google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 PEÇAS GENUÍNAS - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

PEÇAS GENUÍNAS


Antes de entrar no assunto, considero esse logotipo das Peças Originais Fiat o melhor da indústria de todos os tempos. Pena que não exista mais devido à mudança de logotipo da marca ocorrida em 2005, se não engano, depois que terminou a associação com a General Motors. Se o leitor notar bem, os "A" representam uma parte qualquer do automóvel. Um deles, o de fundo claro, é a peça cansada, enquando o de fundo vermelho é a peça de reposição, nova, que aparece entrando no lugar da velha. Perfeito! Mas vamos ao quero dizer neste post.

Como muitos leitores já sabem, fui concessionário Vemag e depois Volkswagen, num total de 11 anos. Baseado primeiro na intuição quando adolescente, depois na lógica e finalmente na experiência pessoal, um dos pontos de honra na concessionária era aplicar nos carros dos clientes exclusivamente peças originais fornecidas pelo fabricante do veículo, primeiro Vemag e depois Volkswagen.

Havia apenas uma exceção, uma peça que não era original: o primeiro  e principal elemento do escapamento do DKW,  produzido pela Wallig, no Rio Grande do Sul, sob licença da alemã Eberspächer,  empresa fundada em 1865 por Jakob Eberspächer para fazer jateamento de peças e que em 1931 começou a produzir silenciadores para automóveis..Fornece sistemas de escapamento para a indústria automobilística mundial até hoje. A Porsche, por exemplo, é uma dos clientes da Eberspächer.

O motivo de oferecermos o escapamento Wallig era o aumento sensível de potência do motor do DKW em comparação com o escapamento original (que também tínhamos sempre em estoque). O escapamento Wallig foi produzido para ser equipamento normal de produção, a empresa gaúcha obteve a licença para fabricá-lo, mas não houve acordo com a Vemag quanto a preço. Inclusive, eu soube na época em que trabalhei lá que esta não cumpriu o compromisso de comprar da Wallig, apesar de ter feito gestões junto à Eberspächer para produção no Brasil pela Wallig. Esta, para amortizar o investimento em ferramentas de produção, não teve escolha senão oferecer a peça ao mercado paralelo. A Wallig, cujo negócio principal era fabricação de fogões, faliu em 1981.

Esse primeiro elemento do sistema de escapameno do DKW era uma peça de grandes dimensões, ia do motor até o meio do carro, aproximadamente. Era um item de extrema importância pelo fato do motor ser de dois tempos e necessitar de contrapressão dos gases de escapamento no momento certo, muito mais crítico do que num motor de quatro tempos, que tem válvulas para admissão e escapamento – nos dois-tempos como o DKW, há janelas nos cilindros que são abertas e fechadas pelos pistões. Abaixo, um escapamento principal de DKW (não é um Wallig/Eberspächer, é apenas para se ter uma idéia do tamanho).

Elemento principal do sistema de escapamento do DKW (dkwpecas.com.br)
A questão da peça original, aquela produzida por um fornecedor, é acadêmica de tão simples. No passado, um determinado lote era fornecido à fábrica. Esta fazia uma inspeção quanto às especificações, por  determinados conceitos de amostragem. Se tudo estivesse conforme, o lote era aceito; se não, era devolvido ao fornecedor. O que este fazia com as peças, é óbvio: destino, mercado paralelo.

De uns vinte anos para cá o sistema mudou. Hoje o método é o da qualidade assegurada. O fornecedor garante exatidão e os lotes vão sendo recebidos e aceitos sem questionamento da fábrica. A peça, ou vai para a linha de produção ou vai para o departamento de peças, onde é embalada como peça original (muitas vezes já é fornecida embalada como original).

Mas, e quanto ao controle de qualidade do próprio fabricante da peça? Obviamente existe, como também pode haver o caso de um lote não estar conforme as geralmente rígidas especificações do fabricante do veículo e por isso não é entregue. Esse lote tem destino certo, o mercado paralelo.

Por esse motivo, pelo sim, pelo não, faço questão absoluta de aplicar nos meus carros (como fazia nos dos clientes) somente peças originais dentro de embalagem do fabricante do veículo. Pode ser mais cara – e geralmente é – mas acho que sempre valerá a pena gastar um pouco mais e ter tranqüilidade.


Como sócio-gerente da concessionária responsável pela assistência técnica, volta e meia eu era obrigado a contrariar o chefe de peças, que insistia em que devíamos comprar peças do mercado paralelo – "é a mesma coisa, todo mundo faz isso", dizia. E para me convencer acenava com maior lucro, pois o preço de venda  seria era o mesmo da peça original.

A questão de preço das peças originais merece comentário, que nada tem de técnico. As margens de lucro  praticadas são indecentes. É comum uma fábrica receber uma peça de um fornecedor por x e vender por 5x. A alegação é o custo de estocagem, o capital imobilizado. Mas aí entra – de novo – a história dos biscoitos Tostines: vende pouco porque é caro ou é caro porque vende pouco? Minha opinião é que as fábricas de automóveis, por pura ganância, acabam matando a sua galinha dos ovos de ouro que são as peças de reposição. Aí o cliente corre para o mercado paralelo e a peça original, da fábrica, vai morar no estoque, muitas vezes por anos e anos...¡Muy espertos!

BS

43 comentários :

  1. Quando restaurei o Chevette, comprei um botão de acendimento dos faróis na caixa da TRW-POLIMATIC que veio com a marca GM apagada do corpo, raspada, e a qualidade dos grafismos, inferior ao fornecido pela GM, deixei o antigo mesmo.

    Mas eu vejo que determinados fabricantes são mais cuidadosos. A BOSCH é uma delas, não há motivo.

    Quando troquei a sonda lambda do Omega, havia a opção de comprar GM por mais de 500 reais e uma BOSCH por 190, iguais, a BOSCH também é fornecida com o chicote completo, as de marcas ruins você precisa fazer solda no chicote.

    Portanto eu acho que a análise pode ir um pouco além. BOSCH, Axios, COFAP, ATE, Varga, Cibié e mais algumas eu compro fora da embalagem GM sem receio algum.

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  2. É o que a citroen faz. A mesma peça na peugeot custa mais barato.

    Precisei comprar os esticadores da correia dentada, na citroen o kit custa 330 reais, comprei o mesmo kit por 240 na peugeot.

    Parabéns pelo blog!

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  3. Raphael, pegaste o ponto certo: Bosch. Mais que um fornecedor, são desenvolvedores com profundo conhecimento do que fazem. Podem e fazem peças com a logomarca deles que são equivalentes às das fábricas.
    O caso do sensor de oxigênio é típico, exemplo perfeito.

    Bob,
    o lucro chega até a mais de 10 vezes o preço pago pela fábrica para alguns itens, normalmente os mais baratos. Indecente é pouco para essa prática nociva e nefasta.

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  4. Um outro exemplo foi quando troquei as pastilhas de freio do Omega.

    Estava sem tempo a época e levei o carro em um centro automotivo e lá tinham somente pastilhas SYL. Mandei instalar e uns 5000 km depois começaram a bater e o sensor até soltou e quebrou. Resolvi fazer eu mesmo a troca e comprei pastilhas TRW-VARGA que vieram com um rebite impossível de fixar o sensor de desgaste, um lixo.

    Comprei então pastilhas BOSCH, 40 reais mais caras. As GM custam quase 400 paus pela tabela, e não acho em BH. Então acaba-se tendo que encontrar alternativa.

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  5. É a mesma lógica das oficinas de concessionárias: poderiam ser mais baratas e muito melhores, atraindo clientes.
    Porém preferem cobrar valores absurdos, seja por serviços, seja por peças, e ainda por cima prestar péssimos serviços.
    Eu gosto de fazer revisões sempre na CSS, mas é incrível como são despreparados, desinteressados e principalmente careiros.
    Resultado: a maioria acaba indo pra oficinas alternativas ou só trocando o óleo no posto mesmo.

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  6. Precisei trocar as pastilhas do meu carro.
    Originais custam 145,00 mais 50,00 de m.o. na concessionária.
    Achei caro e fui pesquisar as originais, fabricadas pelos mesmos fornecedores da fábrica.
    Achei a peça, que difere apenas da genuina por não possuir o logo da marca, num distribuidor.
    Me custou 37,00, mais 20,00 de m.o. num autocentro.
    Economizei 138,00, ou seja, um tanque de gasolina pra viajar no feriado.
    Alguém está ficando muito rico em cima das nossas custas.

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  7. Meu irmão trabalhou em um concessionário Chevrolet de BH e conta cada caso de arrancar os cabelos!

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  8. Esses valores absurdos em peças de reposição e mão de obra dos concessionários é o que me faz desconfiar de longos prazos de garantia oferecidos por fabricantes asiáticos, uma vez que sempre a garantia é condicionada a estas visitas.

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  9. Concessionária?

    Só p/ tirar o carro 0 Km e adeus!

    Serviço - geralmente - porco, peças e M.O caríssimas!

    Não presta p/ nada!

    Só sabem condenar e trocar peças.

    Bom é ter um mecânico de confiança q seja bom noq faz e acabou-se.

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  10. Aléssio Marinho04/07/2011, 17:10

    Raphael Ragi,

    Alguns fabricantes andam tercerizando as suas linhas de produção com as marcas de segunda linha.
    Hoje qualquer um pode comprar maquinas novas para injetar plástico, moldar metal ou fazer qualquer peça por um preço irrisório na china.
    O que vale é a marca na caixa, como argumento de venda e por conseguinte fazer-nos pagar mais caro.

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  11. Sobre peças GM, há um caso interessante de peça de reposição que é melhor do que a original: os equalizadores de frenagem traseiros do Corsa B do começo dos anos 1990. São duas pecinhas pequenas, com seis faces retangulares e duas hexagonais, que vão rosqueadas em peças perto dos tambores traseiros, peças essas com formato igualmente de seis faces retangulares e duas hexagonais.
    A peça OEM daquela época (não saberei como é agora) era bem pequena e feita de um material ferroso bem escuro. A peça OEM que ia rosqueada tinha as faces hexagonais do mesmo tamanho daquelas que recebem a peça, ficando um conjunto que parece peça única quando rosqueado, uma vez que as seis faces retangulares coincidirão em uma linha contínua com em ambos os lados.

    Porém, esses equalizadores OEM são propensos a vazamentos e a qualidade do material ferroso em si não é das melhores. A solução que desenvolveram? Outros equalizadores de frenagem, com o mesmo formato de seis faces retangulares, mas com faces hexagonais maiores, e feitos em uma liga clara, que parece ter estanho. É uma peça do tamanho de uma equivalente de Opala, mas com a rosca menor para encaixar na tal peça que fica no freio. Encaixada no lugar, fica o efeito de uma peça grandona rosqueada em uma pequenininha, esteticamente um tanto esquisito.
    Resultado disso? Mais robustez e os vazamentos acabam. Porém, não deixa de ser esquisito ver o conserto que fizeram com o avião em voo e a solução que adotaram para não ter de reprojetar um sistema inteiro.

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  12. Os discos de freio da AC Delco são uma grande porcaria.

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  13. Bob, dois comentários: 1) Esse antigo logo da Fiat para peças originais é realmente brilhante, e 2)O preço das peças vendidas em concessionárias faz lembrar certos restaurantes que cobram por uma garrafa de vinho o dobro ou o triplo do preço praticado no varejo. Todo comerciante tem direito à sua margem de lucro, mas não a extorquir o cliente.

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  14. Infelizmente sou obrigado a discordar.
    O simples fato de uma peça vir dentro de uma embalagem com a logomarca da montadora não diz se está tem qualidade melhor que as peças que carregam a logo da fabricante, na verdade acredito ser até um tiro no pé por parte da fabricante, como citado o nome Bosch, sendo essa uma empresa conceituada e respeitada, acredito que não ira colocar seu nome em jogo e se pensarmos em valor de marca seria mais interesante fornecer às montadoras produtos com qualidade duvidosa pois assim teriam sua marca escondida, mas tb acredito que isso não deve acontecer com empresas como a Bosch dentre outras que são respeitadas.
    Quanto ao dilema de peças, quanto mais pesquiso e mais me aprofundo nesse mundo mais fico indignado pois como já citado acima, peças que são fornecidas pelo mesmo fabricante às montadore e ao mercado paralelo tem seus preços, algumas vezes, multiplicados em quase 10x, digo isso pq a pouco tempo em uma das revisões no meu Fiat marea me deparei com o preço do sensor de fases deste carro nas autorizadas Fiat por volta de R$ 1.000,00 sendo que se comprado em uma distribuidora bosch o mesmo item sem a tal caixa com a logo me custou miseros R$ 117,00, desta forma me pergunto, será que uma pessoa com menos entusiasmo pelo mundo mecânico teria a mesma sorte?
    Enfim, acredito que o mercado paralelo deveria incentivado mas também ser mais inspecionado pois como o Bob mesmo já disse, está cheio de sabidos que não pensam 2x em ganhar um troco na pele dos leigos, sem contar nas inumeras empresas que fornecem peças de qualidade duvidosa; contudo do outro lado temos o cartel das montadoras com preços combinados ou tabelados que nos impele a simplesmente comprar na autorizada mais próxima.
    Excelente ponto Bob, apesar de termos opiniões um pouco divergentes.

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  15. Paulo Levi
    A extorsão é da fábrica. A margem da concessionária é normal, 15% a 20%.

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  16. Bob,
    Por que não quis mais ser concessionário, um ramo tão bom devido ao lucro-Brasil?

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  17. Esse Bob é um cabloco estranho. Compra lâmpada chinesa sem marca e depois diz que só usa original.

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  18. Tem razão, Bob, foi um erro de interpretação de minha parte. Mas assim como eu, muita gente deve imaginar que o problema está na concessionária, já que uma política de preço dessas por parte dos fabricantes parece afrontar os seus próprios interesses.

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  19. Eu acho que afronta mesmo! Eu mesmo só levaria em concessionária se os preços fossem realistas.

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  20. Anônimo das 04/07/11 18:51

    E ainda indica carros chineses. Jabá?

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  21. Mas veja só: recentemente troquei embreagem e amortecedores do meu Astra 2002. Comprei eu mesmo as peças, depois de uma boa pesquisa de preços, e todas no mercado paralelo. Nas embalagens havia a inscrição "Peças Genuínas GM". Levando em conta o texto do Bob, não seria ilógico acreditar que elas possam ter alguma inconformidade, certo? Até agora estão aparentemente ok.

    Agora, veja que "curioso": quando comprei este carro, em agosto do ano passado, ele estava com as duas astes da tampa do porta-luvas quebradas. Pesquisei um pouco e acabei indo comprar, por R$ 5,00 cada, na concessionária (Interlagos Veículos de Marechal C. Rondon - PR). Eu mesmo fui instalar. Uma entrou sem maiores dificuldades, já a outra teimava em não encaixar. Quase a quebrei!! Quando não foi que eu reparei haver nela uma pontinha que pegava onde não devia. Solução: raspar a tal pontinha. O fiz (no esmeril) e pronto.

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  22. Bob,

    Entendo o seu ponto-de-vista. Hoje precisei comprar um terminal de direção para o meu Honda Fit, lado esquerdo. Havia duas opções: comprar um par no mercado paralelo (substituindo também o do lado direito, que estava perfeito) ou apenas uma peça original. O custo era o mesmo. Optei então por comprar apenas o original esquerdo. Não me arrependi: a peça original (importada do Japão) era claramente superior em todos os sentidos. O meu mecânico (acostumado com peças paralelas) ficou impressionado com a qualidade.

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  23. Diego Maciel Debesaitys04/07/2011, 21:41

    Sempre que possível uso peças originais. As vezes são até mais baratas, mas nem sempre dá. A própria concessionária Chevrolet de onde compro, oferece opções de algumas peças. Por exemplo: Pastilha de freio do Celta/Agile (até 2009), original é R$ 117,00 e a Fras-le (PD42) custa R$58,00. A metade do preço, pelo mesmo fornecedor. A diferença de preço dos discos de freio (como opção TRW/Varga) é maior ainda.

    Sempre faço questão é de usar produtos de marcas idôneas: Fras-le, Bosch, NGK, FRAM, TRW/Varga, Axios...

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  24. E o que dizer da GM, em que a mesmíssima peça (via número de catálogo) tem preços diferentes de acordo com o carro em que será aplicada?

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  25. Pois é, algumas peças paralelas são muito ruins mesmo, eu teria vergonha de fabricar algumas delas. Porém algumas são razoáveis pelo que custam, e outras são idênticas ou até melhores que as originais.

    Na verdade eu acho que hoje em dia não existe profissionais no ramo de reparação de automóveis, são poucos os mecânicos, chapeadores, eletricistas, o resto não passam de montadores -ou trocadores, como preferir- de peças.

    Acham que é só pegar a peça no balcão e colocar no carro, sem sequer analisar o caso, fazer um ajuste correto, enfim, sobra pra peça, que é ruim, que é paralela...

    O que é uma pena é o sumiço de certos fornecedores no mercado paralelo, principalmente na área de acessórios, Carto, TRW, Valeo, a própria Arteb (Como exemplo, a linha de reposição de faróis para carros populares -Gol bola, Uno 91, Corsa- ficou paralizada por mais de um ano, quase dois na verdade, só agora está normalizando)...

    Tem muita coisa boa que você encontra em autopeças, concessionária vale como pesquisa, tem coisa que é um absurdo, tem coisa que é barato pra caramba, tem coisa que você só acha lá, e por fim, tem coisa que você não acha nem lá...

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  26. Não sabia que a Wallig era fornecedora de peças automotivas, interessante essa informação. A empresa ficava na av. Assis Brasil, aqui perto de casa, e só recentemente os prédios foram demolidos, para dar lugar a um shopping que está em construção.

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  27. A opção de comprar peças no paralelo, pelo ponto de vista mostrado pelo Bob, me parece uma questão de propensão ao risco: Quando -- e se -- o fornecedor identificar um lote com qualidade abaixo da especificação, o destinará ao mercado paralelo. Mas é de se supor que isso não seja freqüente. Até porque à peça vendida no paralelo também é dada garantia (ou seja, se for mesmo ruim, não adianta pôr no mercado, que ela volta para a fábrica de qualquer jeito). E, geralmente, a diferença de preço é considerável.

    Mas, comigo especificamente, ocorre o contrário: tenho um Focus 2005 e, nesses 6 anos de convívio, sempre que pesquisei preços as peças sempre foram mais baratas na concessionária do que no paralelo.

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  28. “Olá Bob. Tenho uma dúvida que talvez você saiba responder. O Gol NF é equipado com silenciadores e tubos de escapamento em aço inox? Pergunto isso pelo fato de o meu Gol ter sido fabricado em 2009 e estar com 30000 quilômetros rodados (raras vezes abasteço-o com álcool aliás) e nunca precisou trocar nenhum componente deste sistema em particular, e antes dele, nós tínhamos um Gol bola 2001, que requeria troca do silenciador final a pelo menos cada ano, e me lembro também que o silenciador intermediário foi trocado uma vez. O motivo era que apareciam furos nas carcaças resultantes de oxidação. Detalhe: o carro era exclusivamente a gasolina, e o posto que um freqüenta, o outro freqüentava.”


    Essa pergunta eu ia fazer para você antes de ler o post de hoje. Mas agora que o li, minha dúvida já foi respondida. A questão não é ser de aço inox ou não; aliás, acho que não é. A questão é da qualidade. Eu comprava silenciadores paralelos para o Gol Bola. No Gol NF, ainda são de fábrica (Magneti Marelli). Por tanto, se comprasse peças originais, não teria que trocar com (tanta) freqüência. MAS!!!!!, lendo os comentários, acho melhor mesmo comprar as peças originais, pelo menos do mesmo fabricante quero dizer, fora da concessionária. Creio que essa atitude já me poupará grandes gastos.

    Renan Veronezzi

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  29. Renan
    É claro que comprando a peça do mercado paralelo, de mesma marca da original vendida na concessionária, se economiza, mas não se tem certeza de ela ter exatamente as mesmas especificações. Esse é o foco do post e que me levou a proceder desse modo a vida toda.

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  30. Entendido Bob. Sobre especificações, eu sei por experiência própria até, que o assunto é delicado, quase polêmico, mas não chega a ser. Se comprar peças fora da agência é mais barato a curto prazo, até aí tudo bem, mas tomem o meu exemplo. Se tivesse levado o Gol 2001 para trocar o escapamento na autorizada, não precisaria gastar mais para trocá-lo uma vez por ano, já que o original de fábrica já durou quase 4 anos até agora - e este se acha na agência.Ultimamente, assumo, nunca mais entrei em uma auto-peças, afinal, as peças da Volks são satisfatórias. E o atendimento também. Já o preço....

    Renan Veronezzi

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  31. Eu sou um comprador frequente de peças paralelas, e na maioria das vezes sempre compensou:

    Mesmo que as vezes durem menos, a durabilidade se estende por um período de tempo tão grande que as vezes compensa.

    Hipoteticamente, se uma peça original durar em média 100 mil km e a paralela, chutando por baixo durar 50 mil, já compensa em certos casos, pois grande parcela das pessoas troca o carro com kilometragem menor do que isso...

    E já temos bons fornecedores de peças paralelas, que duram bem a bons preços.

    Claro, existem partes que só as originais oferecem bons resultados: Faróis, por exemplo, só os originais oferecem bons resultados.

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  32. Bob, você disse que as margens de lucro dos concessionários são de 15% a 20%, mas é sabido que as concessionárias vendem com descontos de 40% até 50%, principalmente para pessoa jurídica. A uns seis meses atrás, fui com meu chefe comprar algumas peças da suspensão da sua S-10 na autorizada GM e uma das peças custava na faixa de 400 e tantos reais. Só que ele apresentou o CNPJ de uma oficina mecânica de um amigo, que era cadastrada na concessionária. E a mesma peça saiu na casa dos 200 reais. Imagino que vendendo por esse preço eles ainda tenham lucro né? O meu pai também já conseguiu descontos bem generosos em peças de concessionárias VW. Só que ele é chorão pra pedir desconto que chega a dar vergonha.

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  33. luizborgmann05/07/2011, 11:32

    A Wallig também produziu silenciadores para os VW besouros, muito procurados devido a sua qualidade e durabilidade. Por outro lado, trabalhei como gerente de vendas em uma empresa metalúrgica fornecedora de peças originais (OEM), periodo em que pude atestar as exigências da indústria automobilistica nacional. Para que se tenha um item de montagem de fábrica, é necessário percorrer um longo caminho de desenvolvimento, projeto, produto, qualidade, etc. Não se consegue "comprar" o credenciamento do item, além do que normalmente você precisa conhecer o preço objetivo de compra pela montadora e a quantidade mensal de consumo para avaliar e viabilizar seu fornecimento a médio ou longo prazo. Pergunta final e nunca respondida: esse produto vai permanecer na linha por quanto tempo, o veículo não vai ser descontinuado breve?
    luiz borgmann

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  34. Assunto muito bem abordado!

    Parabéns pelo post.

    Mas eu, por questão de $$$, compro os componentes dos mesmos fabricantes (por exemplo, amortecedores Cofap ou buchas Axios) evitando a tradicional facada da concessionária.

    GiovanniF

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  35. Um bom exemplo são silenciadores. No meu peugeot 405 de 1995 e 215 mil km o final ainda é o original, já está corroido, mas, cumpre bem a função. No meu Citroen de 2002 necessito trocar todo o escape, sendo o original ainda. Não tenho nem dúvida de que irei trocar na concessionária, mesmo que custe 3 X mais. só de ter durado quase 10 anos está ótimo. Pq ficar mechendo no escape do carro a cada 2 anos se posso mecher uma vez a cada 8 10 anos. Meu tempo também vale dinheiro.

    Sds,

    Cristiano Zank.

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  36. Tem casos que é impossível usar peças originais.
    Temos aqui em casa um corolla 98 ( o último modelo japones). O Carro vale hje no mercado por volta de 15k.

    O Silencioso, furou tem uns 2 anos, fomos na concessionária e a toyota só vende a peça COMPLETA, catalisador, todos tubos e tal... Valor? 2mil e tralálá! 15% do valor do carro! Tem Base? Pq não oferecem as peças separadas!!?? Achamos o silencioso similar por uns 300. Funciona que é uma beleza!

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  37. Para fugir da palhaçada das concessionárias, compro todas as peças para meu Novo Focus, no EBAY de um vendedor da inglaterra, mesmo com as peças cotafas em £ elas chegam a custar 1/3 do preço das compradas aqui.
    Fica a dica, pois depois que desconri isso, não compro quase nada por aqui.

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  38. Caro Bob,

    Talvez eu não tenha entendido, mas a teoria acerca da qualidade das peças originais e paralelas de um mesmo fabricante é algo comprovado ou trata-se de uma “teoria da conspiração”?

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  39. Há casos e casos, como o do Corola citado acima, mas geralmente façoi como o Bob, na medida do possível, iso peças originais, a dor de cabeça é muito menor.

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  40. Bob, me deixe discordar em algumas coisas... Primeiro, amortecedores. Comprei 4 amortecedores genuínos GM para o meu Omega 4.1 com garantia de 6 meses, junto com molas novas. Oito meses se passaram e lá se foram meus amortecedores embora, sem eficiência sem sequer passar por 1 buraco, andando nas rodovias de SP. Como a garantia era de 6 meses... Dancei, pra não falar palavrão aqui.

    Resolvi mercado paralelo, comprei Monroe com 2 anos de garantia, paguei menos que na concessionária, comprei molas novas também, já se passaram 2 anos e estão como novos, sem contar que a própria garantia do mercado paralelo é maior que da concessionária.

    Outro exemplo? Faróis "genuínos GM" que são Artlixo, digo Arteb, compre um Cibié fora da concessionária e verás a qualidade infinitamente superior do arteb "genuíno".

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  41. Marcio,
    Pode haver exceções, como em toda regra, mas em geral a peça original é melhor. É o que tenho observado e experimentado esses anos todos, especialmente no caso de amortecedores. Você chegou a apelar para a GM? Num caso desses, peça cara, eles costumam atender.

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    Respostas
    1. Ah sim, a GM gentilmente me respondeu que infelizmente não podia fazer nada, se eu quisesse teria que pagar uma peça nova, só que agora a garantia dessa peça na concessionária onde comprei era somente 3 meses... Aí fica difícil, melhor ficar com a garantia de 2 anos.

      Pastilhas de freio também podem ser uma exceção, já usei as originais GM e são silenciosas mas na hora do "vamos ver" perdem o poder de frenagem mais cedo. Já as Fras-le que uso agora são muito chiadeiras, mas em compensação freiam muito mais.

      Outro fabricante já citado é a Bosch, ao analisar a peça fora da embalagem, parece que está retirando uma peça genuína de dentro! Não precisa ser muito mestre para descobrir quais fabricantes tem o mesmo padrão da peça genuína.

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