Graças a uma iniciativa da imprensa, ABNT corrige norma que obrigava proprietários de veículos a uma despesa desnecessária na hora de substituir a correia dentada do comando de válvulas.
Há dois meses, no dia 21 de setembro, publiquei o post "Bola da vez", que falava da troca indevida do tensionador da correia dentada, que gerou quase 300 comentários, contando os dos leitores e os meus em resposta, pela polêmica que gerou.
Há dois meses, no dia 21 de setembro, publiquei o post "Bola da vez", que falava da troca indevida do tensionador da correia dentada, que gerou quase 300 comentários, contando os dos leitores e os meus em resposta, pela polêmica que gerou.
Falei do absurdo que foi a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ter instituído a norma NBR 15759, válida a partir de 4 de dezembro de 2009, tornando obrigatória a substituição do tensionador a cada troca desta correia, chamada no documento de correia de sincronismo.
Pois bem, questionado o órgão a respeito pelo jornalista Fernando Calmon, que indignado acompanhou toda a questão suscitada pelo programa "Vrum" e pelo AUTOentusiastas, a Comissão de Estudos de Serviços, Motor de Combustão Interna do Comitê Automotivo da ABNT, em reunião na sede do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa-SP) no dia 29/10, à qual fomos convidados eu, o Fernando e o editor do programa televisivo automobilístico "Vrum", Boris Feldman, que não pôde comparecer e foi por mim representado, decidiu solicitar à ABNT a Emenda ABNT NBR 15759 excluindo as notas 2 e 3 do item 4.1.2 da norma NBR 15759 e adotando nota única, que é a nota 1 modificada, segundo minha sugestão, como: "Nota: Qualquer anomalia encontrada nos itens acima requer a sua substituição, observadas as recomendações especificadas no manual de fabricante do veículo." Sugeri apenas acrescentar a frase seguida à vírgula.
A Emenda foi aprovada alguns dias depois, deixando claro que o fabricante do veículo ou do motor é soberano quanto à recomendação de substituição periódica de toda e qualquer peça ou componente do sistema de acionamento da (s) árvore (s) de comando de válvulas e, claro, de qualquer outro item do veículo.
Por exemplo, nos motores Renault 1-litro, 1,6-litro e 2-litros de 16 válvulas a troca de correia dentada deve ser feita a cada 80.000 km e acompanhada da troca do tensionador. No 1-litro 8-válvulas, 60.000 km A fábrica assim determina e a troca precisa ser feita para assegurar a validade da garantia de três anos.
Já Citroën determina substituição da correia dentada somente, a cada 70.000 km, enquanto a Nissan indica 80.000 km ou 4 anos só para a correia também, mas observando-se as condições de uso severo para óleo do motor, em que a quilometragem e prazo reduzem-se à metade.
Já Citroën determina substituição da correia dentada somente, a cada 70.000 km, enquanto a Nissan indica 80.000 km ou 4 anos só para a correia também, mas observando-se as condições de uso severo para óleo do motor, em que a quilometragem e prazo reduzem-se à metade.
Para o leitor ter ideia do quão absurdo era o texto original da norma, a nota 2 dizia: "Constatando que o veículo atingiu a quilometragem para substituição da correia de sincronismo conforme especificado no manual de reparos do fabricante, os demais componentes do sistema devem ser substituídos independentemente (nosso grifo) de condição".
A nota 3 não era menos absurda: "Sempre que for necessária a manutenção do sistema ou de seus componentes em veículos cuja quilometragem de substituição da correia de sincronismo esteja com aproximadamente 50 % da especificada pelo manual de reparo do fabricante, a correia e seus componentes devem ser substituídos".
"Seus componentes" poderia ser entendido como, além do tensionador, as polias de correia dentada do virabrequim e da árvore de comando de válvulas.
Vale lembrar que a NBR 15759 abrangia também a correia poli-V de acessórios do motor, art. 5, sub-item 5.1.2, que também passa a ter nota única, de mesmo teor do item 4.1.2..
Prevaleceu o bom senso. Ainda bem.
BS
Noticia muito boa e muito importante. Parabéns para todos os envolvidos que não desanimaram com a burocracia e buscaram a solução formal.
ResponderExcluirAbs
Bob, quando me lembro de como fiquei nervoso com as coisas que o Boris disse e diz em seu programa sobre carros, vejo o quanto fui bobo.
ResponderExcluirO Boris e Você, na verdade não são contra mecânicos ou oficinas. Na verdade vocês querem proteger o consumidor dos picaretas que infelizmente existem em todas as profissões, na reparação automotiva principalmente.
Hoje, bem mais calmo, com a cabeça mais fria, vejo isso, profissionais com anos de experiência, ajudando aos leigos e entusiastas, coisa que também gosto de fazer, pena que não tenho tanto tempo e apoio para me dedicar a isso.
Sobre o assunto troca de correias e tensores, minha experiência no dia a dia de uma oficina que atende carros de todo o Brasil, hoje é a seguinte:
A correia dentada é trocada quando o cliente solicita a substituição da mesma, sim, existem clientes que fazem questão de trocar ate mesmo antes do prazo recomendado pelo fabricante do veículo. Já os tensores, se já estiverem com qualquer tipo de folga, vazamentos ou ruídos, eu já vou pedindo para o cliente providenciar os mesmos, caso ele não siga a recomendação, peço ao mesmo a isenção de minha responsabilidade caso aconteça algum dano referente aquele serviço.
Tudo é muito simples, sou um prestador de serviços e como prestador de serviços, tenho que seguir aquilo que é me pedido para ser feito.
Norma revista, cliente informado, mecânico resguardado. No final, tudo fico bom para todos.
Aproveitando o post, estou pensando em me dedicar a treinamento técnico e na confecção de um manual de reparos on line. Literaturas onde mecânicos e os donos dos carros poderão dividir da mesma informação, afinal, acredito que o dono do carro deveria ter acesso as mesmas informações técnicas que o mecânico tem, evitando assim, execução de serviços desnecessários e negativa de serviços necessários.
Me desculpem pelo longo texto, e parabéns mais uma vez por buscar sempre a melhor informação.
Complicado de blog é que não tem como corrigir o tanto de erros que só vejo depois de postar, rs
ResponderExcluirConsidero completamente lamentável essa revisão feita pela ABNT.
ResponderExcluirÉ uma loteria querer simplesmente "olhar" ou "ouvir" os rolamentos e tensores que guiam a correia dentada. Já vi casos em que nada de anormal "aparentava", não havia ruídos nem nada, e mesmo assim o tensionador quebrou e o cabeçote foi severamente danificado, e tudo ainda DENTRO dos prazos de troca. Ou seja, não houve negligência do usuário.
Se eu tivesse oficina, das duas uma:
1. Ou o cliente assina documento aceitando que o serviço feito (troca da correia dentada) não terá absolutamente nenhuma garantia
2. Ou o cliente aceita a troca de todas as peças.
Ou seja, o risco fica pura e inteiramente com o cliente.
Poxa Bob, confiar em manual de fábrica é de lascar hein! Foi assim que inúmeros motores de Marea foram pro lixo, por conta de uma recomendação cretina da Fiat de troca de óleo a cada 20000km.
Bussoranga, infelizmente, por causa de alguns profissionais desonestos, a coisa tem que ser assim.
ResponderExcluirMas se seu mecânico for um bom profissional, pode ter certeza que você não terá problema.
A Norma da ABNT é um norte somente, quem vai definir a necessidade ou não de qualquer substituição de alguma peça, sempre será o mecânico.
Bob;
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa! Conseguiu um feito de derrubar aquilo que os Tenocratas julgam, de maneira arbitrária, certo ou errado dentro da mesa de um escritorio.
A troca compulsória de correia dentada, com todo respeito, não foi estabelecidas por Engenheiros visando uma margem de segurança. Foi estabelecida visando aquilo que alguns Engenheiros (apenas os consciêntes) definem como "coeficiente de medo": Por medo, projeta-se algo superdimensionado ao extremo, por medo, troca-se aquilo que é desnecessário, enfim, tudo por medo e para isentar-se completamente da responsabilidade.
Naturalmente que essa "isenção" de responsabilidade incorre em custos financeiros e esses custos recaem sobre o elo mais fraco. O consumidor.
Apenas para ilustrar. Tenho um Tio, Engenheiro dos bons que supervisionou a obra projetada e calculada de um colega de profissão, de um pequeno sobrado de 3 quartos
Meu tio desconhecia completamente o projeto e quando viu ficou espantado. E mais espantado ficou quando o mestre da obra virou-se para o meu tio e perguntou "Doutor, de quantos andares vai ser o prédio????"
Um grande Abraço
Nada contra quem quer trocar a correia dentada e a polia junto. Se quiser fazer isso, o dinheiro é do cara. Acho que polias quebrando antes do prazo de troca de correia é muito azar ou produto ruim mesmo, considero essa situação uma excessão.
ResponderExcluirAgora, absurdo mesmo é uma norma obrigar tal coisa. Normas não são brincadeira para serem feitas de qualquer jeito. É claro que o cara deve confiar nos prazos do fabricante do veículo, se não for assim, vai confiar em quem? E se o carro for novo e não tiver nenhum mecânico experiente nele ainda?
Obrigar a troca independentemente de condição, faça me o favor. Isso é totalmente anti-ecológico e anti-econômico.
Parabéns ao Bob 'et al.' pela contribuição que deram a todos.
Guilherme Costa
ResponderExcluirAcho significativo a própria ABNT ter reconhecido o erro. A nova redação na nota única atende aos interesses de todos os envolvidos.
Patrick, você cita polia em seu comentário e diz que se as mesmas se quebrarem antes do "prazo" é porque são de baixa qualidade mesmo.
ResponderExcluirMas qual seria esse prazo?
Como quebrar antes do prazo, se a peça não tem prazo para ser trocada.
Bob, esse tópico vai ser outro campeão de audiência,rs
Parabéns pela iniciativa, sei que tanto os jornalistas como os reparadores tem um objetivo em comum que é não só protejer o motor do carro, mas também o consumidor. Esse dilema jornalistas x reparadores serve para um bom aprendizado de todos os entusiastas.
ResponderExcluirAbraço!
Falando de peças, mas mudando um pouco o assunto, a Fiat vai sofrer um bocado com os cubos de roda vagabundos que tem montado em seus carros. Primeiro foram os Stilos, mas agora outros carros da marca vêm soltando roda:
ResponderExcluirhttp://www.noticiasautomotivas.com.br/fotos-da-strada-que-perdeu-a-roda-e-capotou-e-um-gol-argentino-que-passou-pelo-mesmo-problema/
http://www.noticiasautomotivas.com.br/stilo-e-palio-weekend-agora-novo-uno-siena-strada-e-punto-tambem-andam-perdendo-a-roda-traseira/
http://www.noticiasautomotivas.com.br/fiat-palio-adventure-locker-2010-com-10-000-km-rodados-perde-a-roda/
Fica a pergunta: quanto a mais custava um cubo de roda feito de aço forjado quando comparado aos de ferro fundido? Só fico aqui pensando nos milhões de carros que a Fiat terá de consertar por causa de uma medida que é apenas e tão somente pensada para obter mais lucro.
Bob Sharp disse..
ResponderExcluir22/11/10 11:27
Bob, vou além. A norma do jeito que ficou, protege muito mais o mecânico, deixando o mesmo com toda a responsabilidade na avaliação das peças. Assim, ele pode se isentar de qualquer problema futuro em uma negativa de serviço ou substituição de alguma peça, bastando apenas pegar a devida assinatura do cliente.
O cliente ganha porque fica mais difícil para os empurradores e trocadores de peças façam a festa, o mecânico ganha por não ter que ficar seguindo uma norma onde o mesmo era obrigado a bater de frente com todos.
Anônimo disse...
ResponderExcluir22/11/10 11:29
Esse negócio de redução de custos esta começando a passar dos limites,vidas estão em jogo.
Quem gosta de carro segue o manual do proprietátio e fim de papo. O que se faz de serviço e troca de peças sem necessidade é demais aqui no Brasil.
ResponderExcluirSó pra lembrar, todo carro tem dois prazos de troca de óleo lubrificante, um por tempo (este lamentavelmente esquecido pelos "apaixonados por carros") e outro por quilometragem. Fora isso, há dois prazos diferentes para estes dois fatores, um para uso predominante urbano (para-e-anda, locais de poeira, etc) e outro mais brando que inclui uso rodoviário em velocidade de cruzeiro. Além disso tem de se usar o produto correto. Quem estragou motor é porque não leu o manual, ou leu pela metade ou é analfabeto funcional (leu e não entendeu, um Tiririca).
Assim como outros, considero subjetivo a forma pela qual são avaliados os rolamentos tensores.
ResponderExcluirComo uma troca de correia acontece em média a cada 50.000 km e ainda considerando que um usuário comum levará uns dois anos para percorrer esta quilometragem, diluído o custo da troca no uso do veículo, acho absolutamente desnecessário não substituir a peça.
Marcelo, que carro você tem hoje?
ResponderExcluirGostaria de conversar um pouco sobre manual do proprietário.
Raphael Hagi disse...
ResponderExcluir22/11/10 12:16
E ai Grande Raphael.
Divido da mesma opinião que você, mas infelizmente, fica difícil colocar na cabeça de algumas pessoas, que a economia de hoje pode ser o prejuízo de amanhã.
Fica uma coisa estranha, quem defende a troca das correias junto com os tensores fica taxado como bobo ou medroso por trocar uma peça que aparentemente esta boa. Do outro lado, temos os que afirmam seguir somente o que esta no manual, deixando para um simples mecânico avaliar o estado de uma peça que por mais simples que possa parecer, é mais complexa do que se imagina.
Pessoal, colegas entusiastas, reparação automotiva é coisa séria, muito séria mesmo.
Hoje temos problemas em serviços básicos como uma simples troca de correias, estou falando de vários motores rodando fora do ponto correto pelo simples fato de algumas oficinas ignorarem as ferramentas para tal procedimento, agora imaginem deixar na mão de um mecânico avaliar uma peça apenas nos olhos, ouvidos e tato?
Pode dar certo? Não, pode dar sorte, isso sim.
O mais engraçado, foi que depois de adotar o oficio com o termo onde me isento de responsabilidades pelo cliente não querer trocar alguma peça, nenhum deles topou a parada, preferindo trocar as peças do que ficar sem garantia ou ter suas válvulas atropeladas por algum pistão.
Lembrando o que falei em minha primeira resposta nesse tópico.
ResponderExcluirHoje eu vejo se o rolamento tem alguma folga, vazamento ou ruido, se tiver, vou logo pedindo para o dono providenciar as peças, caso contrário, nem prossigo no serviço.
Agora nos rolamentos que aparetemente estão bons, eu pego a assinatura do cliente no termo de responsabilidade.
Já quando a troca da correia e rolamento são efetuados por completo, o mesmo recebe não só a garantia legal, mas sim uma garantia de mais 6 mês entre serviços e mão de obra quando eu fornecer também as peças.
E eu nem tenho problema com esse assunto.
ResponderExcluirO Chevette não empena válvulas e o Omega usa engrenagem. O Gol "bolinha" da minha noiva, usa motor CHT e o comando é acionado por corrente.
@ Anônimo 22/11/10 11:29
ResponderExcluirAbsurdo os casos desses carros. Por essas e outras que Fiat não entra aqui em casa de jeito nenhum. É de cair o queixo mesmo, nem carro chinês solta as rodas!
ADG, essa situação de "quando eu fornecer também as peças", eu não concordo. Isso sim tem um viés de empurroterapia. Parecem os médicos receitando medicação de laboratórios "específicos".
ResponderExcluirAcho que você deve exigir do seu cliente peças originais FIAT. Qual a diferença da peça original fornecida por você e trazida pelo seu cliente?
Meu pai trabalha com peças Chevrolet. Quer dizer então que se eu levar o Omega para você realizar alguma manutenção e fornecer as peças, SEMPRE originais eu garanto, não vou ter garantia? Discutível.
Mai uma vez estaos nós aqui discutindo sobre a bendita troca de tensores.
ResponderExcluirBom continuo com minha boa e velha opinião, troco tudo.
Acho que é uma tranquilidade a mais.
Atualmente um de meus caros é um Marea, e é um caso mais específico, pois a troca dos itens mencionados é bem difícil, ou seja, vale a troca devido ao alto custo da mão de obra.
Por fim termino citando outro componente diferente, também no Marea, os retentores dos comandos de válvulas, itens que devido ao desgaste podem começar a marejar óleo, e para sua troca é necessária toda a mão de obra de troca de correias, ou seja, um item que a meu ver também tem que ser trocado, mais uma vez, para aproveitar toda a mão de obra, e claro, o tempo de carro parado (não que seja meu caso, pois atualmente uso meu Marea 63k KM apenas para lazer).
Espero ter deixado clara minha opinião, lembrando que trata-se de uma opinião, e sendo assim é minha e apenas minha, e como o Sr. Raphael já disse, o custo diluido no tempo de uso torna-se tb atrativo.
[]`s
ZAU
Raphael, eu não posso me responsabilizar por uma garantia de uma peça que não forneci. Entende?
ResponderExcluirA garantia do serviço você vai ter comprando até mesmo peças paralelas, mas das peças, você só tera se as mesmas foram fornecidas por mim.
Diego disse...
ResponderExcluir22/11/10 12:51
Fala Diegão, blz.
O Marea é um caso a parte né. Só a mão de obra para afastar aquele motor para se ter acesso as correias já são de doer.
Agora imagine vc seguindo manual do proprietário no Marea?
80.000km substituir bomba de combustível de 1000,00
Trocar óleo do motor com 20.000km.
ADG, não entendi. Quem fornece a garantia das peças são os fabricantes.
ResponderExcluirHá a discussão de quem paga a mão de obra para substituição de uma peça trocada em garantia, porém, a questão da substituição da peça defeituosa é, e sempre foi, responsabilidade do fabricante.
A FIAT não soltou uma errata ao Manual do Marea a respeito da troca do óleo?
ResponderExcluirRH,
ResponderExcluirSoltou sim, mas aí o estrago já estava feito. Ela indenizou todos aqueles que tiveram motor fundido por conta da especificação completamente errada?
Concordo plenamente com quem já havia dito anteriormente: Fiat não entra em casa, nem se for de visitante!
Todos,
ResponderExcluirCada peça é uma peça, não há como generalizar. Peças esteticamente idênticas podem apresentar desgastes completamente diferentes. Nada mais diferente do que duas peças iguais.
Portanto, confiar a avaliação da peça a uma mera inspeção visual e auditiva é confiar o motor (e provavelmente o carro inteiro) ao acaso. A correta inspeção requer equipamentos dedicados de medição e testes. O resultado final é que a avaliação técnica correta da peça seria tão ou mais cara que a troca completa.
Exatamente por isso a ABNT havia normatizada a troca completa de todos os componentes de desgaste deste sistema.
Se é para, no final das contas, cada um fizer como der na cabeça, ok, então também dou dirigir como der na cabeça, e ninguém tem nada com isso. É uma questão de responsabilidade, só isso. Se é para cada um manter o carro como acha que deve, então inspeção veicular anual é algo que não existe nem deverá nunca existir, simplesmente porque não faria sentido, já que a meta é não padronizar nada.
E outra, alguém já calculou o que se gasta de combustível ao longo da vida do carro? Se fizer, constarará que a despesa com manutenção (incluindo pneus) é comparativamente pífia.
Infelizmente desta vez a ABNT deu um longo passo para trás. Lamentável.
Seguir especificação do manual? Certo, Marea trocando óleo com 20 mil km e fundindo com 40 mil km, Stilos quebrando cubos traseiros, etc etc etc... beleza de especificações originais! Alguém se lembra de acelerador eletrônico travando em WOT? Ou ainda de direção elétrica repentinamente esterçando sozinha até o limite? Pois é, parece que na fúria pela redução de custos os fabricantes atuais se esqueceram do básico de confiabilidade e durabilidade.
Basta de carros descartáveis!
Não querendo desvisturar o assunto do tópico, mas aproveitando o gancho da discussão entre os Srs. Raphael Hagi e ADG, gostaria também de expressar minha opinião.
ResponderExcluirMe considero um consumidor informado, e acho que tudo parte do bom senso.
Como conheço alguns mecânicos, e sou amigo mais próximo de um que considero dos melhores de Belo Horizonte, Sr. Rodrigo Padilha, sei como funciona o mundo da mecânica nacional onde os lucros cada vez são menores devido à banalização dos serviços, e graças a isso esses profissionais qualificados são obrigados e buscar outra fonte, e muitas vezes na venda de peças.
Contudo, voltando ao declaração de ser um consumidor bem informado, tb me resguardo ao direito de comprar minhas peças caso ache que os valores práticados são abusivos, visto que já me deparei como situações onde uma determinada peça me foi vendida por 100% a mais do que eu conseguiria comprar em uma auto-peças exatamente a frente da mecânica onde meu carro estava, desta forma, tomei a seguinte atitude, paguei, mas esta instituição, que por essa e outras numca mais verá qualquer um de meus carros novamente.
Por fim, deixo aqui minha opinião, como não tenho uma casa de auto-peças dentro de casa assim como o Sr. Raphael vou levando com bom senso, e considero correto o fornecimento de peças quando o preço não for competivo, lembrando sempre que como em toda e qualquer situação comercial é sempre importante pensar bem antes de uma decisão, pois abrir mão de um bom mecânico por causa de um pequena quantia talvez não vai valer a pena, assim tb o mecânico não deveria abrir mão de um bom cliente pelo mesmo motivo, uma pequena margem de lucro na venda de uma peça.
[]`s
ZAU
Infeliz notícia.
ResponderExcluirRaphael, se fosse para eu depender de fabricante de peças para repor garantia, minha oficina já teria sido processada.
ResponderExcluirJá pensou vc ficar com o carro dentro de uma oficina por mêses esperando a briga entre oficina, vendedor de peças e fabricante? Não queira passar por isso. Eles ficam empurrando responsabilidade de um em cima do outro.
Uma vez troquei a correia de um Marea, depois de 2 semanas a correia de acessórios desfiou e entrou no meio da dentada ferrando TODAS as válvulas do cabeçote do carro do cliente.
Eu nem quis saber, fui eu quem vendeu as peças e instalei, o cliente não tem nada com isso, já fui logo mandando trocar tudo, deixar tudo novo e só depois eu iria resolver com o fornecedor das peças e fabricantes.
No final o fabricante alegou instalação errada sem ao menos ver o veículo, eu postei um tópico no oficina brasil e logo eles me procuraram para resolver o problema, isso depois de uns 50 dias. Imagine o cliente esperando por isso?
Portanto, eu garanto o que vendo, seja serviço ou peça. Agora, se a pessoa trouxer a peça e a mesma travar, mesmo sendo original, eu não tenho nada com isso, não vendi nada, não tenho responsabilidade nenhuma por aquela peça, portanto, outra mão de obra será cobrada.
Tudo é muito simples, basta se colocar nas seguintes situações que vc logo passará a entender.
Diego disse...
ResponderExcluir22/11/10 13:04
Zau, vc pode e deve comprar todas as peças que achar necessário, o que não pode é confundir garantia de peças com garantia de mão de obra.
No mais, procuro ser parceiro de todos meus clientes, você mesmo é prova disso.
ADG, o que eu já vi é a autopeças do meu pai ficar com itens estragados esperando troca, a oficina recebe outra em troca imediata.
ResponderExcluirA questão é o conflito de interesses. Apenas isso. Eu acho até mais cômodo para grande parte das pessoas que o mecânico forneça as peças. Porém, acho necessário que seja feito de maneira transparente, com o cliente recebendo as notas fiscais e sabendo o quanto está pagando por isso.
Infelizmente nunca deixei o Omega com você pra saber qual é o seu procedimento. Mas, considerando que você não vai garantir a sua MÃO DE OBRA pelo fato de eu mesmo fornecer as peças, acho que será difícil trabalharmos juntos em itens especificamente mecânicos, vamos ficar só nas trocas de fluídos e etc.
Falando nisso, você não quer mesmo olhar meu carro hein? hehehe.
Troca de óleo de 20 mil é um clássico dos proprietários de Mareas e Fiats. É o típico caso de falta de leitura do manual, ou pior, leu pela metade ou não soube interpretar. Tempo, tipo de uso, esqueceram de ler ou foram na conversa dos fóoruns de "apaixonados por carros" da vida?
ResponderExcluirSó um pequeno adendo.
ResponderExcluirMinha opinião foi genérica, portando não foi direcionada nem ao Raphael tão pouco ao ADG.
Contudo, realmente tive um problema com meu Marea e o ADG foi mais que um mecânico, diria um parceiro.
Inclusive, já aproveitando o ensejo, está tudo redondo, parece que não nada mais que um OSMAR, enfim, fico devendo essa.
Obrigado pela força ADG.
[]`s
ZAU
Alguém ainda acha que devemos comprar carros de fabricação e/ou direcionados ao mercado BR?? Vamos deixar de ser otários meu povo... Manutenção extorsiva, peças de baixa qualidade, caros, pelados, etc, etc, etc...
ResponderExcluirE ainda reclamam dos chineses que "podem" não ser confiáveis???
Raphael Hagi disse....
ResponderExcluir22/11/10 13:19
Raphael, pelo pouco que conheço de vc, seu pai deve ser muito parecido, no mínimo uma pessoa honesta e sistemática quando o assunto é cliente. Infelizmente nem todas as casas de peças são assim, a maioria não quer nem saber, primeiro elas mandam as peças para a garantia na fábrica, só depois é que vão resolver o problema com a oficina e a oficina com o cliente.
Sobre a troca do fluidos, só agendar o dia que vamos mandar bala para vc.
A troca de correia eu fico te devendo,rs
Abraço fera.
ADG, em todo caso você não terá problema por causa de recusa em trocar tensionador. O Omega não tem dentada, sossegado de trocar a correia de serviço. Vamos marcar, só deixa passar essa semana que o bicho tá pegando aqui no trabalho e eu gosto de acompanhar o mecânico.
ResponderExcluirAtenção para o top de 5 segundos, no ar mais um post campeão de audiência.
ResponderExcluirNa boa, vale o bom senso. Você fecha com seu mecânico? então vá na dele. É fiel aos seus princípios? faça o que acha que tenha que fazer. A não obrigação de trocar certas peças dá uma liberdade maior ao mecanico e ao proprietário, e resguarda a oficina se a peça não substituída for a causadora de um eventual dano. Só para constar, eu prefiro fazer a troca dos tensionadores para aproveitar a mão de obra.
KKKKKKKKK, Raphael sem vergonha,kkkkkkk
ResponderExcluirEu já estava achando que seu Boi deitado era um daqueles manquinhos,kkkkk
Lauro, vc falou pouco mas falou bonito. Confiança e honestidade falam mais alto que qualquer norma.
ResponderExcluirBob, onde posso te mandar uma sugestão de matéria?
ResponderExcluirEsse Alexandre morde e assopra. Tem que ver o video do cidadão sobre a ordenha de vaca feito pelo Bob. Tudo porque ele dá seta pra fantasma e nao usa retrovisor, e quer que todos sejam iguais. O tempo que vc perde com os videos vai aprender dirigir.
ResponderExcluirBob e todos, querem saber o verdadeiro significado de ABNT ?
ResponderExcluirAssociação Brasileira de Normas Traduzidas
Isso sim ! Tenho certeza que muito já escutatam isso. Tudo chupada da SAE, DIN, ASME, ASTM, etc
Criatividade zero para os tupinicas
Um assunto que gostaria que fosse abordado aqui no blog é a "conversão" na base do chip. Fui expulso do Omega Clube por ser radicalmente contra a prática.
ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluir22/11/10 17:02
Anônimo, aquilo é passado, chega de polêmicas, quero paz de agora em diante. Podemos discordar um dos outros, mas podemos debater os assuntos com qualidade e respeito.
Já me desculpei com o Bob, já tirei aquele vídeo infeliz a algum tempo.
Rafael Hagi e Fiatentusiasta, por favor: se vocês querem trocar fluidos, nós não temos nada a ver com isso.
ResponderExcluirNão sou homofóbico, mas esse blog também é lido por crianças.
Não pega bem esse tipo de conversa aqui.
Bussoranga;
ResponderExcluirCom todfo respeito, a ABNT tem que ficar quietinha na dela pois um órgão privado de interesse publico (como ela se denomina) não passa de um car†ório que muda a regra anualmenete para FORÇAR as empresas a comprarem regras novas e ela ser a responsável, como instituição privada (De quem? Quem é a PJ ABNT? Quem outorgou poderes a ela????) para mim não passa de mais um repulsivo cartório, digno da nossa colonização ibérica.
Não cabe a ela dizer se deve ou não trocar a correia dentada, o tensionador, o rolimã, os parafusos etc. Quem tem que definir isso é o mecanico que tem que ter COMPETENCIA em discernir um rolamento ruim de um bom, e o fabricante do carro.
Carros ruins com troca de óleo de 20 em 20 mil km realmente ocorreram e cabe ao consumidor e o mercado alijar essas mercadorias do mercado (como ocorreu com o Marea e a fama do Renault Clio com a formação de borra). O Consumidor deve acionar a fabrica e a justiça tomar as medidas cabiveis. a ABNT deve ela ficar quietinha na dela sem regular a vida do cidadão e tratá-los como seres inaptos e incapazer de tomar a simples decisão de ver se um rolamento presta ou não.
Caso contrário em pouquissimo tempo teremos normas ABNT para ver como escovamos dentes, tomamos banho, lavamos louça em nossas casa e fiscalizacões verificando se seguimos as normas
Boa!!!
ResponderExcluirInfelicidade a nossa o nosso sistema legal ser latino...
Fazem leis para tudo q no final não servem para nada a não ser encher os bolsos de uns poucos.
Só precisa de uma lei: se for verificada imprudência ou imperícia em serviços, que se indenize na medida correta...
Resumindo, a montadora e a assistência técnica fariam por onde e não deixariam os seus produtos e serviçõs causarem danos aos consumidores.
Se isso acontecesse, não precisaríamos desse monte de normas, leis, portarias e o diabo...
Foi mau ai Marcos. Rs
ResponderExcluirFiatentusiastas, sobre o seu comentário feito em 22/11/10 11:29:
ResponderExcluirO prazo que eu citei é o prazo de troca da correia, pois a norma ABNT dizia que a polia deveria ser trocada junto com a correia :).
Ok Patrick, valeu.
ResponderExcluirHá uma discussão no meio jurídico sobre Leis, Decretos, Portarias e etc que citam Normas Técnicas da ABNT como parâmetro sendo que as mesmas não são de domínio público.
ResponderExcluirFazendo um apanhado de tudo que foi comentado por aqui, o cerne da questão é bastante simples: os carros no Brasil têm erros de projeto e especificações equivocadas de manutenção porque uma minoria reclama quando algo dá errado.
ResponderExcluirOra bolinhas, pegando o caso do Marea como exemplo, se todos os donos de Marea que tiveram o motor prejudicado por prazo de troca de óleo muito longo tivessem reclamado pra valer, a Fiat teria se mexido, sem dúvida alguma. O mesmo vale para zilhões de problemas que ocorrem por aí nos carros novos. Aliás, o número de recalls nos últimos anos é de assustar! Mas, o que faz o consumidor padrão? Simplesmente passa o mico para a frente e compra outro carro, muitas vezes do mesmo fabricante do mico que passou para outro trouxa. Conheço cinco pessoas, próximas a mim, que fizeram isso...
Portanto, não adianta criar norma para tudo, pois picaretas existem aos borbotões. Sem contar aqueles que compram peça por preço, não por qualidade. Sou muito mais manter o esticador original, apenas "visual e sonoramente" em bom estado, do que colocar um esticador paralelo... Se até rolamento original tem uns picaretas falsificando, imagine então uma peça paralela sem garantia de procedência?
Considero positiva a mudança na norma. Mas todos que se sentirem prejudicados por informação incorreta do fabricante tem que brigar por seus direitos, sim senhor! Pela norma antiga, a correia dentado de meu Focus Zetec 16V, por exemplo, que deve ser trocada a cada 120 mil km, caso eu precisasse efetuar algum serviço em uma das árvores de comando de válvulas com, digamos, 65 mil km, teria que trocar a correia, tensionador e polias (sim, pois a norma era bem clara, "SUBSTITUIR TODOS OS COMPONENTES DO SISTEMA"), com 55 mil km ainda a percorrer?!!! Qualquer mecânico que viesse me falar isso eu o mandava a PQP e retirava meu carro da oficina na hora...
Isso aí Raphael Hagi,
ResponderExcluirDestacou um ponto importante.
Uma norma dessas custa uma nota pretíssima e como esse post mostrou nem todas têm qualidade.
Mas por enquanto o Brasil é isso... Tudo caríssimo, de difícil acesso e qualidade duvidosa.
A cultura do faça-você-mesmo do brasileiro se perdeu, infelizmente.
ResponderExcluirAqui vende carro 0km, faz-se a primeira revisão e depois repassa o carro. Aqui carro bom não dá manutenção pois NÃO FAZ MANUTENÇÃO. Todo carro dá manutenção, seja preventiva ou corretiva.
Aqui no nosso país tá cheio de gente que sequer sabe onde ver o nível do óleo ou líquido de arrefecimento. Quem tem flex vive esquecendo de encher o tanquinho de gasolina...
Não é de se esperar que os carros com algum problema sejam repassados rapidamente ao invés do consumidor reclamar, e que o próximo dono pegue uma bomba nas mãos.
Falam e falam do Marea, mas o caso do Marea é outro, além da falha na manutenção dos primeiros modelos temos os donos pisando o tempo todo, não respeitando os limites do próprio carro - nesse esquema não dura nada mesmo. Pegue um Marea de taxista, verá ele com mais de 200.000km sem problemas, pois é um usuário consciente, apesar de muitos gostarem de uma coxambrinha. Assim como o Marea, vários carros ficaram queimados no Brasil (Gol 16v, por ex.) devido aos donos relapsos.
No mais, se as normas não generalizarem por baixo, as pessoas não vão trocar nada. Se estourar o cabeçote dum Celta, com R$800,00 tá novo de novo, se estourar dum Corolla, senta e chora. Mas vai estourar na mão do primeiro dono? Claro que não! Estoura na mão do coitado que pegou o carro de segunda ou terceira mão. Devia é ser lei a manutenção preventiva, já que ninguém faz, só nós, entusiastas.
Daniel Shimomoto,
ResponderExcluirA ABNT é formada pela reunião de grupos de Engenheiros de todas as empresas ou profissionais liberais que têm interesse na manutenção e revisão das Normas Técnicas que afetam o seu exercício profissional. Qualquer Engenheiro pode participar.
E já que voce a considera um cartório inútil, o que seria de toda Engenharia mundial sem as entidades padronizadoras como DIN, ISO/IEC, ANSI, ASTM, AISI, etc...? Acha mesmo que criar padrões é inútil? Legal, então da próxima vez que comprar um carro, pense em como o fabricante define qual é o tipo de aço que ele vai utilizar nas suas bielas ou nos seus cubos de roda. Ao invés de usarem o ótimo AISI 4340 (testado, aprovado e mundialmente conhecido), vão usar o que? Cada um vai desenvolver e especificar o seu próprio? Sei, e quem vai pagar por isto? A conta voce sabe em quem sempre vai cair.
Não existe mecânico competente para decidir se os rolamentos ou tensionadores estão bons. Isso é puro exercício de chutometria. O que é existe é EQUIPAMENTO DE TESTE, que seguem padrões de testes devidamente normatizados. Qualquer coisa fora disso é picaretagem.
Normas Técnicas são fundamentais não apenas para garantia de qualidade como para segurança jurídica. Afinal, como voce vai processar a Fiat por cubos de rodas traseiros quebrados caso não haja uma norma que imponha requisitos mínimos de segurança a serem seguidos e que ela tenha descumprido?
Vai dizer que ISO9000 é papo-furado?
O consumidor pode acionar o poder judiciário a vontade, mas se não houver uma norma que dê respaldo à decisão judicial, nada ocorrerá.
Se não gosta da ABNT use uma Norma Técnica internacional, mas ao menos use uma. Não são feitas por chutadores, e sim por Engenheiros.
Todo profissional da manutenção experiente recomendará a troca das "polias" (tensionadora, e se for o caso, também das de desvio) juntamente com a correia dentada, em casos onde o acesso à ela é trabalhoso (praticamente 100% dos carros atuais). Simples assim. Não é picaretagem, é um serviço ao cliente, pois o custo extra, do tensionador e polias novas, é compensador comparado ao custo de nova mão-de-obra para abertura e substituição apenas das "polias", além do tempo parado. As "polias" não duram duas correias dentadas, isso é fato.
ResponderExcluirA Continental Contitech por exemplo, alerta para a perda da garantia de suas correias dentadas caso não sejam instaladas com "polias" novas. Só por esse fato, seria um grande deserviço ao cliente não recomendar a substituição das "polias", induzindo à perda de garantia da correia nova.
No mais, é atentar para usar somente as marcas recomendadas de "polias". As originais, que seriam as ideais, geralmente são muito caras e não compensam.
Outro erro que vejo muito é acreditar que, se num determinado carro, a correia é especificada para durar 100.000km, nem se olha para ela até que chegue a manutenção dos 100.000km. O correto, e está no manual do proprietário de qualquer carro, é fazer a inspeção visual, normalmente a cada uma ou duas manutenções programadas, e proceder à troca antecipadamente se for o caso. O mesmo vale para as velas de ignição, sempre "esquecidas" nas manutenções programadas, e quando chega a hora (kilometragem) para a troca, surpresa! A vela está "engripada", estraga-se a rosca do cabeçote, e botam a culpa no alcool, no combustível adulterado, nos carros flex, no fabricante das velas, etc...
ResponderExcluirEu com aposentado fico em varios oficinas dando piruadas e fico indignado com mecanicos trocando correia e aproveitando esticador, polias guias etc .
ResponderExcluirCarro meu quando troco correia dentanta vai junto ate a bomba dagua de maneira que estou com FIATENTUSIASTAS e Não abro.
Depois coloco sempre a questão:
O que é Xmil KM rodados ? R= em um carro que roda em estradas é uma coisa , em um carro que fica nos congestionamentos é outra bem diferente.
Uma questão que muitos esquecem é que a maioria das correias atuais não permitem retensionamento, o que, em caso de troca do tensor pós troca da correia, exigiria uma nova correia.
ResponderExcluirAinda não entendo o porquê de tanto alarde por uma peça que na maioria dos casos não chega a 1% do valor do carro e tem tudo a ver com a segurança (confiabilidade em uma viagem por ex.) do condutor e sua família.
Economia porca. Só pode ser isso.
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ResponderExcluirAnônimo disse...
ResponderExcluir23/11/10 11:09
Hummmm, sem nome, mais um trol da internet.
http://www.youtube.com/watch?v=B2HqX65Wug0
O Cerne, o ponto central da discussão proposta por Bob ninguém pegou.
ResponderExcluirNão cabe a ABNT regulamentar se deve trocar a polia da correia, os parafusinhos, a capa ou qualquer outra coisa. A função dela é mais ampla do que isso.
A função dela é normatizar produtos e serviços e só. O que será feito executado extrapola a competência dela.
Aproveitando justamente esta questão rolamento/tensionador/correia dentada para ilustrar: O que a ABNT tem que dar palpite e criar norma para a troca dessas peças? Não é função dela. Ela tem que regulamentar por exemplo, o rolamento que vai no tensionador, a resistência de uma correia, isso sim ela tem que por normas. O resto é papo furado, bobagem. Logo logo, se deixar, vai ter norma dizando "abre-se a tampa da correia dentada soltando a abraçadeira 4, depois a 1, pega-se a chave 11mm...".
De nada adianta trocar um tensionador original, por exemplo, com um rolamento de primeira linha funcionando e colocar um tensionador paralelo com rolamento de segunda, cuja vida útil poderá (para não dizr certamente...) ser menor que um rolamento usado de primeira. Obedece-se a norma, vai-se contra o bom senso (trocar um rolamento de primeira por um de segunda).
Portanto louvável a atitude do bob e de todos que encabeçaram a luta contra esses absurdos.
Um abraço
O Daniel Shimomoto disse o que voltei para dizer: troco ate ate bomba dagua ,mas tomo extremo cuidado para NÃO tirar peça original e colocar uma paraguaia
ResponderExcluirEsse FIATentusiasta é um profundo conhecedor do assunto. É um reparador competente e honesto. O único problema dele é ser cabeça-quente. Como qualquer ser-humano, erra, mas como poucos, reconhece seus erros. Quanto ao assunto, eu continuo trocando tensores, rolamentos e adjacências quando mudo correia dentada, em que pese a ABNT e a opinião do BS que respeito imensamente. Abraço
ResponderExcluirAnônimo, 23/11, 11h01
ResponderExcluirQualquer bom mecânico sabe identificar o estado de um rolamento. Quando se desmonta um câmbio se examinam todas as peças antes de montar, inclusive os rolamentos. Se fosse assim, se não desse para avaliá-los sem equipamento especial, seria preciso trocar todos, o que não existe. O que sou contra é trocar automaticamente e, pior, ter sido criada norma ABNT para isso.
Lauro,
ResponderExcluirPassamos cerca de três décadas trocando correias dentadas sem preocupação de substituir o tensionador. Não acha que teria de ter havido um número assustador de problemas se o rolamento do tensionador abrisse o bico depois da primeira troca de correia? Veja o meu exemplo: troquei a correia dentada do meu Escort Zetec 1,8 com 130.000 km (era para a ter sido com 120 mil). O tensionador foi mantido(o competente Fábio Sakura, da Carfix não viu necessidade de troca) e o carro já está com 160.000 km com o novo dono há 10.000 km.
Bussoranga,
ResponderExcluirImagine a ABNT emitir norma obrigando troca de rolamento de roda cada vez que um tambor de freio fosse removido. Seria inaceitável, certo? E olhe que é incomparavelmente mais crítico um rolamento de roda do que o de um tensionador de correia dentada. Por isso, não há nada de lamentável a alteração na norma NBR 15759. Na citada reunião ns sede do Sindirepa o meus argumentos e do Fernando Calmon foram incontestáveis. O membros da ABNT não aquiesceram sob ameaça de revólver, lembre-se. Quanto a óleo, meus carros atuais (e o Escort Zetec 1,8 que já vendi) têm recomendação de troca de óleo a cada 15.000 ou 1 ano e assim sempre o fiz, sem nenhum problema de borra. E óleo mineral, API SL.
Antônio Nunes
ResponderExcluirDuvido que exista norma estrangeira como essa malfada da ABNT.
fiatentusiastas
ResponderExcluirEntre em contato conosco em autotoentusiastas@gmail.com. Entra direto no meu computador e do Paulo Keller.
Já recebeu o calendário 2011 da Mahle Metal Leve?
Jackie Chan
ResponderExcluirO profissional experiente e competente não aai trocando peças sem necessidade. Além disso, estamos tratando também da assistência técnica das concessionárias, não apenas dos profissionais das oficinas independentes. Em duas ocasiões me foi dito pelo consultor técnico da mesma concessionária Chevrolet que "tinha que trocar o tensionador", o que me levou a escrever coluna a respeito em Quatro Rodas ainda em 2008.
Bacana Bob, vou te mandar algumas sugestões que tenho certeza que será de grande valor para os autoentusiastas.
ResponderExcluirUma outra coisa muito importante, aproveitando o gancho, tenho absoluta certeza que se essa conversa entre todos nós, fosse olho no olho, muita gente entenderia melhor a colocação de cada um, não sei porque, mas as coisas são muito diferentes quando argumentamos frente a frente.
Por isso é que tenho carro velho. Não tem essa de norminha pra lá, norminha pra cá. Também não levo em concessionária. Levo em mecânico de bairro, que por sinal é torneiro mecânico e faz o que quer com o motor, sem medo.
ResponderExcluirjopamacedo
ResponderExcluirO importante é encontrar profissional certo, não importa onde trabalhe, se numa concessionária ou por conta própria.
fiatentusiastas
ResponderExcluirVocê levantou um ponto muito importante. Muitas vezes a linguagem escrita não corresponde ao sentimento e isso pode gerar conflitos. No começo do grupo Entusiastas, ainda por e-mail, o Paulo Keller disse exatamente isso. Chegamos a ter brigas e desavençcas no grupo por causa disso. Felizmente corrigimos isso com mais atençcão aos textos.
Bob e FiatEntusiastas
ResponderExcluirAproveitando o comentário do Bob das 17:52...
Está ai uma coisa que eu defendo: O uso do português correto mesmo na internet. A linguagem escrita não tem entonação de voz, forma como a mensagem é falada, entao não dá para saber se a pessoa está sendo agressiva ou não.
Por isso acho importantissimo (e sei que o Bob partilha dessa opinião) que devemos nos esforçar para usarmos sujeito+verbo+predicados, tomando cuidado com girias, adjetivos (o que é uma brincadeira para um pode ser ofensa para outra pessoa), frases truncadas ou abreviaturas.
Um abração a todos e vamos refletir nesse assunto (antes que a ABNT solte uma norma de como responder e inserir um comentário em um blog)
Fiatentusiastas e Bob,
ResponderExcluirUma´simples vírgula tem o poder de criar tsunamis...
Vejam a diferença:
Zezé, quer café fresco?
Zezé quer café, fresco?
Aí a pancadaria começa...
Um abração,
Talles
P.S.: ADG cadê as atualizações do blog HT? Onde foram parar? E os vídeos? Há algum site com a memória?
ResponderExcluirTalles
P.S.: ADG cadê as atualizações do blog HT? Onde foram parar? E os vídeos? Há algum site com a memória?
ResponderExcluirTalles
Os videos estão todos no canal ADG0068 no youtube.
ResponderExcluirQdo o reparador está do outro lado do balcão ele tem que se resguardar, se voce por exemplo troca a correia de um Ztec aos 120.000 km e a próxima troca é aos 240.000km partimos do princípio que os roletes e tensionadores vão ter que durar esse km todo,portanto fica assim, se EU disser que esses componentes aguentam caso aconteça algo eu sento , se o CLIENTE não quiser acontecendo algo quem senta é ele ,ficando tudo bem claro assim é uma maravilha...agora, eu acho uma babaquice sem tamanho economizar dinheiro de pinga numa manutenção de 120.000km ,ainda mais sabendo que se der tilt no sincronismo o prejuízo é 10x o valor dessas peças,me poupem, tenho raiva do tempo que eu era pobre,estão todos pensando em termos de lixo nacional, vai brincar assim num Audi V6 30 v,vai........
ResponderExcluirMaluhy
ResponderExcluirIndependente de argumentos, não é preciso norma para isso. O problema estava aí e felizmente a ABNT corrigiu o erro. O motor Fiasa 1-litro do Uno do meu irmão foi vendido com 236.000 km e nunca trocou o tensionador, apenas a troca períodica da correia dentada. Cabe ao fabricante do motor estabelecer as trocas periodicas deste e de qualquer item daquilo que produz.
A norma é utilizada às vezes em processos, como ela se desvirtuou não sei se foi benéfico,no que o juiz vai se basear?Na norma do fabricante?E se o processo for de alguém contra o fabricante?Complicado isso....todo procedimento de oficina além do manual do fabricante pode ter uma norma feita por um instituto independente para se basear algum serviço,mesmo essa norma sendo discutida num debate público que inclusive recebe a presença de representantes da montadora ,na verdade é uma discussão idiota mas causada por um decrépito que foi falar mal de uma classe trabalhadora na televisão e merecia ser chamado na frente de um juiz, mas para mim não afeta nada, mantenho a minha diretriz nos procedimentos de manutenção preventiva e esadof o resto.....Ah, essa sua comparação com rolamentos de roda é bem fraquinha,eim?No manual de oficina tem prazos para se conferir a graxa e o torque de ajuste deles e se o rolamento de roda começa a reclamar tanto o blindado como o desmontável tem manutenção fácil, esticadores e roletes Em alguns motores é a visão do inferno para se mexer ,o Fiasa e o Ztec que vc citou se faz até no biscate em fim de semana,hehehehe, volto a falar o portugues claro,é economia porca querer reaproveitar certos itens baratos de manutenção que envolvam outros sistemas que se perderem o sincronismo a despesa é violenta e o pior,será gasta somente para voltar ao que estava antes,isso se chama PREJUÍZO!
ResponderExcluirEm tempo, cuido da frota da UPS-RJ, é norma DELES trocar correia dentada-tensionador A CADA 40000KM nos Fiorino, tem carro deles que já rachou na estrutura e nunca abriu cabeçote por correia dentada partida, km sempre acima de 350.000km ,acho exagero deles mas depois de vários anos operando no Brasil eles partem do principio que prevenir é mais barato,carro parado para eles é puta prejuízo, tem gente que usa o carro para levar crianças no colégio,outros ficam 24h rodando mas ninguém quer ficar no meio da rua enguiçado...
ResponderExcluirSe alguém quiser brincar de usar peça até moer,escolham pelo menos o Fiat fire 8v,pode estourar tudo ali que as va´lvulas não colidem com o pistão...motor AP tb...GM fase 1 e 2 gasolina tb menos o Corsa 1.0 ,ele quebra os balancins....os Renault 16v 1.6 e 2.0 são perigosos,normalmente a polia damper só aguenta 65/70.000km, o damper solta e vai pedaço de borracha pra dentro do alojamento da correia,tirando de ponto e fazendo estrago...o prazo de troca dos Renault 16v é 60000km,linha Peugeot 80000km menos o 1.0 16v usado até o lançamento do 1.4,como é Renault tb vale o prazo de 60000km tb.. .....
ResponderExcluirMaluhy,
ResponderExcluirDesculpe, mas discordo de você. Norma técnica para esse item é totalmente dispensável, ou a ABNT não teria modificado a NBR 15759. Qualquer mecânico competente pode argumentar com o cliente sobre tudo o que você diz e se este não aceitar a sugestão de troca do tensionador e outros itens relativos à correia dentada, que assine um termo isentando a oficina de danos que venham a ocorrer por falha de um desses componentes. É bem simples. Lembre-se que a maioria dos fabricantes considera o tensionador como tendo vida útil ilimitada. Você, especialista em Mercedes-Benz, conhece alguma norma da fábrica a esse respeito?
Sim, mas se der processo o Juiz tem que se basear em algo, aí o mecanico X diz que o rolete está bom e o mecanico Y diz que não está ,aí o Juiz elege um perito que pede a um laboratório para emitir laudo e daí vai... todos os componentes de um carro tem o seu prazo de validade e a sua troca preventiva,ou só devemos fazer isso com aviões?Só pq carro não cai?Quebra um carro na Linha Vermelha em frente a Maré num sábado a noite...tem muita coisa envolvida aí ,passar 100% da responsabilidade pura e simplesmente para o reparador é complicado, eu me resguardo e faço exatamente como vc falou,aliás,vc já teria assinado muita coisa para mim,hahahhha....volto a falar,é discussão boba por dinheiro de pinga,trocar dentada de Audi A4 v6 30v é serviço de 1500 paus e se desmonta a frente do carro toda para fazer, aí vc economiza 500 e se der merda e mandar os cabeçotes pro pau alguém senta em 5 paus,alguém é macho para sentar numa rola grossa dessa?Eu não...um tensor de Fire 8v é 100 merréis,me poupem...se der azar da peça nova sacanear,nem meu cliente nem eu gasto um centavo,o fabricante assume, e quem assume se uma peça de 60mil rodados der o suspiro final?Nem vem me dizer que avisa antes, tem energúmeno que esquece de trocar o óleo,agora todos são experts em mecanica e sabem identificar um tensor se suicidando,me poupem de novo...
ResponderExcluirResumo da ópera,passarinho come pedra pq sabe como é o seu ãnus,cada um corre o risco que quiser ou acha que não se arrisca economizando miserinha, agora querer se basear comparando roletes tensores com rolamento de caixa ou de roda não vira, são solicitações completamente diferentes e condições de trabalho tb.....acho inclusive que esses tipos de peças (correia de sincronismo e tensores) não deveriam trocar por km mas sim por horas trabalhadas,aí em SP que os carros ficam 90% do dia parado em engarrafamentos qto tempo vai durar esses componentes em relação a automóveis usados na maioria do tempo em estradas de transito livre?
ResponderExcluirMaluhy,
ResponderExcluirIndependente da questão da norma, concordo com os argumentos que apresentou.
Tenho dois carros que talvez já estejam na hora de trocar correia dentada, roletes, tensores, etc. Vou confiar na avaliação do mecânico que mexe no meu carro.
Mas por exemplo o Peugeot, no caso um 307 1.6, está com 66k km, mas agora em janeiro o carro faz seu 4º aniversário, será que só uma avaliação do estado da correia já é o suficiente? Ou mando logo fazer o serviço? Estou realmente na dúvida... Tenho um Fox 1.6 também, mesma quilometragem e já está com 5,5 anos de uso. Ambos os carros enfrentam trânsito de SP com suas respectivas correias originais.
Sds