google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 PERDER A VIDA BESTAMENTE - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)

PERDER A VIDA BESTAMENTE

Foto Apu Gomes/Folha Imagem



Este é apenas mais um caso de ser perder a vida bestamente. Dirigindo um carro na cidade, um jovem de 22 anos, a vida começando, morre. O que está acontecendo com os motoristas? Será que o básico foi totalmente esquecido? As regras de segurança não valem mais?

Este acidente, ocorrido nesta madrugada em São Paulo, foi no cruzamento de duas vias importantes, a Avenida dos Bandeirantes e a Alameda dos Maracatins. Sem querer dar uma de detetive, alguém desrespeitou o sinal. Não há outra hipótese. Ou a carreta não conseguiu parar ou seu motorista quis avançar mesmo, ou o motorista do automóvel, um Corsa de segunda geração, avançou. E esse é um dos grandes problemas do nosso tempo. Explico.

Com medo de assaltos, muitos, mas muitos motoristas resolveram não parar mais nos sinais à noite. Só que em vez de parar, olhar em todas as direções, avaliar a situação e só depois arrancar, tornou-se comum "varar" o vermelho com a presunção de que "não vem nada". Na hora em que o acidente ocorreu, fala-se em 2h50, poderia não vir nada mesmo. Mas veio.

Tenho dito que dirigir é um ato automático e que não precisamos pensar em cada manobra, do mesmo jeito que não precisamos pensar para "dirigir" o nosso caminhar — daí eu ser contra a caça a quem fala ao celular dirigindo, pois o fato de falar com alguém do outro lado da linha não tem como atrapalhar quem dirige minimamente bem.

Por ser o dirigir automático, é imperativo que adotemos e conservemos hábitos sadios quando ao volante. Parar diante do sinal vermelho é um deles. Viu o vermelho? Pare. Depois resolva o que fazer. Se o desrespeitarmos sistematicamente, poderá chegar o momento de não o fazermos quando parar for essencial.

É o que com toda certeza aconteceu com um dos dois motoristas. Mas pode ter sido também a "confiança irrestrita no verde", no sentido de que está verde, pode ir. Não pode! Não se pode sair arrancando sem ter certeza absoluta que o tráfego na transversal parou para o vermelho dele. Sinal abriu, é arrancar lento nos primeiros metros vasculhando a via transversal.

O mesmo vale para cruzamentos sem nenhum impedimento para ser atravessado, como o que não tenha placa de parada obrigatória, a "PARE". Não adianta estar numa via preferencial (que pelo Código de Trânsito não existe mais) e tomar o impacto de um carro que desrespeitou a parada obrigatória. Cruzamento é para ser atravessado em velocidade que permita parar. Sempre, a qualquer hora do dia e da noite, com ou sem semáforo ou placa PARE.

Esse ponto, aliás, é a base da minha crítica feroz aos vidros laterais dianteiros escurecidos além do limite regulamentar de 70% (combinação de vidro mais película). Perde-se a essencial acuidade visual lateral à noite, que abrange os espelhos retrovisores externos. E ainda há quem escureça o vidro do pára-brisa! Ficar sem acuidade visual num cruzamento é uma forma de suicídio, branda mas é.

Meu pai me dizia que se eu tiver de morrer, que o faça com glória. Não há nada mais inglório do que morrer numa acidente de automóvel rodando na cidade.

BS

21 comentários :

  1. Bob Sharp;
    Concordo plenamente com tudo o que você falou, eu sou um que sempre aumento a minha atenção nos cruzamentos, tanto no sinal verde quanto no vermelho, reduzo a velocidade mantenho uma distância do veiculo a frente e presto atenção no trânsito, até mesmo no caso de viaturas, ambulâncias, ou algum motorista ou pedestre desatento, isso tudo pra mim é adotar uma postura defensiva no trânsito, as vezes até me acho cauteloso demais...
    e quanto as peliculas, mesmo que sejam só nos vidros laterais, e traseiros, atrapalham a visão periférica, e a visão 360° que todo o BOM motorista deveria ter

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  2. Realmente os cruzamentos estão cada vez mais perigosos. Hoje mesmo, na esquina de casa, um carro furou o farol descendo a rua e quase acertou o carro da minha frente bem no meio.

    E à noite, acho que está ficando mais perigoso passar no farol verde do que no vermelho, pois se estpa verde para você, estará vermelho para o outro, e a chance deste querer furar o farol é enorme.

    abs

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  3. Bob, sem dúvidas dirigir tornou-se um ato mecânico. Algo que deveria exigir raciocínio e responsabilidade, hoje é diversão e momento de sair da realidade para muitos motoristas.

    A facilidade em obter-se a habilitação para dirigir é, no mínimo, apenas mais uma causa da quantidade de acidentes automobilísticos no país. A falta de cautela dos examinadores, a pouca quantidade de horas-aula ao volante e a falta de rigidez na punição de infratores, aumenta assustadoramente o numero de motoristas despreparados e desinteressados em dirigir bem.

    Espero nunca me envolver em acidentes automobilisticos, caso isso ocorra, Deus permita que nada de grave aconteça à ninguém.

    Grande abraço,

    Eduardo Zanetti.

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  4. É por isso que em muitas ruas do japão, nas esquinas há um grande espelho convexo. Eles te permitem ver se há alguém vindo no cruzamento.

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  5. Álvaro Scherer01/05/2009, 02:09

    Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. perder a vida estúpidamente

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  7. Caio,
    A colisão de cruzamento é inconcebível para mim. Todo motorista precisa saber, ter total noção, ser-lhe ensinado que todo cruzamento é perigoso. Considero irresponsabilidade um órgão de trânsito colocar placa "Cruze com cuidado. Cruzamento perigoso".

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  8. Percebo também que a maioria insiste em ter razão, estar certo. Muitos agem de maneira displicente porque põem em suas cabeças que "eu estou certo e ponto final, os outros que se danem". De que adianta você estar passando de forma correta (mas desatento) no sinal verde e ser abalroado por um inconsequente, que não respeitou o sinal vermelho? Só se a idéia for debater a respeito com São Pedro...

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  9. Pois é Bob,
    Mesmo não sendo o foco de seu comentário, o que vou comentar está embutido no contexto.
    Sou favorável, devido às condições complicadas de segurança à noite (madrugadas), que a maioria dos faróis passasse para amarelo-piscante.
    Isto iria permitir um alerta, o piscante chama muita atenção, e permitiria passar o farol desde que as condições de tráfego na respectiva transversal assim o permitam.
    Obviamente que erros e descuidos continuariam na ordem do dia, visto que para evitar isto só o que você comentou sobre o dirigir automaticamente.
    Alexander Gromow

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  10. Álvaro Scherer01/05/2009, 12:12

    Bob, por que excluiu meu comentário?

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  11. não foi o Bob que excluiu....

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  12. Álvaro,
    Não fui eu quem excluiu realmente.

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  13. Alexander,
    O amarelo piscante num certo período é muito interessante, mas essa condição exige a parada completa, como se fosse uma placa PARE. O problema é poucos entenderem isso, pois esse procedimento não consta do nosso Código de Trânsito. Isto é explícito, por exemplo, nos EUA. No caso de falta de energia elétrica os sinais passam a piscantes funcionando a bateria.

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  14. Bob,
    Agora você lembrou-me de uma situação fantástica referente a faróis (ou sinaleiros, como queiram) que é padrão na Flórida (não sei se é assim em outros estados, cada um por lá tem suas soluções).
    Os cruzamentos de avenidas maiores são equipados com verdadeiros complexos de faróis que são comutados de tal maneira a deixar todas as opções de entrada das ruas que chegam ao farol para as possíveis saídas (além de ser quase sempre permitida a entrada à direita com o farol vermelho, desde que as condições de tráfego assim o permitam). Demora mais, pois são faróis de no mínimo 4 estágios, mas não há confusão e todos esperam a sua vez...
    Voltando ao farol piscante, ele é usado na Alemanha também, como você deve ter visto em suas inúmeras viagens para lá. Será que somos tão atrasados assim que ninguém pensou nisto ao ser emitido o nosso código de trânsito?
    Está danado...
    Saudações piscantes
    Alexander

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  15. Esse medo de "não parar" em semáforos por medo de um possível assalto é uma das coisas que não se encaixa no meu modo de pensar. Como um apessoa em sã consciência, ao ver um cruzamento sinalizado, pode simplesmente manter sua velociade e cruzar "ao Deus dará"?(como dizem por aí...) É uma questão de lógica que numa situação dessas ao ver um semáforo à frente "fechado" (isto é, vermelho) você reduz a velocidade, analiza a situação e o entorno, isto é, você olha pela presença de pessoas nos cruzamentos, aproximação de veículos não só no cruzamento como vindo atrás ou paralelo ao seu automóvel, e no próprio cruzamento se ainda fechado, avalia a possibilidade de "furar" a sinalização. São atitudes mecânicas que são utilizadas no ato de conduzir cotidianamente, só que usadas com um pouco mais de atenção. Uma coisa simples de se fazer.
    Ou será que a presença das vias mais "livres" durante o período noturno retire um pouco dessa "concentração" no trânsito? Será que o condutor fica condicionado a dirigir somente "seguindo o fluxo"? E não sabe mais o que fazer nessas situações? Só acelera e freia para não acertar o carro da frente?
    Concordo plenamente quando diz que o ensino da condução de veículos deve ser revisto, na verdade acredito que deva ser revolucionado.

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  16. Delmiro,
    Você tem razão quando relaciona vias livres e falta de cuidado. Deve acontecer isso realmente.

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  17. Amigos,

    Temos que cuidar melhor da educação que damos aos nossos filhos.

    Abs.

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  18. "eduquem as crianças, para não termos de punir os adultos"

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  19. Prezado Bob
    Acho um absurdo um piloto de competição como vc afirmar que falar ao celular ao dirigir não distrai o motorista. Dirigir não deveria ser automatizado, todos deveriam prestar a máxima atenção ao dirigir, ainda mais com o trânsito de hoje.

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  20. Xiii esta questão de celular vai dar pano para mangas...
    Bob, quando eu ligo de meu carro eu estou usando um viva-voz (Bluetooth Hansfree da Ant Technologies) de última geração.
    Não uso falar segurando o celular, quando isto é necessário, paro o carro (mais um motivo de risco de assalto...).
    Particularmente sou contra o uso de celular quando o mesmo é feito com o camarada segurando o celular com a mão contra o ouvido. Além de atrapalhar a condução, mesmo em carro automático - complica usar o pisca-pisca, por exemplo. Além de obliterar boa parte do campo de visão periférica (geralmente esquerda) - o que aliado a estes malditos insul-filmes resultam numa situação catastrófica de fechadas e munhecadas na direção. Há experimentos que igualam o uso do celular nestas condições com o ato de dirigir embriagado.
    Por outro lado acho uma babaquisse enorme proibir o uso de 1 (um) fone de ouvido conectado ao celular. É mais seguro do que este povo anda fazendo.
    Os pontos críticos no uso do celular ao conduzir são no ato de discar um número e de ver quem está ligando (números e letras pequenas e má iluminação tornam este momento crítico). Esta situação ocorre também com que usa viva-voz como eu, quando o número que quero discar não está na agenda costumo parar o carro para discar.
    Agora eu saio de cena para ver no que este comentário vai dar.
    Sds
    Alexander

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  21. Bob Sharp, sou seu fã!!

    Saudades dos seus posts no BCWS.

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