End. eletrônico: edita@rnasser.com.br Fax: +55.61.3225.5511 Coluna 4813 27.nov.2013
Honda Vezel, utilitário esporte sobre o Fit |
Aqui, o EcoSport da Honda
Não é novidade aos leitores da Coluna,
nela anunciado em meados de 2012, Caminho e oportunidades óbvios, a demanda
nacional pelos utilitários esportivos de tamanho médio, e a ocasião de fazê-lo
junto à renovação da família Fit e City. Neste enlace de ocasiões há em
construção nova fábrica Honda para aumentar capacidade industrial, separando
produtos: Civic em Sumaré, perto de Campinas, SP, e família Fit/City/SUV em
Itirapina, próxima a Rio Claro, também interior paulista uns 100 km distante da atual
usina. Razão ótima, aproveitar os elevados lucros nacionais para ampliar
produção e presença no mercado do Mercosul. Segmento pouco explorado, nele
ainda há lugar para utilitário esportivo nas dimensões sagradas pelo mercado,
como ilustram Ford EcoSport, Renault Duster, e passeia o Chevrolet Tracker.
Outros assemelhados em decoração o bordejam: VW CrossFox, Hyundai HB20X,
Citroën AirCross e, até, o Toyota Etios Cross. Novo Honda será 4,30 m de comprimento. O EcoSport
tem 4,24 m.
Já tem nome, de sutil entendimento — se
tal ocorrer. Chamar-se-á Vezel, junção de Vehicle,
veículo, e Bezel, bisel, ferramenta para chanfrar vidros.
Raciocínio claro, baseia-se na
plataforma aumentada a basear os sucessores do cansado Fit e sua versão assedanzada, o Fit, a chegar às ruas em
2015.
Mais
Novidade maior será o motor, no atual
caminho de agregar tecnologia para aumentar rendimento reduzindo peso,
dimensões, consumo, emissões. Novo 1,5, quatro cilindros, 16V, em alumínio,
injeção direta, turbo, uns 130 cv.
A tecnologia permitirá à Honda fazer
apenas um motor para seus produtos no Mercosul, famílias Fit e Civic. Neste
substituirá o motor 1,8 de aspiração normal. Marcando o novo tempo, refrescará
o visual, iniciando novo ciclo da atual carroceria. No Salão de Tóquio, semana
passada, ao anúncio, diziam-no generoso, oferecendo 200 cv de potência ao
Civic.
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Menos trabalho e desafio relativamente à versão de
renascimento, vem aí a terceira geração do Mini. Coincide com o 107º aniversário
do nascimento de Alec Issigonis, inglês, ungido Sir como Cavaleiro
do Império Britânico. Filho de gregos, intuitivo, sem base acadêmica, mas
autor da revolução de espaços nos automóveis ao final dos anos 1950. Nada
inventou, mas juntou conceitos, como motor pequeno, transversal, como existiu nos DKW antes/depois
da II Guerra e o da carroceria monobloco.
Então Morris Mini fez sucesso, ao contrário da
indústria automobilística do Reino Unido, e a alemã BMW ao adquirir
projeto, instalações e direitos passou pelo desafio de aprimorar o mito.
Conseguiu. Agora renova-o com ímpeto, sobre a plataforma UKL, maior, para Minis mais confortáveis, melhor equipados em
eletrônica, e em várias versões.
Produto atualizado, degrau superior à geração ainda
à venda, para ter a dupla aplicação e marcas, cresceu 12,5 cm — o comprimento 3,83 m —, entreeixos de 2,45 m, bitolas iguais, 1,48 m.
Novo motor, 1,5 litro, 3 cilindros,
134 cv. Se 4 cilindros, 2.0, 189 cv.
Câmbio manual ou automático, 6 marchas. Início de
vendas nos EUA e Europa em março de 2014.
Olho vivo
Fique esperto. O novo Mini é muito importante ao
mercado brasileiro. Sua plataforma pode gerar um modelo na BMW nacional, na
fábrica de Araquari – o “q” fica próximo a Joinville, SC,
enquanto a mais conhecida Araguari, com “g”, é perto de Uberlândia,
MG.
Negócio com mito é igual a governo. Quando muda, parece igual |
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Roda-a-Roda
Quem diria – Pela primeira vez o titular da PSA,
englobando Peugeot, Citroën, e leque de empresas fornecedoras, não será
francês, mas português: Carlos Tavares, 55, o ex-chefe operacional da Renault,
até setembro, saindo após dizer em público estar preparado para assumi-la, mas
o titular Carlos Ghosn, 59, não demonstrava vontade de deixar o posto.
Pedreira – Desafio. A PSA, como quase todas as
européias escritura prejuízos, perde mercado, migra investimentos a países em
desenvolvimento.
Caminho – Chamas Carlos, tem pretensões em fabricante
francesa? Boa base: tem este prenome Ghosn, nº. 1 da Renault; Tavares,
próximo na PSA; Gomes, na PSA Mercosul.
Opção – Em seu projeto de ser a maior do mundo em 2018, a Volkswagen
concentrará esforços no elevar sua margem unitária de lucro a 6% — atualmente
3,5% — mantendo os projetos de investimento em produtos.
Dificuldade será vedar o ralo de perdas da Seat,
sua marca espanhola.
Menos – A participação de 16,5% da Toyota no capital da
Subaru, para ter colaboração, tecnologia e usar mecânica deste precioso
japonês, tem resultados: a Subaru deixará de produzir o Toyota Camry em sua
fábrica de Indiana, EUA. No espaço livre, fará mais Subarus Tribeca 7-lugares.
Mais – As vendas da Subaru ano passado cresceram
28% contra 8% do mercado, e atingindo quase 350 mil exemplares — mais que
Mercedes e Volkswagen. No Brasil a representante Caoa não se dedica à marca.
Prazo – A Ford iniciou contagem regressiva e
promocional até 5 de dezembro, quando apresentará a quinta geração do Mustang.
Festa grande, para optar horda de antigos clientes e conquistar novos.
Hermanos – Alfistas brasileiros,
órfãos da marca, invejam os colegas argentinos. Aptos a se inscrever para
adquirir o novo Alfa Romeo 4C,
esportivo construído na fábrica Maserati, motor central, 1,8 litro, 240 cv, caixa
com dupla embreagem, seis marchas, 0
a 100
km/h em 4,5 s. Lista aberta na revenda Centro Milano a
US$ 140 mil, prevêem os jornalistas do bom sítio Autoblog.
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Ocasião – A Mitsubishi aproveitou com humor e
competência a questão das biografias não autorizadas. Fez anúncio na TV,
exibindo gerações de seu Pajero, e assina com humor. É a biografia autorizada
de uma lenda.
+ Audi – Primeira revenda Audi no Espírito Santo fica na
Reta da Penha, Vitória, 2.700
m² de área construída, padrão arquitetônico da marca,
esforço da Audi em duplicar a rede, preparando-se para vender importados e
produzidos no Brasil.
Competência – Do Grupo Líder, da pequena Muriaé, MG
evoluiu a mais de 60 revendas de várias marcas. Estréia como Audi. Bráulio
Braz, 65, fundador, deputado estadual por MG, primeiro revendedor a operar
marcas diferentes, fez mudar o conceito de exclusividade então praticado pelas
fabricantes no país.
Demonstração – Presença da Metro Sachman na Fenatran
mostrou credibilidade do projeto. Caminhão mostrado portava grupo motopropulsor
por mais de 40 fornecedores brasileiros, e nacionalização superior a 60%. A
caminho de homologação, tem 460 cv. Peso-pesado e base na geração anterior dos
MAN.
União … - Principais entidades envolvidas com transporte
sentaram-se à mesa e apresentaram ao governo Plano de Renovação de Frota, um
programa nacional. Clamam pela necessidade e condições ao caminhoneiro trocar
caminhão velho por mais novo. E o menos usado por um 0-km.
... faz a força – Muitos partícipes, de fabricantes a
operadores com ferro-velho, apelação principal é a segurança. Da frota, 7% é de
caminhões com idade para receber a placa preta de veículo de coleção, posto que
têm mais de 30 anos. Projeto é trocar 10% da frota a.a.
Conforto – A Singapore Airlines entendeu o maior fluxo
comercial e a demanda de seus usuários, aumentando em 10 kg a franquia de bagagem.
Antigos – Parece piada, mas é sério. A Ford implantou plano
de assistência e reparo gratuito na Europa, o SARA — Service Activated
Roadside Assistance —oferecido para todos os Ford.
Secular – Válida a proposta, objetivo, cidadão
português Joaquim Costa inscreveu seu Ford Modelo T, de 1915. Pós-susto a Ford,
entre o desgaste por lógica não aceitação, acatou. Ajuda o conhecimento do
proprietário no saber fazer reparos.
Desafio – Difícil imaginar mecânicos dos atuais
sistemas de injeção e diagnósticos por computador, tentando fazer o motor
funcionar através de manivela, e regular magneto, comutador e bobinas,
vibradores, estes de ponto definido pela cor e a sonoridade das centelhas.
Ford Modelo T de 1915. Assistido nas estradas européias |
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Ecologia – Ford e Coca-Cola fizeram avença
para transformar garrafas de plástico PET em tecido para interiores de veículos
– bancos, painéis das portas e teto.
Fórmula 1 – Felipe Nasr deve ser anunciado piloto na
Fórmula 1 nos próximos dias. Grupo de capital árabe o convidou e negocia a
compra de equipe média — Force India, Lotus ou Sauber.
RN
A coluna "De carro por aí" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
Nasser. Sempre fico no aguardo de seu post semanal. Praticamente não comento muito seus post, mas gosto muito da forma com escreve. Muito conteúdo em poucas linhas. Está de parabéns.
ResponderExcluirAbraços.
Também adoro a coluna do Nasser
ExcluirFico com raiva quando aparecem criticas ao seu estilo de escrever...
"Ai eu nao entendo nada só que ele escreve. Ai as palavras sao difíceis. Ai a duagramacao e ruim. Ai me ajuda no português . E outros blá blá blá !
O povo chucro!
É isso aí!
ExcluirTambém gosto d+ desta coluna.
"Demonstração – Presença da Metro Sachman na Fenatran mostrou credibilidade do projeto. Caminhão mostrado portava grupo motopropulsor por mais de 40 fornecedores brasileiros, e nacionalização superior a 60%. A caminho de homologação, tem 460 cv. Peso-pesado e base na geração anterior dos MAN."
ResponderExcluirCUIDADO COM ESSA INFORMAÇÃO ESSE FABRCANTE NÃO OFERECE NENHUM PRODUTO COM 460 CV,acho que jornalista informativo deveria checar os fatos,editorialista é que pode falar o que quiser... afinal a constituição garante a liberdade de expressão.
Sempre que aparece este post, me alegra o dia. Além de matar minha sede por novidades, me lembra que hoje é sexta-feira :)
ResponderExcluirA Honda manteve o comando do 1,35 no 1,5, ficando este mais "manso", girando menos e com menos potência (115 a 6000 rpm x 120 a 6600). Não dá pra acreditar que haverá aqui esse novo motor turbo.
ResponderExcluirSerá que era isso mesmo que o mestre Alec Issigonis queria que acontecesse com seus Minis?
ResponderExcluirEu penso que não!
Todo carro fica diferente a cada geração: motor, local de tração, nicho de mercado. É só dar uma viajada pela história.
ExcluirAnônimo 29/11/13 19:01,
ExcluirCom certeza, mas o Mini foi totalmente descaracterizado.
De pequeno carro do povo, se tornou um ícone da classe privilegiada. E não era isso que o
Issigonis queria.
Na Europa ele não é tão caro assim, aqui é que é tudo meio disforme...
ExcluirNo entanto, de mini esse carro não tem mais nada. Quem já viu um Mini original perto desse novo se assusta com a diferença de tamanho. E agora ele ficou maior ainda... logo vão ter que mudar o nome pra Maxi, ou no mínimo Medium ...
EP
Na década de 20 a companhia francesa SARA (Societé d' Automobiles à Refroidissement par l' Air) produziu um modelo com esse nome. Era um "ciclo-carro" (menos de 500 kg, rodas de motociclo) com motor de 1100 cc, refrigerado a ar. Desapareceu com a crise de 29. AGB
ResponderExcluirCaro Nasser,
ResponderExcluirInteressante os dados sobre a margem unitária de lucro da VW, típica informação difícil de se obter no setor. Qual seria a fonte dos números, a própria fabricante?
Grande abraço