google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 HISTÓRIAS DE UM MECÂNICO MEIO BAGUNÇADO - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

HISTÓRIAS DE UM MECÂNICO MEIO BAGUNÇADO

Cabeçote "Corcova de Camelo", com a marca na fundição

Historinhas do AG. Às vezes parece que as coisas são, digamos, assim simples, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, certo? Errado. Aqui vejo que muitas coisas são muitas outras coisas juntas e ao mesmo tempo! Mas vamos ao monte de coisas juntas, ao mesmo tempo e tudo de uma vez só, uma coisa sempre ligada e puxando outra!

Eu tinha acabado de chegar aqui em Brasília, aí uns amigos me disseram que um cara bacana (verdade, é um cara bacana mesmo) chamado Renato precisava de um motor para colocar num Corvette 1969. Eu mal tinha tirado as ferramentas do caminhão de mudanças, conhecia quase nada aqui e vem um pedido desses! E nem tinha Overhaulin' ainda para motivar este pedido com prazo tão apertado. Mas fazer o que, né? Não podia chegar mal em um lugar tão importante. Fiz o sacrifício. Corri, catei um 350 com um conhecido, desmontei, retifiquei, montei e instalei no 'Vette. Em 15 dias apenas, conforme foi tratado e combinado com o Renato! Cheguei bem, fiz minha parte no tempo combinado e ficou nota 10.

O Renato realizou o sonho de importar um Corvette 1969 e o motor estava morto, precisando de retífica. Como tinha pressa para fazer os trâmites da importação e licenciamento, me pediu outro 350 para ele, este era o real motivo da correria, e sobrou o motor dele original, que recebi como parte de pagamento pelo serviço e que ficou na oficina dormindo. 

É legal ver que se tratava mesmo de um motor legitimo, tinha inclusive os excelentes cabeçotes Camel Hump (corcova de camelo), que tinham a exótica marca identificadora de fundição com a forma de duas corcovas próximas, como as de um camelo, por isso o Camel Hump, como pode ser visto na foto de abertura deste post..

O 350 original tinha sido vítima de uma alta dose de óxido nitroso, que infelizmente quebrou as canaletas de dois pistões, a parte quebrada batia no cabeçote, fazia um barulho dos infernos. Com muita calma e nenhuma pressa, desmontei tudo, conferi que apenas dois pistões tinham sido fritos no processo, que o bloco estava ainda bom de medida. Comprei os dois pistões que faltavam e, lentamente, nas sobras de tempo, fui remontando ele.

O 454 com pistões cabeçudos em montagem

Depois de passada a correria, com o carro já documentado, veio a fase do acerto. O carro tinha um monte de coisas legais e exóticas ao mesmo tempo. O conta-giros era a cabo e o distribuidor original ainda era a platinado. Tive que fabricar e instalar um redutor e um pick-up magnético para converter tudo para ignição eletrônica, mas mantendo o corpo do distribuidor original para manter o acionamento a cabo que tocava o belo conta-giros original dele. Depois, fomos fazendo diversos acertos.

O carro tinha um câmbio Muncie M22 super close-ratio, a primeira 2,20:1 era quase uma segunda marcha (na verdade é a mesma relação de segunda das Clark nacionais wide-ratio de picapes como F-1000 e C-10) e o diferencial era longo, relação próxima de 3:1, e usava pneus aro 15 altos. De modo que com todo o acerto feito, ia quase a 100 km/h em primeira marcha, e depois engolia as outras três restantes com uma em cima da outra, super-próximas, quase como um câmbio de moto, e com a boa aerodinâmica do 'Vette ele chegava espantosamente rápido a 200 km/h.

Com o acerto concluído, meu amigo ficou bem satisfeito e eu fiquei feliz por ter atendido bem o meu cliente. O resultado dinâmico foi muito legal e o carro era bacana de acelerar. E sobrou um V-8 mais bacana ainda, todo forjado porque eu não perdi aoportunidade de trocar o virabrequim original dele por outro forjado que tinha aqui. Esta foi a historinha 1. Vamos à historinha 2. 

Historinha 2

Logo depois conheci um cara legal chamado Ítalo. Ele tinha um Camaro 1969 muito bacana, mas debaixo do capô era um caos total, tudo bagunçado. Bom, eu chamei o cara para uma visita à minha oficina e expliquei a ele que se catássemos um conjunto de acessórios completos de uma Blazer ou S-10 V-6 e instalássemos no Camaro, o serviço ia ficar bonitão e ainda ia pode pôr ar-condicionado, tudo com uma única correia. O cara pirou com a dica e fomos a Goiânia comprar o tal conjunto de acessórios. Compramos o conjunto, com um motor V-6 completo pendurado junto, já que o cara não aceitava vender só os acessórios. Isso foi em 2001.

Bem, depois disso o Ítalo voltou à oficina para conversarmos mais. Eu, muito malandramente, mostrei um 350 novinho que eu tinha lá. Ele pirou no 350 e pediu para que, além de instalar os acessórios, trocar também o motor. Eu topei, e no fim ainda instalamos uma EFI Holley Pro-Jection no carro..Tudo ficou lindo e maravilhoso e eu acabei ficando com as sobras todas como parte de pagamento: o V-6 de Blazer e o V-8 307 dele.

Novamente, após montar o carro todo e fechar todos os acertos da injeção, tivemos como resultado um carro bem bacaninha, a Pro-Jection, já minha velha conhecida, faz um conjunto muito bom com os motores V-8 e tudo fica, além de muito rápido, relativamente bem mais econômico do que com um carburador quádruplo. Tempos depois este carro acabou sendo vendido para outro conhecido meu em São Paulo. O 307 eu vendi tempos depois e o 4,3 sobrou um bom tempo aqui esperando para ser retificado e remontado.

Só para constar, o V-6 ficou ao lado do outro V-8 350 que havia sobrado do 'Vette. Ou seja, as raspas e restos dos serviços vão aumentando o caos na oficina.

Aí um amigo meu criativo pacas, o Jason, um tremendo jornalista especializado, sugeriu que eu colocasse o V-6 num Lada Laika para ele. Ia ser o romance do Ogro do Cerrado e da cadelinha russa, já que eu sou bem chegado a cachorro. Alguns até dizem que eu não consigo mesmo ficar longe dos meus semelhantes... Mas, tudo bem, cachorro é tudo de bom, já dizia um anúncio de ração.

Na foto abaixo, tirada há muito, muito tempo atrás, o V-6 já retificado e remontado, e mais uns outros motores.


Pegamos o V-6, retificamos e fomos procurar a cadelinha. Só que mesmo com o V-6 pronto, nada da cachorra aparecer e o Jason acabou desistindo do projetinho.

Nesse meio tempo, um outro amigo, o Felipe, achou que poderíamos pôr o V-6 num Chevettinho tubarão. O Felipe tinha uma quedinha por Chevettes. Mole, compramos o Chevette, eu tirei o motor e botei o V-6 pra ver se rolava um clima. Rolou. Tudo certo, montei o tuba. Foi o carro que mostrei no post Semente Estragada, muito simples, muito fácil, muito barato de fazer.

Nesse meio-tempo o Felipe tinha um outro amigo gente fina, o José. Que tinha um problema sério com Chevettes e já tinha um outro Chevette V-6, extremamente bem-feito, muito bem engenheirado etc. e tal, mas que teve um pequeno problema no V-6 e então ele precisava de alguém para refazer o motor.

Nisso o Felipe disse a ele que alguém poderia ajudá-lo. Quem? claro, o AG. Aí, eu que ainda nem tinha terminado o tubinha 1, encarei o Júnior também e refiz o V-6, mudamos um monte de coisinhas no projeto do motor original dele e no fim ficou tudo bem legal, e o Júnior voltou à vida.

Nesse ínterim, o José me falou que estava fazendo uma picape GMC antiga e queria um motor grande para pôr nela. Aí eu disse: "Mole, temos alguma coisa aqui". Liguei pro meu amigo Ruy, meu inestimando, insubstituível fornecedor de motores Chevrolet ex-marítimos, que de pronto nos despachou um 454 completo EFI multiponto, com cabeçotes ovais e tudo mais necessário para instalar na GMC. Só que o José não queria motor careta, original. Mas queria com EFI. E queria também com um visual moderno, bacana. Sem problemas, vamos ao veneno cibernético.

O motor era zero, menos de 100 horas de uso. De cara sabíamos que precisariamos mudar os cabeçotes por outros do tipo retangular, que tem MUITO mais potencial que os ovais. Escolhemos os Edelbrock de alumínio e um bom trem de válvulas. O comando original, roletado, foi trocado por outro. Os pistões hipereutéticos cabeça-plana acabaram também saindo para dar lugar a um jogo de pistões forjados cabeçudos.

Como não havia nenhum desgaste no bloco, ainda tive que brunir ele para ajustar a folga dos novos pistões forjados. Como a injeção original não mais montava nos cabeçotes retangulares, troquei todo o conjunto EFI por outro, muito mais vantajoso, GM mesmo, mas para motores 454 e 502 com os tais cabeçotes retangulares. Depois de tudo retrabalhado, remontamos e pusemos a trabalhar. Funcionou direito, roncou alto, botei no caixote e mandei para São Paulo. Guerra vencida.

Mas José, o insaciável, decidiu que queria mesmo de verdade era um Chevette, mas não mais V-6 e sim um com um V-8. Claro, tinha um 350 aqui sobrando – aquele que saiu do Corvette da primeira historinha. Com essa do Chevette V-8, nada melhor que pôr um legítimo motor de Corvette no Chevette. Esse ainda não está pronto, ainda não terminamos a reforma do carrinho. No dia que andar, mando mais informações aqui sobre ele.

O projeto deste tuba 2 teve muita coisa legal, um santantônio, que ajudou a amarrar o carro todo; já na expectativa do aumento brutal da potência do motor, trocamos o diferencial inteiro por outro Dana 44 de Maverick 302 V-8. Como o motor é Chevy e o carro é leve, catamos uma capa seca de C10, um câmbio close-ratio de Dodge, teve fabricação aos montes, teve muito corte e solda, teve que reforçar, mas coube. O V-6 no Chevette é tão fácil quanto pôr o V-8 no Opala, mas o V-8 no Chevette dá muito mais trabalho que fazer um Opala com V-8 e um Chevette com V-6 juntos, ao mesmo tempo e de uma vez só!

Mas voltando ao tuba preto, que ficou pronto mas com algumas soluções não completamente resolvidas. O radiador de Opala 4 que tinha aqui sobrando não refrigerava, um pequeno vazamento de óleo do cárter, um superaquecimento meio forte nele e uma falha na vareta de óleo que não marcava direito acabaram pedindo uma retirada completa e revisão do motor. Neste meio tempo, o Felipe estava meio desanimado com o tuba e eu estava cada vez mais curtindo o processo. Neste ponto lembro que felizmente os dois motores que estavam entulhando a oficina estavam devidamente instalados, não mais entulhavam a oficina, mas a garagem agora!

Aqui, fotos de vários Chevettes. Tomara que o MAO não veja estas fotos, se não ele vai pirar o cabeção numa boa, hahaha. 





Aí aconteceu, fizemos um acerto financeiro maluquinho e eu fiquei com o tuba preto. Neste meio-tempo, um amigo meu daqui de Sobradinho tinha um carro que eu acho um dos mais belos jamais feitos, um Alfa Romeo 156 1999. Tá, eu queria azul Smurf, e o dele era azul escuro, quase igual ao Marea 2,4 que eu catei pra minha esposa. O Alfa tinha a pintura queimada e o dono tinha mandado envelopar.

Aí ele cansou e um dia mandou um carinha legal mandar um banho de tinta nele. Quando numa manhã de sábado nos encontramos na nossa oficina predileta, nem reconheci o carro. Aí, ao ver ele repintado e maravilhoso, e de quebra o colega ainda informou que ia ter que vender ele de qualquer jeito porque estava precisando de grana, eu pensei: "Ferrou, vou ter que comprar mais essa coisa." Porcaria, a garagem cheia, um monte de coisas a fazer e eu, irresponsavelmente, vou ainda comprar mais um carro com motor quebrado...

Como eu tinha uns trocados para receber em curtíssimo prazo, pedi a ele uns 15 dias para fecharmos a fatura do 156, ele topou. No fim de semana imediatamente após, ele saiu como carro e na volta pra casa o motor explodiu. Isso, fez kapoft, uma biela saiu para ver como estava a vida do lado de fora e babau. O cara disse: "Pronto, ferrou, se já é difícil de vender bom, imagina quebrado." Mas eu, como bom camarada e sujeito batuta que sou, não me fiz de rogado, comprei assim mesmo.

Volta ao Felipe e ao tuba preto: depois de abrir mão do tuba, o Felipe achou por bem por outro veiculo entusiasmante em sua garagem. Achou um Alfa 145. Ou seja, ele tinha um Chevette V-6, me apresentou outro amigo que tinha outro Chevette V-6 e que agora além do V-6 tem um outro V-8; eu que não tinha Chevette algum agora tenho o V-6 preto, e também apenas a minha esposa tinha Fiat, agora eu também tenho este 156 que é, digamos, um primo bem próximo do Marea dela. Que foi outro carro que comprei com o motor quebrado. E que eu mesmo fiz questão absoluta de refazer, com muita atenção e paciência. 

Motores de Marea 4- ou 5-cilindros, Brava HGT e Alfas Twin Spark são todos farinha do mesmo saco. Todos parecidíssimos, muitas coisas comuns entre eles, peças, especificações e muitos outros detalhes. Escrever sobre o Alfa, sobre o que de legal eu aprendi sobre ele e como fazer milhões de maldades simples, fáceis e baratas é assunto para outro post, só dele.  Posso até deixar aqui umas fotos como aperitivo do que está por vir, para deleite dos amigos dos Fiats e Alfas, mas é só para dar um ar mais refinado neste texto mequetrefe e olhe lá. Coisa séria é em outro texto por vir.








Aqui e nas fotos acima, o tema Alfa Romeo e Fiat

E o Felipe, que não tinha nada de Alfa, agora tem o 145. Imediatamente minha mente se transporta a outro mundo onde existem Bravas com V-6 de Alfa 164, onde se põe V-6 em 156 que era apenas 4-cilindros, penso em catar um Brava HGT 1,8 e fazer um overbore e um stroker job nele e passar ele a 2,0 com cabeçote Twin Spark mas sem os balanceadores, mantendo o bloco 1,8 original. E se ficar muito legal, posso pegar este ex-1,8 agora 2,0 TS e por ele num Uno caretinha...

E o Topolino 1938 que está parado lá bem no fundo da garagem? Ah, para esse tem um bom e velho small-block Chevy com pistões forjados cabeçudos, que saiu de algum barco meio naufragado. 

Este Fiat 500 Topolino foi um amigo do Sul que me vendeu, sabendo de minha paixão por gassers acabou me ajudando um monte vendendo o simpático carrinho! Alberto, meu camarada, valeu mesmo! E de quebra, ainda conseguiu a grade original e me encaminhou uns tempos após a chegada do pequeno carro!




O Fiat 500 Topolino 1938

Quem disse que não tem diversão e muitos bons momentos em Fiats também?

 AG

97 comentários :

  1. Tenho um Marea Turbo na garagem que só me trás alegrias, esses motores italianos são tão divertidos de mexer que os americanos e o comportamento dinâmico do carro é totalmente diferente, dois mundos, um completa o outro. Garagem dos sonhos, parabéns AG.

    Sobre o V6 de Alfa no Brava, temos um amigo que possui um HGT com esse motor aí em Brasília mesmo. Eu queria é colocar o motor do MT numa 156! Deve ficar sensacional e trabalho tranquilo pois os carros compartilham muita coisa em comum. O TSpark que sairia do 156 doador poderia quem sabe entrar no HGT perdido na mão de algum dono ruim, vendido a troco de bar para a nova e feliz vida.

    Essa receita stroke do 1.8 já rendeu diversas discussões nos fóruns pela rede afora, só que o pessoal acha mais fácil turbinar e o ganho é mais rápido, a questão não é ser fácil ou não, é o desafio rs... não?

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    1. Hugo,

      Põe sim o do MT no 156, cabe. Bem como o 3.0 do 164 no 156.
      Eu não ten ho problemas em abrir motor e mexer nele a vontade, inclusive tenho uma retifica a minha disposição, a Retifica Mineira, no meu entendimento a melhor, mais capacitada e simpatica retifica de motores de brasilia, sou muito bem recebido e todas as minhas demandas são atendidas de forma absolutamente correta e sempre tempestivos. Sem eles, essas marmotas que eu faço seriam muito mais dificeis.
      Eu acho muito mais facil e menos problematico legalmente falando mexer por dentro que turbinar o motor. Deixando sempre muito claro que eu não tenho nada contra turbo, ok?

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    2. Hugo
      Eu nao colocaria o motor do MT no 156.
      Ja que e para ir ao inferno , vamos beijar os pes das filhas do diabo!
      O certo e enfiar um V6 3.0 da 164 em qq uma de suas versoes 12v ou 24v.
      Abracos

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  2. Tenho que limpar o teclado das babas que caíram enquanto eu lia...

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    1. Rodrigo, indica um método ou produto para fazer isto? Por que eu tambem preciso e só com paninho ta difícil!!!

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    2. Alcool isopropilico ajuda, hahaha

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  3. Estou a espera de fotos do Topolino quando estiver pronto.

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    1. Este ainda demora, tem outras coisas na frente, infelizmente.

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  4. Quando li o título pensei que se trataria de um post sobre oficinas mecânicas daquelas bem bagunçadas e das quais todas as publicações especializadas em carros recomendam que fujamos como o Tinhoso foge da Cruz. Imediatamente me lembrei de uma (não era exatamente uma oficina de carros, mas uma tornearia mecânica) que conheci quando morei no interior de São Paulo trabalhando com meu avô na fazenda, e que fez muitos trabalhos para nós. Era o lugar mais bagunçado que se possa imaginar, dava até medo, mas não havia serviço que o japonês não fizesse com absoluta perfeição, contrariando a aparência caótica do local.

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    1. Desconfie de muita limpeza e jalecos brancos em oficina. Eu desconfio, pelo menos.
      Leu zorba o grego? Não se faz nada pela metade, ou voce ama ou não. Se sujar faz parte. E quando voce chega naquele ponto onde é superado por uma penca de coisas que nem tem mais controle, a zorra é inevitavel.

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    2. Nem tanto mar, nem tanto terra. É preciso cuidado. Fico doido quando vejo um mecânico com macacão e mãos imundos entrar dentro de um carro. Se tiver as forrações em veludo então, eu piro. Detalhe: o carro em questão nem precisa ser meu, he, he!

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  5. AG: Teus textos e contos fazem falta! Parabéns mais uma vez. Pude inferir pela matéria que vc está em Brasília. Se possível me arruma teu contato.Apesar de ser do Rio, gostaria de continuar o assunto da receita que te perguntei sobre o que colocar num Omega destes mais novos e vc falou em um V8. Vai que vc arruma um tempo...Estou animado! Abs. MAC.

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    1. MAC,

      alexandregarcia@autoentusiastas.com.br

      Eu já fiz um omeca scs com sbc. Nada demais, nem de menos, mas se fosse fazer outro, cataria um LS series small block ou pelo menos um LT1/LT4. O distribuidor atrás do sbc atrapalha um monte a instalação.

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    2. Alexandre, por acaso esse Omega com motor smallblock é um de competição que chegou a disputar uma edição das Mil Milhas?

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    3. OK, AG. Vou te passar um e.mail.Obrigado.

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  6. AG, maravilha essa postagem. Para quem gosta de fazer esse tipo de "arte" em automóveis, é uma leitura deliciosa. Tenho uma questão para você: utilizando o eixo traseiro do Maverick no Chevette, como ficou a bitola? Teve que ser encurtada? E a suspensão? Você usou um four link ou fez alguma outra arrumação? Com relação aos FIAT's, seria possível o motor do Tempra 16 V num 147 sem muitas intervenções na lataria?
    Obrigado e volte logo com suas adaptações.

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    1. Marco,

      O dana 44 do fase 1 é mais estreito que o do fase 2 e mais estreito que o do opala. Mas infelizmente mais largo que o do chevtte coisa de 3 cm pra cada lado. Fiz um four link usando os braços do opala, soldei os montantes no dana 44, e fiz suportes superiores na carroceria pros braços menores.

      No 147 use o do marea 4 ou do brava hgt que são mais curtos que os do tempra ou dos demais 1.6 16V e ais modernos, leves e potentes. Eu usaria pelo menos, mas vai ter que mudar o cambio por outro mais moderno e brincar com capa seca. Cabe, mas é trabalhoso. Melhor por V6 em chevette.

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    1. E qual autoentusiasta não piraria, com tantos cilindros e hp's em um só post? hahaha

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    2. Sabia, eu avisei. Eu te disse, num disse?

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  8. AG, mais uma. Tenho também um Galant V6 2000 que eu adoro. Tem carro que não se explica porque gostamos e eu adoro este.Um mixto de conforto, espaço, desempenho que me agrada. Ele tem originalmente um 2.5 V6 que ronca divinamente. Um funcionamento preciso, bonito, bacana. Lá fora este carro saiu de todo jeito, até com turbo e tração nas 4!Se não me engano, cerca de 250 cvs nesta versão! Nem penso tanto. Imaginei um V6 da própia mitsubishi, com 3 litros ou similar que rendesse uns 200 cvs. Manteria a tração, claro. Creio que tem em linha nos eclipse. O que acha? Abs. MAC.

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    1. Isso precisa de uma longa pesquisa, muitos detalhes a verificar antes de começar. Tem muito estudo antes de fazer essas birutices, assim o sonho se realiza e não vira um pesadelo. Tem V6 sim, 3.0, do 3000 GT, saiu no eclipse tb. Mas nunca esqueça, em se tratando de mitsubisho do glorioso 4G63, o melhor motor japa de todos os tempos.
      Lembrando Sun Tzu, conhecer a si mesmo, o oponente e todos os aspectos da luta a ser travada são condições necessárias ao sucesso. Sem conhecimento, sem pesquisa, sem certeza, a derrota é o destino final e certo.

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    2. Certo, AG, Claro.Não resisti perguntar. Vai que vc já tinha feito e chegado na receita certa ou quase certa do bolo. Concordo que só vale a pena se a coisa funcionar. Imagina um carro destes dando problemas? Jesus...Abs e obrigado. MAC.

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  9. AG,
    o emaranhado é tamanho que acho que vou te chamar de aranha daqui prá frente !

    Benvindo de volta !!! gostei bastante.

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  10. Luiz Dranger26/08/2013, 13:33

    AG, belo texto. Curti muito. Na minha próxima visita a BSB vou te visitar novamente. Abração
    Luiz

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    1. Luiz,

      Venha sim, na proxima talvez vc já me ache na casa nova.

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  11. Um carro que eu tenho uma vontade danada de fazer essas mudanças de motorização é uma Chevrolet Veraneio. Aliás, talvez o único carro que me instiga a fazer um projeto de personalização. E aviso aos navegantes: personalização não é sinônimo daquela prática hedionda conhecida como xuning, he, he!

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    1. Mr.Car e o nosso Maverick 4 portas ?
      Desistiu dele?

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    2. Eu não desisti de ter cada carro que gosto. Só não tenho dinheiro. E já um Maverick quatro portas, ao contrário da Veraneio, eu faria questão absoluta de manter em absoluta originalidade, he, he!

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    3. Mr. Car,

      Além de conterrâneos somos dois fãs de boa e velha Veraneio?? Rs... No Recreio tinha um cara com uma 73, levemente personalizada (nada muito radical) e muito linda, com motor retirado de uma Silverado. Infelizmente esse cara foi para SP.

      Abç!

      Leo-RJ

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  12. Que vida tediosa !!! V8´s, V6´s, Alfas, Corvete´s, Chevete's V6 ou V8... Aff... E eu aqui nesse computador ...

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    1. Pior ainda sou eu , andando de carro 1.0!!!

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  13. Além de criar máquinas interessantíssimas, nota 10 pela capacidade de reciclar, fica em Sobradinho, a sua oficina, né, qual a quadra?

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    1. Opa, local secreto! Não posso publicar ou indicar meu endereço, imagina o rebuliço de um monte de malucos tarados por motor criando uma quizumba dos infernos aqui? os vizinhos vão me expulsar a pontapés pelo tumulto!
      Na quadra 05. Hahaha.

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  14. Meu amigo, estou cometendo o pecado de comentar antes de terminar de ler o texto, explico: o trecho "um Chevette, mas não mais V-6 e sim um com um V-8" é o culpado por isso. Sinceramente, eu quase já fui ao delírio após ler ( reler, e reler novamente hehe) o texto "a semente estragada", então venho através deste pequeno comentário fazer um pedido: seguindo o padrão do post supracitado, peço-lhe que faça o favor de detalhar passo a passo como foi feita a "mágica" para o v-8ão caber no cofre do Chevette, se possível com dados de potência e torque, velocidade final, etc.
    Aproveitando o comentário, algo que vi um tempo atrás e fiquei curioso, como pode o Vortec V6 das blazer/S10 ter apenas 180 cavalos (sendo 4.3L) e o motor V6 dos Camaro ter pouco mais de 300cv, apesar de sua "litragem" ser menor(este é 3.6L)? As duas válvulas a mais por cilindro fazem tanta diferença assim?
    Agora deixa eu voltar de onde parei e terminar de ler o artigo hehehehe
    Abração AG, e parabéns pelas adaptações já realizadas, não é qualquer um que ousaria fazê-las!

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    1. Marcos,

      O motor fica a mesma distancia reçativa do painel frontal que o V6, e vc corta o tunel e a parece corta fogo.
      Vou fazer um post sobre a semente podre em breve, assim , com fartas e obscenas fotos pornomecanicoeroticas e todas as suas duvidas serão sanadas. Além de fazer o mal feito, eu documento tudo, caso algupem queira repetir o fato.
      Sobre os V6, natural isso. Pensa no da blazer como o 151 do opala e o do camaro captiva ou omega sendo os 2.4 16V dos ultimos vectras. Cabeçotes multivalvulas fazem milagres, amigo.

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    2. Há alguns pequenos milagres em relação ao motor do Camaro básico render 300 cv com 3,6 l e o 4.3 de uma Blazer render apenas 180 cv:

      1) Injeção: a do Camaro é direta, enquanto a do 4.3 era uma estranha multiponto que tinha suas semelhanças com uma monoponto;

      2) Projeto: o 3.6 é projeto completamente novo (uma família conhecida por HF nos Estados Unidos e Alloytec na Austrália). Logo, já está beneficiado por projetos informatizados que permitem melhores dutos, menores tolerâncias e mais variáveis gerais. Já o 4.3 nada mais é que um 350 smallblock das antigas serrado em dois cilindros;

      3) Cabeçotes: mais válvulas por cilindro permitem maior admissão de ar por haver mais área útil. Some-se aí à injeção direta e já temos boa parte das pistas dos 300 cv.

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  15. AG.
    Acho que vc vai virar fa das Alfas.
    Alfa 156 com V6 da 164 deve ficar incrivel.
    Entraram varias 156 com V6 de 2.5 litros e 190cvs. Porem qse todas com cambio automatico. Ha 5 unidades com cambio mecanico. Todas pertenceram a diretoria da Fiat. Quando vendidas pela Fiat, foram disputadas a tapas e tabefes pelos entusiastas. Hoje estao bem guardadas por gente que entende do riscado.
    Faco votos que saiam de sua oficina um punhado de 156/155 e ate 145 com o formidavel V6 3.0 das 164.
    Saudacoes

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  16. Caramba! Que histórias incríveis! Imagina as outras aqui no Rio, onde tudo começou...

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    1. Tem historinha suficiente para escrever um livro, pode apostar!

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  17. Na espera desse post com os macetes de motor TSpark!!!!!

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    1. Lucas,

      Assim que eu terminar e testar, escrevo sem falta.

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  18. Aléssio Marinho26/08/2013, 18:18

    AG, nesse rolo todo, em que situação ficou o Elba azul?
    Vc fez um puxadinho na área verde pra caber tanto carro? rsrsrsrs

    Forte Abraço, Camarada!

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    1. Aléssio,

      Ficou na garagem de cima. Estou construindo outra casa/garagem/oficina e aí esses detalhes impertinentes de falta de espaço para carros, peças, cães todos estarão resolvidos de uma só vez.

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  19. velho rabujento26/08/2013, 18:39

    AG! Viajei no texto. Tenho verdadeira paixão pelo desenho desse Topolino, desde que vi um há anos e anos perdidos na memória da juventude, onde eu tinha o dinheiro (pouco) para comprar, mas não para consertar e nem pensar nas facilidades atuais; outro que povoou meus sonhos, um Citroen Avant, rodando, e com a fama de ser quase impossível de capotar, mas foi, isso sim, impossível de comprar; continuo sendo um apaixonado por qualquer máquina que toque meu coração, mecânico amador aprendiz nos meus próprios carros e com uma "bitela" de uma admiração por pessoas como você, o AK, o BOB, Felipe e os outros do Autoentusiastas, que conseguem realizar o que apenas conseguimos sonhar.

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    1. Velho,

      Valeu! Este topolino foi um achado, sabia que era uma chance unica, ainda bem que tenho amigos que me ajudam a conseguir realizar meus sonhos.

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  20. Mal posso esperar para ler sobre as obscenidades que serão reveladas. O post dos Fiat/Alfa.
    Saudades do meu 2.4, que foi embora mês passado para dar ligar a um T-Jet. Nao que seja ruim, mas o ronco... Acho que só perde para o 6 cilindros do Alfa.

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    1. Marcos
      Concordo , o ronco do 5 cil e lindo demais. Pena que se ouve cada vez menos nas ruas. O barulho do V6 da Alfa entusiasma.
      Tenho muita curiosidade sobre o Punto T-jet. Apesar de ter lido a avaliacao aqui no blog , me fale um pouco do que vc esta achando como um carro de dia a dia. Ele e fraco na cidade em baixa rotacao como o pessoal fala ou e questao de se pegar a manha da tocada?
      Parabens pelo seu novo carro! realmente um carrao de entusiasta / conhecedor.
      Saudacoes

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  21. Sou mais uma na fila de espera por um post sobre a Alfa Romeo 156. Estou completamente apaixonado por essa máquina. Comprei uma 1998/1999 no começo do ano, de um especialista na marca em Jundiaí.
    Depois de remar quase 16 anos num MP Lafer 1974, foi o segundo carro que adquiri na minha "carreira". Rolou uma ciumeira geral aqui na garagem e tive que levar o MP para a casa do meu pai.
    Quase todo fim de semana vou de Alfa para lá e pego o MP para dar uma volta. São dois carros completamente diferentes mas que dão muito prazer em guiar.
    Agora preciso aprender a cuidar do carro "novo", bem mais complexo e instigante, de motor relativamente comportado mas com câmbio manual. Apenas o volante de madeira é parecido.

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    1. Marcos e JT,

      Podem aguardar, tem coisa bacana vindo. Não vai ser amanhã, mas podem esperar que vem e vai valer muito a pena ter esperado.

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  22. Caro AG,

    Como um "bom camarada e sujeito batuta" que és, farás nossa alegria tudo o que escrever sobre as Alfas, das quais sou grande fã.

    Valeu pelo texto, um primor.

    Leo-RJ

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  23. Muito bacana e engraçado saber que conheci essa "figura" por mero acaso do destino, sou amigo de infância do filho dele e já fui algumas vezes a esta oficina/garagem/casa junto com um moleque maluco que sonhava em ter um maverick GT(infelizmente ele o vendeu pq virou doido das motos)e apesar do afastamento ainda sonho com com um projeto feito pelas mãos deste jovem Sr. Abraço ADG sou seu fã.

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  24. Vendo esses motores do post , os quatro cilindros parecem motor de cortador de grama he he ...

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  25. Corsário Viajante27/08/2013, 09:57

    Vendo todas estas trocas de motor, renasce o sonho de colocar o VW 2,5 cinco cilindros no meu Polo...
    Falou dos americanos, dos italianos, mas que tal provar um pouco dos alemães? rs

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    1. Boa Corsario!
      Grande idea.... , mas será que cabe no cofre do pequeno Polo?
      O motor julgo caber , mas ha todo o trem de transmissao cambio dferencial etc.. Conece alguem que ja fez essa loucura?
      Abracos

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    2. Concordo, caro Corsário. Só está faltando o AG tambem mexer nos "ap" hehehe

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    3. Já mexi e gosto. Claro, tem muita coisa muito mais legal e melhor, que pode ser muito mais elaborada como os GM mais modernos. Mas que AP é legal, é bom de mexer e é divertido, isso não tem como negar.

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    4. Corsário Viajante27/08/2013, 22:24

      Anônimo 13:15, NUnca vi ninguém fazer essa troca. Eu cheguei na idéia pois tenho um Polo 2,0 e gosto muito dele, e meu pai tem um jetta 2,5 que gosto muito do motor, mas acho o carro muito grandão, além de ser sedã, coisa que não gosto. Mas o cinco cilindros é apaixonante, então pensei em juntar os dois mundos. Um dia ainda me aprofundo...

      RPL e AG, no caso não sei se seria um "AP", pois seria o 2,5 cinco cilindros do jetta, já não sei se tbm é AP...

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    5. Valeu, grande AG!!! Bom saber que tambem pensa assim. Aliás, o verdadeiro mecanico entusiasta acho que gosta de todas as máquinas hehehe. Corsário, tambem nao sei ao certo se é, falei assim mais por descontraçao mesmo.

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  26. Que aliás tem um ronco entorpecente tb!

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  27. Post sensacional, AG. Fiquei, como muitos, delirando aqui. Ha muito que namoro os alfas 164 e 156 mas ainda nao tive coragem de casar hehehe. E meu tubinha chepala4 77 ha tempos que me pede um vortec 260. Grande abraço.

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  28. Artur Cavalcanti27/08/2013, 14:24

    Essa garagem ai é um sonho! :)

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    1. Artur,

      Voce pode dizer isso de cadeira (eletrica, claro) não é mesmo? Hahaha

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  29. um 5 cilindros ficaria interresante num chevette tambem. o que acham ???

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  30. AG, pensei que eu era o unico doido que tinha vontade de volocar o V6 no Lada pra fazer um carro divertido, mas to vendo que doido nao falta por ai...
    Eu tenho uma duvida, por que falam tão mal do Marea 5 cilindros? Sou fã da Fiat, queria entender melhor porque malham esse Judas

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    1. Elton,

      Detesto corssbreeding, se tivesse aqui um L5 GM facil faria sem crime, mas por VW Audi ou Fiat num GM me causa engulhos.

      Aeroman,

      Porque ao contrário de AP e opala 6 não é qualquer um que mexe.
      Aqui a regra é a falta de humildade para aprender a fazer direito, estudar, conhecer, respeitar. Fivetech não aceita troglodita mexendo.
      Não rola meter pistão de AP só porque tem o mesmo diametro e altura de compressão proxima, não rola enjambrar bronzina diferente, não rola retificar biela que bateu, não rola tentar apertar os parafusos só no torque sem acompanhamento geometrico, não rola um monte de coisas, não rolam juntas vagabas baratas, não rola ser ignorante. Tem que saber e muito bem o que se está fazendo. A maioria que mexe, infelizmente nã sabe. Mas no fim, quebra porque é uma porcaria, isso sim. Esta é a desculpa da plebe rude.

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    2. Lorenzo Frigerio27/08/2013, 23:21

      O fato, Alexandre, é que existe uma coisa chamada Lei de Murphy, que explica essas coisas. Murphy na verdade era o chefe do cara que fez a seguinte observação, nos anos 40: "se uma peça aeronáutica for desenhada de tal maneira que seja possível montá-la na posição errada, então alguém alguém a montará dessa maneira".
      Isso significa que a engenharia de um sistema tem que ser perfeita e não pode dar ensejo a práticas que resultarão em problemas. Não conheço o Five-Tech, mas creio que a comparação com os problemas de correia dentada do Fiasa é válida: trata-se de má engenharia, e o fabricante desses produtos é compreensivelmente impopular entre os auto-entusiastas, por essas e por outras.
      AP e Opala 6 são projetos Mercedes e GM, não precisa falar mais nada.

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    3. Lorenzo, deixe de falácia. Me diga uma peça no fivetech que pode ser montada ao contrário, mas me diga você. Se você não conhece a melhor coisa a fazer é não desdenhar.

      E todo autoentusiasta de verdade gosta de bons motores, ou seja, vai adorar um fivetech assim que dirigir o mesmo, bem como vai adorar um big block americano e um boxer antigo num fusquinha. Autoentusiasta de verdade gosta do carro e não de intrigas plantadas por mecânicos incompetentes e preguiçosos.

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    4. AG:
      Desculpe minha ignorância mas você falou em acompanhamento geométrico aí em cima. O que vem a ser isso?
      AAM

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    5. Valeu pela explicação AG. O acompanhamento geometrico que voce fala é a medida da compressao do parafuso? Li um artigo em uma Hot Rod antiga que falava justamente disso, que apenas o torque não é uma boa medida.
      Lorenzo, posso estar errado, mas pelo que lembro, o AP é projeto da Audi, era usado no 80

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    6. Lorenzo Frigerio28/08/2013, 15:36

      O que ele chama de "acompanhamento geométrico" é medir o alongamento do parafuso da biela após este ser apertado, como resultado do esforço aplicado no aperto; cada parafuso feito para uma determinada biela tem uma especificação de alongamento. Existe um aparelhinho, chamado "rod stretch gage", que é um suporte com um relógio comparador que mede o parafuso antes e depois do aperto. Por que usá-lo? Porque o parafuso, além do aperto nominal que alonga o parafuso, está sujeito a atrito entre os fios de rosca, gerando no indicador do torquímetro uma medida maior que o aperto que você está aplicando na biela. Resultado: você acertou no torquímetro mas deu aperto de menos na biela. Para evitar o transtorno de utilizar o medidor de alongamento, deve-se limpar muito bem as roscas do parafuso e da porca e aplicar um lubrificante especial fornecido pela ARP. Lembrando que é sempre boa prática, ainda assim, aplicar o torque duas vezes e desapertar, para os componentes "assentarem", antes de dar o aperto final.

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    7. Lorenzo,

      I beg to differ. Não vejo a coisa de forma tão generica e simploria como voce pinta. Não existe motor que é fechado direito na fabrica e depois ferrou que ninguém mais consegue mexer. Isso não existe, é ficção.
      Qualquer motor jamais feito pelo homem pode ser remonatdo por um profissional minimamente competente e vai ficar tão bom (ou ruim) quanto o original. Sobre fiasa, tenho uma Elba 96 com 306 mil km rodados, nunca tive problema com correias dentads, que sempre são trocadas com 40 mil km, conforme recomendação do fabricante, junto com o respectivo esticador, e depois de trocada ela é tensionada da forma correta, rodando o motor pelo menos 1 volta completa ao contrário da rotação normal. Tá, o tensor normalmente é no ramo frouxo na correia, no fiasa é no ramo tenso, mas sem crise, imagine por exemplo que este motor pode ter sido planejado para rodar anti horario. Depois por algum motivo inverteram a rotação, testaram e foi aceitavel com o esticador no ramo tenso, não valia mudar, ficou como está. Não vejo mal nisso.
      Sobre o aperto geometrico: aperta 2 kfgm inicial depois mais 4 apertos de 60° por exemplo. A medidção de alongamento de parafusos é a melhor maneira disparada de se medir aperto, mas só se faz isso em bielas com parafusos convencionais ou em capscrew rods, bielas com apenas o parafuso, sem porca, e no qual se tenha acesso a ponta do parafuso que fica rosqueada nela. O resto que se pode fazer é o aperto por medição doreta de torque, que nunca consegue distinguir o que é torque efetivamente convertido em aperto e o que se perde em atrito, sujeira, oxidação, resistencias diversas ao aperto do parafuso.

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  31. Nem falo nada.. Aff, Como ex dono de Tempra 16V, Brava HGT e Marea turbo (arrependido de ter vendido até hoje) e atual proprietário de uma Caravan SS6, só posso falar que foi um dos melhores posts que li até hoje. Sem falar na Sua resposta à dúvida do Aeroman...

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  32. problema de correia dentada por erro de engenharia? Existe uma coisa em projetos chamados fator de serviço e vida útil. Se trocar com a km recomendada não tem problema e nem risco. O maior problema são donos e mecânicos ogros que fazem economias porcas colocando qualquer correia, não trocando os tensores, e por ai vai. Em tempo, meu tempra 16v foi vendido com 150.000km, sem probelma algum com o motor, o HGT com 90.000 km, sem problema e o Marea Turbo vendi com 100.000 km, hoje com 160.000 km e com saúde de jovem. carro ruim é carro mal cuidado e mal tratado.
    Fivetech tem que ser bem tratado, óleo sintético, sempre trocar com filtro, gasolina boa, etc. Mantendo a preventiva, não quebra.

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    1. Lorenzo Frigerio28/08/2013, 15:46

      Jabur, o problema é o seguinte: certas mecânicas só são montadas corretamente na FÁBRICA. Elas apresentam vícios de projeto que, se tiverem de ser desmontadas, ninguém mais acerta. Vou citar como exemplo um componente de outra natureza, para sairmos da marca FIAT: o câmbio/diferencial automático do Santana. Aquilo é uma catástrofe de projeto e ninguém tem a ferramenta/compreensão para montar aquela coisa direito (ainda bem que a VW agora só compra câmbios epicicloidais da Aisin e ZF). É óbvio que vai ter um ou outro mecânico "artista" que vai acertar a mão, mas são minoria. É óbvio que o melhor é sempre cuidar bem, e evitar a visita ao mecânico, mas certas falhas são absolutamente imprevisíveis.

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  33. AG, só pra te atiçar um pouco mais com a Alfa, o Brava e os motores: http://rafa4fun.blogspot.com.br/2013/01/fiat-brava-30-v6-hgt.html

    Carro de um amigo meu. Além deste, ele tem um Uno 2.1 16v turbinado com peças em fibra de carbono que ele mesmo faz.

    Precisamos marcar uma cervejada aqui em Brasília pra amenizar o calor e aquecer as idéias!

    Grande abraço!

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    1. Rafa,

      Sensacional, obrigado por mandar o link. Sim, seria legal algum dia encontrarmos para matar a sede e o calor. Eu vou de coca comum apenas!

      Abração

      AG

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    2. Aquele Uno, depois de tanta espera, finalmente foi para a pista. E é simplesmente lindo. E quem sabe mais para frente coloco umas peças de fibra de carbono no GTS também - afinal, tem algo naquela tampa traseira que parece massa ou ferrugem.

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  34. Grande AG!

    Sempre saindo coisa boa da sua oficina aí no cerrado. Uma historinha mais legal do que a outra. Até imagino como é que vai ficar o Alfa 156, só não vale colocar o chevy 350 no lugar do original! rssss...

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  35. Grande Post Alexandre Garcia.

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  36. Texto muito bom de ler, até parei de estudar por hoje porque pensamentos mirabolantes surgiram. hahaha

    Uno 1.6 16v (bloco e pistões do Linea 1.9 + cabeçote do Marea 1.6 e seus agregados + bielas e virabrequim do Palio/Brava 1.6 será que funciona?)
    Opala 376 (V8 do atual Camaro)
    Opala 250 com três carburadores (porque o 6 em linha também ronca bonito)
    Chevette 3.2 (V6 da Captiva)
    Escort 2.0 AWD (Será que o câmbio, diferencial e cardã da Ecosport AWD ajudam?)

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    1. No caso Opala de carburação tripla, sugiro voltar ao ápice da preparação de rua das antigas, quando Webers ainda eram raras e caras: montar três DFV 446 em um motor a álcool. O cara que fizer funcionar direito merece canonização, mas também depois de acertado fará um belo estrago - os Braseixos que o digam.

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  37. Road runner,

    SBC em alfa moderno transversal não é assim algo recomandavel de se fazer...

    Bera,

    Obrigado.

    Marcelo,

    Tudo depende de um monte de pequenas compatibilidades e de disposição para gastar dinehiro.
    Uno 1.6 16V é quase natural com motor de palio 1.6 16V.
    Não sei o que é linea 1.9, qual motor, mais detalhes, mas sei que se mistura pedaços dos 1.6 antigo e do corsa lunga e se faz um troço meio 1.8 ou 1.9.
    LS series em qualquer coisa é legal, não apenas em opala, mas ainda são muito raros e muito caros.
    tres buras só pela nostalgia, ruim de acerto e um unico quarijet é muito mais eficiente, gasta menos e é bem mais facil de acertar.
    V6 de captiva é enorme, e digamos que não vai caber assim tao de boa num chevette.
    E por fim, por 4x4 em alguo que nunca teve não é coisa para se fazer em casa sozinho.
    Voce tem idéias complicadas, pense mais simples, na boa porque no fim vc vai fazer muito mais coisas e ser bem mais feliz!
    Adaptação boa é a adaptação facil, descomplicada e sem muita guerra.

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    1. Valeu caro "Desconhecido"!
      Nunca fiz um projeto de carro e muito menos ajudei executar algo do tipo, o máximo que fiz foi procurar um pós-chave para ligar um rádio automotivo.
      Se for executar algo vou procurar ser o mais simples possível, estudar ao máximo e fazer um projeto antes.

      Talvez eu faça no futuro Uno com o 1.6 16v com o motor do Palio/Brava. Mas devo te contar que coça a mão para comprar um motor 3.0 V6 Alfa Romeo e instalar num Alfa 156.

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  38. o marcelo tambem tem muita maldade na cabeça kkkkkk.
    eu iria de motor gm f2 (vectra, astra etc) no chevette.
    muito mais leve e facil de instalar que um v6.
    de repente ate um turbinho basico so pra dar aquela forçinha basica nas subidas kkkkk.

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    1. Foram só pensamentos mirabolantes daquela noite. kkkk

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  39. Belo post. Estava sentido falta depois daquele post do Tubarão V-6. Uma ótima aquisição por sinal.

    Para o Chevette, ainda acho interessante uma usina como o Fivetech 2.4, ronca bonito e tem boa potência. Só que também não gosto muito de crossbreeding, prefiro deixar as coisas em casa, embora admita que algumas adaptações acabem servindo muito bem.

    Penso para o "Vette" os motores 2.0 16V SFI, 2.2 e 2.4 16V coque equiparam os Vectras (A,B e C, na ordem). São leves e fáceis de preparar. Agora que o V6 Vortec é tentador, ah é.

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  40. Não sei se esse comentário será lido pelo AG, já que devido a falta de conexão em algum lugar entre Goiás e Bahia só estou lendo o post agora, mas gostaria de deixar duas coisas registradas:
    1 - Nunca achei que o AG gostasse de italianos, principalmente depois de uns posts antigos sobre Ferrari e Sevel.
    2 - Li pensando "eu conheço esse Chevette" a cada nova informação. E conheço mesmo. Esse branco estava na oficina do Fábio, lá no Bandeirante, uns tempos atrás. Por fora parece só um Chevette em reforma que possui santo antônio e precisa de uns cuidados. Só no elevador que fui ver que tinha um V8 GM montado e um monte de reforços na estrutura. E nesse dia que vi o carrinho, já imaginei que seria uma cria de Sobradinho...

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  41. Marcos,

    Li sim. Eu posso não concordar com um monte de coisas de um monte de marcas, coisas que julgo absurdas, como por exemplo a chrysler usar no dart uma biela praticamente identica a que a GM usa no 454. Obviamente tem alguma coisa errada em um deles e como o 454 não quebra, advinha quem babou na gravata e cometeu um grotesco exagero num projeto de motor?
    Mesmo com V8 e eixo plano. Se for uma moto como por exemplo as que o Ian Drysdale faz, ok, tem alguns impedimentos ealguns ganhos, mesmo com o ponto negativo da vibração inerente ao eixo plano que eu sempre critiquei. Mas eles sabem melhor o que fazem. E eixo plano deixado de lado, vamos ver o resto do motor. Bom, aí muita coisa muda de figura e a coisa anda.
    De Sevel sinceramente não me lembro de ter feito comentarios negativos, até porque me parece algo bem legal.
    O motor do Alfa 156, e por extensão dos 155, 145, 46 e 147 e outros, dos marea 4 e 5 cilindros e bravas tb são bem legais. Projetos muito bem cuidados, muito bem executados, coisas bem elabiradas e refinadas. Na boa, quem conhece e mexe não tem como não gostar.

    AG

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  42. Caro AG, talvez você possa me ajudar em duas questões:

    a) Adoro o Chrysler PT Cruiser, mas odeio aquele motorzinho com o câmbio automático (já andei em um no México, com câmbio mecânico, e parece outro carro), pois bem, como mandar trazer um câmbio mecânico implicaria em alterações na eletrônica, qual seria sua sugestão para um bom conjunto motor-câmbio manual para o PT Cruiser? Pensei nos conjunto do Dodge Dakota ou da S-10 (ambos V6). Já me sugeriram o cinco cilindros do Marea... algum desses seria mais viável ou recomendável?

    b) O motor 5 cilindros do Marea encaixa no Alfa Romeu 155?

    Abç!

    Leo-RJ

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    1. Leo,

      b) sim. Sem muita crise, do mesmo modo que cabe em 156, em tempra, em fiat coupe.
      a) na boa, num pt cruiser? ou vc usa ele como é ou esquece. Mudar para cambio manual seria uma opção se as peças existissem aqui, o que não é o caso. É o tipo do carro ainda relativamente caro, complexo de mexer e que vai levar um tempo bom até acertar ele direito.

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  43. Valeu, AG.

    Como disse, aluguei um PT Cruiser com câmbio manual lá fora e achei 'outro' carro (pelo simples fato daquele motor 'render' melhor com câmbio manual). Não imaginei que fosse levar um tempo para acertá-lo.

    No caso da Alfa, meu irmão está muito tentado a fazer isso lá em São Paulo. Ele já leu a resposta e ficou empolgado.

    Valeu!

    Leo-RJ

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  44. Tenho um Marea SX 1.8 com alguns problemas, não vejo mais vantagem em arrumá-lo, não sei oque fazer mais, alguém pode dar uma luz, ou se interessar, posso passar mais detalhes dele

    Pablo.
    pabloetf@gmail.com
    (não consegui comentar usando o gmail)
    []'s

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