Primeiro XK120 do Clark Gable, um de 1949, todo em alumínio. Mesma cor do meu 1952 |
E assim, seguindo sobre minhas aventuras juvenis com o
Jaguar XK120 iniciada no post anterior,
naquela manhã de 1972 me mandei com meu XK da oficina do japonês e toquei para
casa, ainda não acreditando que tinha um carro. E que carro!
Porém, antes, se o caro leitor permitir, creio que seria bom contar um pouco da história do XK, já que certas personagens merecem apresentação. Serei breve, mas antes do antes, já que estamos aqui para contar histórias, e falando sobre quem merece as devidas apresentações, me recordei de uma tarde de quarta-feira em que o Luiz Pereira Bueno e eu fomos a Interlagos para guiar um BMW Glas e um Porsche 356 para uma matéria de uma revista.
O Roberto Manzini, dono de uma ótima escola de pilotagem, nos cedera a pista em seu horário de aulas práticas para que pudéssemos guiar os carros e tirar umas fotos. Bom, quando o Luizinho e eu chegamos ao box em que estavam os alunos, o Roberto parou tudo e correu para abraçar seu ídolo. Virou-se e, com aquela pinta e vozeirão de gladiador romano, fez a devida apresentação do Luiz à moçada. Disse que aquele sujeito ali – que aos olhos dos alunos não passava de um coroa baixinho, barrigudinho e um tanto calvo – era o melhor piloto brasileiro de todos os tempos, que era o único a quem pedira autógrafo, e passou a contar alguns dos feitos do modesto e calado Luizinho.
O Roberto estava mesmo feliz e emocionado. Pediu ao Luizinho a honra dele pilotar um de seus Clios preparados e que o levasse junto de carona. O Luizinho, na boa, claro, tudo bem, será um prazer. E lá foram os dois para umas três ou quatro voltas. Na primeira, como era de praxe do Luizinho, foi maneiro, saiu devagar e tranqüilo para se inteirar do carro e da pista, pois até então ele não havia pilotado no traçado novo, esse traçado mutilado aí. Mas já na segunda volta passou azulando pela Reta dos Boxes e foi frear lá no gargalo.
E assim foi, como sempre, no maior cacete e na maior lisura, tocada de um mestre de provas de longa duração, traçado exato e perfeito, tirando tudo e sem maltratar um nadicas a máquina.
Bom, ao voltarem para o box o Roberto desceu com cara de tonto, olhos vermelhos de quem chorou diante da arte, e de sua voz só saiu um chiado dizendo acho que "Aula... aula!", ou seja, que em poucos minutos assistira sua maior aula sobre a essência da arte da pilotagem. Os alunos ficaram pasmados de verem daquele jeito mole o professor durão. Ali ficou evidente que, quem sabe de verdade sabe que não sabe tudo e sempre está pronto a aprender.
E eu, que não sou tonto, intimei o Roberto, "Bicho! Agora é a minha vez de andar com o cara!". O Roberto quis falar, mas a voz de novo não saiu. Saiu só um pio de "Vai.., vai". E fui!, mas essa, sobre esse privilégio, depois eu conto noutro post. O que posso adiantar é que saí do carro do mesmo jeito que o Roberto.
Voltemos ao XK120 e vamos, portanto, apresentá-lo melhor, já que ele é outro que merece.
Segundo XK120 do Gable. Note rodas raiadas de cubo rápido e volante preto |
Seu célebre motor de seis cilindros foi projetado debaixo
de bombardeios alemães. Sir William Lyons, apesar de ter toda a produção da Jaguar
voltada à produção de guerra, já antevia que um dia viria a bonança e tratou de
colocar os engenheiros a fazerem horas-extras projetando os carros que viriam
no pós-guerra. Projetaram o motor com a tecnologia de ponta do momento, um seis
em linha de 3,4 litros, duplo comando de válvulas, dupla carburação, e cabeçote
de alumínio com câmaras de combustão hemisféricas. Potência bruta: 160 cv.
Acabou a guerra e em breve haveria o Salão de Earl’s Court de 1948, em
Londres, e a Jaguar ainda não teria seu sedã pronto para o importante evento,
sedã esse que era o carro para o qual esse motor estava destinado.
E aí veio a luz. Sir Lyons e sua equipe em curto espaço de tempo projetaram e construíram um roadster – um carro simples, espartano, sem janelas corrediças e etcéteras – só para que “embalasse” aquele motor e assim tivessem algo a mostrar no Salão. Ao roadster deram o nome XK120. O 120 em vista de sua velocidade máxima garantida, 120 milhas por hora (mph), tal como anteriormente à guerra garantiam 100 mph para o roadster SS100 ('SS' de Swallows Sidecars Ltd, o nome anterior da Jaguar). Uma observação: como a sigla SS ficara “politicamente incorreta” diante da terrível SS (Schulzstäffel, tropa de segurança) alemã, tratou de trocá-la pela XK, sendo o “X” comum a projetos ainda experimentais.
E o XK120 era para ser experimental mesmo, tanto que nem tinham ferramental para a fabricação de suas chapas de aço, já que esperavam que vendesse poucas unidades e logo parassem sua produção, uma série limitada. As primeiras carrocerias, em vista da fabricação temporária, foram fabricados de alumínio sobre estrutura de madeira e era tudo feito à mão.
E aí veio a luz. Sir Lyons e sua equipe em curto espaço de tempo projetaram e construíram um roadster – um carro simples, espartano, sem janelas corrediças e etcéteras – só para que “embalasse” aquele motor e assim tivessem algo a mostrar no Salão. Ao roadster deram o nome XK120. O 120 em vista de sua velocidade máxima garantida, 120 milhas por hora (mph), tal como anteriormente à guerra garantiam 100 mph para o roadster SS100 ('SS' de Swallows Sidecars Ltd, o nome anterior da Jaguar). Uma observação: como a sigla SS ficara “politicamente incorreta” diante da terrível SS (Schulzstäffel, tropa de segurança) alemã, tratou de trocá-la pela XK, sendo o “X” comum a projetos ainda experimentais.
E o XK120 era para ser experimental mesmo, tanto que nem tinham ferramental para a fabricação de suas chapas de aço, já que esperavam que vendesse poucas unidades e logo parassem sua produção, uma série limitada. As primeiras carrocerias, em vista da fabricação temporária, foram fabricados de alumínio sobre estrutura de madeira e era tudo feito à mão.
O galho é que o XK120 fez um tremendo sucesso nesse Salão, choveu uma barbaridade de encomendas do mundo inteiro e o jeito de atendê-las foi tratar de montar o ferramental para a feitura de chapas de aço. Acabaram por fabricar 250 unidades em alumínio, sendo que uma delas, o vermelho das fotos, guiei há poucos anos e sobre isso conto no final. Uma dessas encomendas foi do Clark Gable, O Rei de Hollywood, o galã de..."E o Vento Levou", autoentusiasta fã da marca e já dono de alguns desses felinos.
Mesmo carro da foto de abertura |
O Gable, ao ver
fotos e especificações do carro, ficou maluco e pressionou o representante na
Califórnia para que o primeiro XK a desembarcar na costa oeste fosse dele. E
foi, claro que foi. E com ele o Gable foi para um lago seco da Califórnia para
ver se chegava às 132 mph (212 km/h) que o carro atingira na Bélgica.
Chegou a 124 mph, ou seja, 200 km/h, portanto, acima das 120 mph que Sir Lyons
garantia.
Mas o XK120 deu mesmo as tais 132 mph na Bélgica, só
que sem o pára-brisa, e sobre essa e outras histórias, já que estou falante,
sigo contando no meu post seguinte. OK?
Reportagem que o Gable escreveu para a Road & Track |
AK
Arnaldo, fiquei com o mesmo sentimento da série Dexter: aguardando ansiosamente pela terceira parte deste post!!
ResponderExcluirDe toda a imponência do carro, vou fazer apenas uma pergunta.
ResponderExcluirPorque não existem mais carros com volantes na cor branca?
Até poderia ser mais uma mania do nosso povo, mas percebo que isso ocorre no mundo todo.
Assim como também não vejo mais nas cores vinho, azul, bege e marrom.
Célio,
ExcluirO volante branco mais acessível no momento, salvo engano, pertence ao Fiat 500:
http://autoblog.com.ar/wp-content/uploads/2011/12/critica5008-600x450.jpg
Mas se for para chutar, diria que diferentemente das resinas de antigamente, impermeáveis, os materiais espumados modernos sofrem muito mais com a sujeira, encardindo facilmente. Até couro claro, se não limpo com periodicidade, fica com um aspecto de sujeira bem evidente.
É mesmo. Eu tinha esquecido o Fiat 500.
ExcluirAté lembro que quando vi o primeiro carrinho nessa configuração, a paixão pelo foi instantânea.
Quanto aos materiais, pelo menos no momento, não consigo lembrar-me nada macio.
Leia-se: "A paixão pelo carrinho"
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirCompra um fusca anos 60 que o volante branco está lá...
ExcluirE os pneus com faixa branca? Podiam voltar.
ExcluirE os pneus com faixa branca? Podiam voltar.
ExcluirQue solavanco, Arnaldo. Logo quando pensei que você iria destrinchar todas as idiossincrasias do felino o post encerrou.
ResponderExcluirIsso é maldade, agora vai dar é coceira esperando o próximo capítulo.
Eu prefiro assim, hehehe...
ExcluirNada como uma boa expectativa.
Também acho. É tipo de mulher que não tira a roupa de tudo de uma vez. Vai tirando aos pouquinhos e vai atiçando...muito melhor!!!
ExcluirNo aguardo do próximo post!
ResponderExcluirAK seu estripador, agora quer fazer tudo em partes, para nos torturar?
ResponderExcluirComo curiosidade esse mesmo Sir Lyons foi um dos responsáveis pelo motor do melhor caça da II Guerra o famoso Supermarine Spitfire, que garantiu à Grã-Bretanha a vitória da batalha do mesmo nome em 1940, eliminando a Luftwaffe dos ceus do Canal da Mancha e da Inglaterra.
ResponderExcluirAbraço
Militar Anônimo
O desenvolvimento do famoso Merlin V12 foi todo realizado pela Rolls Royce a partir de 1935,durou até 1948 e não existe nenhuma referência à participação de Sir William nesse processo-afinal,nem ao menos engenheiro ele era...
ExcluirDurante a guerra,a SS-Jaguar dedicou-se à produção de componentes para equipamentos militares.E,nas horas vagas,desenvolveu o motorzão XK para os Jaguares do futuro, q.já existiam na sua cabeça
O seu grande talento,alem de 'estilista intuitivo' era a capacidade de reunir em torno de si e manter motivada uma equipe dos melhores especialistas do ramo automobilístico-desde q. fizessem as coisas como ele achava q. deviam ser...
Pois é, Gaboola, o que sei bate com o que vc falou, o motor do Spitfire era da Rolls-Royce.
ExcluirDo Gable e do AK eram de alumínio?
ResponderExcluirO primeiro do Gable, um 1949, era de alumínio. Já o meu, 1952, era de aço e só portas, capô do motor e tampa do porta-malas de alumínio.
ExcluirSr.Arnaldo, já que seus ultimos post foram sôbre carros e motos inglêses, sugiro, se já não foi feito a história do Morris Mini Cooper e de Sir Alec Issigonis, eu estou comprando para restauro um Mini Cooper de 1962, peso 595 Kg. e motor com 35 H.P.
ResponderExcluirAbraço
Militar Anônimo
Militar Anônimo,
ExcluirJá houveram alguns posts sobre o Mini aqui:
http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2009/08/nini-cinquentao.html
http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2011/03/mini-vs-imp-o-futuro-em-jogo.html
Este outro cita o Giacosa:
http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2010/11/10-grandes-pequenos-fiat.html
Para fazer pesquisas aqui no blog, use a ferramenta de busca. Fica na barra à direita da página, logo abaixo do cabeçalho, acima dos links.
Abraço!
Sobre o Luiz Pereira Bueno toda informação é pouco. Vc recomenda algum livro sobre ele?
ResponderExcluirMcQueen
Sensacional essa tua série, Arnaldo!!! Ansioso pelos próximos capítulos.
ExcluirE tbm sobre a experiencia com o grande Peroba.
ExcluirE sobre tua experiencia com o grande Peroba.
ExcluirMacQueen:
ExcluirAqui vc encontra o história do Peroba, fotos, causos e muito mais.
http://www.nobresdogrid.com.br/
e este aqui:
http://blogdojovino.blogspot.com.br/2012/08/historia-do-automobilismo-brasileiro.html
Falou do Luizinho, mexeu comigo. Que privilégio eu tive em poder conviver com um cara doce, meio caladão, e que contava suas aventuras, de um jeito tão simples que transformava a pilotagem numa coisa mais fácil que fritar um ovo. Em minha opinião (compartilhada por muitos, diga-se) o MELHOR piloto que o Brasil produziu. E que guardou para si um recorde que jamais será batido. O mais veloz no anel externo do Templo .
Que sorte a sua Arnaldo. Tô mordendo os cotovelos de inveja (os dois) rsrsrsrs
Diz a história que em 1959, quando Sir Issigonis lançou o Mini com motor transversal e tração dianteira o Giacossa da Fiat ficou louco da vida pois em 1947 ele tinha proposto à FIAT lançar um carro exatamente com essas especificações, que foi negado pelo presidente da companhia.
ResponderExcluirMilitar Anônimo
Infelizamente ñ presencei a tocado do Bota Peroba (Bota com maúsculo mesmo), mas muito li e por anos a foto na tela do meu PC era o Kra corrigindo uma berlineta, Fantástico.
ResponderExcluirTazio Nuvolari
Naquela época não era para qualquer um andar forte nas competições. Fazer power slides horas a fio, curva após curva, com maestria, precisão, indo além dos limites do carro, sem maltratar a máquina, simplesmente fascinante!
ExcluirO Arnaldo já escreveu sobre essa volta com o Luiz; garanto a todos que vale a pena esperar o relato: é sensacional!
ResponderExcluirTêm uma história também que na época do lançamento, a Jaguar não se fiava muito na habilidade dos testadores da imprensa, e estes - sabidamente - alegaram que um jornalista especializado sempre seria melhor e mais seguro do que o público padrão dos Jags...
MFF
AKeller
ResponderExcluirMeu velho.. seus posts estao mais esperados que capitulo de novela da Globo!
Vai bater 100pontos no IBOPE
Jorjao
Imperdível essa parte com o Luis Peroba. Voce deve ter muitos "causos" legais contar.
ResponderExcluirAchei incrível o texto do Glark Gable para a Road and Track ....
Texto de quem respira automóvel , entusiasta mesmo! Nao tinha ideia que ele gostava e entendia tanto de carro assim.
Fico imaginando o contexto em que esse carro estava inserido ... o que nao representava um XK-120 em 1950 nos Eua ou em qualquer lugar.
Na America nao havia ainda o Corvette... Deveriam ter poucas Alfas ou Maseratis, por la, capazes de andar com esse Jaguar. A Ferrari estava começando bem como a Porsche com seu 356.
Enfim acho que o XK-120 era o Rei das Estradas. Bela escolha , o Glark Gable sabia das coisas...
É isso mesmo.O Gable era um auto entusiasta de primeira linha,a julgar pela máquinas que pingaram óleo no piso da sua garagem.Só pra ilustrar,dos DOIS Duesenberg SSJ jamais construidos,um era o dêle.O outro,possivelmente era do Gary Cooper,mas ele era bração...hehehe
ExcluirGaboola, o outro Dusy era do Cooper, sim. Se o cara era bração ou não, tanto faz, porque o papo que rolava, segundo o livro de memórias escrito pelo David Niven, Cavalos de Raça e Mulheres de Classe, sobre a era de ouro de Hollywood, é que as mulheres que dormiram com ele diziam que a mulher que não tivesse passado uma noite com esse cara não sabia o que era bom.
ExcluirO papo era esse. Sorte dele.
To prevendo que as histórias do Arnaldo vai ter trechos vazados saindo ao estilo do que acontecerá nos futuros capítulos das novelas em revistas de fofocas. A expectativa tá muito grande! Deixei até de ler outros posts do AE para dar atenção a este.
ResponderExcluirAK, seu post anterior me deixou com uma pontinha de inveja. Só me fez lembrar de uma situação que vivi ontem. Vi uma bmw e36 328i azul. Linda. Ela estava lá tomando banho. E toda provocativa com seu capô aberto mostrando o incrível seis em linha. Talvez para se refrescar. Na hora me bateu uma vontade de chamá-la para passear. E se o passeio e minha lábia a agradassem (e vice-versa), eu criaria coragem e partiria para uma proposta bem indecente: se ela gostaria de ficar comigo. É, a Sua história e a do XK só deu asas a minha imaginação! Rsrsrs. Abs.
KzR
AK.
ResponderExcluirO seu XK era com rodas raiadas de cubo rápido ou com rodas de aço como o da primeira foto (para mim muito mais interessantes)? E ele tinha aquela cobertura na roda traseira?
CSS
ExcluirRodas de aço e calotas, iguais às da primeira foto. Não tinha as saias cobrindo a rodas, não. Não sei se teve e sumiram antes de eu o comprar. Volante e assento pretos e um só retrovisor, um só, convexo, em cima do para-lama esquerdo, lá na frente, sobre a roda.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOs projetistas da Jaguar foram visionários quando idealizaram o motor de 6 cilindros ainda durante a Segunda Guerra. A MG parou totalmente a sua produção de veículos e se voltou para o esforço militar, tanto que depois da Guerra teve mais dificuldades de se reerguer, tendo que resgatar um antigo projeto dos anos 30, o MG TB, dando um tapa na sua configuração e lhe dando o nome de MG TC. Por isso, nos anos 50 a MG já fazia carros de linhas nostálgicas... eles só acordaram para o pós-Guerra quando lançaram o MG A.
ResponderExcluirO prazer de dirigir um roadster como o XK 120 reside na integração do fator humano com a máquina, já que o piloto foi considerado na distribuição de peso entre os eixos: o carro precisa do motorista e da passageira sentados sobre o eixo traseiro para chegar ao equilíbrio ideal.
O XK não é carro para andar em linha reta, apesar de seus recordes serem atingidos assim. Um conversível como este foi feito para guiar em estradas sinuosas, pedindo a constante troca de marchas para manter a velocidade média. Melhor do que aprender a pilotar em Interlagos a bordo de um Clio, deve ser curtir o XK subindo a serrinha até Joanópolis... Se alguém quiser me emprestar um XK eu prometo que tomo conta do carro direitinho!
(AK: obrigado pelo comentário positivo sobre o livro do MP - as pessoas aos poucos estão descobrindo ele e creio que em 2013 teremos uma boa plataforma de distribuição)
Jean
ExcluirUm livro como o seu, sobre a história do MP Lafer, era algo que alguém tinha que fazer. Alguém tinha que apresentar o personagem, assim como cito no post acima. Ainda bem que foi vc a fazê-lo, assim a história do MP Lafer é contada como se deve contar.
Esse post me fez sorrir diversas vezes. Esperando ansiosamente os próximos posts!
ResponderExcluirNão vejo sentido num carro desse, o mercado não pede por ele, pede pela promoção das 60 prestações nos 1.0 com a Ivete cantando no comercial da novela. Isso sim é carro de entusiasta, pois me dá muito prazer (dinheiro). Um Jaguar desse aí, não vende, é barato, não é carro de entusiasta (do dinheiro)
ResponderExcluirBob Marlei (que também gosta de um cigarrinho)
Marlei,
Excluirpode se explicar melhor? Espere passar o efeito desse seu cigarrinho do capeta aí e tente ser mais claro, por favor.
Do Cigarrinho,
ExcluirOK, entendi seu ponto de vista. Agora entenda o meu, por favor. Não venha aqui perturbar o nosso bom humor com o seu mau humor, que isso aqui não é consultório psiquiátrico. Pesquise no Google em busca da sua turma e seja feliz, porque aqui vc tá queimado, já era. Suma!
Caramba... Esse cara nao desiste
ExcluirAcho que ele vai acabar se colocando numa situação bem complicada
Como sempre digo, com o perdão da palavra, mas... PQP! O Arnaldo escreve um tremendo de um texto desses e aparece um sem noção, azedo com a vida, para falar asneira?!
ExcluirO Gable além de gostar de carros esportes, foi piloto de B-17 na II Guerra Mundial, como se vê o homem tinha mil facetas.
ResponderExcluirMilitar Anônimo
AK, o Bird e o Marinho não eram do mesmo nível do Luizinho?
ResponderExcluirPS. meu amigão e mecânico, Sr. Edison (vulgo Foguinho)é cunhado do Roberto Manzini... mecânico dos bons, pena que anda meio esquecido
Abs,
Só pra desengasgar:bom piloto,mau piloto...Não é só posição no grid,volta mais rápida ou colocação no final.É o show como um todo e todos eles(da época) tinham o seu ato.Bird,Marinho,Carol,Christian,Marivaldo,Pace,Wilsinho e quantos outros tiveram seu destaque-mas,tanta garra com tanta finesse,só Luizinho.Me desculpe quem discordar.
ResponderExcluirEstou muito feliz com você este artigo
ResponderExcluirArnaldo: Doses homeopáticas com flashs brilhantes, tal qual um bom vinho...Não sei se anseio mais pela continuação da saga do XK ou da volta com o Luizinho...tocada com arte sempre foi a especialidade dêle. E olha que pilotando coisas em que o mais sofisticado da "máquina" na época eram os Pirelli cinturato! ( Embora êle já fizesse miséria na pista até com os "spalla di sicurezza" )
ResponderExcluirEu gostaria que o AE fosse um percentual maior de historias como a sua não desses carrinhos com motores de 999 CC ou dessas coisas asiáticas que está engolindo o mercado agora. Eu os comparo a uma lata de sardinha, as latas antigas e as atuais.
ResponderExcluirPossivelmente as latas de sardinhas atuais asiáticas deve ter airbag também.
iiiiii não fala mal de 1.0 que nao é entusiasta, pode dar censura
ExcluirNão sabia que o XK120 foi fruto de improviso, uma roupagem bacana para apresentar um brilhante motor. Fizeram um carro belíssimo, arrisco dizer que muito provavelmente teria ficado menos brilhante se houvesse mais tempo para aprimorar o projeto (apesar que depois veio o E-type, então talvez o XK120 ficasse ainda melhor...)
ResponderExcluirSó fico imaginando como será o relato da volta ao lado do Luiz Pereira Bueno!
conte mais sobre os classicos nas pistas! please...
ResponderExcluirArnaldo,
ResponderExcluirLamento te informar, mas o motor XK não foi inventado pela Jaguar que nunca tinha feito motor e começou fazendo Sidecars e depois o SS100 usando uma porcaria de um motor Standard Vanguard. O motor XK é bom porque a Jaguar copiou o motor inteiro da Alfa Romeo de seis cilindros, em suma cortou caminho e copiou o melhor da época, o motor Alfa era robusto, bem projetado e fácil de fazer para as condições da época, apenas o cabeçote era de alumínio. Imitação é a melhor forma de homenagem. O Lyons foi questionado e não respondeu nada, eles eram os vencedores da guerra e a Italia e a estatal Alfa não estavam em posição de fazer firula, tinham que ganhar a vida. Se reclamassem, a inglesada lhes tacava uma indenização da guerra como fizeram com a BMW ao tirarem o motor seis da 328 e o batizarem como Bristol, aos vencedores as batatas.