google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 CADILLAC V-16: QUASE UM ROLLS-ROYCE - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

CADILLAC V-16: QUASE UM ROLLS-ROYCE

No primeiro ano de produção, 1930

Algumas coisas acontecem na hora errada. O Cadillac com motor de dezesseis cilindros é uma dessas realizações magníficas que nasceram na época mais imprópria possível.

Em 4 de janeiro de 1930, dois meses depois da quebra da bolsa de valores de New York, foi apresentado no salão de automóveis dessa mesma cidade, um dos carros mais extremos já construídos naquela época.

O ocorrido em 29 de outubro de 1929 se propagaria e cresceria como a pior crise econômica pela qual os americanos já passaram, e teve consequências em quase todos os países do mundo. Assim, com o dinheiro desaparecendo para a maioria da população, os americanos viam um Cadillac série 90 com motor, dimensões e consumo gigantes chegar ao mercado americano. Bebia bastante, mal passava de 2 km/l.

Começou a ser vendido imediatamente após a apresentação, e a crise econômica, chamada de Great Depression (Grande Depressão), estava apenas no início. Tentando ser mais rápida que a crise, ou mesmo sem perceber qual a abrangência que ela poderia alcançar, a divisão Cadillac correu a fabricar a maioria dos 4.076 carros nesse primeiro ano, com produção e vendas caindo vertiginosamente já no segundo semestre.

O impacto da depressão econômica havia sido enorme. Pobres ficaram mais pobres, muitos ricos ficaram pobres e, como sempre, a classe média era a que mais representava a desgraça e que mais precisava alterar suas rotinas, sendo a principal vítima do desemprego, o que significava não poder pagar suas contas. A taxa dessa horrível realidade de não se poder trabalhar atingiu 25% da população, exatamente o que vive a Espanha hoje, em 2012.


Desempregados em busca de uma vaga de trabalho

A crise teve efeitos por cerca de doze anos, e só acabou mesmo com um aumento enorme da atividade industrial após o engajamento dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, oficialmente em 7 de dezembro de 1941, após o ataque japonês à base da marinha batizada de Pearl Harbor, no Havaí. Muitos afirmam que esse ataque era sabido de antemão pelos americanos, que deixaram que acontecesse para o país declarar guerra ao Japão e iniciar um processo de aceleração econômica através da produção de armamentos e salvar a economia. Capítulo grande dentro do assunto “teoria da conspiração”.

Boat tail Speedster de 1930

O V-16 desses primeiros anos de crise era um daqueles carros magníficos, mas que precisam de tarimba em carros dessa época para serem identificados rapidamente. Ainda no tempo dos pára-lamas separados da carroceria, estribos grandes, cofre de motor estreito, faróis destacados, estepe externo, características que quase todos os carros da época ostentavam, é uma prova que não é apenas hoje em dia que está cada vez mais fácil confundir marcas, resultando em um tédio estilístico para muita gente.

As diferenças entre carros de alto preço como o Sixteen (dezesseis) como era também conhecido e os outros estava além do óbvio tamanho do carro e a proporção do cofre do motor em relação à carroceria, na qualidade de construção, na fabricação de peças com materiais muito bons e montagem dos conjuntos feitas com atenção e sem pressa.


Dual Cowl Phaeton de 1931, conversível

Para que essas características fossem de verdadeiro padrão de alta qualidade, a partir de 1926, quando o projeto foi iniciado, Lawrence P. Fisher, o então gerente-geral da divisão Cadillac e o estilista Harley Earl visitaram os principais encarroçadores europeus em atividade para aprender como era feito com carros do padrão de Rolls-Royces e Bentleys, por exemplo. Mas, diferente de marcas da Europa e mesmo dos Estados Unidos, como a Duesenberg, a GM simplesmente comprou a Fleetwood Metal Body e a assumiu 100% da Fisher Body, já que possuía 60% da empresa desde 1919, mantendo essas operações de engenharia e arte de construir carrocerias e interiores de alto luxo dentro da empresa.

Larry Fisher era um dos sete irmãos da família que fundara a Fisher Body em 1908 e quando a GM a incorporou, negociou o posto de chefia da divisão de luxo da corporação, cargo que assumiu em 1925 apenas. Interessante notar que o emblema da empresa era montado na soleira de vários carros da GM, tendo desaparecido como divisão em 1984, com suas capacidades técnicas incorporadas à General Motors. Chegou a ter quarenta fábricas e empregar cem mil pessoas, algo estratosférico.



Os emblemas das empresas de carrocerias absorvidas pela General Motors
Para o V-16, um chassis rodante poderia ser vendido caso algum cliente assim desejasse, para ser encarroçado fora, mas não era incentivado a isso, e de fato, não ocorreu até onde se sabe. Mesmo porque os catálogos da Fleetwood e da Fisher mostravam a disponibilidade de cerca de setenta opções combinadas de tipos carrocerias e de componentes diferentes, como estribos, rodas e outros detalhes possíveis de serem produzidos. Exclusividade era a tônica para o cliente padrão desses carros que custavam fortunas.

O dezesseis-cilindros em V a 45°, com 7,4 litros ou 452 polegadas cúbicas, tinha taxa de compressão razoavelmente alta para a gasolina disponível, 5,11:1, desenvolvia 187 cv e torque ótimo, de 44,2 m·kgf. As válvulas de admissão e escapamento iam no cabeçote (OHV overhead valve) pela primeira vez em um Cadillac, marca pródiga em inovações técnicas, desde seu nascimento. Eram acionadas por tuchos hidráulicos, que permitem silêncio de operação, solução empregada quase que universalmente, ainda hoje. Tinha porém, apenas cinco mancais de virabrequim, o que tende a gerar vibrações pela deformação da maior e mais pesada peça móvel do motor.

Os dezesseis cilindros em ãngulo estreito, 45°


Foto do catálogo da fábrica, pedais e alavanca de câmbio no assoalho visíveis.

Para 1933 estava chegando um evento muito importante, e um trabalho que a Cadillac vinha fazendo já há tempos foi acelerado para aproveitar a ocasião. Uma nova carroceria estava para surgir, e nada melhor que o carro mais chamativo e caro da corporação para utilizá-la, causar impacto e entusiasmo numa época muito ruim.

Assim, a General Motors inovou e apresentou em 1933, o Cadillac Aerodynamic Coupe, na cidade de Chicago, que sediou a exposição Century of Progress World's Fair (Feira Mundial Século do Progresso).


O Aerodynamic Coupe de 1933

Esse carro foi o primeiro desse tipo a ser apresentado não exatamente  como seria  produzido. As diferenças do carro de produção que viria a seguir eram poucas, mas rigorosamente falando, não eram o mesmo carro. Eram conhecidos como dream-cars, ou carros de sonho. Hoje, seria um carro-conceito. Era mesmo uma era mais romântica que hoje. Há fontes que informam outro carro da GM, o Buick Y-Job como sendo o primeiro, mas este é de 1938, cinco anos mais tarde, portanto.

Chegou no mercado em 1934, apresentado primeiramente com a carroceria de duas portas e cinco lugares, com um estilo muito bonito e de formas limpas para aquela época. Era espetacular, exagerado e chocante, e mantinha o motor já famoso e aclamado, apesar de poucos o poderem experimentar.



O modelo 1934 de produção, cupê de 5 lugares

Claro que nunca se imaginou que fosse vender em grande quantidade. Com preço iniciando em cinco mil dólares e indo até os dezessete mil, era absurdamente caro, já que haviam outros modelos Cadillac a cerca de dois mil e quinhentos dólares, com motor V-8.

Nessa segunda fase, o número de opções era menor, mesmo assim, eram disponíveis dezoito diferentes tipos de configuração de carroceria, e foram produzidos um total de apenas 172 unidades em quatro anos, de 1934 a 1937.

Esse número de carrocerias é algo notável, e vale a pena listá-las:

Limusine 7 passageiros
Limusine 7 passageiros com teto de couro
Limusine 7 passageiros com teto alto (4 polegadas a mais)
Limusine 7 passageiros Landaulet (o recordista de preço)
Limusine 5 passageiros
Limusine 5 passageiros com teto de couro
Sedã conversivel
Sedã conversível com partição e vidro separador do banco traseiro
Cupê 2 passageiros
Club sedan
Sedan 7 passageiros
Sedan formal 7 passageiros
Town car 7 passageiros
Cupê aerodinâmico 5 lugares
Conversivel 2 passageiros
Conversivel 5 passageiros
Town Brougham 7 passageiros sem vidro no canto traseiro
Town Brougham 7 passageiros com vidro no canto traseiro

Como se vê, era um mundo muito diferente, onde se atendia muito mais desejos do cliente, mesmo em uma grande organização como a General Motors. Hoje, restam poucos fabricantes de veículos produzidos sob encomenda e algumas boas possibilidades de personalização em carros de linha de produção de baixas quantidades, como Rolls-Royces e Bentleys.

Algumas dessas variações tiveram apenas um exemplar produzido, como o Landaulet de 7 lugares, o mais caro de todos. Esse modelo único desapareceu, e faz salivar alguns colecionadores que, sem alarde, devem estar procurando-o constantemente. Sorte de quem achar.


O único exemplar da limousine Landaulet de sete lugares. Fotos desse modelo são pouquíssimas.
O câmbio era de três marchas com alavanca no assoalho, freios com assistência a vácuo, e no modelo duas portas, um dos mais leves, 2.400 kg de massa. Chegava a cerca de 3.000 kg nos modelos maiores de quatro portas. Legítimo American Iron !

São vários detalhes interessantes no desenho dessas verdadeiras obras de arte, tanto na primeira fase, de 1930 a 1934, quanto na final, de 1935 a 1940. Um ponto bastante claro que pode ser considerado copiado do Rolls-Royce é que ele também ostenta uma dama alada sobre o radiador, feita com o cuidado de ter a parte traseira e laterais da figura com a superfície fosca, para evitar reflexos muito fortes nos olhos do motorista. A parte frontal é lisa e cromada.

Parte do painel de um 1933

Um modelo de carroceria Fleetwood também de 1933
Os faróis, ao contrário da enorme maioria dos carros da época, tinham luz alta e baixa. Opcionalmente, eram do tipo que segue o alinhamento das rodas dianteiras, um dos primeiros a serem vistos à venda.  Apresentava muito luxo em qualquer tipo de carroceria, mostrando que a General Motors tinha o objetivo de fazer do carro um equivalente ao  Rolls-Royce. No interior, os bancos e portas eram revestidos com couro importado, assim como a madeira do painel de instrumentos. Tinha ainda para-choques flexíveis, atuando como molas antes de se deformar, e existe uma trava antifurto na alavanca de marchas.

Um Imperial de 1935

A atriz alemã Marlene Dietrich com um modelo de 1936


Para 1938 o carro passou a ter várias características similares ao V-12 da marca, como o entreeixos menor e muitas peças da carroceria comunizadas, e o motor mudou bastante, com nove mancais no virabrequim, diminuindo muito as vibrações, já que antes eram apenas cinco, ângulo entre bancadas crescera para 135°, havia dois carburadores, duas bombas de água, dois distribuidores e duas bombas de gasolina. A potência era a mesma do motor anterior. Era uma tentativa de fazer sobreviver um carro importante, quando uma situação econômica péssima dominava o cenário.


Interior com bancos em couro do modelo 1938 das fotos abaixo




O Formal Town Car com capota que lembra uma cartola. Roupa formal.
Não foram adiante de 1940, pois o prejuízo era palpável desde o lançamento, uma década antes. Foi demais para a GM, que, mesmo tendo o supra-sumo de sua gama de modelos chamando atenção para outros carros mais baratos, resolveu encerrar a produção.

JJ

34 comentários :

  1. Quando abri o AE pensei "hi que tema chato pro post de hoje". Ainda bem que li. Muito bom e interessante!

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  2. Anônimo,
    o AUTOentusiatas nunca é chato, já que sempre temos um ponto útil nos assuntos abordados. Pelo menos um.
    Obrigado.

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    1. Juvenal, eu estava elogiando o seu post, mas acho que vc não entendeu.
      E, desculpe, mas ocasionalmente o AE é muito chato sim. Principalmente quando não conseguem aceitar críticas.

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    2. Anônimo,
      eu entendi o elogio sim.
      Não costumo discutir críticas, elas existem, e blogs são uma porta aberta para todos escreverem o que pensam.
      Acho isso ótimo.
      Abraço.

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  3. Caro Sr JJ, saudações.

    Quais eram os dados de desempenho do veículo em questão?

    Atenciosamente,

    Mibson Lopes Fuly.

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    1. Mibson,
      esses dados são sempre genéricos em casos como desses carros, que tinham muitas carrocerias diferentes, por isso mesmo pesos muito diferentes e as opções como diferenciais com relações diversas influenciavam muito.
      Os mais rápidos e velozes iam a cerca de 160 km/h, acelerando a 100 km/h em 20 segundos.

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  4. Puxa, adorei o post de hoje, muito bom! Obrigado!!!

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  5. Mais um detalhe - na chamada Série 2 do Sixteen,o motor deixou de ser OHV,adotando valvulas laterais.Na verdade,era um projeto completamente novo e,para variar, extravagantemente caro

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  6. Luís Henrique14/06/2012, 13:42

    Fiquei me imaginando num 34 conversível de 2 lugares...
    Uma coisa que eu já pus a cachola para funcionar e não entendi é como funciona o balanceamento e ordem de ignição de motoeres v16 e 8 em linha. Se alguém puder me esclarecer, agradeço.

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    1. Luís Henrique,

      Para não complicar muito, vou só explicar um bocadinho do 8 em linha (L8), depois é relativamente fácil pensar no 16 em V. O L8 é um motor perfeitamente equilibrado (ao contrário do V8), tem todavia um virabrequim muito longo que é sujeito a torção (Alfa Romeo e Mercedes chegaram a "dividir o motor em dois de 4 cilindros" para tentar obstar ao problema) e por isso precisa de um amortecedor harmônico no extremo do virabrequim.

      Não existe uma só configuração para o L8, mas a mais fácil de imaginar é dois 4 cilindros em linha (L4) juntos a 90º um do outro.

      As ordens de ignição mais usuais são: 1-6-2-5-8-3-7-4; 1-3-6-8-4-2-7-5; 1-4-7-3-8-5-2-6; 1-3-2-5-8-6-7-4.

      Segue um vídeo exemplificativo, neste caso, se reparar, os pistões 3-4-5-6 formam um L4 e se vir os 1-2 e 7-8, abstraindo-se dos outros pistões, formam outro a 90º do anterior.
      http://www.youtube.com/watch?v=Oqod79xCkHQ

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    2. Luís Henrique15/06/2012, 02:22

      Obrigado FL, ajudou a esclarecer um pouco.

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    3. Luís Henrique,

      Ainda bem que consegui iluminar qualquer coisa. Se tiver curiosidade, existe um 8 cilindros ainda mais exótico, o motor Lancia v8 que parece um 8 em linha pois o ângulo entre bancadas é muito pequeno, nesse aí estou como você no L8, não entendo quase nada.

      Não sei se será do interesse dos restantes leitores, mas fica aqui o repto ao Autoentusiastas, abordarem motores exóticos do passado como o H16, o V16, o L8, os V da Lancia.

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    4. Esse 8 cilindros 'estreitinho' de q. V fala,pode ser a junção de dois VR4,conceito q. a Lancia usou desde os Lambda dos anos 20 até os Fulvia dos anos 70 e que a VW resgatou recentemente.Nessa arquitetura,não acontece o q.é comum nos motores em V aberto-bielas compartilhando o mesmo mancal na manivela do girabrequim,ou seja,cada biela tem o seu mancal próprio Agora,dos maravilhosos V6 e V8 da Lancia,nem me fale,,,

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  7. Juvenal Jorge,

    Muito interessante, só espero não ter que haver outra guerra mundial para salvar os países em depressão atualmente...

    Fiquei curioso com um detalhe, sabe dizer para que serve aquela grelha no assoalho do modelo de 1938?

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    1. É uma espécie de calefação. Dentro da grelha tem um radiador de ar quente.
      Também usado esse sistema no Mercedes 600 Pullman.

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    2. Nem precisa de uma nova guerra mundial, pois esse papo de Rio+20 sobre a enganabilidade, ops a sustentabilidade febril já vai fazer esse papel de alavanca de economias combalidas...

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  8. JJ, acho importante ressaltar que esses magníficos V16 tinham válvulas no cabeçote até 1937. A partir de 1938, passaram a ter válvulas no bloco, passando a ser, basicamente, a junção de 2 V8 padrão da marca. Há um Caddy V16 1939 rodando aqui em BH.

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    1. Dificil,essa de 'dois V8 padrão'-o ângulo das bancadas do Série 2 era de 135 graus.No Série 1,era de 45. Acho q. nunca houve um V8 americano com 'splay' diferente de 90 graus

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    2. Teve o V8 com inclinação de 60º do Taurus SHO 1996-1999, projetado pela Yamaha (então não é americano)

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    3. João Gabriel16/06/2012, 01:29

      Sou de BH também Luís Augusto e assíduo frequentador de encontros de carros antigos...Nunca vi esse Caddy rodando por aqui...Onde você viu ele?!

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    4. Queimei a lingua...

      Houve,na década de 20,o Lincoln Flathead V8 a 60 graus,o primeiro motor para o primeiro carro da marca.A Lincoln foi fundada por Henry Leland,que deixou a GM para produzir,em fabrica própria, os motores aeronauticos Liberty(V12 OHC a 60 graus,moderníssimos para a época))
      Depois da I Guerra,converteu a fabrica para produção de carros de prestígio.Com certeza aproveitou parte do maquinário de usinagem dos V12 para os blocos V8. Anos depois a Ford adquiriu a marca e usou o mesmo desenho basico para os motores Lincoln V12
      Quanto aos Taurus SHO V8,foi um desenvolvimento a seis mãos(bloco por Cosworth,cabeçotes por Yamaha,construção por Ford).O projeto foi adotado tambem pela Volvo,com desenvolvimento próprio

      Desculpe a vergonha q passei,,,

      Abs

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    5. João Gabriel, de vez em quando ele aparecia no Alphaville. E, se vc tiver sorte, pode vê-lo rodando perto do Minas II.
      É esse aqui:
      http://www.antigomoveis.blogspot.com.br/2009/03/cadillac-conservador.html

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  9. O Segundo V16 era completamente diferente do primeiro, inclusive deslocava apenas 417 polegadas. Vi um motor destes completamente desmontado no Rio de Janeiro, onde ele está até hoje, não lembro de eram 5 ou 9 mancais, mas eram 2 distribuidores no motor.

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    1. Alexandre,
      exato, bem diferentes, uma redução de custo na verdade, usando componentes comuns com os V-8.
      Eram 9 mancais nesse de 417 polegadas cúbicas.

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  10. Que maravilha aquele modelo da primeira foto, pela cortina do cenário me parece ser de um site americano que vende esse tipo de veículo, do qual não me lembro o nome. E os motores V16 sempre me lembram o Cizeta Moroder.

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  11. Rafael Ribeiro14/06/2012, 18:15

    Faz tempo que não leio sobre os famosos V16, verdadeiras obras de arte, do tempo em que as grandes ainda ousavam. Imagine o que a GM de hoje faz de empolgante? Muito pouco...

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  12. Incrivelmente faz todo sentido do mundo, um motor com vários cilindros, feito para gerar grande potência sem muita vibração, colocado num carro realmente enorme, como só na década de 30 conseguia-se fazer...
    Quanto à teoria da consporação, não creio que os EUA esperassem um ataque japonês. A inteligência daquele tempo era focada na europa, e o interesse do Grande Irmão do Norte era manter a América submissa aos seus interesses, sem a pretensão de ser a "polícia do mundo" que ele tornou-se depois. Por tudo isso não seria de se estranhar se nos anos 30 o exército americano considerasse o Japão apenas como um país estranho onde as paredes eram feitas de papel ao invés da potência que há mais de 20 anos já tinha feito o exército russo recuar e admitir derrota (coisa que nem Napoleão nem Hitler, e nem mesmo os próprios americanos conseguiram...)

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  13. Também não acredito nessa tal de "teoria da conspiração". Pelo menos nesse caso.
    Quanto ao carro, eu o achei muito exagerado e beberrão.

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  14. Esse era um carro para milionários, num tempo de pobreza extrema e em uma cultura que valorizava a frugalidade ao invés da ostentação cultuada hoje, não "pegava bem". Quanto ao consumo, o preço da gasolina naquela época é uma fração do preço da gasolina hoje, ninguém dava a mínima para isso.

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  15. Agora sabemos de onde vem todo o luxo e conforto dos chevrolets (ate a deca de 1990)....

    Chevrolet.... pq vc nos abandonou???????????????????

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  16. Existem três no Brasil: um formal sedan 1931 no museu de orlândia, um coupe dois lugares com um colecionador de BH famoso...e um Town Car 1939 na mão do Juca Murucy, o inoxidável e mítico usuário de Cadillac dos anos 30 que mora no Rio, dono do motor que Mr. V8 viu as partes íntimas...
    JJ, aqui vão umas loas a Owen Nacker, o projetista que depois fez o melhor V16 , o Marmon. Há inclusive um vídeo no Blog Mahar Press sobre um roadster Ford 34 que foi alongado no capô - ficou lindo - e recebeu um motor Marmon desses bem atualizado tecnicamente, mas de modo respeitoso e discreto. Sete litros e 400 CV...

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    1. Mahar,
      suas informações sempre somam muito. Valeu !

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  17. O V16 de 38-40 deslocava 431,8 polegadas cúbicas (7070 cc) com diâmetro e curso de 3 1/4 X 3 1/4 polegadas (82,55 X 82,55 mm). O modelo apresentado como Landaulet é um Town Car de 1936 (que os franceses chamam de Coupé de Ville). Um Landaulet caracteriza-se pela tolda rebatível na parte distal (usados principalmente para desfile de dignatários). Não vou comentar os temas políticos e econômicos porque o assunto seria muito extenso. AGB

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