google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 CARROS INCRIVELMENTE IGUAIS - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

CARROS INCRIVELMENTE IGUAIS



Vi que o post do Corolla XEi suscitou alguma discussão sobre a maneira como os carros curvam hoje em dia e acho que cabe falar um pouco a respeito do tema.

Os pneus atuais estão num ótimo nível de aderência, variando pouco de uma marca para outra. Todos são radiais com cinta de aço. Suspensão dianteira que não é McPherson é exceção. Há alguma variação nas suspensões traseiras, que vão do popular eixo de torção à independente multibraço, em alguns casos geometria McPherson (caracterizada por não ter braço de controle superior). Dificilmente o câmber dianteiro é maior que 1º positivo ou negativo, e o cáster maior que 7º é raro.

Câmber hoje é bem contido, sem exageros

A maior parte dos carros hoje é de tração dianteira e a distribuição de peso nos eixos poucas vezes ultrapassa 60% na dianteira. Só em BMW, com o motor bem recuado e tração traseira, ela é meio a meio (esqueçamos os Porsche de motor central-traseiro e traseiro).

Nos carros médios a constante das molas são sempre parecidas, algo entre 18 e 20 N/mm, as cargas dos amortecedores em regra são para o firme, sempre um pouco mais na tração do que na compressão.

Toda suspensão tem uma filtragem, obtida por meio de buchas silenciosas (alma metálica com borracha em volta, coxins de motor e câmbio, até coxins do tipo hidráulico, sem esquecer os materiais fonoabsorventes na carroceria. Só não têm filtragem as suspensões de carros de corrida, é tudo "no ferro". Nos carros de Fórmula 1 nem articuladores há mais, agora são lâminas fazendo esse papel.

As direções têm relação entre 14:1 e 18:1 e os volantes variam de 36 a 38 mm de diâmetro. A assistências são invariavelmente calibradas para proporcionar direção leve devagar e com peso correto em velocidades mais altas.

Os carros hoje têm boa estabilidade direcional, na maioria das vezes o centro de pressão aerodinâmica fica para trás do centro de gravidade, como nas flechas.

Freios, sempre a disco pelo menos na dianteira e com servos que praticamente são iguais em atuação, sem grandes diferenças.

Mas, qual o sentido de todo esse preâmbulo, toda essa dissertação? Para dizer o quê? Apenas que os carros hoje estão muito parecidos em comportamento. Parecidos demais até. Nem Fórmula 1 sai de frente ou de traseira mais. Os pilotos relatam e a telemetria carro-box informa é tendência a sair com um eixo ou outro. Nem com piso molhado se nota mais um F-1 “traseirando”. Acabou, hoje andam como se fosse nos trilhos.

Volta e meia vejo fotos ou vídeos de alguns desses supercarros saindo de traseira, em derrapagem controlada, largando fumaça azul de borracha, mas isso é apenas foto/imagem de efeito, desligar o controle de tração e acelerar na curva, porque para andar rápido não se faz isso.

Até no drifting estamos cansados de ver que a traseira só solta dando uma puxada violenta no freio de estacionamento, caso contrário não tem como ela sair.

Drifting: sem usar o freio de estacionamento, nada feito
Ouço muito dizer que o carro o tal é “anestesiado”, que a direção não é “comunicativa”. Chegam a dizer (BMW) que com assistência hidráulica em vez de elétrica a direção é mais comunicativa. Comunicativa em quê? Informar como está o piso?

Talvez o que tenha me “estragado” tenha sido o curso de pilotagem de avião, especialmente o meu primeiro instrutor, o Salo Roth, que sempre me dizia que “os comandos do avião não são movimentados, são pressionados. Sim, porque em razão da velocidade (aerodinâmica) do avião o mesmo movimento a uma determinada velocidade produz outro efeito, bem mais acentuado, em outra. É por isso que ele me ensinou a usar a pressão no manche (ailerões e elevador) e nos pedais (leme).

Por analogia, o mesmo com o pedal de freio: pressiona-se o pedal, não se o movimenta. Quando o Citroën DS 19 foi lançado em 1955 no Salão de Paris, causou o maior alvoroço em vários aspectos, entre eles o "pedal" de freio constituído por um botão, que era pressionado e não movimentado.

"Pedal" de freio do Citroën DS 19: um botão!
Agora entra a minha parte. Avião só gera força G na vertical, jamais na lateral. Vertical no seu corpo qualquer que seja a inclinação na curva. Mesmo numa com 90º de inclinação, a força no seu corpo será vertical.

No automóvel é ao contrário, nunca vertical –  a menos que se esteja num curva superelevada de 90º – podendo haver decomposição entre lateral e vertical em superelevação entre 0º e 90º.

Como as curvas superelevadas são difíceis de encontrar por aí, no carro estamos sujeitos praticamente a força G lateral, ou aceleração lateral, apenas. Essa é a que nos interessa verdadeiramente, em especial quanto mais alta for a aderência nos pneus e força de curva (cornering force) acompanhar.

Então, a nossa condução, melhor dizendo pilotagem, deve ficar atenta a essa força de curva e o que ela gera de aceleração lateral em G (1 G é aceleração da gravidade, igual a 9,806 metros por segundo por segundo, ou metros por segundo ao quadrado (m/s²). É ela que vai nos informar o quão longe ou perto estamos do limite. Não é a “comunicação” da direção que vai nos dizer isso. Não interessa absolutamente sobre o que estamos andando, mas a aceleração lateral.

Aceleração lateral é o que importa

Vamos fazer uma pressão no volante e o carro iniciará a curva, começando a ser gerada a aceleração lateral. É nela que precisamos nos basear para avaliar nossa velocidade na curva. Não é a "comunicação" da direção através do volante.

Hoje as respostas de direção nos carros de rua são muito parecidas, pelos pontos que citei mais acima. Quando dirigi pela primeira vez o meu DKW com pneus radiais Pirelli Cinturato CF67 155SR15 tive que me reprogramar, pois na primeira curva por pouco não atingi o meio-fio interno à curva, tal foi a maior e inesperada resposta.

É essa a razão de eu não apreciar nem um pouco esses videojogos de corrida ou simuladores, não existem as forças G longitudinais (aceleração e frenagem) e tampouco aquelas laterais atuando sobre o corpo. Soa completamente falso para mim.

Simulador: ótimo, mas cadê as forças G?
A grande e real utilidade dos simuladores é avaliar a capacidade de reação do motorista diante das várias situações de tráfego, o que já deveria existir nas auto-escolas (centros de formação de condutores) há muito tempo. Ou então para se decorar alguma pista (dizem que Lewis Hamilton costuma fazer isso).

Voltando ao Corolla, quem acha que o carro não faz curva precisa rever seus conceitos, para dizer uma frase-refrão. O que eu vi do carro em termos de capacidade de curva quando do lançamento da linha 2012  contada aqui, na  estrada SP-036 Piracaia–Joanópolis, acaba com qualquer preconceito contra o Corolla nessa questão de comportamento dinâmico.

A suspensão ligeiramente amaciada entre aquele carro e esse agora não muda essa caráter.

Como venho dizendo há tempo aqui no AE, e alguns leitores concordam comigo, não existe mais carro ruim.

BS

80 comentários :

  1. Belíssima aula Bob!

    Se a direção "comunicativa" fosse de tão vital importância, os "fundilhos" do piloto, ou traseirômetro - não seriam tão constantemente lembrados em relatos sobre o ajuste fino de qualquer carro em pista.

    Hoje você pode andar forte com Civic, com Corolla, com Fluence (para ficar no segmento), com Jetta...que só sendo muito chato pedante para destacar alguma coisa que destoe de verdade nas tomadas de curvas.

    MFF

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    1. Dentro de um mesmo segmento, é isso mesmo. Sem falar que cada vez mais esse negócio de "andar forte" está virando coisa do passado (pela crescente limitação legal imposta)...

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    1. Esses aqui devem ser muito bons também.

      http://www.cxcsimulations.com/

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  3. Concordo Plenamente Bob ! Excelente post ! Meu tio, um Mecânico, sempre me disse que os carros são todos iguais, em muitos casos o fornecedor de um componente é o mesmo para várias marcas.
    Além do mais, a economia de escala limita a utilização de recursos que "melhorem" o carro.

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  4. Também acho estranho neguinho acusar um carro moderno de "não fazer curva". Espera lá, cara-pálida: que tipo de curva e em que velocidade você quer fazer? Curva em 90 graus a 150Km/h? Se um carro de passeio e conduzido como tal não fizer direito uma curva dentro de situações de direção (condução) normais, pode investigar que tem algo errado. E errado no sentido de defeito mesmo, não de falha de projeto. Ou então, o "erro" está entre e volante e o encosto do banco do motorista.

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  5. Citroën DS 19 carro muito louco!
    Jorjao

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    1. http://3.bp.blogspot.com/_hbkPCZsvP9w/TOAAE3C5DrI/AAAAAAAAE50/Q-8hOO1Y210/s1600/v8_citroen_ds.jpg

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  6. Perfeita avaliação, Bob. Essa pasteurização do automóvel é um reflexo da cultura do século XXI, organizada pela cultura de massa e pela indústria cultural, fenômenos do século anterior. A sociedade cada vez mais pensa igual, fala as mesmas palavras e tem os mesmos gostos.

    Tudo isso se aplica à "liquidificação" do automóvel. Ele se transformou apenas num objeto de consumo, num simples liquidificador. Só muda a marca. Ele é unidimensional, para lembrar Marcuse.

    Ah, saudades da tração traseira e do banheirão!

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    1. João Guilherme Tuhu,

      É que o povo morre de medo de ser tachado de diferente e por isso mesmo vive o "efeito boiada". Onde um vai...

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    2. Caro CCN, isso se vê até na paleta de cores da indústria automotiva.

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  7. Bob, também concordo contigo que não exista carro ruim, e sim demasiadamente caros pelo que oferecem, no nosso mercado.

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  8. E viva os carros cada vez melhores.
    Mas na outra face da moeda temos temos motoristas cada vez piores e mais mal educados. Vias de trafego cada vez mias esburacadas e descuidadas. Transito caotico e insuportavel.
    Pelo menos alguma coisa melhorou !
    Viva o Brasil, um país de futuro.

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  9. Bob,

    Acabo de voltar da Inspeção Veicular, o avaliador condenou o meu sistema de escapamento, mais especificamente o silencioso traseiro, este apresentava sinais de corrosão externo mas não de vazamento ou maior emissão de ruído. Em suma, uma peça que certamente viria a falhar (talvez em alguns meses, talvez em um ano) mas que hoje não estava condenada. Aí olhamos a lista de "itens antes de dirigir-se ao Centro de Inspeção" da CONTROLAR: "Ítem 5. Alterações, avarias ou estado avançado de deterioração no sistema de escapamento ou escapamentos reparados
    com qualquer tipo de massa;" Ao adotar-se um critério subjetivo "estado avançado de deterioração" o avaliador usa (e abusa) de uma autonomia de decisão que não é justificável tecnicamente. Poderia ter realizado esta troca para quando necessário somente, agora para ser ecologicamente correto (ironia) joguei fora um item que ainda exercia sua função (não vazava, não fazia ruído). Os critérios de avaliação deveriam ser totalmente de função, no caso da CONTROLAR, avalia-se a emissão de gases e ruídos e ponto final, estando dentro dos parâmetros estabelecidos não se apita nada. Outros itens que me chamaram a atenção "7. Níveis de óleo lubrificante e da água;
    9. Ausência de vareta medidora de óleo lubrificante;". Agora assumiram também o papel de inspeção do sistema de lubrificação? "10. Freio a disco ou a tambor inoperantes ou deficientes". Não existem recursos na CONTROLAR para avaliar freios, por que se meter aonde não tem competência? Só aumenta o descrédito que tenho sobre a instituição.

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    1. HM, concordo no que diz em questão a subjetividade dos itens e da avaliação em si, mas no caso dos freios a ideia é não permitir que passe um veículo sem freio de mão operante por exemplo. É simples de verificar e acredite, tem muito carro rodando por aí assim. No caso da vareta de óleo, a ausência da mesma abre um novo respiro para o motor e portanto começa a liberar hidrocarbonetos como se o respiro do motor estivesse aberto, pode ser um macete também para liberar contrapressão de anéis gastos o que faria o carro fumar, simplesmente tira-se a vareta ao invés de resolver o problema e dirige-se ao centro de inspeção.

      Sou totalmente contra a inspeção e a forma que é feita, mas os itens são plausíveis.

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    2. Hugo,
      Desconhecia que a presença ou não de uma vareta de óleo poderia mascarar os resultados de emissões de um motor - gostaria de ver na prática acontecer. Quanto aos freios, a única coisa que se pode afirmar é que o freio de mão está operando ou não, já que este atua somente nas rodas traseiras, ou seja, extrapolando-se, é possível passar esta inspeção sem as pastilhas montadas nas pinças dianteiras! Por esse motivo a inspeção como é realizada hoje, deveria se ater somente à sua finalidade - controle de emissões. Pisar em outras áreas onde não se tem o conhecimento ou equipamentos para aferir é um erro. Estive no centro de inspeção na Inglaterra, o carro é avaliado em tudo, performance de freios e amortecedores, tem-se que avaliar a performance, não basta estar lá montado, existe uma diferença enorme nisto - sem mencionar o nível do avaliador e a seriedade com que o trabalho é realizado.

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    3. Os centros de inspeção do MOT inglês são realmente sensacionais, era o que deveríamos ter aqui. Eles verificam até se o foco do farol está correto e se o corte do farol está para a mão inglesa: detalhe, é permitido usar fita isolante para corrigir o corte de farol caso o carro não esteja com as lanternas apropriadas (por ex. comprado de outro país da UE).

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    4. HM
      Isso que você me conta é papel carbono do que ocorreu comigo uma semana antes de você. Meu carro teve a inspeção rejeitada exatamente pelo mesmo motivo do seu, corrosão no escapamento (silenciador traseiro, parte inferior) sem que haja vazamento. Já comecei a brigar com a Controlar, pois não vou trocar um silenciador que cumpre perfeitamente sua função só porque um imbecil de um inspetor quer. Esses caras são irresponsáveis e nessa vou até o fim, até apelar para a justiça, se necessário.
      Entre no Fale Conosco e me mande um e-mail, para eu ter o seu e mantê-lo informado.

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    5. HM
      Reclamei à Controlar, como eu disse, e sexta-feira última (28/6) estive no mesmo posto (Anchieta), onde um engenheiro da Controlar foi enviado para examinar o meu carro. A conclusão foi de que terem recusado por motivo de ferrugem no silenciador traseiro foi errada. Assim, a inspeção foi feita e o carro, aprovado. O mais importante é que foi feita foto do escapamento para ser anexada a um livro de orientação dos inspetores de toda a rede Controlar (16 postos), instruindo que esse tipo de ferrugem, desde que não haja vazamento de gás de escapamento, não barra mais os carros de serem submetidos à inspeção.

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  10. Com relação aos videogames (em especial os simuladores), realmente concordo que por melhor programados que sejam, complicado obter total fidelidade do mundo real em um mundo virtual (existem simuladores que 'simulam' força G sim, porém se são de fato fieis ou não eu não posso dizer).

    Dirigir também é muito mais prazeroso que um videogame, ainda que, com bons periféricos que transmitem boa sensibilidade para o jogador.

    Contudo, não concordo quando você diz que é pura enganação. Tudo bem, é uma opinião sua e tenho total respeito por ela, mas hoje em dia, um console de videogame é capaz de fazer tanta coisa (isso sem contar os atuais computadores de mesa) que, se não são simuladores ideais, ao menos existem variados jogos que podem ensinar como se comporta um carro na vida real e, além disso, como se comporta cada layout de trem de força (FF, FR, Tração Integral, entre outros), ainda mais longe, como se comporta um carro alterando-se parâmetros na suspensão, freios, pneus e até mesmo a adoção de componentes no motor.

    Entendo ainda que são duas sensações diferentes, mas para quem não tem acesso a autódromos, preparação, e até mesmo carros esportivos (ou superesportivos), o mais próximo que se chega é de um simulador (custo muito menor em relação a pilotar no mundo real e fidelidade boa da realidade.

    Podem discordar de mim, eu entenderei, mas sim eu sou do que alguns chamariam de "Geração Gran Turismo", e com orgulho, pois no meu caso foram os videogames é que me deixaram com uma paixão ainda maior por carros.

    Mendes

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    1. Acho que o Bob precisa jogar mais antes de falar sobre simuladores. Adoro dirigir na rua, fato, mas adoro correr e não tenho carro de corrida nem minha cidade tem autódromo. Encontrei nos simuladores a paz. Se voce tem um controle de volante bom e sabe montar um cockpit com posição de direção similar a um carro, terá sim prazer. Obvio que seria melhor com simulação das forças longitudinais e laterais, coisa que ja existe, mas ainda é caro, mas ja atingimos um grau muito bom de realismo.

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    2. No último mes tive a oportunidade de conviver com 3 carros do mesmo seguimento de marcas diferentes. Ford Fiesta, Renault Sandero e Citroen C3. Apesar de terem porte similar, a diferença entre eles é absuda. O Fiesta é muito mais responsivo em velocidade de cruzeiro legal, porem fica bobo acima de 120 km/h. A direção dele comunica-se bem com o condutor, fazendo você sentir onde esta apontando o carro. Porem o acabamento e o nível de ruido do carro estraga um pouco o brilho da sua dinâmica. Ja o Sandero me surpreendeu pela seu bom acabamento. Nunca achei que escreveria isso, mas é verdade. O motor 1.0 sobe de giro gostoso e parece ter mais força do que sugere quando colocado na estrada graças ao irritante cambio de relações curta. A direção do carro é pesada em manobras, sendo a assistencia hidráulica muito tênue. O comportamento do carro é letárgico quando em movimento. Se eu fosse comparar o Fiesta com o Sandero,diria que o Fiesta com o acabamento do sandero seria o ideal. Ai veio o C3. 5 anos mais velho que os dois últimos mas bem conservado, roda comigo quase que diariamente. Sua direção com assistência eletrica é perfeita. Leve em baixa velocidade e firme em alta, passa uma boa segurança ao condutor. Como não há fluído participando da assistencia, você sente mais a pista. O seu conforto de rodagem é infinitamente superior, apesar da densidade errada da espuma dos bancos que leva ao cansaço em longas viagens. havia me esquecido como era bom de dirigir devido a alguns atritos entre nossa dura convivência, mas depois de passar 2 semanas longe dele possos dizer que os carros ainds tem alma. Cada carro anda de um jeito peculiar e vejo as industrias ainda dando valor ao seu DNA.

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  11. Bob,

    Posso estar errado, mas acredito que muitas pessoas confundem o rolar da carroceria com capacidade de curvar - li esse post hoje e lembrei de outro que você intitulou "Rolagem Amiga". Com os carros de suspensões duras ou duríssimas que temos hoje em dia tem-se a impressão de que um carro mais amaciado ao rolar não seja bom de curva. Vou citar a linha GM por ex, o primeiro Corsa, o Wind lá nos anos 90 rolava pacas, hoje um Corsa ou Onix rolam muito pouco em comparação.

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  12. Concordo totalmente quanto a essa questão de direção pouco comunicativa, anestesiada, sem sal, etc.. Me faz lembrar os audiófilos que gastam milhares de reais em acessórios para melhorar a qualidade de áudio que não fazem sentido algum do ponto de vista eletrônico, como cabos RCA criogênicos, direcionais, etc

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    1. Você por acaso já ouviu/comparou/avaliou exaustivamente componentes de sistemas hi-end, em salas competentemente tratadas, para asseverar que os mesmos não produzem diferenças perceptíveis a ouvidos treinados? Recomendo fazê-lo, você vai descobrir que existe um mundo repleto de possibilidades a serem descortinadas para quem enxerga (ouve) além do multímetro...

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    2. Mario POA, já tive oportunidade de apreciar a qualidade de reprodução de aparelhos hi-end, inclusive marcas exóticas, amplificadores valvulados e auto-falantes eletrostáticos em sala de audição de loja no exterior, e áudio foi durante um tempo o ramo da eletrônica que mais me atraia. Se um "golden ear" diz que faz diferença (um simples cabo de força por exemplo), tudo bem, não tenho ouvidos de super-homem para argumentar, mas se a diferença não aparece nem no meu Agilent, pra mim não serve.

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  13. Concordo plenamente, tanto que minhas questões se resumem em altos números de potência específica (por litro) que não se traduzem em ótimo desempenho e sim algo totalmente dentro do padrão atual.
    Alias, padrão foi o que o texto explica muito bem.

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    1. Grechejr,

      Li sua pergunta ontem "Agora, alguém me responda, sem crise, na boa, onde esta a mágica? O segredo? Esses cavalos são igual potência de som PMPO? Os antigos eram RMS? rsrsrs" e hoje voltando a tocar neste assunto. Há um fator importante de comparação entre os cavalos antigos e os atuais, os motores atuais possuem um controle de emissões de poluentes muito mais rigoroso e isso se resume (grosseiramente) a tolerâncias apertadas de pistão camisa e anéis visando melhorias na combustão. Por esse motivo hoje se buscam ligas e tratamentos térmicos que propiciam menor atrito entre os elementos móveis. Minha experiência prática, eu já tive oportunidade de dirigir motores Diesel da mesma cilindrada Euro I, Euro II, Euro III. Houve até um ganho de potência nestes motores mais modernos com adoção de injeção eletrônica (até Euro II era bomba mecânica) e maiores pressões de trabalho, mas o motor rápido, girador, bom de acelerar era o mais antigo, o Euro I, muitas vezes acompanhado de tuchos de fumaça na saída do escapamento. Outro dia alguém (Anônimo) comentou no post do Classe A "Esses motores da MB são endiabrados mesmo. Com 156 cv fazer 0-100 em 8,3 s é de tirar o chapéu". Resumindo a idéia, não basta ser potente, precisa ser potente, disponibilizar esta potência nos baixos rpm (mais fácil com turbo nas atuais restrições de emissões) e subir de giro rápido, isso sim traduz em motor de alto desempenho. Já o veículo precisa "passar" esta potência para o chão, aí entram os pneus, os conceitos de suspensão, distribuição de massa nos eixos, e tipo de tração.

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  14. De fato, nao existe mais carro ruim, carro com algum problema cronico de projeto ou construçao. Todos sao muito similares, com algumas caracteristicas um pouco melhores em um ou outro modelo.

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  15. Paulo Hizoniak20/06/2013, 14:34

    Pelo título do post esperava comparações do tipo Fiat Freemont x Dodge Journey, Suzuki Vitara x GM Tracker, etc.
    Aproveitando o cometário, como funcionam esses tipos de suspensão? Ouço falar muitas vezes sobre suspensão independente, McPherson, barra de torção, etc e fico totalmente perdido... Já há alguma matéria/artigo sobre o assunto?

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  16. Quanto à direção "comunicativa": sábias palavras.

    Algum dia, alguém, para enfeitar um texto sobre automóveis, usou essa expressão. Desse dia em diante parece que virou um padrão, com pessoas repetindo à exaustão, sem sequer ter idéia do que está falando.

    Tenho a mesma bronca da expressão "carro com alma". Para mim, é alguém que simplesmente não gostou do carro, mas não encontra nenhum argumento razoável para detoná-lo. Daí desata a dizer que o carro é "sem alma". Idem para um carro que se gostou muito, mas não tem nada de realmente elogiável. O carro pode ser uma porcaria, mas é "carro com alma", então automaticamente é bom.

    Completamente abominável e não agrega nada de útil ao leitor, muito pelo contrário, causa é desinformação e preconceitos bobos.

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    1. Perfeito, se fosse considerar o ódio de alguns ao corolla não teria feito um test drive e teria deixado de usufruir de um carro muito apreciável de dirigir.

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    2. Concordo 100%. Pra mim, direção "anestesiada" só se passaram xilocaína no volante, e carro "com sal" é carro do litoral nordestino.

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  17. Vale lembrar que no final dos anos 80 a ford trouxe para o brasil um sistema (um pouco arcaico até) de suspensão ativa no escort xr3. Nos anos 90 quem trouxe foi a citroen, com o xantia por exemplo. E depois esses sistemas viraram comuns em carros de luxo, mas só nos importados.

    Bob, tens maiores informações sobre outros carros que usavam sistemas de suspensão ativa no brasil ? Eu sei que no mondeo MK1 na europa era opcional um sistema bem sofisticado de suspensão ativa, isso em 1993 ou 1994 !

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    1. porcodio,

      os carros top de linha da Mercedes-Benz utilizam uma suspensão ativa chamada ABC (Active Body Control). que eu me lembre, disponível apenas para as classes S e CL.

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    2. interessante, bom saber

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  18. Concordo que o comportamento de todos os carros, com poucas exceções, está muito parecido e num nível muito bom. Dificilmente hoje alguém irá testar um carro que freia mal ou que seja verdadeiramente perigoso em curvas. Tanto é que as avaliações que lemos atualmente em jornais e revistas resumem-se a comparativo de equipamentos e qual carro tem a central multimídia com mais botões.

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  19. (Este comentário não precisa ser publicado)
    Gostaria de saber a opinião dos colunistas de AUTOentusiastas sobre as manifestações ocorrendo em quase todo o Brasil, dado que o início delas se deu por questões de mobilidade urbana e transporte público.
    Grato!

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    1. JT,
      Aqui é o Arnaldo Keller. Respondo por mim.
      É claro que apoio
      Imagino que só esses políticos canalhas é que são contra.
      Quanto aos vândalos, que só servem para atrapalhar o movimento, cadeia neles. A polícia está se mostrando muito incompetente por não tê-los prendido até agora. Só pegaram aquele bombadinho tonto ali.
      Fui 2a feira na concentração do Largo da Batata e filmei: http://www.youtube.com/watch?v=FakPpG2xhP0&list=LLCpjtmabvTnigJn9gOI7o7g&feature=mh_lolz

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    2. Excelente!
      Ainda é cedo para digerir o que está acontecendo no país, mas já está claro que um protesto focado no aumento da passagem de ônibus vazou para uma série de manifestações espontâneas, realmente populares, sem Fafá de Belém cantando hino nacional e sem líder sindical com pretensões eleitorais, bravatando num microfone.
      O fato a lamentar: na manifestação deste dia 20 de junho, já tem gente de camisa e bandeira vermelha misturada no povo, para tentar colher os louros da situação.
      Obrigado pelo link do vídeo: desde já um documento histórico.

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    3. O que interessa de fato, são as urnas. A média dos brasileiros é desonesta mesmo, bobiou, o jeitinho come solto. Com raras exceções - como aqueles médicos reclamando da falta material nos hospitais, por exemplo - o resto é das manifestações é de jovem oba-oba.

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    4. Antônio martins21/06/2013, 18:40

      Com medo de críticas dos próprios "manifestantes", toda a mídia mudou o discurso, tem medo de criticar. Estamos a três dias com todas as estradas e várias vias interditadas e todo mundo achando bonito...

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  20. Até onde sei, drift de verdade (DE VERDADE, DE HOMEM) não usa freio de mão, freio de mão é power slide (alias, nesse caso nem é necessario tração traseira). No drift se usa o freio de mão apenas se e somente se, para acertar um "drift errado".
    DRIFT DE VERDADE AQUI -> http://www.youtube.com/watch?v=7iDk3TEPgCA
    Perfeito, sem freio de mão... Talvez alguns até confundam com derrapagem controlada, mas note que o AE86 entra de lado em varias curvas, com um bom contra esterço. Não, não é somente uma derrapagem controlada.
    Alias, esse video só mostra o que o corolla já foi um dia (o AE86 é um corolla antigo), e hoje é esse carro de vovozão!!! Anestesiado, sem graça... Que não faz merito a suspensão doble wishbone encontrada no AE86, tração traseira e seu diferencial de deslizamento limitado. Fora uma R/L baixissima no seu motor 1.6 16V, um motor girador, sonoro e feliz...
    Ainda bem que ele tem um sucessor...
    http://www.youtube.com/watch?v=AJb52YYfy1A
    ...
    Quanto a direção eletrica, acelerador eletrico, e tudo mais eletrico... Anestesia sim, todo feedback que o carro pode passar pro piloto ajuda ele na pilotagem...
    Nada como uma linda throttle body, 2 polias regulaveis e um 4 em 1 bem feito pra fazer lagrimas escorrerem dos olhos com um sorriso de orelha a orelha...
    Pode ter certeza que é por isso que o "japoneis" tá sorrindo no video... hehehe

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    1. "suspensão doble wishbone encontrada no AE86"
      O AE86 usava configuração dianteira macpherson e traseira com eixo rigido e braços de controle longitudinais. Não tinha double wishbone.
      Estava para o Corolla normal da época como está o GT-86 para o Corolla atual.

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    2. É bom esclarecer que o AE86, embora sendo da "família" Corolla, era a versão esportiva e totalmente diferente do sedã popular. Só o fato de ter tração traseira, ao passo que no Corolla normal era dianteira, já demonstra uma grande diferença de conceito e finalidade. Então, não cabe dizer que este Corolla atual de vovozão já foi um dia o AE86. Este não teve sucessor, pelo menos não na família Corolla.

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    3. Então você está sabendo pouco, porque "power slide" como o próprio nome diz é "destracionamento" causado pelo excesso de potência aplicado, de maneira controlada ou não.... Os AE86, trueno ou levin, tinham duplo comando de válvulas (DOHC)e diferencial de deslizamento limitado, eram ESPORTIVOS e eram vendidos assim. Em comum com o corolla atual, só parte do nome... R/L baixíssima? qual o diametro do pistão e comprimento da biela do 4AG?

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  21. Interessante esse post, mas quanto ao sistema de direção eu concordo com a BMW, a assistência hidráulica transmite uma sensação mais real do comportamento do carro, o elétrico passa uma sensação virtual do que está ocorrendo.

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  22. Nunca entendi esse pedal de freio tipo "botão" do Citroën DS 19. Como assim? É um freio tipo liga/desliga? Como é que se modula o freio de acordo com as necessidades da situação em um freio como esse? Sempre tive essa curiosidade, mas nunca achei resposta para isso.

    H

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    1. Lembra do esquinchador de água do Fusca, que se operava com o pé? O princípio é o mesmo .

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    2. Muitos desavisados, inclusive, foram apresentados à sensibilidade do botão de freio do DS - perdão, da DS - ao apertá-lo como um pedal comum e meter a testa no para-brisa.

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    3. Acho que essa analogia do esguichador da água do fusca foi muito boa. Valeu pela informação Luiz. Agora dá pra entender como era muito sensível ao toque do freio como bem o Zamirolli descreveu.

      H

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  23. Concordo. Tudo muito parecido, as diferenças são mínimas.

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  24. Bob, mais uma vez quero registrar minha admiração em ver o trabalho desenvolvido neste blog. Parabéns pela sua dedicação e interesse em informar.

    A respeito do assunto, percebo o seguinte:

    A letargia identificada nos carros atuais é notada na tomada de curva, em que não se tem mais aquela sensação prazerosa em controlar o carro dosando a abertura do acelerador, mesmo nos carros de tração dianteira.

    O acelerador do meu carro é cabeado e onde moro diariamente trafego em uma serra (Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá). Procuro fazer as curvas sempre com motor cheio, mantendo o carro bem tracionado, apenas dosando a abertura da borboleta de aceleração, conforme a necessidade. Tenho sempre o carro na mão, controlando o rolling e aproveitando a disposição do trem de força, beliscando os limites de aderência dos pneus.

    Com o maldito acelerador eletrônico, a condução é anestesiada, o carro fica previsível. Num eventual substerço bastará aliviar o pedal e tangenciar. Daí o limite do carro sempre ficará aquém da intenção do motorista.

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    1. Como eu odeio o acelerador eletronico também... isso e a tendencia de todos os carros terem bancos altos, tenho sempre que jogar ao máximo para baixo e ainda assim parece que estou sentado em um tamburete!

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  25. Bob,

    para o motorista comum (como eu) carro ruim, hoje, é carro com motor fraco. O resto de fato está numa enorme tabula rasa.

    Abraço.

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  26. Claudio Fischgold20/06/2013, 16:01

    Bob,

    no livro do Bird Clemente, há um trecho em que o Chico Landi (se não me engano) comenta que o Bird está perdendo tempo por fazer as curvas totalmente atravessado, com o que o Bird não concordava. Mesmo considerando que os pneus naquela época eram muito mais estreitos, com que opinião você fica ?

    Abraços

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  27. Bom, para mim a carapuça entrou até as orelhas, pois falei pra caramba que o Corola é ruim de curva. Aí outros perguntam ruim como, em corrida? O carro não foi feito para isto! Certo! Não me refiro a corrida e sim estrada, cidade, subida e descida da Grajaú-Jacarepaguá,como o colega acima citou, a deliciosa subida do alto da Boa Vista, vindo da Tijuca ou da Barra, tanto faz, com aquelas curvas que os autoentusiastas adoram fazer, mesmo a baixas velocidades e responsavelmente dentro dos limites locais, inclusive. Subidas das serras de Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, Serra das Araras indo para São paulo. É disso que falo. Numa mesma curva, num mesmo dia, na mesma temperatura e pressão vc abusa um pouco com um Civic e não pode fazer o mesmo com um Corola. Ele balança, é instável, se comporta diferente. Muito diferente. E falamos dos mesmos carros em concepção, bem iguais como o Bob citou . Tração dianteira, quase mesmo peso e potência, etc. Já li textos de jornalistas que testaram estes carros no limite e não gostaram nem um pouco do Corola. Claro que ninguém aqui está falando de carro preparado,de corrida, etc. São os carros que dirigimos no dia a dia e que de vez em quando tentamos tirar deles uma emoçãozinha numa curvinha ou outra, que também somos filhos de Deus. Carro não serve só para levar multa e crianças na escola. Só isto. Mas falo do Corola, né? Vai ter gente a beça que não vai concordar e respeito a todos. Tudo bem. Sem problemas. Mas que é ruim de curva comparado a vários outros da mesma faixa isto é. Até minha mulher notou. Aliás foi a primeira a reclamar, pois o carro é dela.Cá prá nos: se até a mulher reclama, dá para ser um carro autoentusiasta neste quesito? Sds. MAC.

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    1. Confesso que nunca dirigi um Corolla, mas não sei se a raiz do problema é realmente ser ruim de curva ou não. Por exemplo, Opalas são péssimos pra fazer curvas, mas dá pra conviver com isso e se divertir um pouco...

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    2. Camarada, faça um teste drive num Sandero Stepway e você verá o Corola com outros olhos. A direção é comunicativa, pois dá pra sentir o peso das rodas a girar em falso em arrancadas mais vigorosas. Apontar e acelerar numa curva revisará seus limites de inclinação (sensação) da carroceria. Fora o câmbio que parece mais curto do que deveria. E como faz falta uma direção progressiva... mas tá me atendendo.

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    3. Rafael Ribeiro20/06/2013, 23:31

      Tive uma Toyota Fielder 2005 por mais de 3 anos, tendo rodado 80.000km nesse período. Moro na região serrana do RJ e realmente o comportamento em curvas era apenas aceitável, nada empolgante. Melhorou quando troquei o primeiro jogo de pneus por outra marca. Mas no geral, o carro é ótimo em sua proposta.

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    4. Anônimo 20/06 23:06,
      Não dá pra comparar o Stepway com qualquer sedan... Propostas, carrocerias, mecânicas diferentes... Suspensões MUITO diferentes... Tente comparar o Renault com outro carro com suspensões elevadas e com mecânica mais parecida que as diferenças não serão tão grandes...

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    5. É só pra sentir a diferença. Sei que estou comparando banana com maçã, mas como andei nos doís (e brinquei bem com ambos nos test drives), posso dizer que o Toyota é um carro dinâmicamente superior. Isso porque também tem o ASX da patroa pra servir de benchmark também.

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  28. Acho tanto o Corola como o Civic bons carros,mas medianos, em certas situações como uma depressão no meio de uma curva e o carro apoiado na suspensão ele vai apontar a traseira pra tudo o que é lado,quer ver um exemplo prático?Viaduto de acessó à Ilha do Governador, tem uma emenda criminosa de asfalto, canso de ver carros fazendo aquela curva de alta e quase perdendo o controle,é claro que a minha 300CE 91 com 9 graus de cáster,tração traseira e multilink nem toma conhecimento disso,uma boa BMW tb passa ali rápido sem sustos, aí é que vem a diferença de carro bem apoiado em qq circustancia, alemão sabe acertar chão e ainda arrancar conforto......

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    1. Mas aí já são carros de segmentos diferentes. Carro de segmento superior costuma continuar superior (aos de segmento inferior) em vários aspectos, por um bom tempo. Passe ali com um Lexus ES da mesma época, aí sim será comparação à altura.

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  29. Olá Bob, tudo bem? Meu comentário não tem muito a ver com o post presente, mas vou compartilhar uma dúvida e creio que não seja apenas minha mas de muitos autoentusiastas. O fato é que todos gostam de ver o carro limpo e o motor também, como vemos em carros muito bem tratados, onde a pintura do cofre do motor é tão bem tratada como a pintura no restante do carro, e não há sujeira nem corpos estranhos acumulados no motor, mangueiras e reservatórios. Mas deixar um motor sujo, abrir o capô apenas para verificar, trocar e completar fluídos ou para reparos, sem fazer qualquer tipo de limpeza é prejudicial? Pois, pelo que percebo, quanto mais se limpa, quanto mais se mexe e quanto mais se abre o capô, mais se quebra e mais se erra. Limpeza de motor é bom, mas ignorá-la é melhor? Existem carros de trabalho, frota e usados exclusivamente usados em estrada de chão que tem o funcionamento do motor impecável, mesmo muito rodados, e tem a limpeza de motor negligenciada, e isso mostra como ela é irrelevante não é? Afinal, mesmo os carros sendo incrivelmente iguais, o tratamento que as pessoas dão à eles varia completamente. Isso daria um post curto e útil, não acha? Pouparia muito pano e produto rsrsrsrs.

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    1. Sujeira demais no compartimento do motor (barro por exemplo), por trafegar por estradas não-pavimentadas, pode ser prejudicial. Mas a poeira do asfalto que forma aquela camadinha fina e fosca, acho até visualmente mais agradável que ver motor lavado brilhando, de exposição. Sinal de que está sendo bem desfrutado. Mesma coisa os pneus, acho um tanto ridículo carros em uso (não de exposição) com pneus caramelizados de pretinho.

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  30. Jamais lavo o motor. Quando muito, um pano embebido em solvente, querosene, gasolina etc. Mas não faço isso há anos.

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    1. Fora que os cofres de motor dos carros de hoje são tão "densamente povoados" que nem dá pra ver a pintura ali, mesmo! :D

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    2. A pergunta não foi dirigida para mim, mas apenas para constar, eu também jamais lavo motor de carro. Nem paninho eu passo.

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    3. Ás vezes dou uma soprada, com muito cuidado, até para retirar o pó das correias sem cobertura. Lavar nem pensar.

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  31. Anônimo 21/06/13 13:31 >>> Não acho que o barro comprometa em nada, afinal os equipamentos eletrônicos do motor são bem resistentes, praticamente blindados, e as partes móveis ou rotativas não se incomodam muito com barro, já que em sua maioria são correias e polias, invés de engrenagens e correntes, que sofrem muito quando há poeira ou barro. Creio que o problema majoritário seja em motos, com seus motores refrigerados a ar e cheios de aletas (que precisam estar limpas, ou pelo menos livre de barro, para dissipar mais calor) e a tríade corrente, coroa e pinhão completamente expostos. Há muito tempo, faço como o Bob: negligencio a limpeza do motor, mas a manutenção não. Ele segue firme e forte.

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  32. Já não acho que essa frase seja muito aplicada para todos os carros modernos, pois sabemos que com essa onda boba de carro "Cross" derivados de carros de rua adaptados para pseudo """off road(mas bem de levinho)""" teve um retrocesso tremendo por parte da dinâmica da suspensão, capacidade de fazer curvas e frear, pois aumentaram a altura do solo, a suspensão passou a ser mais macia e de curso maior, o uso ridículo e indiscriminado de pneus de uso misto mais para uso offroad e outras coisa mais sem sentido que na maioria dos casos quase nunca ou nunca serão utilizados em pratica, o que leva a aumentar o risco e a segurança dos carro muito mais que o normal, coisa de brasileiro besta.

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  33. Eu assisti a um video da Motortrend no qual é dito sobre o Skidpad do Corolla, Civic, Cruze, Focus (novo) e Jetta. O Corolla estava bem aquém da eficiência do Focus, o campeão da turma.

    Mas vamos lá: Ninguém diz que o Corolla é ruim de curva. Muitos motoristas comum apenas se sentem mais à vontade em um Civic e Cruze.

    É este o ponto.

    Forte abraço.

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  34. Percepção de que o carro seja ruim de curva, anestesiado ou instável é muito relativo! Eu achava que meu Galant era ruim de curva, pois ele tem mania de subesterçar em curvas de baixa, mas pensando bem é um carro comprido, tração dianteira com um motor V6 e um câmbio automático pesado na frente, ainda por cima tá com uns pneus chineses (Nexen), enfim tolo estava sendo eu por não saber entrar em curvas jogando peso na dianteira pra grudar a frente e fazê-la obedecer ao comando na direção, não tem como um carro baixo e largo por natureza ser ruim de curva! O meu parâmetro de bom comportamento é um Alfa 156 Sportwagon, e convenhamos, chega a ser heresia querer comparar algo com ela, que foi feita para dar prazer ao andar rápido! Agora que aprendi a entender meu carro faz sentido a direção lenta, a tendência de subesterço e outras coisas, é o que acharam de melhor compromisso pra manter segurança, esportividade e conforto! Como o Bob diz não existe carro ruim hoje em dia, acho que as diferenças são mais causadas pelo estilo de dirigir de cada um!

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  35. Olá, Bob.
    Agora que você já dirigiu ambos os veículos que citarei abaixo, acho que você poderá esclarecer uma dúvida minha:

    Fiquei muito desconfiado quando assisti ao teste feito pela revista Fullpower em Interlagos com o Fluence GT e o Corolla XRS (similar ao XEi) e o Fluence GT não foi capaz de fazer uma volta mais rápida que o Corolla. No vídeo, a possível justificativa dada é a constante interferência do controle de estabilidade do Fluence, mas na teoria, o Fluence tem tudo para ser mais veloz no circuito, pois há muito mais potência e torque em um carro de peso pouca coisa maior e além disso há o câmbio manual de 6 marchas contra um automático epicíclico de 4 marchas e conversor de torque.

    Você poderia fazer alguns comentários a respeito? Seguem os links abaixo:


    http://www.youtube.com/watch?v=ZDVMcGi_slU

    http://www.youtube.com/watch?v=cmedm0RGebQ


    Grato,
    Avatar.

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  36. O que me incomoda muito no Corolla é o balançar dele na curva...talvez por estar acostumado com a posição de dirigir bem baixa do Fiesta MK4... essa sensação me causa bastante insegurança, o que me fazer ir mais devagar em trechos de curva onde no Fiesta eu afundo o pé.

    LM

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  37. Srs, ainda existem alguns carros ruins sim.... o Tata não é um carro bom, aquelas CHANA e outros também são uma porcaria....... no geral, a maioria é aceitável, mas temos ainda uns melhores que outros, fato..... carro é uma coisa muito pessoal, tem gente que prefere mais silêncio, têm gente que prefere suspensão mais dura, têm gente que prefere maior suavidade ao rodar....

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  38. Anônimo21/06/13 09:38, tb tenho uma 190E 1985,que seria um carro da mesma classe ,só é bem antigo,mas a suspensão traseira é tão boa e eficiente que é usada em toda a linha MB até hoje (lançada em 1983,foi a primeira MB com multilink),tb se comporta exemplarmente , não é categoria de carro que influencia no undercar,o Focus é um exemplo, tb tem uma suspensão traseira irretocável e o carro tem um chão exemplar...

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  39. Bob,

    pena que cambagem é algo praticamente impossivel de ajuste em carro moderno atual. Oficinas forçam a suspensao e o monobloco para levar a cambagem no lugar, o que considero uma afronta à tecnica. Eu ajustei a cambagem da minha BMW 325i com arruelas entre a ponta de eixo e a estrutura do amoretecedor dianteiro (leitores, acreditem, é isso ai... facil, barato e eficiente, infelizmente nao se aplica a qualquer carro, pesquisem sobre o assunto por "E36 camber washer"). Rodo com 1.5 grau negativo na dianteira, e 1.9 na traseira (no limite superior do padrao de fabrica). O carro ficou absolutamente grudado no chao, notavelmente com mais aderencia do que antes. Ficou meio grau fora da especificacao de fabrica na dianteira, talvez vá desgastar pneu, estou pagando pra ver, e me divertindo muito com isso!!!

    abracos,
    RT

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