ResponderExcluirTinham duas, uma da FIAT e outra, dizem, do ex-Presidente Fernando Collor. Agora o destino delas, não sei.
ExcluirEra só um. O Collor apenas o dirigiu nas avenidas de Brasília. O carro acabou sendo vendido no mercado, mas não sei para quem.
ExcluirTive o prazer de dividir a rua com essa F40 (como bom carcamano, não consigo chamar Ferraris pelo masculino, scusi). Foi em São Paulo, nos idos de 1997 e 1998, durante meus passeios de fim de semana pela Av. Europa e redondezas.
ExcluirMinha última informação sobre esse carro corresponde a uma fotografia dele no Brazil Classics Show de Araxá, em 2010. Nessa época, o carro estava com placas de Ribeirão Preto, SP.
De que eu saiba, a única F40 existente no Brasil pertence a Lawrence Pih, dono do Moinho Pacífico.
ExcluirSó uma F-40 entrou no Brasil
ExcluirHoje pertence a um grande colecionador paulista. Esse carro nao esta no interior de SP e eventualmente participa de exposições. E usado esporadicamente e esta em estado impecável
O sr Lawrance Phi tinha uma F 50 com a qual costumava passear aos domingos na região da Av. Europa em SP
Lorenzo Frigerio,
Excluiré a informação que tenho também, inclusive que o único F-50 também é dele. Vi o F-50 um dia na Av. Brasil em São Paulo, mas não vi se era ele dirigindo.
Lorenzo e JJ,
ExcluirQuando vi esse carro em São Paulo, ele pertencia ao Sr. Pih. Tempos depois, a F40 saiu de circulação e ele apareceu com a F50. Quando saí de São Paulo e voltei para o interior, em dezembro de 1999, a F50 ainda estava com ele.
Ver e apenas ver este carro em ação é simplesmente fantástico!Imagino o prazer proporcionado a quem teve o privilégio de pilotá-lo... Belíssimo post!
ResponderExcluirEspetacular a matéria!! Acompanho o blog a bastante tempo e sou fã assíduo da F40!! Meus parabéns!
ResponderExcluirVictor Schildknecht
Bob
ResponderExcluirPouquissimos brasileiros tiveram o privilegio de guiar uma F40.
Quais foram suas impressoes sobre esse carro.
Acesse o post do Milton Belli pelo link que lá um trecho meu a esse respeito.
ExcluirOu então, entre no acervo digital da Quatro Rodas, abra a edição de novembro de 1992 e vá para a página 80.
ExcluirUm sortudo o Bob Sharp!!!Tenho até hoje a edição de 4 Rodas com o teste da F40. Meus parabéns pelo texto! E parabéns também ao Bob pelas impressões que nos passou sobre esse supercarro (para mim, o primeiro e maior supercarro da Ferrari).
ExcluirElvys
"Imagine que hoje há até mesmo donos de Ferraris novos que têm motorista particular para dirigir seus carros!"
ResponderExcluirMe passa o endereço de um deles, por favor, que eu já tô pedindo demissão do serviço agora.
F40 e Porsche 959 eram as celebridades automotivas dos anos 90.
A Quatro Rodas publicou um teste entre os dois num autódromo, com o Gerhard Berger no volante da Vermelha... era como juntar no mesmo palco Nina Hagen e Harry Connick Jr.
O Rei do Camarote tem um motorista para seu Ferrari... ter um motorista para seu Ferrari certamente não agrega valor ao camarote, mas como ele costuma beber nos seus passeios, essa é uma atitide sensata.
ExcluirAnônimo,
Excluirquem é esse Rei do Camarote ?
Juvenal, ele apareceu numa matéria da Veja São Paulo sobre gente que gasta R$ 50.000,00 numa noite de balada.
ExcluirSegue um vídeo que ajuda a explicar melhor:
http://www.youtube.com/watch?v=atQvZ-nq0Go
O mundo ainda não acabou temos o Noble M600.
ResponderExcluirInteressante , mas falta carisma e tradicao a esse carro......
ExcluirE isso as Ferraris tem de sobra!
Anônimo,
Excluirhá outras marcas britânicas especializadas em carros puros (vamos dizer assim para ficar mais fácil). São todas praticamente desconhecidas fora do Reino Unido, mas são muito importantes para o autoentusiasta.
Excelente post, JJ!
ResponderExcluirSe não me engano, essa F40 que veio ao Brasil foi desastrosamente destruída por um executivo da Fiat.
ResponderExcluirMatuck
ExcluirNão foi um executivo, mas o chefe da oficina interna, na própria pista de teste defronte da fábrica. Não destruiu, apenas danificou as extremidades da carroceria, carro foi consertado na fábrica, na Itália, e voltou para o estoque da Fiat em Betim, para depois ser vendido.
Eu concordaria 100%, se o JJ não tivesse esquecido das Ferraris de briga. A Challenger Stradalle, a Scuderia e a nova Speciale.
ResponderExcluirOu seja, a Ferrari não esqueceu o seu lado purista, ela apenas o oferta ao lado do frugal.
Paulo Freire,
Excluiresses modelos que você cita são esquecidos 15 minutos depois de eu ler sobre eles. O F-40 é eterno.
Puro saudosismo, basta esperar os anos passarem. Igual o pessoal que via o pai de Opala e hoje o acha o "melhor nacional de todos os tempos". Ô Zullino, me ajuda aí pô!!
ExcluirJuvenal,
Excluirquero ver você dizer isso daqui a 20 anos. É como o Rodrigo disse, o que é novo nunca presta, o melhor é o antigo.
Até onde tenho conhecimento, e a menos que eu esteja equivocado, a F-40 era realmente básica, pé de boi, e não possuía ar-condicionado.
ResponderExcluirEra pé de boi mesmo!
ExcluirSe comparava aos nossos saudosos: DKW Pracinha; DKW Caiçara; Gordini Teimoso; Simca Alvorada/Profissional ou mesmo ao Fusca Pé-de-Boi.
A unica diferenca é que essa Ferrari anda mais que esses carros!
Mendonça
ResponderExcluirO carro tinha ar-condicionado, dirigi-o, está comentado na minha matéria de Quatro Rodas.
Bob, li toda a sua matéria na quatro rodas digital, excelente diga-se de passagem, mas gostaria de fazer um comentário.
ExcluirVocê tratou A Ferrari no feminino por toda a matéria! heheh
Somente uma curiosidade que percebi, nada além disso.
abs
Felipe,
ExcluirPois é...Na Quatro Rodas havia a figura do editor, que lia todas as matérias deixando-as no jeito que ele entendia ser o certo. Você e os leitores não têm idéia da luta que tive com ele, o Mário Serapicos, um sujeito,legal, para que não mexesse na parte técnica, mas na questão do gênero não teve como convencê-lo de que Ferrari é masculino, todos na redação – inclusive a Isabel Reis e o Mário Sérgio Venditti, com quem trabalho hoje na Carro – acreditavam que Ferrari era "exceção"...
Bob,
Excluirse fosse eu, chamava eles assim:
A Mário e o Isabel.
KKKKKK !!!!!
Que coisa chata hein Bob. Eu já desconfiava, pois via muito "montadora" em artigos seus da 4Rodas. Curioso que repreender alguém que deseja usar algo diferente (na verdade o correto) mas com base não pode, agora fazer títulos e chamadinhas com trocadilhos bestas pode? Essa revista parece um gibi de tão infantil que virou.
ExcluirTirado da autobiografia do Gerhard Berger:
ResponderExcluir"Quanto aos carros normais, minha tendência era para os BMWs mais rápidos e os Renaults mais multifacetados. Entre os exóticos, o Jaguar XJ 220 foi o mais caro, o Lamborghini Countach o mais espetacular, o F-40 o mais indomável e a Berlinetta Boxer o maior.
Como é de esperar de um piloto de corridas estúpido, eu sempre guiei o mais rápido possível. Raramente dirijo por trechos muito longos, pois tenho meu avião, mas quando ia de Wörgl a Maranello minha velocidade de cruzeiro normalmente ficava na casa dos 300 km/h.
Essa insanidade foi mais evidente com o F-40. O proprietário de um carro desses ou o coloca em um estojo de vidro no porão, ou o guia como ele deve ser guiado. Não o coloquei no porão, o que teria sido um erro apenas um pouco maior.
Foi há oito anos, em uma tarde de novembro, na Bavaria, já escuro, úmido e frio, passeando com meu F-40 em uma estrada não muito larga. Eu usava os faróis dos carros que vinham em sentido contrario como pontos de referenda, pois pouco mais era visível. Então, em uma reta entre dois pontos de referencia, a estrada subitamente desapareceu para mim, porque fazia uma curva brusca para a esquerda. Eu ia pelo menos duas vezes mais rápido do que as condições permitiam.
Frear era inútil, então estercei para a esquerda, começando a derrapar imediatamente. A traseira do carro começou a dançar e eu só consegui segura-la virando a direção rapidamente de um lado para o outro. Eu mal tinha conseguido diminuir um pouco a velocidade e continuava com a traseira oscilando de um lado para o outro quando vi luzes se aproximando. Se eu ficasse na estrada, teria uma chance de 50 por cento de estar no lado certo da estrada quando nos encontrássemos. Eu não podia fazer isso. Assim, parei de tentar controlar o carro e deixei que ele fosse para o lado direito da estrada, mesmo sem poder ver para onde estava indo.
O F-40 entrou em um pasto, rodou para dentro de um milharal e finalmente parou. Os danos do carro foram ridiculamente pequenos, mas meus joelhos ficaram tremendo por dois dias."
Slogan sincero pra Ferrari:
ResponderExcluirFeito por Reis do Automobilismo para Reis do Camarote.
Olha... Não sou hater, e vim apenas expressar a minha humilde opinião. Não sei a maioria, mas simplesmente não consigo gostar de Ferrari. Sempre tive preferência aos "Fuscas" de Stuttgart, mas creio que meu asco pelas crias de Maranello não seja por causa disso. É simplesmente um não gostar de carros brutos, sem conforto e caros por demais em qualquer realidade; pode ser por causa da empáfia do Enzo, ou por causa dos fans mais xiitas e chatos, ou daqueles que não sabem patavina de carro vir bradar que "(...) a Ferrari é o melhor carro do mundo". Não sei explicar o porque ou a razão, simplesmente não gosto delas! Por mais fantásticas que elas sejam ou possam ser. Agora, o texto ficou uma delícia! Parabéns ao JJ. Mesmo não apreciando Ferrari's, sei reconhecer um bom escritor e entusiasta!
ResponderExcluirDaniel Libardi
Daniel Libardi,
Excluirentendo perfeitamente seu ponto, e te digo que, Ferrari, como quase qualquer outra marca, fez e faz modelos que vão do sublime ao ridículo, e às vezes ao mesmo tempo. Exemplo atual, Ferrari FF (sublime) e 458 Italia (ridículo).
Não se sinta sozinho, Daniel... também sou Porsche Team.
ExcluirJJ, será que não quis dizer FF ridicula e 458 sublime?!?!?!?!?!?
ExcluirOu acha sublime aquela Ferrari perua, mesmo?!?!?!?
Juvenal, esse texto representa o respeito que você tem pelo automóvel. Isso é fantástico! Muito marcante seu testemunho. Os carros do passado merecem prestígio. Precisamos preservar essa cultura! Bravo!
ResponderExcluirNícolas,
Excluirobrigado.
Também sou um dos "velhinhos" que leu a matéria-teste do Bob na época da Quatro Rodas. Nesse período eu fui assinante da revista (por 11 anos: dos 17 aos 28 anos...).
ResponderExcluirLembro-me também de ter ficado surpreso ao ler que a porta era aberta por uma 'cordinha' e que, ao contrário do que se poderia imaginar, dirigi-la (pilotá-la) não era tarefa penosa.
Leo-RJ
Leo-RJ,
Excluiro Bob deixou claro no texto da Quatro Rodas que a carga (peso) do pedal de embreagem é de 30 kg. Para você ter uma idéia, os engenheiros de transmissão de caminhões tem uma meta de mais ou menos 20 kg na embreagem de um caminhão !
Caro JJ,
ExcluirApenas após reler (hoje) a matéria no acervo digital da Quatro Rodas é que guardei essa informação. Até então tinha "aquivado" em minha mente o que postei acima, afinal, lá se vão mais de 20 anos... rsrs.
Abç!
Leo-RJ
Bem... procurei ler todos os comentários para esclarecer umas dúvidas... a F40, a única do Brasil, foi do Lawrence (que também teve uma F50) e hoje, a F40 está aqui em Ribeirão Preto nas mãos de um sócio do clube Auto Mogiana de Carros antigos que se chama André. Dizem as más línguas (essa eu não confirmei) que a F50 está com o irmão de André, Alexandre, que mora em Uberlândia e, há uns 10 anos expôs uma SS (pré-Jaguar) num dos eventos de Araxá.
ResponderExcluirSonga,
Excluirimpressionante como tem gente que esconde o leite !
Abraço.
F50 , olhe ela aqui na minha cidade . https://www.facebook.com/photo.php?v=658506854173006&set=vb.100000410923638&type=2&theater
ExcluirSó digo que este ano, já faz um tempo, perdi total interesse em saber novidades dos carros, seja um Audi, VW, BMW, Ford ou que for. Nem leio mais.
ResponderExcluirJuvenal, acho que carros como a F-40 (e outros tão puristas e dedicados ao motorista quanto) nunca mais existirão. Não é por ser pessimista nem saudosista (com 25 anos, não sonhava em ter uma dessas, comecei a gostar de ler revistas de carro por volta de 2001), mas sim por não conseguir imaginar mais alguma fábrica que deixe de ouvir empresários engravatados dizendo que será um fracasso de vendas, que as ações da empresa (nessa hora não é mais fábrica) vão cair, etc.
ResponderExcluirAgora aproveitando uma relação do texto com a paixão despertada por um carro em nós, "descobri" recentemente no youtube um canal chamado Petrolicius, não sei se conhece... Já assisti todos os vídeos e recomendo todos! Gente apaixonada falando sobre seus próprios carros, vale a pena ver!
Guilherme,
Excluirconcordo com você e espero que estejamos errados !
Conheço o Petrolicious, é realmente ótimo.
Valeu !
JJ,
ResponderExcluirBabei! (e ainda estou babando...) Texto puro e simples, a mesma essência do que é um F40. Esse é o único carro de todos os salões do automóvel em que fui que ainda recordo perfeitamente, guardo todos os detalhes da verdadeira luta que foi chegar ao parapeito e conseguir tirar duas fotos do modelo, que guardo até hoje com o maior carinho.
Infelizmente, não acredito que ainda voltaremos a ver carros esportivos modernos puros e simples como o F40, voltados única e exclusivamente ao desempenho absoluto, sem concessões de qualquer espécie.
Terrível ler que alguns compram um Ferrari e o deixam na mão de um motorista!!! Isso é heresia extrema, o supra-sumo do exibicionismo, do autoentusiasmo zero...
Vou arrumar um bico como motorista desses almofadinhas endinheirados!
ExcluirJorjao
Road Runner,
Excluirobrigado. Carros assim não devem voltar mesmo, mas eu torço para estarmos errados, como respondi ao Guilherme, mais acima.
Abraço.
" Esses mortais experimentarão o purgatório automobilístico ao deixarem essa vida, sendo condenados a dirigir um carro popular inexpressivo por ruas e avenidas esburacadas e remendadas, com faixas exclusivas de ônibus à direita, corredor de ônibus à esquerda, câmeras de velocidade a cada cem metros e infinitos motoboys buzinando por toda a eternidade. Sem ar-condicionado."
ResponderExcluirSão Paulo?
Compadre,
ExcluirTo nesse purgatório faz tempo!
Jorjao
Anônimo,
ExcluirIsso, exatamente !!!!!
São Paulo purgatorial, lá deve ser mesmo quase igual aqui.
Abraço.
Juvenal, pela sua definição de purgatório automobilístico chego à conclusão de que boa parte dos paulistanos que têm carro eram ricos hereges em suas vidas anteriores.
ResponderExcluirMarco R.A.
Excluirgostei, essa foi mesmo engraçada !
Obrigado pelas risadas.
A única vez que vi um F40 - creio que na verdade eram dois - foi naquela prova do BPR que o Piquet trouxe para Brasília. Aliás, também foi a única vez que vi o McLaren F1.
ResponderExcluirÉ, no fim o velho Enzo conseguiu fazer algo do jeito que queria pouco antes da aposentadoria definitiva. E nesse ele caprichou pra valer.
A F-40 foi meio que criada no desespero depois que a 288 GTO tomou um sarrafo de um dos maiores esportivos de todos os tempos, o Porsche 959. Fizeram um carrode corrida para poder andar mais que o Porsche...que chegava a 317 km/h...a F-40 320 km/h. Só que o Porsche sempre foi ultra tranquilo de usar..ao contrario da joia aí.
ResponderExcluirA F40 de SP, tem a placa ENZ-0040.
Adoro os Porsches
ExcluirMas esse 959 e um monstro de feiura
A Ferrari linda
Agora trocaria a F40 por um Carrera RS 73 fácil !!
JJ,
ResponderExcluirComo sempre, uma excelente leitura. Obrigado!
Anônimo,
Excluirobrigado por ler e comentar.
Volte sempre, precisamos de nossos leitores.
Um abraço.
JJ,
ResponderExcluirGrande Ode a um grande carro!
Parabéns!
MAO
MAO,
Excluirobrigado.
Um texto à altura da F40, que com certeza marcou a memória de todos aqueles que a conheceram, seja pessoalmente ou apenas por fotos ou miniaturas. Está de parabéns JJ!
ResponderExcluirDavi Reis,
Excluirobrigado pelos elogios.
O que mais me chamou a atenção no texto foi o cuidado ao se referir a máquina como um carro. Como assim Nestor? Simples. Detesto quem fala "uma FIAT Marea" ou "uma Omega Suprema". Fata de respeito com "o carro". Um carro, uma moto. Um Ferrari, uma Ducati. Parabéns ao autor do texto.
ResponderExcluirNestor Motta,
Excluirobrigado e pode estar certo que sempre buscamos a correção gramatical, mesmo inventando algumas palavras às vezes.
Leia sempre.
Ótimo texto! Gostei de uma parte em especial, apesar de não ser sobre o F40:
ResponderExcluir"Esses mortais experimentarão o purgatório automobilístico ao deixarem essa vida, sendo condenados a dirigir um carro popular inexpressivo por ruas e avenidas esburacadas e remendadas, com faixas exclusivas de ônibus à direita, corredor de ônibus à esquerda, câmeras de velocidade a cada cem metros e infinitos motoboys buzinando por toda a eternidade. Sem ar-condicionado."
Bem... basicamente, o purgatório consiste então em renascer como brasileiro!! hehehe
Também estive nesse salão, em 1990. Eu tinha 9 anos, fui com o meu pai que ja não está mais. Eu tinha um filme de 24 poses pra gastar com todos aqueles carros maravilhosos, mas umas 8 foram só na F40...
ResponderExcluirSou engenheiro de eletronica, mas antes disso um entusiasta. Acho que essa guerra os entusiastas vão perder. A eletronica está barata, e facilita para fazer o carro (caminhao, onibus, moto...) virar um eletrodomestico que te carrega pra algum lugar. Minha mulher acha otimo que o carro faça tudo por ela. Eu... bom, eu ainda tenho meu fusca pra me divertir. O Picanto dela é muito bom, mas chato demais.
This concept is too good
ResponderExcluirFerrari F40
olá juvenal maravilhosa materia adorei ler . gostaria de dizer que existe diversas citações de especialistas . que conduziram esse ''carro'' , eles dizem que a f-40 possue muito mais que 480 cavalos e que é possivel que a ferrari tenha mentido sob suas especificações reais . e q isso é afirmado por varias pessoas que o testam , inclusive chris harris .
ResponderExcluiresse carro é um mito junto com a maclaren f1 .
depois de ver varios videos reviews de pilotos e jornalistas
eu passo a acreditar que talvez esse seja o maior carro esportivo de todos os tempos .
mesmo que seja de 25 anos atrás ...
abraços